sexta-feira, 24 de novembro de 2023

DEBATE “QUENTE” NO LANÇAMENTO DO LIVRO “A NOVA INTIFADA COMO EPICENTRO DA REVOLUÇÃO SOCIALISTA MUNDIAL”: UMA POSIÇÃO LENINISTA REJEITADA PELA ESQUERDA REFORMISTA 

Ocorreu na última quarta-feira (22/11) no auditório B2 da Ciências Socais da Universidade Federal da Bahia (UFBA) o mais recente lançamento da editora “Nova Antídoto”, o livro: “A Nova Intifada como Epicentro da Revolução Socialista Mundial”. O debate de lançamento da publicação contou com a presença do Editor-chefe do Blog da LBI, Candido Alvarez, tendo na mediação dos trabalhos, Marco Queiroz, dirigente Trotskysta há mais de 30 anos. A polêmica logo tomou conta do debate, após a intervenção teórica inicial de Alvarez, que pontuou a necessidade da esquerda revolucionária superar o pacifismo pequeno-burguês, adotando um programa de frente única militar com as organizações da Resistência Armada Palestina. O plenário, que contou com a assistência de 50 ativistas, principalmente da juventude baiana, se manifestou acaloradamente nas discussões, apoiando majoritariamente a defesa do Hamas e Hezbollah, como principais instrumentos para derrotar o enclave sionista de Israel, no campo real da luta de classes. Obviamente não faltaram as vozes da esquerda reformista, para fazer a demagógica apologia da “Paz” e do “Fim do Genocídio”, como se não estivéssemos atravessando uma guerra justa de libertação nacional do povo palestino, onde o Estado terrorista dos ortodoxos judeus não estivesse sofrendo duras baixas militares e políticas, obrigando inclusive ao enclave sionista pedir uma “trégua” em função do seu fiasco no campo de batalha.

No curso do debate surgiram polêmicas de quais seriam as ações práticas que a esquerda revolucionária deve adotar diante da Guerra na Palestina. Candido Alvarez defendeu o chamado feito pela LBI às correntes políticas revolucionárias e anti-imperialistas para a organização de brigadas internacionalistas para combater pela derrota do enclave terrorista de Israel! O Editor-chefe do Blog da LBI expôs que não são as nossas diferenças políticas com o Hamas, a Jihad e o Hezbollah que impedirão de nos somarmos de armas na mão na sua trincheira de luta contra o imperialismo e o sionismo, ao contrário, ele defendeu que somente nesse terreno comum de combate poderemos impulsionar a luta consequente por um programa comunista e proletário entre as massas insurretas do Oriente Médio que se levantam heroicamente contra o jugo do sionismo e do imperialismo. Por fim, Alvarez denunciou que longe de apoiar a iniciativa da LBI o grosso da esquerda reformista copiou a política do corrompido Abbas (ANP), que proclama “Defender a Palestina” sem colocar-se pela vitória militar das organizações políticas que objetivamente levam o combate contra o enclave sionista assassino. Por essa razão esse arco reformista defende, como fizeram alguns de seus representantes presentes na plateia, pedir que governos burgueses como o de Lula rompa relações com Israel enquanto a gerência da Frente Ampla no Brasil desencadeou uma operação policial em parceria com o Mossad para encarcerar o Hezbollah e a resistência árabe em nosso país.

No encerramento do “quente” debate, Marco Queiroz, porta-voz da LBI, anunciou que a editora “Nova Antídoto” está programando uma série de debates sobre a guerra na Palestina, tendo como principal eixo programático as posições teóricas elaboradas em seu mais recente livro, que já se encontra como um grande êxito político e editorial. Já estão previstos debates de lançamento nas universidades do Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro nos meses de novembro e dezembro. Convidamos nossos simpatizantes e leitores a se engajarem ativamente nestas discussões, que são de extrema importância para a definição dos rumos da esquerda revolucionária e anti-imperialista.