quinta-feira, 2 de abril de 2020

“PACOTE DE MALDADES” DA DUPLA DE CANALHAS BOLSONARO/GUEDES: REDUÇÃO SALARIAL DE ATÉ 70% E SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR DOIS MESES, COM O GOVERNO USANDO O SEGURO DESEMPREGO DOS TRABALHADORES PARA SOCORRER OS CAPITALISTAS!  


O governo dos canalhas Bolsonaro/Guedes detalhou nessa quarta-feira (01/03) a medida provisória (MP) que autoriza as empresas a reduzirem, proporcionalmente, a jornada de trabalho e os salários dos empregados. O “Pacote de Maldades” foi apresentado pomposamente como “Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda”. O tal pacote prevê as reduções de jornada em até 25%, 50% ou de 70% durante 90 dias, com o governo saindo em socorro das empresas. Redução inferior a 25%: não há direito a esmola chamada de “benefício emergencial”. Em tese para quem teve sua jornada e salário reduzidos e ganha até um salário mínimo, ou seja, até R$ 1.045, o governo vai complementar o salário do trabalhador até o valor integral. Para quem ganha acima de um salário mínimo, o benefício terá como base de cálculo o valor mensal do seguro-desemprego a que o empregado teria direito se fosse demitido, ou seja, o trabalhador vai usar seu seguro-desemprego para ajudar os empresários! Se o trabalhador teve a sua jornada reduzida em 25% por parte da empresa, ele irá receber 25% do valor da parcela que seria o seu seguro-desemprego. A mesma lógica vale para as jornadas reduzidas em 50% e 70%. Para trabalhadores que recebem até três salários mínimos, o acordo para redução de jornada e salário pode ser feita por acordo individual, sem a participação dos sindicatos! Por sua vez, os patrões podem por 2 meses suspender o contrato de trabalho sem pagar o salário, com o governo “compensando” o trabalhador com o valor integral da parcela mensal do seguro-desemprego. 


A suspensão dos contratos ou redução de salário e jornada deve alcançar 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Empresas com receita bruta anual de até R$ 4,8 milhões estão autorizadas a suspender o salário de todos os empregados. Já as empresas que faturam acima de R$ 4,8 milhões, precisarão arcar com, pelo menos, 30% dos salários. Neste caso, o benefício emergencial do governo que o trabalhador vai receber é de 70% do valor da parcela mensal do seguro-desemprego a que teria direito. Frente a essa realidade reafirmamos que a única forma dos trabalhadores se defenderem dos ataques do governo neofascista de Bolsonaro/Guedes e da Pandemia do Coronavírus é ganhando as ruas e paralisando o país pela via da Greve Geral por tempo indeterminado para garantir seus direitos, conquistas e suas vidas assim como de suas famílias, organizando a luta direta para colocar abaixo o governo neofascista e ultra-liberal de Bolsonaro/Mourão/Guedes!