domingo, 22 de dezembro de 2024

“NAMORO” ENTRE PUTIN E TRUMP: CONDUZIRÁ A UMA ESTREPITOSA DERROTA DA RÚSSIA E AVANÇO IMPERIALISTA DA OTAN 


O presidente russo Vladimir Putin afirmou neste domingo que a :“Rússia está disposta a normalizar relações com os Estados Unidos e outros países ocidentais”. Estas últimas declarações do chefe do Kremlin estão completamente “em linha” com a vergonhosa postura política de Putin ao abandonar a defesa do regime nacionalista de Assad e entregar a Síria na mão dos terroristas financiados pela tríplice aliança formada pelos EUA, Israel e Turquia. O “namoro” que Putin quer estabelecer com Trump, a partir das declarações vazias do reacionário Republicano de que forçaria uma rendição da Ucrânia, cortando as linhas de financiamento militar para o regime nazifascista de Zelensky, conduzirá inexoravelmente a uma estrepitosa derrota da Rússia frente a ofensiva imperialista.

Com o triunfo eleitoral de Trump, Putin deu um claro passo atrás e encarregou os seus diplomatas, incluindo Lavrov, de equilibrar os seus pronunciamentos para permanecerem a “meio caminho“ entre Israel e a Resistência Palestina. Nesta direção estratégica a Rússia nunca aliou-se militarmente a nenhuma organização guerrilheira árabe, mantendo uma suposta neutralidade diante da guerra no Oriente Médio. O Kremlin chegou até a ceder sua própria influência política e militar na Síria, diante dos acenos trumpistas de “negociar” a Ucrânia, abandonando Assad e suas próprias bases aéreas e navais no país dos cedros.

Sabe-se agora que, depois da Rússia não ter levantado um dedo para “salvar” Assad , nunca foram realmente fortes aliados. Neste momento, no movimento das massas árabes, especula-se que a Rússia “se rendeu aos sionistas”, mas a verdade é bem mais profunda do que essa capitulação a Israel: Putin pretende restabelecer as plenas relações econômicas com o imperialismo, posto que de fato nunca foram rompidas integralmente.

Putin tomou a decisão  de “rifar“ Assad priorizando os interesses nacionais do Estado Burguês Russo, uma decisão obviamente divorciada de qualquer elemento de internacionalismo proletário, e o que é ainda pior: Está preparando sua própria derrota na próxima etapa da luta de classes, depositando ilusões que o trumpismo poderá estabelecer uma relativa “soberania gerencial“ diante da máquina de guerra do Deep State ianque.

Falando neste final de semana aos apoiadores em um evento no Arizona, Trump declarou que “acabar com a guerra é uma das coisas que quero fazer rapidamente”, ao mesmo tempo em que sugeriu que uma reunião com Putin poderia acontecer logo no início do seu mandato. “É uma das coisas que quero fazer e rapidamente, e o presidente Putin disse que quer se encontrar comigo o mais rápido possível. Então não temos que esperar por isso. Mas temos que acabar com essa guerra”, afirmou Trump. Caindo como “patinho” neste canto de sereia do imperialismo ianque, “sob nova gerência”, não será nenhum míssil “Oreshnik” que livrará a Rússia de um novo desastre histórico pós soviético.