segunda-feira, 24 de junho de 2024

PALESTINO PRESO ARBITRARIAMENTE PELA PF É DEPORTADO: GOVERNO LULA, SUBSERVIENTE A BIDEN&NETANYAHU, TRATA APOIADOR DA RESISTÊNCIA ÁRABE COMO “PERSONA NON GRATA” NO BRASIL

A Justiça Federal de São Paulo revogou a decisão liminar neste domingo (23/06) e autorizou a repatriação do cidadão palestino Muslim M. A Abuumar que, por perseguição do Mossad e da Polícia Federal de alegação de suposta ligação com o grupo Hamas, ficou detido no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, desde sexta-feira (21/06) pela PF do lacaio governo Lula. Muslim, sua esposa grávida de sete meses, seu filho de seis anos e sua sogra, de 69, foram obrigados pela PF a embarcar em direção a Doha, capital do Catar. Após a escala, a família retorna à Malásia, de onde partiram na última semana. O governo Lula de fato declarou o apoiador da resistência árabe como “persona non grata”. A expressão vem do latim e denomina alguém que não é bem-vindo em algum lugar. A Polícia Federal de Lula atuou como uma sucursal do FBI e do Mossad no Brasil. O judiciário também foi cúmplice nessa trama sionista. No fim o que contou foi a lista do FBI. Muslim é professor universitário e tem irmão no Brasil. Ele é também diretor do Centro de Pesquisa e Diálogo da Ásia e defensor da causa palestina.

Segundo informações fornecidas pela PF, a prisão de Muslim foi justificada por sua inclusão na lista do Terrorist Screening Center (TSC) do FBI, que identifica suspeitos de envolvimento com "grupos terroristas". A PF alegou ainda que Abuumar planejava que seu filho nascesse no Brasil para obter cidadania brasileira, facilitando assim a imigração da família, uma prática permitida pela legislação brasileira. No entanto, essa justificativa é frequentemente utilizada para barrar imigrantes nos Estados Unidos. 

O caso é absurdo em todos os sentidos. A Polícia Federal está atuando para aplicar determinações do governo norte-americano no Brasil. A lista do TSC não tem amparo na legislação brasileira. Ao utilizá-la como critério para impedir a entrada de um cidadão palestino no Brasil, a PF está atuando como sucursal do FBI.

A PF acusou Muslim de fazer parte de uma "organização terrorista" sem conduzir nenhum tipo de investigação, ou seja, levaria em consideração não só a lei dos EUA, mas também a própria investigação norte-americana. Coloca-se assim, mais uma vez, como verdadeira fachada para a atuação do FBI no Brasil.

Após o entendimento da magistrada, a defesa de Muslim informou ao Blog da LBI ter juntado um pedido de reconsideração, mas revelou que a juíza se recusou a analisá-lo em plantão judicial. Também foi enviado um agravo de instrumento ao tribunal competente. No entanto, o desembargador “só analisou o pedido liminar às 23h10”, horas após Muslim e sua família terem embarcado no voo. “A juíza de primeira instância negou a análise e o desembargador de plantão negou o agravo”, afirmou o advogado Bruno Henrique de Moura, que representa a família. 

O irmão de Muslim, Habib Omar, naturalizado brasileiro, expressou revolta em relação à situação. “Como palestinos, estamos acostumados com isso, mas, como brasileiro agora, fico ofendido”, afirmou. Omar ainda divulgou um comunicado, em nome da família, agradecendo àqueles que apoiaram a causa.  “Ele [Muslim] tem um espírito elevado como qualquer outro palestino que enfrenta injustiça, apesar da experiência traumática para sua esposa grávida, seu filho de seis anos e sua sogra de 69 anos”, diz a nota. “Tentamos visitá-los diversas vezes, mas não tivemos permissão pela Polícia Federal. E meu filho não pôde ver seu primo e entregar o presente que compramos, mesmo estando separados por poucos metros”, conclui.

Durante três dias, o palestino Muslim M. A Abuumar e família ficaram retidos no Aeroporto de Guarulhos (SP) pela Polícia Federal e, agora, retornam à Malásia após a Justiça revogar liminar e decidir pela repatriação.

Muslim M. A. Abuumar Rajaa, de 37 anos, que atua como professor universitário e diretor do Centro de Pesquisa e Diálogo da Ásia e do Oriente Médio (OMEC), desembarcou em São Paulo na sexta-feira (21/06). No entanto, ele foi surpreendido pela Polícia Federal do Aeroporto de Guarulhos quando foi questionado sobre sua opinião relativa ao genocídio de Israel promovido na Faixa de Gaza.

“Ele [o policial] perguntou sobre o que ele [Muslim] pensa a respeito do genocídio em Gaza, o que pensa sobre a resistência palestina”, contou Habib Omar, afirmando que se trataram de questionamentos com motivações políticas.

Muslim tinha acabado de renovar seu visto na Embaixada do Brasil na Malásia para ficar três meses no território brasileiro e não possuía irregularidades na documentação. Conforme apuração, as ordens de detenção executadas pela autoridade policial haviam partido diretamente da chefia de Inteligência da Polícia Federal, em Brasília, que possui laços com o Instituto para Operações Especiais e de Inteligência de Israel (Mossad). “Mostraram um site estrangeiro de fonte israelense, afirmando que ele é acusado e faz parte da resistência palestina, que em especial coopera com Hamas. Perguntaram se faz parte de algum partido palestino, se faz parte da resistência, perguntas que não têm nada a ver com o Brasil”, explicou o presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), Ahmad Shehada.

O IBRASPAL, por meio de nota, pediu ao governo Lula que atuasse imediatamente para acabar com essa ingerência dos EUA e do Mossad no País e que garantisse os direitos de Muslim Abuumar, vítima de perseguição política apenas por ser palestino. De nada adiantou, Lula fez "ouvidos moucos" e o apoiador da causa palestina foi tratado como “persona non grata” e deportado de nosso país!