sexta-feira, 30 de novembro de 2018

PRISÃO DE PEZÃO: DESCARTE DE LIXO JÁ UTILIZADO PELA LAVA JATO PARA LEGITIMAR NOVA OFENSIVA CONTRA O PT E DILMA ROUSSEFF


Para o governador Pezão sua prisão efetuada na manhã desta quinta-feira pela "República de Curitiba" não era surpresa alguma, já havia sido negociada desde que a versão carioca da famigerada operação Lava Jato encarcerou seu "padrinho" Sérgio Cabral ainda em 2016. Pezão esperava terminar seu mandato falido de governador e ser preso em seguida, após ter colaborado pacatamente com os golpistas na intervenção militar do seu estado e o bando judiciário de Moro, porém a eleição de um membro orgânico da ofensiva do bonapartismo judiciário para ocupar o Palácio das Laranjeiras precipitou os fatos. Como no plano nacional, a Lava Jato retirou da cena política do Rio de Janeiro "peças" indesejáveis ao seu próprio esquema de apropriação do Estado, obviamente tudo em nome do "combate a corrupção", uma enganação que só pode convencer otários ou oportunistas de esquerda que sonham em surfar eleitoralmente na onda midiática do bolsonarismo. Primeiro os seguidores de Moro "descobriram" que Cabral nadava de braçadas no "mar da corrupção" em plena Copacabana, enquanto os falsos vestais  tucanos da Av. Paulista, como Serra e Alckmin, eram totalmente preservados apesar de cometerem os mesmos crimes em escala muito maior. Depois a Lava Jato passou a perseguir outro ex-governador, Antony Garotinho e sua esposa Rosinha, também ex-governadora, até conseguir tirar fraudulentamente o ex-brizolista da disputa eleitoral ao governo do estado. Com Pezão fora da disputa, anestesiado e chantageado, ficou bem fácil eleger uma paródia fascista do Sergio Moro no Rio de Janeiro, o juiz "valentão" Wilson Witzel. Neste cenário nacional completamente favorável ao bonapartismo togado, não seria necessário esperar o cumprimento do "acordo de cavalheiros" celebrado com Pezão, sua prisão foi antecipada para demonstrar força e principalmente que a Lava Jato já governa em todo país. Não por coincidência a temporada de Pezão na cadeia corresponde a ida do rato Pallocci para casa, uma sincronia política perfeita para avançar em um novo ataque da Lava Jato contra o PT, agora em particular contra a ex-presidente Dilma Roussef que ainda estava "limpa" dos processos da "República de Curitiba". Um novo espetáculo midiático com a prisão de Dilma, se juntando a Lula na masmorra da Polícia Federal, ajudaria o início do governo neofascista, principalmente no seu primeiro ato neoliberal contra os trabalhadores: a malfadada contra-reforma da previdência. Desgraçadamente a esquerda reformista, e pasmem até mesmo o PT, continua legitimando o engodo jurídico da Lava Jato, Haddad o líder da "Frente Ampla Democrática" não cessa de render votos de sucesso ao próximo governo neofascista. O PSOL chegou a comemorar a prisão de Pezão, como se esta ação farsesca (pseudo combate a corrupção) não fosse parte de uma engrenagem maior de recrudescimento do regime político contra as liberdades de organização das entidades de massas. Os Marxistas Leninistas não podem depositar nenhum apoio político a "República de Curitiba" que já está alojada em Brasília, no momento em que a Lava Jato encena seu dantesco show de "moralidade da coisa pública", enviando temporariamente para cadeia notórios bandidos como Pezão.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

29 DE NOVEMBRO - DIA INTERNACIONAL DE SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO: NOSSA TAREFA HISTÓRIA CONTINUA NA ORDEM DO DIA... LUTAR PELA DESTRUIÇÃO DO ENCLAVE SIONISTA E EM DEFESA DE UMA PALESTINA SOVIÉTICA BASEADA EM CONSELHOS OPERÁRIOS E CAMPONESES!



A recém-fundada Organizações das Nações Unidas, substituta da antiga Liga das Nações, através da iniciativa dos Estados Unidos, e com o apoio entusiástico da URSS, decreta em 29 de novembro de 1947 a divisão definitiva da Palestina entre um Estado judeu e outro árabe palestino. O stalinismo, após os acordos de Yalta, deixará o Oriente como uma área de influência do imperialismo ianque, além da consideração do sionismo, em sua versão trabalhista como um aliado político, com o qual desenvolverá uma frente popular em Israel. O velho partido comunista palestino logo mudará seu nome para israelense por considerar as massas árabes e palestinas como atrasadas e feudais. Antes mesmo da oficialização do Estado de Israel, as tropas do Irgun retomam os massacres aos palestinos, como a chacina da aldeia de "Deir Yassin". Era o prenúncio do terrorismo sionista que irá assolar o povo palestino até hoje. Exatamente no dia da proclamação oficial do Estado de Israel, 15 de maio de 1948, é declarada a Iª guerra aos países árabes. O novo exército de Israel, agora batizado "Tzahal", é abastecido belicamente pela Thecoslováquia (membro do Pacto de Varsóvia) e Estados Unidos. Conseguindo uma triunfal vitória, alarga, desta forma, em três vezes o seu território traçado inicialmente pela ONU. O Estado árabe palestino estipulado pelo plano de partilha não consegue sair do papel, já estava morto antes de nascer. Restando ao Egito à anexação da faixa de Gaza e à Jordânia a anexação da Cisjordânia. Um milhão e meio de palestinos deixam o agora chamado Estado de Israel, expulsos de suas terras sob o bombardeio da aviação sionista, espalham-se pelo Líbano, Egito, Jordânia, Síria. 600 mil palestinos permanecem no Estado sionista, sem nenhum direito civil, tratados como cidadãos de segunda categoria em seu antigo território nacional, servindo de mão de obra barata que irá mover a engrenagem capitalista do enclave militar de Israel.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

PC DO B e PPL ANUNCIAM "FUSÃO": APESAR DOS TRAIDORES DA HISTÓRIA DO MR-8 TEREM DEFENDIDO O “FORA DILMA”, FESTEJADO A PRISÃO DE LULA E APOIADO A “OPERAÇÃO LAVA JATO”, PARA OS NEOSTALINISTAS O FUNDAMENTAL É TER ACESSO AS VERBAS MILIONÁRIAS DO FUNDO PARTIDÁRIO. IMPLODIRÁ OU NÃO ESSA NEGOCIATA BASEADA NA DIVISÃO DA GRANA DO TSE?


O PCdoB anunciou “esforços” para incorporar o PPL buscando superar a clausula de desempenho imposta pela draconiana legislação eleitoral que exige 10 deputados federais para que o partido admitido no seleto clube da institucionalidade burguesa tenha acesso ao tempo de TV e as verbas milionárias do Fundo Partidário. Como os corrompidos herdeiros do MR-8 elegeram apenas 1 parlamentar federal e o PCdoB 9 representantes para a Câmara Baixa, a direção neostalinista precisou ir ao mercado na tentativa de comprar literalmente o PPL. O PPL vem cobrando caro para aceitar a unidade (incorporação) e o acesso a farta grana do TSE vai servir como base dessa aliança. Segundo comunicado assinado pelos presidentes de ambas legendas “O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Pátria Livre (PPL) iniciaram um elevado diálogo, buscando uma solução política e jurídica para atender às exigências, na forma da lei, de superação da cláusula de desempenho - e assim criar as condições para seguir cumprindo um papel relevante na busca de soluções para o Brasil, particularmente nesse período de resistência democrática em que ingressamos”. Seria mais honesto dizer que o móvel desse negócio é o “papel moeda” do fundo partidário porque o PPL é conhecido publicamente entre a vanguarda por ser um braço da direita reacionária, defendendo a prisão de Lula e saudando entusiasticamente a Operação Lava Jato do juiz Moro, hoje ministro do neofascista Bolsonaro. O partido foi um dos que empunharam ao lado da direita, do MBL e de Bolsonaro o “Fora Dilma” nas marchas de 2015 e 2016. Registre-se que chegou na época a convocar atividades conjuntas com o PSTU e a Conlutas! Os venais herdeiros do MR-8 sempre prestaram seus serviços sujos para a burguesia desde a chamada “redemocratização” renegando o passado revolucionário da antiga organização da luta armada, passaram a ser capangas de Quércia e Newton Cardoso contra a esquerda classista, nos últimos anos foram apêndices do PSDB contra o PT. O Hora do Povo (11 a 15.09.2015), porta-voz do PPL e da CGTB no artigo “Manifesto conjunto da CGTB e Conlutas convoca manifestação” afirmou naqueles dias “Com as bandeiras de Fora Dilma, Cunha, Renan, Temer e Aécio, os sindicalistas defendem que é preciso construir uma alternativa ao país”. Na época diziam que desejavam “o Brasil livre da corrupção do PT, do PSDB, do PMDB, de políticos ladrões e dos partidos que se locupletam na Lava Jato”, ou seja, uma política completamente oposta defendida pelo PCdoB e o conjunto da Frente Popular. O comunicado escrito pelas direções do PCdoB e PPL diz ainda que “para concretizar esse processo, acontecerá, no próximo dia 2 de dezembro, uma reunião conjunta de instâncias máximas das duas legendas, na qual será comunicada a decisão tomada”. Não sabemos se ao final do encontro a “incorporação” ocorrerá... mas temos certeza que a direção do PPL vai cobrar muito caro para concretizar essa operação de estelionato político,  estando o PCdoB disposto a pagar (literalmente) o preço da completa desmoralização política em nome do acesso a grana milionária do TSE... Vamos aguardar se implodirá ou não esse negócio podre que está sendo costurado entre as direções corrompidas do PCdoB e PPL!


terça-feira, 27 de novembro de 2018

PROVOCAÇÃO “MADE IN USA” DA UCRÂNIA CONTRA MOSCOU: GOVERNO SERVIL AO IMPERIALISMO APROFUNDA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA INTERNA E OTAN MOBILIZA SUAS TROPAS... RECHAÇAR A OFENSIVA CONTRA A RÚSSIA! DEFENDER AS “REPÚBLICAS POPULARES” DA INVESTIDA NEOFASCISTA!


O governo da Ucrânia, subserviente ao imperialismo ianque, armou nos últimos dias uma provocação dupla contra a Rússia. Enviou navios de guerra as águas russas (que foram capturados) para ter o pretexto de declarar lei marcial no país e exigir auxílio militar da OTAN. Com essas medidas aprofundou a perseguição interna a oposição, reforçou a ofensiva contra as "Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk", além de estimular ataques a embaixada e consulados russo na Ucrânia. Por sua vez, colocou em marcha preparativos militares de seus aliados imperialistas contra Moscou. Obviamente que se trata de um plano elaborado em conjunto com o Pentágono e a OTAN. A decisão ucraniana foi formalmente tomada após o incidente com três navios ucranianos no estreito de Kerch. Em 25 de novembro, três navios da Marinha ucraniana, Berdyansk, Nikopol e Yany Kapu, violando os artigos 19 e 21 da Convenção da ONU sobre direito marítimo, atravessaram a fronteira da Rússia e realizaram manobras perigosas durante várias horas sem reagir às exigências das embarcações russas que os acompanhavam. Foi tomada a decisão de usar armas. Todos os navios ucranianos foram detidos aproximadamente a 20 km da costa russa e a 50 km do local habitual de passagem dos navios no estreito de Kerch por baixo da Ponte da Crimeia. Durante o incidente, três militares ucranianos ficaram levemente feridos. Com a lei marcial o governo da Ucrânia pode suspender eleições e adiar derrota de Poroshenko. Na prática, esta medida da poderes ao governo para limitar as manifestações públicas, interferir com o que é divulgado pela mídia, obrigar os cidadãos a realizar “tarefas socialmente necessárias”, como trabalharem em instalações de defesa. Mas a lei marcial, que nunca foi declarada na Ucrânia depois na anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, nem durante a guerra que ainda se prolonga no Leste do país, também pode justificar o adiamento das eleições marcadas para 31 de Março, quando os ucranianos elegerão o presidente e ainda previstas para 2019 eleições parlamentares. O atual presidente servil ao imperialismo deve perder as eleições por isso recorreu a lei marcial e incrementa as provocações contra a Rússia. Estamos presenciando a tática de provocar uma guerra na fronteira com a Rússia que englobe a OTAN, o imperialismo ianque e europeu (particularmente a França, já que a Alemanha não tem de fato FFAA desde a derrota na Segunda Guerra Mundial) para iniciar futuramente um enfrentamento de grandes proporções com Moscou, a fim de quebrar a Rússia e por fim à possibilidade de que Putin consolide um eixo burguês político-econômico-militar alternativo a OTAN e aos EUA. Temos um quadro geopolítico estratégico frente à luta de classes mundial, o que exige uma posição clara e justa dos Marxistas-Revolucionários: ao lado da resistência contra o imperialismo e os bandos fascistas, inclusive estabelecendo frentes únicas de ação com o exército russo para derrotar a ofensiva da OTAN em sua fronteira! Esta perspectiva abre caminho para que os trotskistas façam propaganda revolucionária para construir o verdadeiro Partido Comunista na Rússia e nas ex-Repúblicas Soviéticas, retomando as tradições internacionalistas revolucionárias de Lênin e Trotsky que neste momento se condensam na palavra de ordem de derrotar o imperialismo para edificar uma nova revolução de Outubro! Com a operação militar da OTAN em curso a situação volta a se agravar na Ucrânia, neste cenário somente os ratos decompostos da LIT/PSTU, que ainda se reclamam de esquerda, podem afirmar que apoiarão os neonazistas ucranianos em caso de um enfrentamento concreto com as forças militares de Putin, em nome de uma suposta “revolução” em Kiev. Como Marxistas Revolucionários sabemos muito bem que a Rússia de hoje pouco tem a ver com o antigo Estado Operário Soviético, que apesar da burocratização estalinista “carregava” imensas conquistas históricas para o proletariado. Porém, mesmo absolutamente conscientes da natureza de classe do governo Putin, não nos omitiremos mais uma vez em convocar a classe operária ucraniana e russa para conformar uma poderosa frente única de ação contra o imperialismo e seu capacho, Poroshenko. A experiência de luta do proletariado ucraniano contra o nazismo durante a II Guerra Mundial historicamente já demonstrou que a derrota do fascismo, tanto ontem como hoje, não significa a luta pela “democracia” burguesa ou apenas o direito à separação do leste do país, mas o combate estratégico pela derrota do imperialismo e seu governo lacaio. Esta realidade está criando as condições para o ressurgimento de uma vanguarda comunista com suas bandeiras vermelhas inscritas com a foice e o martelo sempre presentes nas manifestações populares. Desde a LBI defendemos que é fundamental lutar conscientemente (política e programaticamente) a fim de abrir caminho para o retorno de Repúblicas Soviéticas no Leste do país e na própria Ucrânia através da expropriação da burguesia restauracionista nativa com o objetivo de tomar o poder político do Estado, combate de classe que pode ensejar toda a região a seguir seu exemplo, rompendo com a miséria, o desemprego e a pobreza impostos pela restauração capitalista advinda após o fim da URSS!

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

COLETES AMARELOS (GILET JAUNES) NA FRANÇA: UMA MANIFESTAÇÃO DA DIREITA CONTRA O GOVERNO NEOLIBERAL DA "CENTRO DIREITA". ESQUERDA REVISIONISTA EMBARCA NO APOIO JUNTO COM MARINE LE PEN...

"O governo não deveria ter medo do povo francês que vai manifestar sua revolta e faz isso de uma forma pacífica", assim a ex- candidata da extrema-direita à presidência da França, Marine Le Pen, definiu seu apoio às manifestações protagonizadas pelos chamados "Coletes Amarelos" (Gilet Jaunes), que vem tomando o país nos últimos dez dias. Os manifestantes tem como seu eixo político o combate a forte subida dos preços dos combustíveis (que tiveram uma elevação de 23% nos últimos doze meses), em particular o diesel que na França movimenta tanto carros de passeio como os de transporte de cargas comerciais. A escolha do "colete amarelo" como a "farda" do movimento já sinaliza seu caráter reacionário, na França o colete amarelo é um item de segurança obrigatório no trânsito dos veículos em estradas (assim como no Brasil o triângulo de sinalização), ou seja o movimento que declara não ter lideranças políticas assume uma posição "legalista e de ordem" contra o governo Macron (centro direita) que acusam de "esquerdista"...Mas não fica só por aí, os "Coletes Amarelos" não cansam de declarar o seu nacionalismo xenófobo em ataques a "passividade" dos imigrantes, que por razões econômicas óbvias não possuem carros ou caminhões. O apoio aos "Coletes Amarelos" não se restringe a neofascista Frente Nacional de Le Pen, Laurent Wauquiez, líder da direita dos republicanos franceses, instou o governo de Macron a voltar atrás no aumento de imposto sobre combustíveis fósseis, como uma forma de reduzir os preços. Por sua vez os sindicatos operários têm mantido uma razoável distância política do movimento dos "Coletes Amarelos", os convocando para somar a uma greve geral programada para dezembro. Para não romper sua nefasta "tradição" programática de prestar apoio incondicional a toda mobilização da direita que cruza o mundo, a esquerda revisionista como o PTS (MRT no Brasil), acompanhada da LIT e do grupo Resistência do PSOL, já embarcaram na defesa dos "Coletes Amarelos", como sendo um legítimo "movimento anticapitalista", apesar de todas as evidências políticas em contrário. A intransigente oposição proletária que os Marxistas Leninistas estabelecem em relação ao governo neoliberal de Emmanuel Macron, não pode ser confundida com as investidas da extrema direita(maqueadas de espontaneidade das massas), contra a subida dos combustíveis exigimos uma plataforma de estatização(sem indenizações) das grandes transportadoras comerciais, além da expropriação das petrolíferas imperialistas francesas (grupo Total). Estas reivindicações transitórias, que não passam pelas "cabeças" dos dirigentes da esquerda revisionista, devem ser acompanhadas de uma estratégia de poder da classe operária francesa, na luta para impor um verdadeiro governo socialista e revolucionário!

domingo, 25 de novembro de 2018

DILMA, HOJE VÍTIMA DA PERSEGUIÇÃO REACIONÁRIA FASCISTA DO BONAPARTISMO JUDICIÁRIO: ONTEM SEU GOVERNO PERSEGUIA OS PRÓPRIOS COMPANHEIROS DO PT PATROCINANDO A “OPERAÇÃO PORTO SEGURO” CONTRA LULA


Muitos militantes petistas acusam corretamente a Operação Lava Jato de ser um instrumento do imperialismo e de setores da burguesia criado em 2014 com o objetivo central de prender Lula e impedir sua candidatura presidencial, como de fato veio a se concretizar. O que esses mesmos companheiros não dizem ou analisam é que a caçada policial contra Lula e o núcleo histórico do PT começou em pleno governo Dilma, mais precisamente há 06 anos atrás, como denunciava o artigo do BLOG da LBI da época, que reproduzimos abaixo. O pretexto para a ação da PF foi o pretenso “tráfico de influência” de um suposto “affair” do ex-presidente. Naqueles dias, perguntávamos “Por que a PF controlada pelo governo Dilma desferiria um golpe tão letal contra Lula?”. Dilma em nome de fazer uma “faxina” detonava a influência de setores históricos do PT em seu governo, em parte condenado no processo do chamado mensalão via prisão de Dirceu, Genoíno e Delúbio pelo STF, cujos ministros togados foram em grande parte nomeados por Lula. A caçada que se que iniciava contra Lula durante o primeiro governo Dilma foi amplamente apoiada pela mídia e acabou por garantir a reeleição da “gerentona” em detrimento da volta do próprio Lula ao Planalto em 2014. Foi nesse quadro político que posteriormente veio a ser montada a Operação Lava Jato pelo Juiz Moro treinado pelo Departamento de Estado ianque para liquidar a direção histórica petista, uma perseguição que hoje se estende a própria Dilma, que acaba de ser denunciada como integrante do “Quadrilhão do PT” .

OPERAÇÃO PORTO SEGURO: DILMA ACIONA PF PARA PERSEGUIR “AFFAIR” DE LULA COMO PARTE DA “FAXINA” CONTRA O NÚCLEO HISTÓRICO DO PT

(BLOG DA LBI, 24 DE NOVEMBRO DE 2012)

A Operação “Porto Seguro”, desferida pela PF sob o pretexto de prender membros do governo que liberavam pareceres técnicos para aprovação de obras em trocas de favores pessoais, na verdade teve um alvo certo e direto: o ex-presidente Lula. Agentes da PF apreenderam computadores e documentos no escritório da Presidência da República em São Paulo, cuja equipe é ligada a Lula e também na casa de Rosemary Nóvoa de Noronha, conhecida nas hostes petistas simplesmente como Rose. Escutas telefônicas registraram inúmeras ligações entre Rose e Lula nos últimos 19 meses, colocando o ex-presidente completamente refém do séquito dilmista instalado no Palácio do Planalto que comanda a PF. Apresentada pela mídia murdochiana como suposto “affair” de Lula, Rose acompanhava-o em todas as viagens internacionais (sem possuir a menor qualificação técnica para a “missão”). Esteve envolvida nos escândalos dos cartões corporativos ligados aos “gastos secretos” da presidência de Lula e havia indicado parentes para postos importantes nas agências reguladoras (ANA e ANAC), assim como na Infraero. A PF a acusa de montar uma rede de tráfico de influência baseada no seu “prestígio” pessoal junto a Lula, já que ela foi nomeada para o cargo em 2003 e mantida por Dilma a pedido do ex-presidente.
ENCONTRO NACIONAL DE LUTA CONTRA O FASCISMO AGRUPA ATIVISMO E APROVA RESOLUÇÕES DE COMBATE REVOLUCIONÁRIO AO NOVO REGIME BONAPARTISTA E O GOVERNO BOLSONARO: CONSTRUIR A FRENTE ÚNICA OPERÁRIA ANTIFASCISTA NA AÇÃO DIRETA DO PROLETARIADO E DAS MASSAS OPRIMIDAS, SEM NUTRIR ILUSÕES NA "FRENTE AMPLA DEMOCRÁTICA" COM BURGUESIA!

Presença significativa do ativismo no plenário do ECLA 
Ocorreu neste sábado, 24 de novembro, em São Paulo, o Encontro Nacional de Luta contra o Fascismo convocado pela LBI. A atividade teve a participação de mais de 60 companheiros de todo o país representando várias categorias, coletivos classistas e militantes independentes que discutiram a conjuntura nacional e deliberaram uma série de iniciativas políticas para organizar a resistência ao novo regime Bonapartista comandado por Moro, que tutela o governo neofascista e ultra-neoliberal de Bolsoanro/Guedes. Após as discussões que começaram na tarde de sábado, onde intervieram vários camaradas da LBI e ativistas classistas, aprovou-se já no período da noite um texto central com a resolução de conjuntura, eixos políticos e tarefas que publicamos abaixo condensando as tarefas mais importantes colocadas na ordem do dia. Consideramos a realização do Encontro uma importante vitória política na construção de uma base inicial da luta direta contra o fascismo sem capitular a política de colaboração de classes do PT e uma plataforma programática para construir uma alternativa de direção revolucionária no país em uma etapa de duro recrudescimento do regime político. Este desafio repousa essencialmente nas mãos da esquerda revolucionária presente nesse fórum de frente única, uma iniciativa dentro de nossas modestas forças voltada para organizar a ação da vanguarda classista. Mãos à Obra!

RESOLUÇÃO DO ENCONTRO NACIONAL DE LUTA CONTRA O FASCISMO

LUTEMOS POR UMA FRENTE ÚNICA DE AÇÃO DIRETA CONTRA O FASCISMO TENDO O PROLETARIADO NA VANGUARDA DO COMBATE POLÍTICO E SOCIAL! NENHUM APOIO A “FRENTE AMPLA DEMOCRÁTICA” COM A BURGUESIA!

1 - A burguesia legitimada em uma imensa fraude eleitoral imposta pela via das urnas em seu circo eleitoral da democracia dos ricos vai incrementar um plano de guerra neoliberal e antidemocrático contra os trabalhadores por meio do governo Bolsonaro/Moro/Guedes! Com o aguçamento da crise econômica e polarização político-social as lutas necessariamente vão ocorrer nas ruas, nos enfrentamentos entre as classes, na luta dos trabalhadores contra os ataques perpetrados pelo governo de plantão, que não vacilará em lançar seu aparato repressivo e seu judiciário contra os explorados. Em paralelo, as hordas fascistas vão crescendo sem que nos organizemos! Essa situação exige a formação de uma Frente Única de Ação através de comitês de base, de combate ativo e militante! Foi justamente por ter essa compreensão, para discutir essa difícil conjuntura e apontar tarefas candentes que o Encontro Nacional contra o Fascismo foi realizado e vem a público compartilhar com o conjunto do ativismo político nossa compreensão do momento dramático em que vivemos.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

DERROTAR NAS RUAS O PROJETO NEOFASCISTA “ESCOLA SEM PARTIDO” (ESCOLA COM NAZISMO)! MOBILIZAR OS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO PARA BARRAR ESSE ATAQUE REACIONÁRIO, QUE SOB O CONTROLE DE OLAVO CARVALHO, VISA COMBATER A LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E EXPRESSÃO DOS PROFESSORES!

*Cida Albuquerque, mestra em educação pela UFC e da Oposição de Luta dos professores da LBI


Vem ocorrendo uma verdadeira “batalha” parlamentar nos últimos dias em torno do projeto da “Escola Sem Partido” (ESP), uma iniciativa da direita e da bancada evangélica (que acaba de indicar o Ministro da Educação ligado ao nazista Olavo de Carvalho) para atacar a liberdade de ensino dos professores dentro da escola pública. Essa ofensiva reacionária já ocorre há anos no interior da sala de aula, por pressão das administrações burguesas de todos os partidos políticos, inclusive o PT, mas agora seu objetivo é institucionalizar esse ataque com o advento do governo Bolsonaro. O objetivo do “ESP” é perseguir os trabalhadores em educação que estão comprometidos com a luta dos trabalhadores e defendem na sala de aula conteúdos que levam a reflexão da realidade de exploração do capitalismo sobre as condições de vida de nosso povo. Com a eleição de Bolsonaro esse ataque a liberdade de expressão e do ensino vai se incrementar, podendo ser aprovado esse retrocesso histórico em 2019 no venal Congresso Nacional. O núcleo dos trabalhadores em educação da LBI é completamente contrário ao projeto e compreende que somente a luta direta dos professores, estudantes e trabalhadores pode barrar esse ataque que visa aprovar uma legislação que restringe a liberdade de discussões nas escolas impondo um código de conduta de claro perfil fascista e retrógrado. Surgido em 2004, o “ESP” contou com a ativa colaboração dos energúmenos irmãos deputados Flávio e Carlos Bolsonaro, filhos do presidente eleito neofascista. Nos últimos anos, com o acirramento da crise econômica e a guinada à direita promovida pela desmoralização provocada pela política do PT, essas teses conservadoras fortaleceram. Os proponentes do “ESP” partem da premissa de que ocorre nas escolas públicas uma “doutrinação ideológica de esquerda”, contra a qual o “poder público” (o Estado burguês) deveria se opor por meio de impedimento legal e controles ao trabalho dos professores. Não é necessário dizer que os proponentes do “ESP” desconhecem a realidade das escolas públicas brasileiras. Estas, com sua heterogeneidade ideológica, política e religiosa, sua infraestrutura precária, submetidas a pressões privatistas/mercantilistas, enfrentando escassez sistemática de recursos financeiros e convivendo com condições inadequadas de trabalho dos professores, são instituições distantes de qualquer possibilidade de autonomia efetiva. Por esse motivo greves e lutas ocorrem todos os anos! Seus defensores argumentam que as escolas são aparelhadas por professores de esquerda que impõe “ideologia comunista” aos estudantes. Nós militantes da LBI defendemos de fato que os professores sejam porta-vozes do programa revolucionário marxista dentro da sala de aula, sendo verdadeiros “tribunos do povo” como nos ensinou Lênin. Mas o ataque do projeto também conhecido como a “Lei da Mordaça” é voltado contra qualquer pensamento crítico dentro da escola, mesmo o reformismo socialdemocrata ou escolas teóricas de pensamento progressistas. É comum encontrar militantes argumentando que essa seria uma lei da censura. Mas não é só isso. Uma legislação que proíba o livre debate nas salas de aula é na verdade uma lei contra a liberdade de conhecimento, ou seja, as crianças e jovens seriam impedidos de terem acesso a fatos e dados fundamentais da história do Brasil e de toda a humanidade. Como abordar a escravidão sem condená-la? Defendemos uma escola democrática, laica e científica. Como discutir a ditadura militar sem combatê-la? Como analisar o modo de produção capitalista sem chamar a organização de estudantes e trabalhadores para liquidá-lo? O projeto trata-se de uma atrocidade e um retrocesso. Deve ser combatido com força, organização e luta na medida que é uma mordaça não só contra o Marxismo, mas as posições de esquerda em geral e o livre debate de posições progressistas. A Escola Sem Partido possuiu uma ideologia, a do nazismo e seu "partido", ela tem lado, o da burguesia, do capital e da reação capitalista! Ela é formada e sustentada pelos setores mais reacionários que existem na sociedade dividida em classes. No Brasil, onde a história da humanidade foi, e ainda é, furtada da classe trabalhadora, não será possível erradicar o analfabetismo e a fome sem uma educação política, sem uma consciência socialista. A separação da escola da política ou mesmo da vida na escola capitalista é premissa fundamental do projeto do modo de produção capitalista de existência. É um mecanismo de proteção do modo de produção capitalista que cada vez mais fragmenta a totalidade, e quando, via lutas ferrenhas, a classe trabalhadora conquista espaços, os capitalistas de todos os setores do planeta intensificam a exploração ou mesmo reforçam as relações de subordinação e o enaltecimento do espírito burguês, dos pressupostos liberais. Nesta perspectiva, é necessário inverter a ordem, a educação deve estar a serviço da classe trabalhadora e não dos capitalistas. Defendemos uma escola pública, gratuita e laica, em que professores e estudantes tenham liberdade de expressão, de pensamento, de organização para a luta. Que em cada lugar onde esses reacionários e neofascistas tentem cercear nossos direitos estejamos em pé e prontos para derrotá-los através da luta direta dos trabalhadores e sem nenhuma ilusão nas instituições desse carcomido regime político burguês!

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

108 ANOS DA REVOLTA DA CHIBATA: LEVANTE DOS MARINHEIROS NEGROS DESNUDOU INCAPACIDADE DA REPÚBLICA BURGUESA EM GARANTIR OS DIREITOS DEMOCRÁTICOS PARA A BASE PROLETÁRIA DAS FFAA... COM ASCENSÃO DO GOVERNO BOLSONARO, A FRENTE ÚNICA DE AÇÃO CONTRA O NEOFASCISMO E A LUTA PELA LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E SINDICAL NAS FILEIRAS DO EXÉRCITO, MARINHA E AERONÁUTICA SÃO TAREFAS REVOLUCIONÁRIAS QUE ESTÃO NA ORDEM DO DIA!



A Revolta da Chibata, insurreição dos marinheiros liderada por João Cândido completa 108 anos anos neste 22 de novembro. Ao contrário da maioria dos levantes militares ocorridos durante a chamada República Velha (1889-1930), fruto das disputas políticas entre as frações oligárquicas ou dos anseios pequeno-burgueses do movimento tenentista, a revolta dos marinheiros em 1910 refletiu a luta das massas oprimidas pelo regime de exploração capitalista erguido sobre as estruturas remanescentes do período escravista, o latifúndio e a produção agrícola voltada para a exportação, herança de um país submetido à condição de semicolônia do imperialismo. A principal reivindicação dos marinheiros era o fim dos castigos físicos. Acabar com o suplício da chibata, o sofrimento e a humilhação de serem surrados com até 250 chibatadas diante dos seus companheiros e dos oficiais, como corretivo pela prática de ações consideradas como faltas disciplinares por seus superiores hierárquicos racistas. A maioria dos marinheiros era de negros e mestiços, já os oficiais da Marinha do Brasil provinham de tradicionais famílias oligárquicas de fortes tradições monarquistas e escravocratas. Isso explica porque, mesmo após ter sido oficialmente abolida há mais de 20 anos (Lei Áurea de 1888), a escravidão continuava reinando nas reacionárias forças armadas brasileiras. Nas primeiras décadas da república burguesa, a forma de recrutamento para as forças armadas ainda continuava a mesma do período imperial, ou seja, os pobres e marginalizados eram muitas vezes laçados ao estilo capitão do mato e conduzidos à força para o serviço militar, sendo apresentados como voluntários.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

PT, PCdoB E PSOL LANÇARAM NESTA QUARTA-FEIRA EM ATO NO CONGRESSO NACIONAL A  "FRENTE AMPLA"... BEM "AMPLA" DE COLABORAÇÃO DE CLASSES...


Em um ato político restrito a parlamentares e direções partidárias, PT, PCdoB e PSOL lançaram nesta quarta-feira (21/11) no Congresso Nacional a chamada "Frente Ampla", que de ampla mesmo somente o desejo que setores da burguesia nela embarquem.. mas até agora nem mesmo os aliados burgueses mais próximos como PDT e PSB manifestaram qualquer intenção de ingressar neste bloco, isto sem falar é claro dos "tucanos" do PSDB que já estão atolados até o pescoço com o governo neofascista de Bolsonaro. O ato contou com a participação do candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad. Para ele, a criminalização de movimentos sociais é “equivocada e fere o direito à livre organização”. Haddad afirmou ainda que "direitos civis e sociais são complementares e que a defesa deles pode agregar parlamentares das mais variadas correntes políticas." Na mesma linha política de colaboração de classes seguiu Guilherme Boulos do PSOL e MTST: " É verdade que o Bolsonaro foi eleito, mas a democracia não é praticada apenas em um domingo de quatro em quatro anos. A democracia é uma prática cotidiana que pressupõe o respeito às oposições, às minorias, aos movimentos sociais e às liberdades constitucionais, como o direito à livre manifestação e à livre expressão. Não se pode tratar movimento social na pancada, mas sim com políticas públicas". E para fechar com "chave de ouro " o evento o PCdoB defendeu a inclusão na "Frente Ampla" de vários setores "democráticos" das classes dominantes, como FHC, Serra e afins:"Saímos da eleição com 47 milhões de brasileiros gritando por liberdade e por direitos. Então, a gente não parte do zero: estamos apenas fazendo uma articulação política, institucional", declarou a deputada "comunista" Jandira Feghali. Por mais insistentes que sejam os clamores dos reformistas pela "unidade", as lideranças das oligarquias "progressistas" caminham a passos largos em direção do "bolsonarismo", Ciro Gomes inclusive já se manifestou contrário a estabelecer uma "oposição sistemática" ao governo neofascista, trabalhando junto ao PSB e PSDB na construção de uma "terceira via" sem o PT. O movimento de massas realmente precisa de uma sólida unidade política para enfrentar os duros ataques neoliberais e retrógados que se delineiam no próximo horizonte, porém esta unidade deverá ser forjada no calor da ação direta dos explorados e oprimidos, que deverão levantar uma plataforma em defesa das liberdades democráticas e de organização da classe operária. Alimentar ilusões em alianças inócuas e sem nenhuma base real de luta com frações da burguesia é preparar o caminho para novas derrotas do proletariado, à semelhança do que ocorreu nas últimas eleições onde a Frente Popular participou e legitimou o processo mais fraudulento de toda nossa curta história republicana. Nossa tarefa tática no próximo período deverá ser a da recomposição de forças no campo operário e popular, na perspectiva da revolução socialista como a única vereda programática segura para conduzir a derrota da ofensiva neofascista. O PT já revelou historicamente que seu "norte" de acordos e conciliação é absolutamente suicida, desgraçadamente o PSOL e suas tendências internas não conseguem abstrair esta ácida lição da luta de classes. Quanto ao PCdoB nem precisa lembrar que seu papel recorrente é o mesmo do velho "Partidão", capachos da burguesia e coveiros da revolução em nome do "etapismo" stalinista. O momento crucial da história se impõe com o desafio revolucionário: É urgente construir o Partido Marxista Leninista!

terça-feira, 20 de novembro de 2018

O “SHOW DA VIDA” BRUTAL E MERCENÁRIO DA BURGUESIA: FANTÁSTICO ESPETACULARIZA ATAQUE DE EMPRESÁRIO CONTRA ATRIZ GLOBAL MAS ENCOBRE QUE MACHISMO E CAPITALISMO ANDAM DE MÃOS DADAS...REPUDIAR A AGRESSÃO REACIONÁRIA SEM CAIR NA HIPOCRISIA DO FEMINISMO BURGUÊS DE “MERCADO”!


Brizola costumava afirmar em sua vasta sabedoria política uma máxima que respeitamos até hoje apesar de todas as diferenças políticas e ideológicas que tivemos com um dos últimos representantes do nacionalismo burguês no Brasil: “Quando vocês tiverem dúvidas quanto a que posição tomar diante de qualquer situação, atentem… Se a Rede Globo for a favor, somos contra. Se for contra, somos a favor!”. Fazemos essa “ponderação” para analisar, segundo os critérios do Marxismo, o “caso” da atriz global Cristiane Machado agredida covardemente pelo empresário e ex-embaixador Sérgio Schiller Thompson-Flores. A questão ganha importância programática e ideológica não só porque envolve a agressão de um homem contra uma mulher, desgraçadamente cada vez mais corriqueiras em tempo de ascensão do neofacista Bolsonaro, mas porque foi filmada dentro da mansão por câmaras escondidas e denunciada com “holofotes” e chamada especial pelo programa Fantástico, o “show da vida” da Rede Globo no último domingo, ganhando ampla repercussão na mídia. O Blog da LBI não é um folhetim de fofocas para cobrir as brigas “caseiras” tão comuns no seio da elite dominante, mas como a “esquerda” reformista e revisionista costuma perder qualquer noção de classe em imbróglios envolvendo as “questões de gênero”, principalmente quando estas têm destaque e há forte pressão da chamada “opinião pública” resolvemos nos posicionar publicamente. Os Revolucionários defendem consignas democráticas pela igualdade de direitos entre os sexos, mas não omitem a verdade para as trabalhadoras dizendo que terão seus sofrimentos derivados da opressão e da exploração de classe solucionados dentro dos marcos do capitalismo e menos ainda disseminam ilusões de que o aprimoramento do aparato repressivo capitalista trará melhor sorte para elas. Todos esses elementos estão presentes na disputa em questão. A atriz global Cristiane Machado denunciou na Rede Globo com exclusividade uma série de agressões de seu marido, o empresário-mafioso Sérgio Schiller Thompson Flores. 
20 DE NOVEMBRO - DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA:
TRABALHADORES BRASILEIROS SÃO OS VERDADEIROS ESCRAVOS DO CAPITALISMO... LUTEMOS PELA REVOLUÇÃO SOCIALISTA PARA LIQUIDAR A EXPLORAÇÃO DE CLASSE E O PRECONCEITO SOCIAL, DE GÊNERO, COR E RAÇA!


Enquanto o neofascista Bolsonaro acusa cinicamente Cuba de “escravizar” seus médicos que prestavam serviço de saúde pública no Brasil, a população trabalhadora negra brasileira está entre a maioria dos presos, dos explorados, dos desempregados, dos analfabetos, dos que têm sua religiosidade perseguida, dos que são assassinados por grupos de extermínio e dos que possuem o salário médio mais baixo dentre todos os setores da sociedade brasileira. Por outro lado, enquanto atacaram violentamente os médicos cubanos, como reflexo de um anticomunismo arcaico, a burguesia tupiniquim recebe de “braços abertos” os neoescravos bolivianos para “trabalhar” na indústria da confecção de grifes famosas e receberem salários aviltantes sem qualquer proteção social. Para uma classe dominante escravocrata deve ser impossível imaginar que os médicos cubanos tenham dignidade e de livre vontade queiram retribuir ao seu país a educação gratuita e de qualidade que receberam. No governo golpista de Temer essa realidade aprofundou-se ainda mais! Não por acaso, a mesma acumulação originária do capitalismo que aprisionou o negro na África e o escravizou no Brasil, joga-o nas favelas e cortiços das cidades, explorando-o nas indústrias, utilizando-o como exército de reserva para pagar menores salários, dura realidade aprofundada com a reforma trabalhista. Não por acaso a decisão de “libertar os escravos” no 13 de Maio de 1888 não passou de uma formalidade baseada em uma necessidade econômica capitalista, que manteve a terra nas mãos dos grandes proprietários que conseguiram mão de obra assalariada barata face à inexistência para o escravo de uma opção que não fosse vender sua força de trabalho aos antigos senhores. Hoje, como ontem, os trabalhadores negros continuam lutando ao lado de seus irmãos de classe pela verdadeira abolição da escravidão, que só pode vir pela liquidação do modo de produção capitalista e não pela via de sórdidas campanhas hipócritas patrocinadas pela classe dominante e suas abjetas celebridades. Para o capital é necessário que o racismo continue existindo para justificar a desvalorização extremamente lucrativa para o capitalista da força de trabalho negra e parda. Basta verificar que hoje no Brasil o salário dos negros e pardos é metade ou 60% do salário médio pago aos brancos. Isto não é um mero produto de resquícios dos preconceitos escravistas ainda presentes na mentalidade das pessoas. Essa profunda precarização das condições de vida da maioria da população pobre e negra, maquiada pelas pesquisas dos institutos oficiais e ONGs, é o fruto atual da bárbara recolonização imperialista no Brasil. Esta luta não diz respeito somente ao povo pobre e trabalhador negro, ela deve ser tomada por todo o proletariado, que aprendendo com a luta de Zumbi, deve lutar conseqüentemente por construir um instrumento capaz de conduzir a luta anti-racial e a quebra de todos os grilhões capitalistas, o partido revolucionário trotskista que deverá elevar o combate consciente da luta de toda a classe oprimida por varrer da face da Terra toda opressão e exploração imposta pelo imperialismo rumo à construção do socialismo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

REAÇÃO BONAPARTISTA NÃO POUPA A ESQUERDA BURGUESA: MP TORNA HADDAD RÉU, MESMO APÓS TER ELOGIADO MORO EM SUA CAMPANHA 


Em nada adiantou o fato de Fernando Haddad ter elogiado o justiceiro Sérgio Moro em plena campanha eleitoral, além de silenciar acerca do papel nefasto da chamada Operação Lava Jato, mesmo sendo um dos advogados do ex-presidente Lula, preso político da "República de Curitiba". O juiz Leonardo Barreiros acatou o pedido do Ministério Público de São Paulo tornando réu Fernando Haddad, sob a acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em decorrência da "delação premiada" do empreiteiro Ricardo Pessoa da construtora UTC. A direção nacional do PT refutou categoricamente as denúncias e particularmente ação do que considerou partidarização da justiça: "Com base apenas na palavra de um réu confesso, Ricardo Pessoa, que foi descartada pelo Supremo Tribunal Federal por ausência de provas e de credibilidade, o MP-SP fez uma denúncia infundada que não poderia ter sido aceita por um juízo imparcial". Na verdade a retaliação do judiciário ao desempenho político de Haddad reflete bem mais do que simplesmente uma "partidarização" do conjunto da toga em nosso país, revela um fenômeno profundo da ofensiva bonapartista que acaba de sair triunfante de um processo eleitoral totalmente fraudulento. Desgraçadamente o PT, principal força política da esquerda (burguesa), parece que resiste em combater esta ofensiva reacionária do judiciário, mesmo sendo atualmente a principal vítima política do ataque bonapartista da camarilha togada. No último depoimento de Lula a "República de Curitiba", tomado pela juíza Gabriela Hardt, substituta do justiceiro Moro, o ex-presidente ainda tentou convencer seus algozes e "clamar a Deus por justiça", ao invés de denunciar vigorosamente a completa farsa jurídica em curso, onde sua sentença de condenação já está previamente proferida. Postura completamente distinta tiverem os dirigentes bolcheviques diante dos "Processos de Moscou" que sob o comando de Stalin montou um farsesco processo judicial para incriminar e denegrir a imagem das principais lideranças da revolução socialista de 1917. Porém desde a chamada ação penal do "Mensalão", a cúpula do PT vem sendo omissa na intransigente defesa de seus dirigentes históricos, a ex-presidente Dilma foi uma das patrocinadoras da "caça a bruxa" à José Dirceu para logo depois prestar o todo o apoio oficial na gênese da Lava Jato. A esquerda revisionista (PSTU e PSOL) não ficou muito atras da direção do PT, os Morenistas da LIT (PSTU) chegaram a  insanidade comparar os fascistas promotores da "República de Curitiba" com o movimento tenentista (de caráter absolutamente progressista diante da etapa histórica do Brasil dos anos 20) dirigido pelo legendário Luís Carlos Prestes. Agora a ofensiva bonapartista do judiciário se colocou em aliança política com os setores neofascistas e caminham juntos para desde a conquista do governo central promoverem alterações fundamentais no regime político vigente em nosso país. Estão ameaçados, neste período pós vitória palaciana bolsonarista, não só os dirigentes petistas (reformistas e defensores do programa da colaboração de classes), mas o conjunto das direções dos movimentos sociais e da esquerda comunista. É urgente e necessário a construção de uma Frente Única Operária em defesa das conquistas democráticas e sociais do proletariado e do povo oprimido. Manter a linha da conciliação de classes e da "Frente Democrática" com a impotente burguesia "progressista" é o caminho mais curto para uma nova derrota. Organizar já a resistência sob a base da ação direta das massas!

domingo, 18 de novembro de 2018

UM ANOS APÓS O DESAPARECIMENTO DO “SAN JUAN” CONFIRMA-SE O QUE A LBI DENUNCIOU: EMPRESA DE RASTREAMENTO IANQUE “ENCONTRA” SUBMARINO DEPOIS DE MAPEAR AS BACIAS PETROLÍFERAS EM ÁGUAS MARÍTIMAS ARGENTINAS QUE SERÃO ENTREGUES PELO NEOLIBERAL MACRI ÀS TRANSNACIONAIS 

Confirmou-se plenamente o que a LBI denunciou a um ano atrás: o Submarino argentino não explodiu porque era uma “sucata” mas sim foi sabotado pela CIA-OTAN para que o imperialismo e suas empresas de petroléo escaneassem uma das áreas marítimas mais ricas do planeta, sob os olhos “passivos” do entreguista neoliberal Macri. Uma prova disso é que a empresa ianque de exploração submarina Ocean Infinity contratada pela Marinha da Argentina para realizar as buscas do submarino ARA San Juan encontrou-o a mais de 800 metros de profundidade, no Oceano Atlântico. Segundo informações preliminares ele pode ter sido "implodido". A operação envolveu o navio ianque Seabed Constructor, construído nos estaleiros de Bergen, na Noruega, onde a empresa tem sua base de operações. O navio tem 115 metros de comprimento e 22 metros de largura. Além de um heliporto, ele possui tecnologia de ponta. Ele também tem um laboratório com computadores de última geração, braços mecânicos, lanchas rápidas, guindastes de 250 toneladas e uma velocidade de exploração de 1.200 quilômetros. No entanto, os equipamentos cruciais usados para encontrar o San Juan foram os veículos submarinos autônomos (AUV, na sigla em inglês), também conhecidos como "drones subaquáticos" que escanearam toda a região rica em petróleo e riquezas minerais. A empresa Ocean Infinity diz que seus "drones" são os mais avançados do mundo, como uma capacidade de operar em uma profundidade de até 6.000 metros. Como o nome indica, esses veículos são autônomos e não estão ligados ao navio por nenhum cabo, o que permite aos "drones" mergulhar em águas mais profundas e coletar dados de maior qualidade. Cada diária do Seabed Constructor custou 50 mil dólares por dia (R$ 186 mil) ao governo da Argentina. Toda a operação saiu por 7,5 milhões de dólares (cerca de R$ 28 milhões). O entorno onde afundou o Submarino é uma das regiões marítimas mais ricas do planeta em minerais e petróleo, a velhice da embarcação foi apenas uma cortina de fumaça para encobrir os verdadeiros operativos de sabotagem imperialista, possivelmente operada pela marina britânica já que há informes que um submarino inglês estava na área no dia da treagédia. Tanto que a Total francesa em parceria com a BP britânica com o apoio de forças da OTAN trouxeram tecnologia de ponta para “resgatar” o Submarino e paralelamente escanear a riqueza mineral da área onde ocorreu o naufrágio, inclusive com submarinos, navios e aviões com radares e sensores ultra-modernos de várias nações imperialistas, incluindo obviamente os EUA, mapeando completamente a área.


SUBMARINO ARGENTINO NÃO EXPLODIU PORQUE ERA UMA “SUCATA”: FOI SABOTADO PELA CIA-OTAN PARA QUE O IMPERIALISMO E SUAS EMPRESAS DE PETROLÉO ESCANEASSEM UMA DAS ÁREAS MARÍTIMAS MAIS RICAS DO PLANETA, SOB OS OLHOS “PASSIVOS” DO ENTREGUISTA MACRI
(BLOG da LBI, 24 de novembro de 2017)

“Nos Mintieron”! Assim denunciaram os familiares dos 44 marinheiros mortos diante da conduta canalha do neoliberal Macri e do entreguista alto-comando das FFAA que anunciaram neste dia 23 de novembro de forma surpreendente a “explosão” do Submarino argentino ARA San Juan ocorrida no último dia 15, quando anteriormente alegavam uma “falha leve” para o sumiço da embarcação via falha de baterias. Desgraçadamente nossos piores prognósticos, diante da sabotagem do programa naval argentino, se confirmaram: a Marinha reconheceu que todos os tripulantes já estavam mortos há alguns dias em função de uma aparente “grande explosão” que levou o submarino ao fundo do mar. Ele foi construído no final dos 70 na Alemanha e lançado ao mar em 1983 chegando a Argentina em 1985, mas sofreu uma reparação de “meia-vida” nos governos Kirchener em 2009, 2013 e 2014. Durante todo o tempo das buscas o alto-comando da armada argentina e o canalha Macri já sabiam da dimensão da tragédia mas tentavam passar que estavam fazendo “todos os esforços” para salvar os 44 marinheiros...um embuste completo, “una trampa” como dizem popularmente os nossos irmãos portenhos! O engodo, porém, vai além... Envolve os reais motivos do naufrágio do San Juan e a própria “missão secreta” que ele fazia na área econômica argentina no Oceano Atlântico próximo as Ilhas Malvinas controladas pelo imperialismo inglês. Tanto que a Juíza que acompanha o caso declarou que sua missão era “Segredo de Estado” e o próprio Submarino era uma “caixa preta” apontando que não tem qualquer informação segura sobre o tema. Sabe-se que a Argentina desde o ultra-neoliberal Menem tem um acordo militar privilegiado com os EUA para “colaboração” conhecido como “relações carnais”, pacto que incluía o San Juan e seus oficiais, facilitando o acesso as instalações argentinas, seus submarinos e de espiões ou infiltrados. O principal elemento é que a embarcação pode ter explodido não em função da velhice do Submarino e sim por sabotagem da CIA-OTAN, que permitiu as potências capitalistas aproveitarem a tragédia criada com a sabotagem para mapear o Atlântico sul na costa argentina onde antes não era permitido pelo governo Cristina, uma região estratégica na geopolítica mundial. O interesse das transnacionais ianques, francesas e britânicas devido a existência de muito petróleo nesta região do mar do Sul é enorme além de servir para a Inglaterra reforçar sua base militar nas Ilhas Malvinas, historicamente reivindicadas por Buenos Aires. O entorno onde afundou o Submarino é uma das regiões marítimas mais ricas do planeta em minerais e petróleo, a velhice da embarcação é apenas uma cortina de fumaça. Tanto que a Total francesa em parceria com a BP britânica com o apoio de forças da OTAN trouxeram tecnologia de ponta para “resgatar” o Submarino e paralelamente escanear a riqueza mineral da área onde ocorreu o naufrágio, inclusive com submarinos, navios e aviões com radares e sensores ultra-modernos de várias nações imperialistas, incluindo obviamente os EUA, mapeando completamente a área, na medida que o espaço aéreo e marítimo estão abertos para a cooperação internacional. Mesmo os mais velhos Submarinos são bastantes seguros, em 2014 o governo Cristina tinha mandado reformar o San Juan pela última vez e a embarcação náutica estava em boas condições de navegação. Como o Submarino era dos anos 80 toda a “opinião pública” tende a pensar que explodiu porque era “ferro velho” e não por sabotagem da CIA-OTAN. Por outro lado, a explosão serve para que a Marinha argentina não envie mais Submarinos para esta região deixando-a livre para a frota imperial. O programa de Submarinos da armada argentina “vai a pique” literalmente. O impacto da explosão também afeta o Brasil que está à beira de ter um possante submarino nuclear de ponta, que não agrada o imperialismo ianque e nem a Inglaterra. As Marinhas da Argentina e Brasil são o setor das FFAA menos sucateados, em relação ao exército e aeronáutica. Portanto todos esses elementos indicam que a “explosão” foi um golpe do imperialismo para atrasar ainda mais as Marinhas dos dois países latino-americanos. Fica evidente que o neoliberal Macri e o entreguista alto-comando da Marinha argentina são diretamente responsáveis pela tragédia em todos os seus sentidos políticos, humanos e logísticos, por negligência ou colaboração direta. A luta pela soberania nacional deve ser empunhada pelos trabalhadores como parte do combate revolucionário contra o imperialismo. A defesa de uma FFAA forte e equipada deve ser empunhada como parte da luta transicional contra o Estado burguês e pela liquidação do modo de produção capitalista substituindo-o por um poder proletário de novo tipo, como ocorreu na URSS e na edificação do Exército Vermelho e não para reforçar os vínculos dos países semicoloniais com seus amos imperialistas. Por sua vez, o controle dos recursos minerais como o petróleo somente pode ser alcançado com a ruptura dos acordos comerciais e militares que subordinam as nações atrasadas as potências capitalistas! Nesse sentido, coloca-se na ordem o dia a luta por um Governo Operário e Camponês parido da liquidação do Estado burguês e das corruptas instituições do regime político capitalista. Este novo poder não virá pela via eleitoral como a patrocinada pela esquerda argentina e a FIT (PO, PTS, IS) em particular, que celebra como uma "vitória histórica" a eleição de alguns poucos deputados no parlamento enquanto o neoliberal Macri, fortalecido na recente disputa parlamentar, avança no ataque aos trabalhadores (reforma laboral) e na entrega das riquezas nacionais ao imperialismo!

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

ASSASSINATO DO JORNALISTA SAUDITA DO WASHINGTON POST: TRUMP FECHA ACORDO COM PRÍNCIPE SALMAN (O MANDANTE DO CRIME) EM TROCA DE MAIS APOIO PARA A OFENSIVA CONTRA O IRÃ, SÍRIA E PALESTINA


Quase dois meses após o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi a mando do governo de Riad a farsa em torno do crime não só prossegue como fica cada vez mais “interessante” exigindo uma análise mais “fina” de como funcionam as relações da Casa Branca com seus aliados da reacionária petro-monarquia saudita. As circunstâncias do crime e seus desdobramentos poderiam ser base para o roteiro perfeito de um filme policial com forte conteúdo político ao melhor estilo das obras de Agatha Christie e seu inspetor Poirot onde a arte tenta imitar a vida, a última sempre bem mais rica e envolvente. Todos os “elementos dramáticos” do submundo da geopolítica do Oriente Médio junto a seus parceiros das metrópoles capitalistas estão presentes neste caso tanto que nos fizeram elaborar sobre um tema aparentemente distante para nossos olhos, mais preocupados com as ações nefastas do neofascista tupiniquim. O assassinato bárbaro do jornalista saudita do Washington Post contou com tortura, decapitação, esquartejamento e dissolução do seu corpo em ácido no Consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, ocorrido em 02 de outubro por ordem do príncipe herdeiro saudita Mohamed bin Salman, a um comando de 15 agentes. Estes partiram de Riad em dois aviões do reino para a Turquia com a missão precisa de matar o “inconveniente” corresponde do Washington Post, um crítico literário do regime saudita acolhido pelo periódico ianque (tinha residência fixa nos EUA) para fazer denunciais pontuais acerca da “falta de democracia no país”, um conhecido movimento de pressão de baixo impacto de setores do imperialismo ianque para com seus aliados “exóticos” pelo mundo. Como o serviço secreto saudita vinha monitorando os passos do jornalista sabia antecipadamente que ele iria ao consulado em Istambul a fim de obter documentos para seu casamento com a turca Hatice Cengiz. Do prédio consular Jamal Khashoggi não mais saiu, seu corpo nunca foi encontrado...

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

NEOFASCISTA BOLSONARO ATACA CUBA E FORÇA O FIM DO PROGRAMA “MAIS MÉDICOS”: UM GOLPE CONTRA A SAÚDE PÚBLICA PELA “ELITE DE BRANCO” RACISTA E NEOLIBERAL


Após seguidos ataques do neofascista Bolsonaro a Cuba, acusando o regime de ser uma “ditadura comunista assassina” e do anunciado boicote do próximo presidente ao programa “Mais Médicos” o governo cubano decidiu suspender as atividades dos médicos da ilha em nosso país. Segundo o Ministério da Saúde Pública de Cuba “O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, fazendo referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos, declarou e reiterou que modificará termos e condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-americana da Saúde e ao conveniado por ela com Cuba, ao pôr em dúvida a preparação de nossos médicos e condicionar sua permanência no programa a revalidação do título e como única via a contratação individual. As mudanças anunciadas impõem condições inaceitáveis que não cumprem com as garantias acordadas desde o início do Programa, as quais foram ratificadas no ano 2016 com a renegociação do Termo de Cooperação entre a Organização Pan-americana da Saúde e o Ministério da Saúde da República de Cuba. Estas condições inadmissíveis fazem com que seja impossível manter a presença de profissionais cubanos no Programa”. Cuba responde corretamente ao ataque do neofacista Bolsonaro e colocou em debate a completa falência da saúde estatal “gratuita” destinada a atender a população mais carente, obrigada a pagar qualquer arapuca chamada de “plano de saúde” para não acabar em um corredor imundo de um hospital público. Os 13 anos da gerência neoliberal petista não alteraram em nada o péssimo atendimento hospitalar da população, seja nos setores de prevenção, emergência ou tratamento clínico. O golpista Temer aprofundou esse quadro. A razão é uma só, seguiram com o modelo capitalista, onde a saúde da população é apenas mais um lucrativo nicho comercial de acumulação de capital para a burguesia. E não estamos nos referindo somente à rede privada de clínicas e hospitais ou empresas de “seguro saúde”, o sistema estatal é um verdadeiro “filé mingnon” para um grande mercado de fornecimento de equipamentos e medicamentos, quase sempre superfaturados e de qualidade duvidosa. Neste quadro de um regime capitalista neoliberal, onde o sistema de saúde (público e privado) apresenta as melhores taxas de rentabilidade financeira para investimentos (somente ficando atrás no país do mercado de ações), falar de verdadeiros valores humanos como uma medicina voltada a defesa da vida e não do lucro deve provocar o mais profundo ódio de classe de uma elite podre e reacionária. A presença de médicos cubanos no Brasil, dedicados a uma causa e a sua pátria, sempre entrou em contradição absoluta com um mundo onde tudo deve ser precificado, inclusive a vida humana, colocando em questão a mercantilização da saúde e a lógica comercial das grandes empresas do setor.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

15 DE NOVEMBRO DE 1889  PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: UM GOLPE MILITAR DA BURGUESIA CONTRA AS OLIGARQUIAS SEMI-FEUDAIS LIGADAS A MONARQUIA... HOJE NO BRASIL OS GENERAIS SOB O COMANDO DO BONAPARTISMO JURÍDICO TENTAM RETOMAR SUA INFLUÊNCIA NAS INSTITUIÇÕES DO ESTADO CAPITALISTA


Em tempos de formação do governo Bolsonaro de tendência fascista e composto por vários generais (Hamilton Mourão, na vice-presidência, Augusto Heleno, no Gabinete de Segurança Institucional e Fernando Azevedo e Silva para integrar o Ministério da Defesa) tendo ao seu lado o Juiz-Ministro Sérgio Moro na função de comandante do novo regime Bonapartista em consolidação, é fundamental entender que a “Proclamação da República” celebrada nesse 15 de novembro foi na verdade o primeiro golpe militar no Brasil. Desde a sua origem, a classe dominante brasileira sempre procurou controlar o essencial do poder regional e viver em situação subordinada com as elites estrangeiras, desconsiderando as necessidades essenciais da população pobre e dos trabalhadores. No período da monarquia, eclodiram movimentos liberais, federalistas e separatistas (Balaiada; Cabanagem; Revolta Farroupilha, etc.). Esses movimentos foram traídos no seu nascedouro pelas elites regionais, temendo a adesão dos explorados e dos trabalhadores escravizados. As oligarquias regionais semi-feudais sempre preferiram a subordinação imperial a pôr em perigo a ordem escravista, que foi um dos pilares da unidade territorial brasileira. Em 1880, o movimento abolicionista exigia o fim imediato da escravidão, sem indenização. A luta pela abolição transformou-se no primeiro grande movimento democrático nacional, com organização de fugas de escravos, onde homens livres e trabalhadores escravizados uniam suas forças. A reforma eleitoral; a universalização do ensino; a democratização da propriedade da terra eram propostas discutidas pelos abolicionistas. A partir de 1887, aumentaram as fugas organizadas para as cidades. Logo, o movimento assumiu um caráter massivo. Com as fazendas desertadas, vendo o fim inevitável da escravidão, os cafeicultores paulistas aderiram à defesa da imigração. A abolição da escravatura saiu vitoriosa e obrigou a elite a reconhecer sua derrota, com a Lei Áurea. O Brasil estava em permanente ebulição social desde 13 de maio de 1888 com a assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel. A Questão Militar que vinha se arrastando desde 1883, com o debate em torno da doutrina do soldado-cidadão, que defendia a participação dos oficiais nas questões políticas e sociais do país, teve uma conclusão repentina, com o golpe militar republicano de 15 de novembro de 1889. A derrubada da Monarquia, que de imediato foi sem derramamento de sangue, terminou por provocar reações anti-republicanas. Assim, em 15 de novembro de 1889, alguns soldados comandados pelo marechal Deodoro da Fonseca tomaram o Ministério da Guerra e depuseram o ministro e o presidente, o visconde de Ouro Preto. O imperador Dom Pedro II estava em Petrópolis com a família quando foi chamado com urgência à corte: o ministério Visconde de Ouro Preto tinha se exonerado. O governo tinha caído. Só quando chegou ao Palácio Imperial ficou sabendo que monarquia tinha caído.  A exoneração do ministério foi exigida pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, no comando de vários batalhões de oficiais e de soldados. Assim que a exoneração foi entregue a Deodoro ele se proclamou chefe do governo provisório e fechou a Câmara dos Deputados, para ninguém ter dúvida acerca de quem estava mandando. Estava consumado o primeiro golpe militar da história do Brasil. A monarquia caiu sem ter ninguém a defendê-la. O imperador fora traído por todos os oficiais nomeados por ele. Logo em seguida, o novo republicano marechal Deodoro da Fonseca tomou algumas medidas, entre as quais: abandonar o projeto de assentamento e profissionalização dos escravos libertos; instituir a censura à imprensa; reajustar seu salário e dobrar o dos ministros; conceder direito de expropriação para empresas estrangeiras realizarem empreendimentos em território nacional. Todas as elites provincianas apoiaram o novo regime, a maioria eram líderes dos partidos monárquicos, agora defensores fervorosos da “nova” República das elites. Assim, a República foi estabelecida praticamente sem lutas, salvo no Estado do Maranhão, onde os antigos escravos tentaram reagir ao golpe e foram violentamente dispersos, causando o saldo de três mortos e vários feridos. Os três negros de que a História oficial não guardou os nomes foram os primeiros mortos contra o golpe da Proclamação da República no Brasil. Uma nova constituição foi aprovada em 1891, tornando o Brasil uma república federativa e presidencialista copiando o modelo norte-americano. Separou-se o estado da Igreja e ampliou-se o direito de voto (aboliu-se o sistema censitário existente no Império e permitiu-se que todo o cidadão alfabetizado pudesse tornar-se cidadão). As dificuldades políticas da implantação da República se aceleraram com a crise inflacionária provocada pelo Encilhamento, quando o Ministro da Fazenda, Rui Barbosa, autorizou um aumento de 75% na emissão de papel-moeda nacional. Houve muito desgaste do novo regime devido ao clima de especulação e de multiplicação de empresas sem lastro (mais de 300 em um ano apenas). A primeira Constituição republicana foi essencialmente conservadora e elitista, nada de democrático e popular. Quando populações nacionais levantaram-se, confusamente, contra uma ordem que compreendiam ser-lhes absolutamente injusta, como Canudos, Contestado ou na Revolta da Chibata, foram acusadas de atrasados, loucos, etc. e duramente massacradas. Os camponeses pobres, por sua vez, mesmo produzindo fenômenos como as guerras de Canudos e do Contestado, careciam completamente de um projeto político de unidade nacional das lutas para pôr fim à exploração de classe. Em essência, a luta pela reforma agrária radical é um choque entre a estrutura latifundiária e reacionária existente no país e a defesa da pequena e média propriedade camponesa, um embate que enfraquece o Estado semicolonial, que assenta sua dominação em uma aliança entre a oligarquia agrária e a burguesia industrial na nova república burguesa. Para os Marxistas não se trata de um julgamento moral dessas lutas dos camponeses, para além de sua reacionária religiosidade e alinhamentos ideológicos com a monarquia, Canudos representou por exemplo foi um catalizador social da anacrônica realidade agrária no Brasil, servindo como um “farol de luta” para os camponeses nordestinos combaterem militarmente a injusta concentração de terra das grandes oligarquias, representadas politicamente pelos “coronéis” de toda a imensa região “sertânica” que apoiavam a república. Nesse contexto, o presidente da República, Marechal Deodoro da Fonseca chegou a fechar o Congresso, o que serviu de pretexto para a Marinha de Guerra rebelar-se exigindo e conseguindo sua renúncia, o que ocorreu em 23 de novembro de 1891. Deodoro doente retirou-se, sendo substituído pelo alagoano vice-presidente Mal. Floriano Peixoto, em uma espécie de “golpe dentro do golpe”... A República burguesa das elites se mantém até hoje, 129 anos depois, com todo esse ciclo de troca de seus gerentes militares e civis que sustentam a ditadura do capital. Agora neste 15 de novembro, presenciamos o nascedouro de um “novo” cenário aberto marcado pelo “NeoBonapartismo" Judiciário comandado por Moro com os generais tentando retomar sua influência nas instituições do Estado Capitalista, um sistema constitucional híbrido entre o antigo regime democratizante da Nova República e as vertentes fascistas do governo Bolsonaro, com fortes “pitadas” de neoliberalismo radical. Para combater mais essa nova farsa contra os trabalhadores é preciso lutar uma genuína República Socialista no Brasil, baseada na expropriação da burguesia e em um exército que defenda os interesses dos trabalhadores, o que somente pode vir a acontecer com a liquidação violenta e revolucionária da Estado burguês!

terça-feira, 13 de novembro de 2018

DESLIZAMENTO DEIXA 15 MORTOS EM NITERÓI: CAPITALISMO EMPURRA O POVO TRABALHADOR PARA AS ENCOSTAS E MORROS ONDE A POBREZA VIRA UMA “TRAGÉDIA NATURAL” QUE DEIXA VÍTIMAS FATAIS ANO APÓS ANO


Em meio as indicações de Bolsonaro para o novo governo, com o ex-ministro da Fazenda da petista Dilma, o representante dos rentistas Joaquim Levy agora assumindo a presidência do BNDES, demonstrando como dissemos na campanha que Haddad (PT) e o neofascista eram duas faces da ofensiva neoliberal, uma “pausa” no noticiário “político” para registrar com pesar e revolta a morte de 15 pessoas em Niterói devido ao desabamento de uma pedra em uma encosta no morro Boa Esperança, destruindo casas humildes e ceifando vidas. Das vítimas fatais, 2 ainda não haviam completado 2 anos. 4 não haviam chegado aos 20 anos. A vida de crianças e jovens interrompida muito cedo por uma tragédia que poderia ser evitada. A história não para de se repetir. Mais de 5 milhões de brasileiros vivem nestas mesmas “áreas de risco” segundo estudos técnicos, a que se somam outros muitos milhares em morros e favelas que são alvo de deslizamentos e desastres ano após ano. Morro da Boa Esperança, do Bumba...a lista segue sem parar deixado um rastro de morte entre o povo pobre. Os trabalhadores não têm como pagar aluguéis caríssimos e são forçados a morar em locais vulneráveis e perigosos, longe do centro e do trabalho. “Minha avó e meu sobrinho se foram, isso é uma tragédia muito grande. A prefeitura já sabia que isso podia acontecer”, lamentou Amanda Rezende, de 20 anos, que sobreviveu após cavar um buraco para sair dos escombros. A jovem perdeu o sobrinho Caíque, de 1 ano e 9 meses, e a avó, Madalena Rezende. “Ninguém fez nada, ninguém respeitou nossas vidas, nossas crianças. Pedimos ajuda, mas ignoraram nossos pedidos. É uma tristeza muito grande”, lamentou Sandra, que já também já foi moradora da comunidade, mas atualmente apenas as filhas moram no Morro da Boa Esperança. Sandra contou que a área estava interditada, mas que os moradores não estavam recebendo ajuda por parte das autoridades, e que, por isso, retornaram ao local. O “aluguel social” havia sido cancelado pela prefeitura de Niterói o que obrigou os moradores a voltarem ao local onde dias depois aconteceria a tragédia. O prefeito Rodrigo Neves (PDT) e a Defesa Civil sabiam dos ricos de morte. Da mesma forma como ocorreu no Morro do Bumba, agora no Boa Esperança, presenciamos mais um assassinato de trabalhadores, pobres e pretos. Fica evidente que o capitalismo mata e coloca cotidianamente a vida dos trabalhadores em risco, nossa tarefa é liquidar esse modo de produção senil e organizar os trabalhadores para resistir a seus golpes assassinos encobertos por “tragédias naturais”. Nossa solidariedade nesse momento de dor para as famílias das vítimas, nosso chamado a lutar contra o capitalismo assassino e seus gestores burgueses para quem a vida do povo trabalhador não vale nada!

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

MAIS QUE UM “SUPERMINISTRO”: BURGUESIA NACIONAL COLOCOU MORO NO GOVERNO FASCISTA COMO O PRINCIPAL AVALISTA DO DESMONTE NEOLIBERAL E ELIMINAÇÃO DAS GARANTIAS DEMOCRÁTICAS



Com direito a entrevista especial no programa "Fantástico" da Famiglia Marinho, o futuro ministro da justiça Sérgio Moro teve que "jurar" para o público que assiste o "lixão" de domingo da Rede Globo que não será candidato à presidente em 2022. A seguir seu padrão que negou cabalmente que entraria na vida política em 2018, já temos uma declaração pública de que Moro é realmente o candidato a suceder o fascista Jair Bolsonaro. Porém o significado político da super exposição de Moro na mídia dos Marinho é bem mais profundo, o justiceiro da "República de Curitiba" foi ungindo pelo conjunto burguesia nacional e setores da Casa Branca (EUA) como o principal avalista do desmonte neoliberal no Estado brasileiro que Paulo Guedes pretende promover com seu "superministério" da economia. Mas não será somente as questões da economia capitalista nacional que o governo fascista de Bolsonaro almeja alterar radicalmente, introduzindo o "ajuste" mais duro já pensado pelos rentistas para a América Latina, Moro cumprirá a função de coordenar a eliminação constitucional das garantias democráticas inscritas na "Carta Magna" promulgada em 1988, chefiando pessoalmente com suas tendências reacionárias as operações da Polícia Federal contra todos os "elementos" que não se "enquadrem" na nova ordem institucional vigente no país. Este novo cenário aberto para o regime político, que terá Moro como o principal protagonista, os Marxistas caracterizamos como "Neobonapartismo", um sistema constitucional híbrido entre o antigo regime democratizante da Nova República e as vertentes fascistas do governo Bolsonaro, com fortes "pitadas" de neoliberalismo radical.