DESLIZAMENTO DEIXA 15 MORTOS EM NITERÓI: CAPITALISMO EMPURRA
O POVO TRABALHADOR PARA AS ENCOSTAS E MORROS ONDE A POBREZA VIRA UMA “TRAGÉDIA
NATURAL” QUE DEIXA VÍTIMAS FATAIS ANO APÓS ANO
Em meio as indicações de Bolsonaro para o novo governo, com o ex-ministro da Fazenda da petista Dilma, o representante dos rentistas Joaquim Levy agora assumindo a presidência do BNDES, demonstrando como dissemos na campanha que Haddad (PT) e o neofascista eram duas faces da ofensiva neoliberal, uma “pausa” no noticiário “político” para registrar com pesar e revolta a morte de 15 pessoas em Niterói devido ao desabamento de uma pedra em uma encosta no morro Boa Esperança, destruindo casas humildes e ceifando vidas. Das vítimas fatais, 2 ainda não haviam completado 2 anos. 4 não haviam chegado aos 20 anos. A vida de crianças e jovens interrompida muito cedo por uma tragédia que poderia ser evitada. A história não para de se repetir. Mais de 5 milhões de brasileiros vivem nestas mesmas “áreas de risco” segundo estudos técnicos, a que se somam outros muitos milhares em morros e favelas que são alvo de deslizamentos e desastres ano após ano. Morro da Boa Esperança, do Bumba...a lista segue sem parar deixado um rastro de morte entre o povo pobre. Os trabalhadores não têm como pagar aluguéis caríssimos e são forçados a morar em locais vulneráveis e perigosos, longe do centro e do trabalho. “Minha avó e meu sobrinho se foram, isso é uma tragédia muito grande. A prefeitura já sabia que isso podia acontecer”, lamentou Amanda Rezende, de 20 anos, que sobreviveu após cavar um buraco para sair dos escombros. A jovem perdeu o sobrinho Caíque, de 1 ano e 9 meses, e a avó, Madalena Rezende. “Ninguém fez nada, ninguém respeitou nossas vidas, nossas crianças. Pedimos ajuda, mas ignoraram nossos pedidos. É uma tristeza muito grande”, lamentou Sandra, que já também já foi moradora da comunidade, mas atualmente apenas as filhas moram no Morro da Boa Esperança. Sandra contou que a área estava interditada, mas que os moradores não estavam recebendo ajuda por parte das autoridades, e que, por isso, retornaram ao local. O “aluguel social” havia sido cancelado pela prefeitura de Niterói o que obrigou os moradores a voltarem ao local onde dias depois aconteceria a tragédia. O prefeito Rodrigo Neves (PDT) e a Defesa Civil sabiam dos ricos de morte. Da mesma forma como ocorreu no Morro do Bumba, agora no Boa Esperança, presenciamos mais um assassinato de trabalhadores, pobres e pretos. Fica evidente que o capitalismo mata e coloca cotidianamente a vida dos trabalhadores em risco, nossa tarefa é liquidar esse modo de produção senil e organizar os trabalhadores para resistir a seus golpes assassinos encobertos por “tragédias naturais”. Nossa solidariedade nesse momento de dor para as famílias das vítimas, nosso chamado a lutar contra o capitalismo assassino e seus gestores burgueses para quem a vida do povo trabalhador não vale nada!