quarta-feira, 1 de novembro de 2023

OS CORROMPIDOS DA “AUTORIDADE NACIONAL PALESTINA”: SÃO A POLÍCIA SIONISTA MUNICIPAL NA CISJORDÂNIA CONTRA A NOVA INTIFADA

Enquanto o movimento de massas do mundo inteiro reage vigorosamente contra os crimes nazisionistas de Israel em Gaza, a Autoridade Nacional Palestina, liderada pelo corrupto Mahmoud Abbas, está presente na “administração mundial” da Cisjordânia para reprimir a rebelião do povo palestino. O mesmo se pode dizer do Fatah, o antigo partido político de Yasser Arafat que durante décadas dirigiu a luta do povo palestino contra a ocupação sionista.

Agora o Fatah está presa em uma política permanente de “negociação institucional” com os assassinos de Israel,  uma posição de comprovada inutilidade, como mínimo! Esta política de traição, desgraçadamente também é seguida pela esquerda reformista internacional que clama pela “paz e mediação” com os carniceiros terroristas.

As guerras de libertação são necessárias, e os “compromissos“ com os colonizadores imperialistas são um câncer no movimento de massas. O Fatah perdeu credibilidade e é lógico que outros tipos de organizações, como o Hamas ou a Jihad Islâmica Palestina tenham assumido o controle  da resistência armada.

Após a ofensiva de 7 de Outubro, a Fatah e a Autoridade Nacional Palestina de Abbas destacaram-se pela sua ausência total no combate. Durante anos Abbas foi amplamente criticado pelos próprios palestinos, acusado de corrupção e cumplicidade com o enclave de Israel.

O Fatah ficou esgotado politicamente em 1993 com a assinatura dos “Acordos de Oslo” e a criação da Autoridade Palestina, uma espécie de “capitão do mato”, o que obviamente não conduziu a nenhum Estado Palestino soberano. O avanço contínuo dos colônias sionistas na Cisjordânia minou o legado da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e outros “herdeiros políticos” de Arafat. O seu partido renunciou à luta armada e reconheceu a legitimidade do Estado de Israel. Desde então, têm atuado como polícia municipal de Israel na Cisjordânia. Inclusive hoje as sondagens indicam que se convocassem eleições, o Hamas as venceria esmagadoramente, tal como venceu em Gaza em 2005.

O Fatah não desempenha o papel de mobilização política do seu povo, como desempenhou no passado, muito pelo contrário. Desde o primeiro momento, os palestinos na Cisjordânia saíram às ruas para mostrar o seu apoio a Gaza. As manifestações foram violentamente reprimidas tanto por Israel, com a detenção de mais de 4.000 ativistas, como pela Autoridade Nacional Palestina, foi logo acusada de colaboracionismo com os nazisionistas.

Os países imperialistas e seus vassalos, como o Brasil de Lula, classificam o Hamas como “terrorista” porque desta forma a Autoridade Palestina continua a ser o único “interlocutor apresentável”. O traidor Abbas é o único que se reúne com governos estrangeiros e mantém relações com o governo de Israel. Sobrevive politicamente não graças ao reconhecimento político do seu próprio povo, mas ao das grandes potências capitalistas.

Abbas faz declarações para tranquilizar os imperialistas, embora condene retoricamente o bombardeio sionista sobre Gaza, adere à “legalidade internacional” e renuncia à luta armada contra o enclave sionista . Abbas também afirma cretinamente que a OLP é o único “representante legítimo do povo palestino” e que “as políticas e ações terroristas do Hamas não representam o povo palestino”.

Onde organizações traidoras, como a Fatah e a OLP, capitulam diante de Washington, surgem as revolucionárias como o Hamas. Agora é necessário que abandone o seu caráter fundamentalista islâmico para abraçar a causa socialista, como a fez no passado a OLP de Arafat e que tragicamente deu um vergonhoso passo história para trás!