O ultranacionalista Viktor Orban, o primeiro-ministro
húngaro e chefe de governo admirado pelo clã neofascista Bolsonaro, deu mais um
passo ao completo fechamento do regime político do país rumo a fascistização. O pacote de medidas autoritárias foi apoiado por um total de 137 deputados, com votos do partido
governante, Fidesz, e da legenda de extrema direita Nossa Pátria. Eram
necessários 133 votos. Na oposição, 53 deputados que participaram da sessão
votaram contra. A oposição burguesa ainda tentou inserir um limite de 90 dias
para os plenos poderes do primeiro-ministro, mas acabou derrotada. Durante o
estado de emergência, que agora pode durar indefinidamente, não é possível
realizar eleições ou referendos. Além de dar plenos poderes ao neoditador, o
texto também estabelece até cinco anos de prisão para quem espalhar “notícias
falsas” sobre o novo Coronavírus ou “medidas do governo”. As novas disposições
permitem que o neofascista húngaro estenda o estado de emergência, em vigor desde
11 de março, indefinidamente, sem precisar de aprovação do Parlamento. Sob o
novo regime, o Executivo pode “suspender certas leis por decreto, driblar
obrigações estatutárias e introduzir outras medidas extraordinárias”, a fim de
garantir “a saúde, segurança pessoal e material dos cidadãos, bem como a
economia”. A Hungria, que fechou suas fronteiras para estrangeiros e instituiu
medidas de isolamento da população, registrava, nesta segunda-feira 30, quase
mil casos do novo coronavírus. 50 pessoas morreram por causa da doença, no país
de 9,7 milhões de habitantes. “Temos de fazer tudo o que estiver ao nosso
alcance para impedir a propagação do vírus. O projeto se encaixa perfeitamente
no quadro constitucional húngaro”, defendeu a ministra da Justiça, Judit. Desde 2010 Orban multiplicou os ataques contra as liberdades democráticas e ataca os
sindicatos.
Com as novas medidas, o executivo húngaro tem o poder de destituir o Parlamento, o que nem é necessário, já que o Fidesz, partido direitista de Orban, tem maioria de dois terços na assembleia. No início da epidemia, o primeiro-ministro culpou o papel da imigração na disseminação do vírus, dizendo que foram “principalmente os estrangeiros que introduziram a doença”. Lembremos que o dirigente húngaro compareceu à posse do brasileiro em 2019. Bolsonaro também pretendia visitar a Hungria no fim de abril, mas a viagem foi suspensa por causa da pandemia. A União Europeia criticou Orban e o pacote aprovado no parlamento, apesar dos governos da França e Espanha adotarem duras medidas de graves restrição das liberdades democráticas, demonstrando que a Hungria é apenas um exemplo do fechamento dos regimes que os grandes capitalistas vão promover no lastro da pandemia mundial.
A histeria provocada pelo surto do Coronavírus é uma manobra muito bem planejada pela burguesia central imperialista, e não estamos falando de setores “out sider” como Trump, Orban e Bolsonaro por exemplo, para impor o avanço da ofensiva reacionária em escala exponencial. Medidas adotadas ou semi-adotadas, como a lei marcial, o toque de recolher e a anulação definitiva das garantias democráticas restantes e dos direitos e liberdades fundamentais de organização em todo o mundo, agora são aplaudidas pela esquerda reformista, com a justificativa de “preservar vidas humanas do contágio”. Se um governo pode levar o exército para as ruas por “medidas sanitárias”, este também pode impor a censura típica de qualquer guerra, embora não precise mais impor por “decreto político” como fez Orban, pois é para isso que as corporações midiáticas entraram em cena para criar o pânico mundial, enquanto os mercados desabam e a produção industrial é drasticamente reduzida. Os grandes monopólios de comunicação digital querem que você leia apenas notícias veiculadas com o “selo de autenticidade”... deles é claro. A Pandemia do Coronavírus está servindo como treinamento, um verdadeiro “balão de ensaio”, para um recrudescimento global dos regimes, testando a capacidade de reação das massas diante do novo quadro de correlação de forças, com a esquerda reformista já totalmente integrada ao “politicamente correto” da crise mundial.
Com as novas medidas, o executivo húngaro tem o poder de destituir o Parlamento, o que nem é necessário, já que o Fidesz, partido direitista de Orban, tem maioria de dois terços na assembleia. No início da epidemia, o primeiro-ministro culpou o papel da imigração na disseminação do vírus, dizendo que foram “principalmente os estrangeiros que introduziram a doença”. Lembremos que o dirigente húngaro compareceu à posse do brasileiro em 2019. Bolsonaro também pretendia visitar a Hungria no fim de abril, mas a viagem foi suspensa por causa da pandemia. A União Europeia criticou Orban e o pacote aprovado no parlamento, apesar dos governos da França e Espanha adotarem duras medidas de graves restrição das liberdades democráticas, demonstrando que a Hungria é apenas um exemplo do fechamento dos regimes que os grandes capitalistas vão promover no lastro da pandemia mundial.
A histeria provocada pelo surto do Coronavírus é uma manobra muito bem planejada pela burguesia central imperialista, e não estamos falando de setores “out sider” como Trump, Orban e Bolsonaro por exemplo, para impor o avanço da ofensiva reacionária em escala exponencial. Medidas adotadas ou semi-adotadas, como a lei marcial, o toque de recolher e a anulação definitiva das garantias democráticas restantes e dos direitos e liberdades fundamentais de organização em todo o mundo, agora são aplaudidas pela esquerda reformista, com a justificativa de “preservar vidas humanas do contágio”. Se um governo pode levar o exército para as ruas por “medidas sanitárias”, este também pode impor a censura típica de qualquer guerra, embora não precise mais impor por “decreto político” como fez Orban, pois é para isso que as corporações midiáticas entraram em cena para criar o pânico mundial, enquanto os mercados desabam e a produção industrial é drasticamente reduzida. Os grandes monopólios de comunicação digital querem que você leia apenas notícias veiculadas com o “selo de autenticidade”... deles é claro. A Pandemia do Coronavírus está servindo como treinamento, um verdadeiro “balão de ensaio”, para um recrudescimento global dos regimes, testando a capacidade de reação das massas diante do novo quadro de correlação de forças, com a esquerda reformista já totalmente integrada ao “politicamente correto” da crise mundial.