DEFENDEMOS MANGIONE DIANTE DA REPRESSÃO DO ESTADO CAPITALISTA: ENTRETANTO ALERTAMOS QUE NÃO SERÁ POR AÇÕES DE VOLUNTARISMO PESSOAL QUE DERROTAREMOS O IMPERIALISMO IANQUE
O caso de Luigi Mangione, o homem de 26 anos que supostamente assassinou o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, nas ruas de Manhattan, se tornou uma grande questão política nos Estados Unidos. Embora muitos detalhes ainda precisem ser explicados. Para começar, é preciso denunciar o processo vingativo da burguesia ianque contra Mangione, que teve sua fiança negada e está sendo acusado de terrorismo, levantando a possibilidade até da pena de morte. Exigimos que Mangione, que aparentemente sofre de graves problemas de saúde, tenha sua liberdade imediatamente concedida e receba e os cuidados médicos gratuitos de que precisa.
A resposta dos rentistas hegemônicos e da mídia corporativa, combinando uma atitude ilegal em relação aos direitos democráticos de Mangione, com a indignação moral sobre sua suposta violência, é totalmente hipócrita. Apenas alguns dias após o assassinato do CEO em Manhattan, o consórcio da mídia foi unânime em seus frenéticos elogios ao assassinato terrorista do general russo Igor Kirillov nas ruas de Moscou.
A sociedade capitalista norte-americana, em sua crise terminal, "Se alimenta de carne e bebe sangue", para citar a descrição do advogado de direitos civis Clarence Darrow sobre a histeria das classes dominantes contra Mangione. Centenas de milhares de pessoas foram mortos em guerras promovidas pelos EUA no Vietnã, Iraque, Líbia, Ucrânia, Gaza, Síria e dezenas de outros países sem que os cretinos imperialistas tenham demonstrado nem um “pingo de arrependimento”. Entretanto, como Marxista-Leninistas nos opomos totalmente a esquerda populista que considera Mangione como uma espécie de “herói vingador”.
A demolição do capitalismo e a eliminação dos burgueses enquanto classe dominante é, em última instância, uma questão que só pode ser resolvida com base na luta revolucionária do proletariado, na perspectiva da reconstrução socialista. Mais respostas surgirão sobre os motivos por trás do assassinato do CEO, no entanto, deve-se ter o norte político da perspectiva do combate coletivo das massas oprimidas. Do ponto de vista do último critério, o assassinato de Thompson não muda em nada a realidade opressora sobre a classe trabalhadora e tampouco os lucros dos imundos capitalistas. No tabuleiro maior das classes sociais, Thompson é apenas um “peixe pequeno” do imperialismo ianque.