terça-feira, 9 de setembro de 2025

CONDENAÇÃO DOS TOGADOS GOLPISTAS AOS “GOLPISTAS DE ARAQUE”: SENTENÇA DO STF APROFUNDARÁ A SUBMISSÃO DO BRASIL AO IMPERIALISMO GLOBAL

Alexandre de Moraes, o togado golpista que chegou ao STF pelas mãos do facínora Michel Temer após o golpe institucional de 2016 contra Dilma (PT), em seu voto de condenação a Bolsonaro acusou-o de liderar uma “organização criminosa golpista”. Segundo Moraes “A organização criminosa já tinha decidido pelo golpe, só faltava definir os termos do golpe. O Brasil quase voltou a uma ditadura que durou 20 anos, porque uma organização criminosa constituída por um grupo político não sabe perder eleições”. Caracterizamos que o julgamento em curso desembocará na condenação pelos togados golpistas liderados por “Xandão” dos “golpistas de araque” (generais de pijama e membros do entorno Bolsonarista). Alertamos que a sentença do STF aprofundará a submissão do Brasil ao imperialismo global porque visa aprofundar ditames institucionais e políticos neofascistas ao regime político burguês para que nosso país siga na aviltante condição de semicolônia controlada pela Governança Global do Capital Financeiro, com o veredicto limitando ainda mais as chamadas liberdades democráticas pela via do Bonapartismo Judiciário.

Em primeiro lugar Bolsonaro está sendo condenado de fato porque seu governo direitista se “queixou” das restrições na pandemia de Covid-19, embora seguindo fielmente as orientações da OMS (apenas um braço “científico” do Fórum de Davos/Bigpharma). Não por acaso o bufão reacionário agora condenado por Moraes foi varrido por meio de um processo de fraude política imposta pela Governança Global operada pela CIA, que controla os computadores do STF. Isso ocorreu porque para o Clube de Bilderberg, ou sua face pública o Fórum de Davos, pouco importa a coloração “ideológica” dos gerentes nacionais, a única questão que tem validade para os rentistas financeiros que controlam o planeta é a acumulação do seu capital.

A sentença que será proclamada pelo STF prova que estamos diante de uma enorme frente única mundial, desde os grandes rentistas do Fórum de Davos até a anturragem lulopetista e um magistrado brasileiro golpista (2016) que atua também para desmoralizar o atual gerente incompetente da Casa Branca que tem o mandato minado internamente pelo Deee State.

Para fazermos um paralelo histórico temos que rememorar as duas últimas aventuras golpistas no país antes de 2016, a quartelada bem sucedida de 1964, que contou com a covardia do governo nacionalista burguês de João Goulart e a do final do ano de 1977, liderada pelas tropas do General Silvio Frota, então Ministro do Exército, que transformou Brasília em um campo de guerra com o cerco do Palácio do Planalto por militares muito bem armados e treinados.

A última tentativa mambembe de um Golpe de Estado no Brasil, mas que de fato ocorreu apesar do vergonhoso fiasco militar, foi na transição do governo Geisel para o general João Figueiredo. O comandante do estado maior do exército, general Silvio Frota, não aceitou a indicação de Figueiredo para presidir o regime militar e tentou derrubar o governo Geisel via uma quartelada fracassada, mas que chegou a trocar alguns tiros na porta do Palácio do Planalto. O reacionário Frota que era General de 4 estrelas e então Ministro do Exército em 1977, não conseguiu o apoio do Pentágono e mesmo sendo chefe do Alto Comando Militar não recebeu sinal verde do organismo castrense para sua aventura contra a “Abertura Lenta, Gradual e Segura” de Geisel e Golbery Silva. A adesão deste golpe não foi majoritariamente aprovada pelo ACFA, que seguia ordens do Pentágono. O general Euler Bentes então comandante do exército na Amazônia, abandonou Frota e ficou ao lado de Geisel Golbery e Figueiredo, sem Bentes ao seu lado, Frota acabou se rendendo e foi colocado na reserva das FFAA.

Nesse contexto de clarificação política é precisar também pontuar que não podemos caracterizar o impeachment de Collor em 1992 como um golpe, pois ele próprio era um fantoche do imperialismo, que fraudou as eleições para derrotar Lula e depois foi cuspido fora do governo, sem a menor base de sustentação, pelo próprio imperialismo e diante do gigantesco ódio popular.

Registre-se que a condenação de Bolsonaro hoje vem na esteira da caracterização do mais recente golpe de verdade na história contemporânea do país, o golpe institucional de 2016 contra o governo Dilma, operado pelos mesmos senhores togados que hoje gritam “pega ladrão” contra Bolsonaro, sendo estes os reais golpistas mais recentes da história brasileira, filhotes do entreguista neoliberal Michel Temer. O artifício de chamar “pega ladrão”, é fartamente usado pelos verdadeiros ladrões (neste caso os reais golpistas togados) para se “disfarçarem na multidão” e escaparem ilesos, uma operação jurídico-policial que conta com a atuação direta da Rede Globo (Famiglia Marinho) e do consórcio mundial da mídia corporativa. Os Ministros do STF estão fazendo literalmente a mesma coisa, com o agravante que agem sob as ordens da Governança Global do Capital Financeiro.

Agora a Rede Globo tenta enfiar “goela abaixo” dos midiotas a farsesca novela da tentativa de um golpe militar desferida por 1 general de “pijama” e 4 oficiais cancelados pelo Alto Comando do Exército no final de 2022. Serve assim aos propósitos do governo petista neoliberal que tem a tarefa de impulsionar no Brasil a pauta econômica do capital financeiro internacional, representado globalmente pelo Fórum de Davos.

A ironia da história é que a esquerda revisionista, que afirmava até pouco tempo atrás que a famiglia Marinho era a expressão da escória nacional, agora virou fã de carteirinha da novela narrada até à exaustão pelo JN da “fábula” do golpe contra Lula… Somente os Homer Simpsons da exquerda, espectadores do Wiliam Boner, podem crer em tamanha insanidade. Nem mesmo militares de uma republiqueta bananeira da América Central poderiam planejar um golpe com enforcamentos públicos e doses de venenos aplicados contra amigos tão próximos do imperialismo ianque e europeu.

Desde o golpe militar de 1964, urdido nos bastidores da embaixada norte-americana no Distrito Federal, o Alto Comando das Forças Armadas é selecionado e treinado diretamente pelo Pentágono, de onde partem as ordens militares e políticas que devem ser repassadas para toda oficialidade brasileira. Durante todo processo eleitoral de 2022, tanto a embaixada ianque em Brasília como a Quarta Frota dos Estados Unidos (responsável pela América do Sul) e a CIA estiveram em alerta máximo para garantir o retorno do candidato presidencial mais alinhado com as novas diretrizes da Casa Branca: Lula! Supor que os generais brasileiros iriam remar contra uma orientação vinda de Washington para atender os “desejos” de um patético Bolsonaro, beira a estupidez humana…

Afirmamos no título desse artigo que a sentença do STF aprofundará a submissão do Brasil ao imperialismo global que está cada vez mais sob o tacão neofascista, apesar da fachada pseudo-democrática. No regime vigente baseado no Bonapartista Judiciário, hoje liderado por Moraes (e no passado por Sérgio Moro), não é possível admitir manifestações políticas no país que questionem o caráter autoritário do sistema judiciário, sejam essas críticas vindas da direita reacionária ou da esquerda revolucionária. Somente “louvações” aos “heróis” corruptos do STF serão admitidas na ditadura da toga que foi implantada no Brasil a partir da farsesca “Operação Lava Jato”, tudo obviamente feito em “defesa da democracia”.

O careca “skinhead” neofascista opera arbitrariamente por cima das garantias constitucionais que qualquer cidadão brasileiro tem direito, e se hoje ele se volta contra seus ex-camaradas da extrema direita, não tardará muito para iniciar uma perseguição implacável contra a extrema esquerda revolucionária. Tudo dependerá das “ordens de cima”, porque Moraes é apenas um mamulengo nas mãos do imperialismo Global.

Por fim, é revelador que o julgamento que ao seu final condenará Bolsonaro no STF foi retomado em uma conjuntura política onde no domingo passado houveram grandes mobilizações direitistas do 07 de setembro convocadas para rechaçar Moraes e Lula com mais de 50 mil pessoas na Avenida Paulista. Como a esquerda lulopetista não conseguiu levar mais de 5 mil manifestantes em São Paulo em apoio ao governo neoliberal da Frente Ampla, a resposta dada foi acionar a repressão estatal do Estado capitalista contra Bolsonaro.

Os Marxistas alertam que a classe operária e os camponeses pobres não têm nenhum motivo para comemorar a condenação do patético Bolsonaro, não será com os instrumentos estatais de repressão das classes dominantes que a libertação do povo acontecerá! Ainda mais quando o aparelho do judiciário brasileiro está sob o controle direto do imperialismo global.