BASE THEOFASCISTA DO
BOLSONARISMO FOI ACIONADA PARA ATACAR OS “TRAIDORES” DÓRIA E WITZEL... ENQUANTO
ISSO, LULA E O PT COLOCAM O MOVIMENTO OPERÁRIO E POPULAR EM “QUARENTENA”!
As manifestações direitistas deste final de semana,
principalmente no sábado (11/04) não podem ser simplesmente recriminadas, como faz
grande parte da esquerda. A Frente Popular capitaneada pelo PT, PCdoB e PSOL
apresenta as marchas e carretas que fecharam a Av. Paulista ou lotaram as ruas
de Curitiba como simplesmente um “banco de loucos e irresponsáveis” diante da
pandemia do Coronavírus. Desde a LBI alertamos que no vácuo e inação da Frente
Popular, os movimentos fascistas poderiam ocupar “espaços vazios”, foi o que
ocorreu sábado, com gritos de “Dória comunista, odeia a polícia!”, em um claro
objetivo de estabelecer uma ponte direta com a PM, força repressiva que o
governador paulista afirmou que iria acionar em caso de “aglomerações”. Ficou
envidente que sua “ameaça” está voltada somente para a esquerda e o movimento
operário, já que as viaturas presentes na Paulista apenas faziam a “segurança”
dos bolsominios. As hordas neofascistas, convocadas pelo clã Bolsonaro, as
igrejas evangélicas e pentecostais, ou seja, a base Theofascista do Planalto, foram
às ruas para demonstrar que ainda existem em bom número, apesar do colapso
político prematuro do governo golpista em meio a ampliação das mortes do
Covid-19. Com uma base social de milhões de evangélicos de toda a sorte de
seitas, milhares de policiais civis e militares e uma pequena elite de classe
média urbana, não foi muito difícil mobilizar um número relativamente
expressivo de “ativistas da reação”. A “novidade” desta “semana santa fascista”,
ao contrário das inúmeras ocorridas entre o final de 2014 e meados de 2016, foi
seu eixo político não mais voltado contra o PT, agora o foco dos ataques
estavam dirigidos a um setor da direita neoliberal, especialmente os “ex-aliados”
Dória, Witzel e os governadores. Em uma análise mais “fina” da situação,
podemos aferir que uma parcela majoritária da audiência destes atos
neofascistas foi composto por “fiéis” e funcionários das milhares de igrejas (seitas)
evangélicas e pentecostais que povoam as principais cidades do
país. Estes “Centros” religiosos são organizados em regiões de muita carência
econômica, e funcionam como uma verdadeira rede de proteção social, onde
geralmente falha por completo os serviços da seguridade estatal. Seitas
empresariais como a chamada “Igreja Universal” e outras similares, tiveram um
fantástico crescimento nas últimas duas décadas, e não raramente obtiverem até
financiamento público para a expansão de seus negócios, inclusive nos governos
da Frente Popular. Na etapa mais recente da história os “chefes” espirituais
destas seitas empreenderam uma verdadeira “guerra santa” contra as lideranças
do PT, consideradas como “traidoras”, assumindo desta forma um papel de
protagonismo no impeachment da presidente Dilma. Após o golpe institucional os
pastores evangélicos partiram para a “cruzada sagrada”, em um empenho máximo
para a eleição do ex-capitão, que se dizia convertido ao “cristianismo
ortodoxo”. Agora com a prematura falência de sua gerência neoliberal e
inoperante, Bolsonaro apela para a imensa base social evangélica, que pela via
do incentivo de seus “pastores” ganhou as ruas para “orar pelo presidente” ou
pedir o impeachment de Dória. Este fenômeno político que ocorre na conjuntura
de nosso país poderia se definido pelos Marxistas como uma espécie de
“Theofascismo”, e não deixa de ser um elemento muito nocivo para a luta do
movimento operário e popular.
A Frente Popular (PT, PSOL e PCdoB) se manteve inerte durante todos esses dias de quarentena com seu slogam quase sagrado de "Fique em casa", com Lula e o PT deliberando contra o “Fora Bolsonaro” na reunião do diretório nacional desse final de semana. Lula aposta abertamente em uma aliança com o “Centrão/MDB” e até mesmo com o PSDB/DEM, defendendo inclusive a ascensão do vice Mourão como alternativa a Bolsonaro, como expressou claramente Flávio Dino (PCdoB). Realmente parece que a Frente Popular não consegue abstrair qualquer lição do golpe institucional que ela mesma sofreu, Lula tem grande saudade de sua antiga “base aliada” (o “Centrão” de hoje), e já orientou o PT a descartar o eixo do “Fora Bolsonaro”. O PSOL que costuma ser apresentado pelas correntes revisionistas como a “nova esquerda”, segue fielmente a mesma linha de colaboração de classes do PT, procurando um acordo municipal no Rio de Janeiro com partidos burgueses e golpistas. Para a vanguarda classista do movimento operário e popular, não resta outro caminho que não seja o da superação política das direções reformistas, construindo de forma independente a estratégia da revolução socialista no calor da ação direta das massas.
A Frente Popular (PT, PSOL e PCdoB) se manteve inerte durante todos esses dias de quarentena com seu slogam quase sagrado de "Fique em casa", com Lula e o PT deliberando contra o “Fora Bolsonaro” na reunião do diretório nacional desse final de semana. Lula aposta abertamente em uma aliança com o “Centrão/MDB” e até mesmo com o PSDB/DEM, defendendo inclusive a ascensão do vice Mourão como alternativa a Bolsonaro, como expressou claramente Flávio Dino (PCdoB). Realmente parece que a Frente Popular não consegue abstrair qualquer lição do golpe institucional que ela mesma sofreu, Lula tem grande saudade de sua antiga “base aliada” (o “Centrão” de hoje), e já orientou o PT a descartar o eixo do “Fora Bolsonaro”. O PSOL que costuma ser apresentado pelas correntes revisionistas como a “nova esquerda”, segue fielmente a mesma linha de colaboração de classes do PT, procurando um acordo municipal no Rio de Janeiro com partidos burgueses e golpistas. Para a vanguarda classista do movimento operário e popular, não resta outro caminho que não seja o da superação política das direções reformistas, construindo de forma independente a estratégia da revolução socialista no calor da ação direta das massas.