PROVOCAÇÃO “MADE IN USA” DA UCRÂNIA CONTRA MOSCOU: GOVERNO SERVIL AO IMPERIALISMO APROFUNDA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA INTERNA E OTAN MOBILIZA SUAS TROPAS... RECHAÇAR A OFENSIVA CONTRA A RÚSSIA! DEFENDER AS “REPÚBLICAS POPULARES” DA INVESTIDA NEOFASCISTA!
O governo da Ucrânia, subserviente ao imperialismo ianque, armou nos últimos dias uma provocação dupla contra a Rússia. Enviou navios de guerra as águas russas (que foram capturados) para ter o pretexto de declarar lei marcial no país e exigir auxílio militar da OTAN. Com essas medidas aprofundou a perseguição interna a oposição, reforçou a ofensiva contra as "Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk", além de estimular ataques a embaixada e consulados russo na Ucrânia. Por sua vez, colocou em marcha preparativos militares de seus aliados imperialistas contra Moscou. Obviamente que se trata de um plano elaborado em conjunto com o Pentágono e a OTAN. A decisão ucraniana foi formalmente tomada após o incidente com três navios ucranianos no estreito de Kerch. Em 25 de novembro, três navios da Marinha ucraniana, Berdyansk, Nikopol e Yany Kapu, violando os artigos 19 e 21 da Convenção da ONU sobre direito marítimo, atravessaram a fronteira da Rússia e realizaram manobras perigosas durante várias horas sem reagir às exigências das embarcações russas que os acompanhavam. Foi tomada a decisão de usar armas. Todos os navios ucranianos foram detidos aproximadamente a 20 km da costa russa e a 50 km do local habitual de passagem dos navios no estreito de Kerch por baixo da Ponte da Crimeia. Durante o incidente, três militares ucranianos ficaram levemente feridos. Com a lei marcial o governo da Ucrânia pode suspender eleições e adiar derrota de Poroshenko. Na prática, esta medida da poderes ao governo para limitar as manifestações públicas, interferir com o que é divulgado pela mídia, obrigar os cidadãos a realizar “tarefas socialmente necessárias”, como trabalharem em instalações de defesa. Mas a lei marcial, que nunca foi declarada na Ucrânia depois na anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, nem durante a guerra que ainda se prolonga no Leste do país, também pode justificar o adiamento das eleições marcadas para 31 de Março, quando os ucranianos elegerão o presidente e ainda previstas para 2019 eleições parlamentares. O atual presidente servil ao imperialismo deve perder as eleições por isso recorreu a lei marcial e incrementa as provocações contra a Rússia. Estamos presenciando a tática de provocar uma guerra na fronteira com a Rússia que englobe a OTAN, o imperialismo ianque e europeu (particularmente a França, já que a Alemanha não tem de fato FFAA desde a derrota na Segunda Guerra Mundial) para iniciar futuramente um enfrentamento de grandes proporções com Moscou, a fim de quebrar a Rússia e por fim à possibilidade de que Putin consolide um eixo burguês político-econômico-militar alternativo a OTAN e aos EUA. Temos um quadro geopolítico estratégico frente à luta de classes mundial, o que exige uma posição clara e justa dos Marxistas-Revolucionários: ao lado da resistência contra o imperialismo e os bandos fascistas, inclusive estabelecendo frentes únicas de ação com o exército russo para derrotar a ofensiva da OTAN em sua fronteira! Esta perspectiva abre caminho para que os trotskistas façam propaganda revolucionária para construir o verdadeiro Partido Comunista na Rússia e nas ex-Repúblicas Soviéticas, retomando as tradições internacionalistas revolucionárias de Lênin e Trotsky que neste momento se condensam na palavra de ordem de derrotar o imperialismo para edificar uma nova revolução de Outubro! Com a operação militar da OTAN em curso a situação volta a se agravar na Ucrânia, neste cenário somente os ratos decompostos da LIT/PSTU, que ainda se reclamam de esquerda, podem afirmar que apoiarão os neonazistas ucranianos em caso de um enfrentamento concreto com as forças militares de Putin, em nome de uma suposta “revolução” em Kiev. Como Marxistas Revolucionários sabemos muito bem que a Rússia de hoje pouco tem a ver com o antigo Estado Operário Soviético, que apesar da burocratização estalinista “carregava” imensas conquistas históricas para o proletariado. Porém, mesmo absolutamente conscientes da natureza de classe do governo Putin, não nos omitiremos mais uma vez em convocar a classe operária ucraniana e russa para conformar uma poderosa frente única de ação contra o imperialismo e seu capacho, Poroshenko. A experiência de luta do proletariado ucraniano contra o nazismo durante a II Guerra Mundial historicamente já demonstrou que a derrota do fascismo, tanto ontem como hoje, não significa a luta pela “democracia” burguesa ou apenas o direito à separação do leste do país, mas o combate estratégico pela derrota do imperialismo e seu governo lacaio. Esta realidade está criando as condições para o ressurgimento de uma vanguarda comunista com suas bandeiras vermelhas inscritas com a foice e o martelo sempre presentes nas manifestações populares. Desde a LBI defendemos que é fundamental lutar conscientemente (política e programaticamente) a fim de abrir caminho para o retorno de Repúblicas Soviéticas no Leste do país e na própria Ucrânia através da expropriação da burguesia restauracionista nativa com o objetivo de tomar o poder político do Estado, combate de classe que pode ensejar toda a região a seguir seu exemplo, rompendo com a miséria, o desemprego e a pobreza impostos pela restauração capitalista advinda após o fim da URSS!