segunda-feira, 26 de novembro de 2018

COLETES AMARELOS (GILET JAUNES) NA FRANÇA: UMA MANIFESTAÇÃO DA DIREITA CONTRA O GOVERNO NEOLIBERAL DA "CENTRO DIREITA". ESQUERDA REVISIONISTA EMBARCA NO APOIO JUNTO COM MARINE LE PEN...

"O governo não deveria ter medo do povo francês que vai manifestar sua revolta e faz isso de uma forma pacífica", assim a ex- candidata da extrema-direita à presidência da França, Marine Le Pen, definiu seu apoio às manifestações protagonizadas pelos chamados "Coletes Amarelos" (Gilet Jaunes), que vem tomando o país nos últimos dez dias. Os manifestantes tem como seu eixo político o combate a forte subida dos preços dos combustíveis (que tiveram uma elevação de 23% nos últimos doze meses), em particular o diesel que na França movimenta tanto carros de passeio como os de transporte de cargas comerciais. A escolha do "colete amarelo" como a "farda" do movimento já sinaliza seu caráter reacionário, na França o colete amarelo é um item de segurança obrigatório no trânsito dos veículos em estradas (assim como no Brasil o triângulo de sinalização), ou seja o movimento que declara não ter lideranças políticas assume uma posição "legalista e de ordem" contra o governo Macron (centro direita) que acusam de "esquerdista"...Mas não fica só por aí, os "Coletes Amarelos" não cansam de declarar o seu nacionalismo xenófobo em ataques a "passividade" dos imigrantes, que por razões econômicas óbvias não possuem carros ou caminhões. O apoio aos "Coletes Amarelos" não se restringe a neofascista Frente Nacional de Le Pen, Laurent Wauquiez, líder da direita dos republicanos franceses, instou o governo de Macron a voltar atrás no aumento de imposto sobre combustíveis fósseis, como uma forma de reduzir os preços. Por sua vez os sindicatos operários têm mantido uma razoável distância política do movimento dos "Coletes Amarelos", os convocando para somar a uma greve geral programada para dezembro. Para não romper sua nefasta "tradição" programática de prestar apoio incondicional a toda mobilização da direita que cruza o mundo, a esquerda revisionista como o PTS (MRT no Brasil), acompanhada da LIT e do grupo Resistência do PSOL, já embarcaram na defesa dos "Coletes Amarelos", como sendo um legítimo "movimento anticapitalista", apesar de todas as evidências políticas em contrário. A intransigente oposição proletária que os Marxistas Leninistas estabelecem em relação ao governo neoliberal de Emmanuel Macron, não pode ser confundida com as investidas da extrema direita(maqueadas de espontaneidade das massas), contra a subida dos combustíveis exigimos uma plataforma de estatização(sem indenizações) das grandes transportadoras comerciais, além da expropriação das petrolíferas imperialistas francesas (grupo Total). Estas reivindicações transitórias, que não passam pelas "cabeças" dos dirigentes da esquerda revisionista, devem ser acompanhadas de uma estratégia de poder da classe operária francesa, na luta para impor um verdadeiro governo socialista e revolucionário!