sábado, 25 de novembro de 2023

PRONUNCIAMENTO DA LIDERANÇA DO HAMAS, ISMAIL HANIYEH: “O INIMIGO CEDEU ÀS CONDIÇÕES DO HAMAS PARA TROCA DE PRISIONEIROS”

O chefe do Bureau Político do Hamas, Ismail Haniyeh, garantiu em um discurso transmitido desde Doha após o acordo de troca de prisioneiros, que o inimigo sionista cedeu às condições impostas pelo seu movimento da Resistência Palestina  para a troca de detidos.

Nos termos do acordo negociado entre o Qatar e o Egipto, 50 prisioneiros israelenses, mulheres e crianças com menos de 19 anos detidos pelo Hamas seriam libertados em troca da libertação de 150 detidos palestinos em prisões sionistas, também mulheres e crianças sob a idade de 19 anos. No primeiro dia, um grupo de 39 prisioneiros palestinos , composto por 24 mulheres e 15 crianças, foi libertado em troca de 13 detidos israelenses em poder do Hamas.

Ao comentar a entrada em vigor nesta última sexta-feira da trégua temporária de 4 dias, Haniyeh garantiu que o Hamas a respeitará enquanto a entidade sionista a respeitar. A seguir as principais ideias de seu discurso proferido em Doha:

“Com a ajuda de Deus e a espantosa perseverança do nosso povo, desde o dia 7 de Outubro até ao confronto “à distância zero“ contra as forças de ocupação, no quadro da complementaridade entre a ação política e a ação militar e com o apoio dos povos livres do mundo inteiro, conseguimos enfrentar a ocupação, quebrar a sua vontade e abortar os seus planos, apesar do grande sofrimento infligido.

O inimigo concentrou-se em recuperar os prisioneiros de Al-Qassam, matando e cometendo genocídio e todas as formas de terrorismo. O inimigo garantiu que não aceitaria um cessar-fogo ou a decisão do Conselho de Segurança da ONU que estipulava a necessidade de uma trégua humanitária.

Após 50 dias de barbárie e diante da perseverança do nosso povo e da resistência palestina que o enfrentou em todas as frentes de combate com muita coragem, acabaram cedendo às nossas condições.

Sob os auspícios do Qatar e do Egito, enquanto consultamos as fações da Resistência Palestina conduzimos negociações árduas nas últimas semanas. Estamos comprometidos com a trégua enquanto o nosso inimigo estiver comprometido com ela.

Saudamos os esforços para acabar com a agressão contra o nosso povo, levantar o bloqueio a Gaza, trocar detidos, pôr fim aos ataques à Mesquita de Al Aqsa e permitir que o nosso povo estabeleça o seu Estado independente com Al-Quds como capital e o direito à liberdade, determinação e retorno.

Salientamos a importância dos esforços contínuos dos países árabes e amigos, liderados pela pela Rússia, para permitir que o nosso povo realize as suas ambições nacionais.

Saudamos a recusa árabe e islâmica de interferir no destino de Gaza na sequência da agressão e a recusa de deslocar os palestinos, especialmente por parte da Jordânia e do Egipto, cuja posição tem sido clara e decisiva.

Saudamos o nosso povo em Gaza, cuja firmeza foi o fator central que forçou o inimigo sionista e os seus aliados a recuar.

Saudamos o povo da nossa nação e os povos livres do mundo. Agradecemos imensamente os vossos contínuos movimentos e atividades de massa em apoio a Gaza, à sua resistência e à batalha da Palestina pela liberdade e libertação. Apelamos à continuação deste apreciado esforço, bem como à sua intensificação por todos os meios e em todas as áreas.

As nossas saudações à Resistência Islâmica no Líbano, que lutou ao longo das linhas da frente da Galileia ocupada e ofereceu dezenas de mártires ao lado dos mártires do nosso povo no Líbano, o último dos quais é o mártir Qassami Jalil Al-Jaraz.

Os irmãos no Iémen expressaram firme e poderosamente a sua solidariedade para com os seus irmãos na Palestina. E agradecemos à resistência iraquiana que participa nesta batalha com vigor e coragem”.