quarta-feira, 8 de abril de 2020

SANDERS FORMALIZA RENÚNCIA JÁ “CANTADA” HÁ UM MÊS ATRÁS: APOIO A ALA DEMOCRATA BINDEN/OBAMA... RESTA SABER SE OS GRUPOS REVISIONISTAS SEGUIRÃO SUA ORIENTAÇÃO...


O senador Bernie Sanders, representante da tendência de esquerda do Partido Democrata, anunciou hoje (08/04) uma decisão já tomada há pelo menos um mês atrás, renúncia sua postulação (interna ao PD) a presidência dos EUA, resolvendo apoiar Joe Binden, o ex- vice-presidente de Barack Obama. Nós do Blog da LBI não fomos surpreendidos com esta resolução de Sanders, há cerca de um mês atrás já tínhamos noticiado esta posição que põe fim às ilusões da esquerda revisionista em relação ao senador pelo estado de Vermont: “Com um resultado já praticamente definido a favor de Binden, Sanders reconheceu a derrota e convocou a unidade do partido Democrata para derrotar Trump, repetindo a mesma postura que adotou em 2016, quando foi derrotado pela senhora Clinton. Diante da iminente derrota nas primárias, Sanders conclamou a unidade partidária: ‘Neste momento de crise é imperativo que permaneçamos juntos, no mesmo partido para derrotar Trump’”, enfatizou o senador. Agora resta saber se os grupos revisionistas, como o Resistência no Brasil, irão seguir a orientação de Sanders e apoiar o ex-presidente de Obama, responsável entre outras atrocidades pela destruição da Líbia e o cerco imperialista contra a Venezuela” (Blog da LBI, 20/03).

Para justificar sua desistência, e não deixar nenhuma dúvida sobre seu desejo de unidade dos Democratas, Sanders afirmou que: "Biden é um homem decente com quem trabalhará para promover idéias progressistas". Biden é a expressão mais asquerosa da política imperialista ianque, quando desde a sua juventude defendeu o massacre ao povo vietnamita, atacado covardemente pela máquina de guerra do Pentágono. Quando assumiu em parceria com Obama o comando da Casa Branca em 2009, Joe se notabilizou pela apologia das ocupações militares norte-americanas pelo mundo, dedicando especial “cuidados” para a destruição da Líbia, sob o pretexto sórdido de derrubar o regime do “ditador Kadaffi, depois seguindo para a agressão contra a Síria, quando foram os criminosos ianques contidos pelo suporte militar russo ao governo de Bashar Al Assad. É com este verdadeiro carniceiro dos povos que Sanders quer “promover as ideias progressistas”.

A quase totalidades dos grupos políticos da esquerda revisionista do Trotskismo, em nível mundial, embarcaram na candidatura de Sanders, apresentado-o como uma alternativa para derrotar eleitoralmente o reacionário Trump. Rapidamente fizeram questão de esquecer a o passado de Sanders, como parlamentar defensor das intervenções do imperialismo ianque ou no apoio dado a Hillary Clinton nas eleições presidenciais passadas, quando perdeu a indicação do Partido Democrata. As ilusões reformistas disseminadas ao redor de Sanders pela “família revisionista” não conseguiram resistir à sua capitulação vergonhosa a Biden e a aristocracia dirigente do Partido Democrata. Agora provavelmente devem seguir com Biden, justificando a pandemia do coronavírus como um “pretexto emergencial” para derrotar Trump, comprovando nosso prognóstico acerca da completa falência programática da esquerda revisionista.