quinta-feira, 23 de novembro de 2023

60 ANOS APÓS O ASSASSINATO DE KENNEDY PELA CIA... DEEP STATE CONTINUA NEGANDO SEU ENVOLVIMENTO AO DECLARAR QUE “TUDO NÃO PASSA DE TEORIA DA CONSPIRAÇÃO”

Completou nesse 22 de Novembro o aniversário de 60 anos de morte de um dos mais famosos incidentes de "conspiração" da história do imperialismo ianque: assassinato de John F. Kennedy, no final do ano de 1963. Uma “cortesia” de um atirador solitário segundo a versão oficial do FBI, que passou a qualificar todos os que demoliram suas versões cada vez mais inconsistentes como “conspiranóicos”. 

Após as múltiplas exposições políticas de Kennedy em desacordo com alguns elementos de seu próprio Deep State em relação a Cuba e ao Vietnã, acaba sendo mais simples eliminá-lo e culpar um 'bode expiatório'. Assassinar Kennedy e depois continuar invocando o termo 'teoria da conspiração' foi o caminho escolhido pela CIA, em conformidade com o aval dado pelas corporações financeiras, em particular a indústria armamentista. Depois era só o FBI entrar em cena para lançar “investigações inocentes” sobre a morte de Kennedy e seu suposto “tresloucado algoz”.

Assim, a complexa e intrincada conspiração para matar Kennedy foi realizada por várias agências do Deep State agindo no que eles acreditavam ser motivos “justos” para remover um presidente que ameaçava obstruir o caminho da guerra do Vietnã, a qual Kennedy não pensava ser oportuna para os EUA naquele momento. Entretanto a “sugestão” de que uma agência governamental ianque secretamente mataria seu próprio presidente para promover uma causa da indústria bélica, logo foi atacada como “Teoria da Conspiração”. 

A CIA esteve por trás dos assassinatos de líderes mundiais antes e depois do assassinato de Kennedy, de Mohammed Mossadegh no Irã em 1953 a Salvador Allende no Chile em 1973. Assim como no assassinato de JFK em 1963, as agências de inteligência agrupadas no Deep State têm mostrado repetidamente que  não permitirão que nenhum líder eleito atrapalhe seus objetivos estratégicos, isso também vale hoje para Donald Trump.

Para não deixar dúvida sobre a responsabilidade da CIA na morte do Democrata, em 22 de dezembro de 1963, exatamente um mês após o assassinato de Kennedy, o ex-presidente e insuspeito Harry Truman publicou um artigo redigido com precisão no Washington Post sobre a necessidade de controlar a mesma agência que ele mesmo criou com um golpe de caneta após a Segunda Guerra Mundial.

Truman escreveu:“Há algum tempo fico incomodado com a maneira como a CIA foi desviada de sua missão original. Tornou-se um braço operacional e, às vezes, um braço de formulação de políticas do governo. Isso causou problemas e pode ter agravado nossas dificuldades em várias áreas explosivas ... Há algo no modo como a CIA tem funcionado que está lançando uma sombra sobre nossa posição histórica e sinto que precisamos corrigi-la ”.

Mais recentemente, os vazamentos da NSA por Edward Snowden, e a resposta brutal do governo imperialista à sua tentativa de “alguma transparência” nos serviços de inteligência dão apenas uma vaga idéia da medida em que a Casa Branca está disposta a mentir para o público norte-americano, suprimindo a verdade das operações terroristas da CIA. Após as revelações de Snowden, alguns políticos da ala esquerda Democrata sugeriram que revogassem o Patriot Act. 

Entretanto qualquer tentativa de pelo menos se chegar perto da verdade  sobre o assassinato de Kennedy e outras incontáveis ​ vítimas da “inteligência” e do aparato militar do governo imperialista dos EUA, só poderia acontecer com a revogação da própria “Lei de Segurança Nacional de Truman de 1945”, que criou a CIA e a NSA. E isto é absolutamente impossível no marco da existência do Estado burguês imperialista dos EUA, somente sua destruição pela via da ação revolucionária poderá trazer à tona todas as nefastas conspirações do Deep State.

Teoria da conspiração, o termo é de uso frequente hoje, em plena pandemia, principalmente pela esquerda reformista domesticada que “comprou” a versão oficial da CIA afirmando que o Deep State só existe na cabeça dos ”loucos conspiranóicos”. Esta esquerda embriagada pela crença nas instituições republicanas, sequer tem conhecimento que o próprio jargão “Teoria da Conspiração” foi plantada pela própria CIA para ridicularizar os que ousaram denunciar suas operações terroristas ao longo da história. 
O termo também foi abundantemente usado durante o discurso oficial sobre a origem da pandemia do coronavírus, à medida que muitas vozes científicas estão se levantando para debater questões em torno de alguns “movimentos extraordinários” nunca antes vistos na história, sendo realizados pela governança global do capital financeiro para fazer cumprir a narrativa do isolamento social e do medo. 

O termo serve também como um ‘impedidor de pensamento’, muito útil aos charlatães da OMS. Assim que você for rotulado de ‘teórico da conspiração’, mesmo antes de ter a chance de apresentar uma tese divergente ao “grande público”, a mídia corporativa (com a cobertura da esquerda domesticada) logo desenvolverá imediatamente uma atitude de desconfiança e marginalização em relação a sua corrente de pensamento, associando suas colocações críticas a grupos de lunáticos de extrema direita, criados pela própria CIA. 

Entretanto as grandes conspirações não existem apenas na clandestinidade, ou no sub mundo da segurança, na verdade é um conceito da própria dinâmica estrutural do Estado capitalista para manter o status quo da dominação. Está em uso sistêmico por governos burgueses determinados a cumprir uma meta desejada que pode ser difícil de ter a “aprovação social”.