segunda-feira, 13 de novembro de 2023

PORQUE O EXÉRCITO DE ISRAEL VAI PERDER A GUERRA EM GAZA: POLÊMICA COM A ESQUERDA “ABBISTA” QUE FINGE DESCONHECER OS AVANÇOS DA RESISTÊNCIA ARMADA PALESTINA 

Os dirigentes sionistas estão preparando sua população para um período de tensão e frustrações em função das “surpresas” negativas em sua guerra contra a Resistência Armada Palestina. O governo do carniceiro Netanyahu está chamando-a de “Uma guerra longa, dispendiosa e cruel”. O Chefe do Estado-Maior do exército israelense, Herzi Halevy, declarou: “Estamos travando uma guerra contra um inimigo cruel, e esta guerra tem um preço doloroso e elevado”. O Ministro da Defesa, Benny Gantz, resume as dificuldades da guerra:“As imagens do combate no terreno magoam-nos e as nossas lágrimas correm quando vemos os nossos soldados caírem”.

Os sionistas lançaram a sua guerra contra os palestinos em uma altura em que apenas 27 por cento da população israelense confia no governo e apenas 51 por cento confia no exército. A este fator somam-se os mais de 240 judeus mantidos prisioneiros pela Resistência em Gaza e os 250 mil colonos evacuados de zonas próximas da fronteira com o Líbano. 

Para Israel, esta guerra não é como as anteriores. Já estão sofrendo enormes baixas diárias e uma perda de recursos, incluindo equipamento, tempo, dinheiro e legitimidade (apoio interno e externo). O custo continuará a aumentar à medida que a guerra se arrasta, com mais derrotas militares para as forças de ocupação.

O “insuspeito” jornal sionista Maariv comenta as condições da guerra terrestre que ocorre nos arredores de Gaza: “As forças de resistência estão longe de serem derrotadas. Apesar das liquidações e assassinatos, o Hamas consegue, na maioria dos casos, manter um método de combate organizado, baseado principalmente em combates em túneis, saída de esconderijos e lançamento de mísseis contra os nossos veículos blindados.

Os terroristas querem avançar em direção ao objetivo final de qualquer guerra, que é “destruir o inimigo”. O Ministro da Defesa, Yoav Galant, declarou que “Não há lugar para o Hamas em Gaza. No final da nossa luta, não haverá mais Hamas.” No entanto, os sionistas sabem, pelas suas experiências anteriores, que não alcançarão o seu objetivo. Eles só poderiam alcançá-lo a um preço que não podem pagar, ou seja despejar uma bomba atômica de grande potência em Gaza, porque as de menor calibre já foram lançadas e só conseguiram causar sofrimento na população civil.

Se olharmos para as anteriores guerras do gendarme, particularmente as de 2008 e 2014, vemos que “destruir o Hamas” sempre foi um objetivo fundamental para os sionistas. “Também não há razão para acreditar que desta vez seja possível”, diz o jornal Maariv. Agora o movimento de massas palestino está muito mais forte e muito mais enraizado em Gaza do que antes. “As suas defesas militares e o seu arsenal foram reforçados ao ponto de serem difíceis de penetrar e, em última análise, não é um Estado ou um exército regular que pode anunciar a sua capitulação, mas somente um movimento de resistência popular generalizado ao longo do caminho”, conclui o periódico.

A primeira arma que uma guerra necessita é um plano e uma liderança política e militar capaz de levá-la a cabo. No enclave, o governo nazisionista está nos seus momentos mais difíceis, as manifestações contra Netanyahu não cessaram com o início da guerra e, até agora, o exército sionista não foi visto fazendo outra coisa senão destruir prédios civis e hospitais.

Todos os dias, os comandantes militares sionistas medem as perdas sofridas pelas suas tropas durante as operações terrestres em curso, que são estimadas em cinco por dia. As últimas quatro semanas de guerra custaram cerca de 700 milhões de dólares, excluindo danos diretos e indiretos. Na melhor das hipóteses, a guerra pode custar ao orçamento 50 bilhões de dólares, ou cerca de 10% do produto interno bruto. Se continuar por muito tempo, a economia israelense poderá ser colapsada.

Desde 7 de Outubro, os países imperialistas deram seu apoio aos sionistas, mas o entusiasmo diminuiu rapidamente devido às dúvidas sobre a capacidade do exército israelense de vencer a guerra, bem como o impacto dos crimes que cometeram em Gaza. Vários países romperam relações diplomáticas com Israel (Nicarágua, Bolívia), enquanto outros retiraram os seus embaixadores (Chile, Jordânia, Bahrein, Turquia, Honduras). A crescente pressão popular está pressionando os governos capitalistas a tomar certa distância em relação a Israel. Até os Estados Unidos sabem muito bem que Israel não tem outro plano senão o terrorismo: um uso destrutivo, massivo e indiscriminado da força contra civis e infra-estruturas em Gaza.

Em mais de um mês de guerra, Israel não fez nenhum progresso sério no terreno militar. Os comandantes sionistas percebem que é impossível libertar os prisioneiros que estão sob controle do Hamas, o que seria até um objetivo extremamente limitado. A Resistência Armada Palestina tem um plano: está preparada para uma longa guerra. O tempo está ao seu lado. Esta guerra de libertação nacional, não só terminará com a derrota de Netanyahu, mas mostrará o fim do “pilar lendário” sobre o qual o enclave militar de Israel foi construído: A sua imagem de invulnerabilidade.