BIDEN É O PRINCIPAL PADRINHO DO TERRORISTA JOLANI: NETANYAHU E ERDOGAN SÃO OS “SÓCIOS MENORES” DO HTS
O povo sírio está sofrendo um duro golpe contra seu país, perpetrado pelo imperialismo em parceria com o sionismo e o neo-otomanismo, recorrendo a supostos “rebeldes”, na realidade bandos de mercenários armados de diferentes matizes. Atuam sob seu comando, por procuração, na Chechênia, no Sahel, no Iraque, na Líbia, também na Ucrânia; e agora culminaram na Síria o trabalho sujo iniciado em 2011.
Entre 2012 e 2013, elementos da Al-Qaeda começaram a estabelecer-se na Síria, com o líder Ayman al-Zawahiri enviando agentes de alta patente para reforçar a Frente Al-Nusra em 2013. Considerando a correspondência entre o Conselheiro de Segurança de Biden, Jake Sullivan e o ex-presidente Clinton, a Al-Qaeda estava lançada na Síria com a tarefa de combater o governo Assad em nome dos EUA e das suas agências de espionagem.
Abu Muhamad al-Jolani, chefe do grupo terrorista Hayaat Tahrir al-Sham que assumiu o controle de Damasco, era anteriormente um alto líder da Al-Qaeda e um assessor próximo de Al-Zawahiri.
Em 2015, a Síria entrou em uma fase crítica à medida que as condições se tornavam cada vez mais complexas. Nessa altura, a chamada guerra civil síria tinha fragmentado o país em múltiplas zonas controladas pelo governo sírio, grupos apoiados pela Turquia, bandos apoiados pelos EUA, milícias curdos e o Daesh.
Esses grupos desempenharam um papel crucial na definição da trajetória da guerra. Entre eles, a Frente Al-Nusra, afiliada da Al-Qaeda (mais tarde renomeada como Frente Fatah al-Sham) e o Daesh dominaram as manchetes durante anos com os seus avanços territoriais e táticas militares brutais.
A Frente Al-Nusra emergiu como uma força formidável no noroeste da Síria, alinhando-se com outros grupos sob coligações como o Yeish al-Fath (Exército da Conquista). Esta aliança ocupou áreas-chave, incluindo a região de Idlib, desafiando o governo de Al-Assad e consolidando sua influência extremista nesses territórios.
Por outro lado, a organização terrorista Daesh também intensificou a sua campanha brutal, controlando extensos territórios no leste da Síria, incluindo a sua capital de fato, Al-Raqqa.
O Irã e a Rússia apoiaram militarmente Al-Assad, atacando terroristas e grupos fundamentalistas do Daesh, fortalecendo temporariamente assim a posição de Al-Asad no campo de batalha. O Movimento de Resistência Islâmica Libanesa (Hezbollah) também desempenhou um papel fundamental na luta contra estes terroristas apoiados pelo imperialismo. Entretanto o regime nacionalista burguês atravessava uma forte crise econômica no país, correlata com uma crescente desmoralização e corrupção de suas forças armadas, completamente impotentes de combaterem sozinhas a sublevação terrorista.
A estratégia dos EUA para minar e derrubar o governo de Al-Assad continuou sob diferentes formas e nuances nos anos seguintes a relativa e frágil estabilização do regime de Assad. Washington estava envolvido em comunicação direta com os terroristas na Síria, que agora assumiram o controle de Damasco. As mensagens iniciais dos EUA a estes grupos centraram-se em delinear “o que não fazer”, para deixar o mínimo de “digitais” da CIA neste processo.
Na liderança destas forças armadas da “oposição” a Assad estava Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que foi previamente designada como organização terrorista pelos EUA e pelas Nações Unidas. Os Estados Unidos também rotularam o líder do HTS, Abu Muhamad al-Jolani, como terrorista e ofereceram até uma recompensa de 10 milhões de dólares pela sua captura. Porém os EUA orientou posteriormente suas agências de inteligência e altos funcionários do governo Biden para que reavaliassem ativamente o HTS e Al-Jolani, preparando uma transição para que o mercenário assumisse o comando do Estado após o colapso do regime nacionalista burguês.