domingo, 19 de novembro de 2023

FRAUDE POLÍTICA COMPLETA NO PROCESSO ELEITORAL ARGENTINO: NEM MASSA, NEM MILEI… QUEM GOVERNARÁ O PAÍS SERÁ O NEOLIBERAL MACRI…

Diante da impossibilidade de sustentar mais uma fraude e da ameaça de todo o processo eleitoral já ruindo ser desmoralizado, levando com isso todo o regime político burguês abaixo, o Ministro da Economia, Sergio Massa, admitiu a derrota contra seu rival da tresloucada “La Libertad Avanza”, Javier Milei. “A Argentina tem um sistema democrático forte e sólido e sempre respeita os resultados”, declarou o candidato peronista. Como desde o anúncio dos resultados do primeiro turno, o ex-presidente Macri (homem de confiança da Governança Global do Capital Financeiro) assumiu de fato e de direito o controle programático de um futuro governo Milei, que de fascista não terá nada, não era mais possível justificar um triunfo eleitoral de Massa/Fernández com uma economia do país afundando em hiperinflação e desemprego.

Como na atual etapa histórica do capitalismo a vontade e soberania popular expressa nas eleições são apenas um elemento político a ser considerado e não necessariamente o principal, a Governança Global do Capital Financeiro “calibra” os resultados das urnas segundo seus interesses econômicos conjunturais, seja nos países imperialistas como EUA ou França, seja nas nações imperializadas como a Argentina, Brasil ou México. Os gerentes burgueses locais, não ousam questionar a “vontade divina do mercado”, mesmo quando o resultado não lhes é favorável, a regra suprema é manter vivo o mito da “Democracia”, que é um baluarte ideológico a ser resguardado desde os “fascistas” institucionais como Milei, Bolsonaro, ou os “progressistas” da esquerda como Massa e Lula. Por isso existem os gerentes estatais de vários “coloridos ideológicos”, mas nenhum destes atravessa a “linha vermelha” traçada pelo capital!

A esquerda corrompida e domesticada pelo capital financeiro, obviamente não enxerga mais nada que não seja uma eleição em seu horizonte político. Chegam ao extremo ridícula de fingir não saber que existe uma guerra de libertação nacional na Palestina, e como em toda guerra habitam duas trincheiras militares opostas. Na Argentina, a esquerda revisionista liderada pelo PTS, que no Brasil detém um “satélite” juvenil chamado MRT, embarcou de malas e bagagens no segundo turno na campanha peronista de Massa. Pouco se importou que o Ministro da Economia e candidato para suceder Alberto, declarasse apoio ao enclave de Israel e chamasse a Resistência Palestina de “terrorista”, afinal a posição política do PTS foi praticamente a mesma em relação ao Hamas e a Jihad Islâmica. Agora este campo partidário reformista irá declarar que as eleições presidenciais foram legítimas, afinal o regime democrático burguês não é fraudulento, e que será “Preciso derrotar o fascismo”… “Nas próximas eleições”…

Quando Patricia Bullrich e principalmente Mauricio Macri assumem o controle político e programático da campanha do palhaço reacionário Milei, estava claro que às eleições presidenciais entrariam em um novo patamar para a Governança Global. Mesmo assim o mercado financeiro resolveu dar um “bônus temporário” a Massa, praticamente alijando os Fernández (Alberto e Cristina) do processo eleitoral de disputa pela gerência da Casa Rosada. O odiado Ministro candidato que conduziu o país ao caos, submetendo a economia nacional aos “protocolos” do FMI, foi mantido nas pesquisas à frente do manipulado Milei o quanto foi possível bancar a fraude. Porém se chegou ao limite com uma disparada descontrolada do dólar a menos de uma semana do pleito. Não restava outra opção aos rentistas internacionais que detinham a “senha da vitória”, convocaram Macri e lhe confiaram a tutela do incapaz debilóide para gerenciar o Estado. Assim como ocorreu no Brasil, onde quem comandava a economia nos tempos de Bolsonaro era um “centrado” rentista neoliberal, na Argentina o escolhido para gerir a crise será um nome da estrita confiança de Wall Street.

Sergio não se deu o trabalho de sequer esconder que a contagem dos votos e o resultado oficial das eleições era apenas um pequeno detalhe midiático. Horas antes da divulgação pelo organismo eleitoral (CNE) da primeira parcial do escrutínio, Massa já anunciava que teria perdido as eleições, reconhecendo a lisura do processo eleitoral e parabenizando o “boneco” Milei. Uma postura no mínimo muito estranha, para um candidato que todas as pesquisas apontavam como empatado com o direitista. Acontece que já tinha sido comunicado um dia antes da “domingueira democrática” que pegasse o boné e caísse fora sem resistência ou choro. Agora a tarefa que restou ao decadente peronismo será organizar uma transição menos turbulenta possível, para que assuma a equipe econômica Macrista…