A FRENTE AGORA É AMPLÍSSIMA: “DORULA” SELA ACORDO DO PT COM
O CENTRO E A DIREITA NEOTUCANA BURGUESA DE OLHO EM 2022
O impensável aconteceu: A troca de tuítes elogiosos entre o
ex-presidente Lula e o governador neotucano João Dória, que celebraram uma
espécie de armistício político na direção de consolidar a Frente Ampla de
oposição ao governo neofascista. Formalmente Ciro (PDT) e o PSB já tinham
iniciado uma aproximação com o PT, quando subscreveram com o PSOL, PCdoB, a
chamada “Carta Súplica” implorando a renúncia do presidente Bolsonaro, abrindo
o caminho para a posse do general Mourão. O tuíte elogioso de Lula sobre a ação
da PM de Dória, não é um ponto de inflexão fora da curva, como podem pensar
alguns ingênuos, é consequência da política de colaboração de classes da Frente
Popular que desde a posse de Bolsonaro procurou “sangrar” o governo até 2022,
apoiando indiretamente a pauta das reformas neoliberais. A justificativa da
pandemia do coronavírus caiu como uma luva na estratégia de ampliação máxima do
espectro político da Frente Popular, que agora já pode ser batizada sem
modéstia alguma de Frente Amplíssima. O mais grave, no entanto é que toda a
“plataforma sanitária” da esquerda reformista para enfrentar a pandemia é a
mesma dos tucanos e do setor técnico/militar do próprio governo federal, um
“Fique em casa” confiando que somente a quarentena é o antídoto necessário. Para
finalizar seria no mínimo uma deselegância imperdoável de nossa parte só
elencar a extensão política à direita da Frente Popular, também se incorporaram
a Frente Amplíssima o PCB, que firmou a tal “Carta Súplica”, e o PCO que mesmo
sem assinar o documento pró-Mourão ficou até o momento “caladinho” diante da
iniciativa de Lula. O movimento operário deve romper imediatamente com este
charlatanismo do PT e apêndices, que realmente estão deixando a máscara cair
exatamente no momento onde faltam máscaras de proteção para a população e os
bravos profissionais da saúde.