Sérgio Moro acaba de anunciar sua saída do governo Bolsonaro.
O agora “ex-superministro” e chefe da “República de Curitiba” era a peça chave
da gestão do neofascista como o BLOG da LBI pontuou exaustivamente, porém foi
forçado a deixar neste momento o cargo após Bolsonaro mudar o diretor-geral da
PF a sua revelia. O Palácio do Planalto tomou essa decisão depois que o Procurador-Geral
da República (PGR), Augusto Aras, pediu que o STF abrisse inquérito e acionasse
a PF com o objetivo de investigar a convocatória dos atos do final de semana
passado que pediram o fechamento do Supremo, do Congresso Nacional e a edição
de um novo AI-5. Alexandre de Moraes, do STF, atendeu ao pedido de Aras e abriu
investigação para apurar atos pró-golpe, alegando “fatos em tese delituosos
sobre a suposta participação de deputados na organização dos protestos”, se referindo
claramente a Eduardo Bolsonaro. Como Maurício Valeixo, braço direito de Moro na
PF, iria levar a frente essa investigação policial contra um membro do clã,
Bolsonaro se antecipou no sentido de ter no comando da PF um homem de sua
confiança. O objetivo foi proteger seus filhos que comandam o chamado “gabinete
do ódio”, na verdade as hordas neofascistas e pentecostais que são a base do Bolsonarismo. Lembremos
que Valeixo comandou a Dicor (Diretoria de Combate do Crime Organizado) da PF e
foi Superintendente da corporação no Paraná, responsável pela famigerada
Operação Lava Jato. O movimento de Moro e do próprio Aras, para além das
“escaramuças” no interior da gestão neofascista, releva o que já estava ficando
evidente, no que foi pontuado pela LBI: o grosso da burguesia começou a rifar definitivamente o mentecápto e
seu clã no curso da Pandemia. Vale registrar também que o ministro Gilmar
Mendes, do STF, deve negar nesta sexta (24) o pedido do deputado Eduardo
Bolsonaro para que a CPMI que investiga fake news seja suspensa. Ao abandonar o
barco afundando, o ex-juiz da Lava Jato dá um salto de qualidade nesse processo
de perda de apoio de Bolsonaro no seio da elite dominante. Não por acaso, o ministro da economia, Paulo Guedes, o estafeta dos rentistas, também
vem sendo escanteado por Bolsonaro, como vimos no anúncio (mal) chamado do “plano
de recuperação econômica” (Pró-Brasil). Enquanto a besta presidencial fascista
desfiava diariamente seu rosário de asneiras em plena Pandemia, coube a Moro a
tarefa de respaldar juridicamente este regime, levado ao poder pela imensa
articulação da famigerada operação “Lava Jato”. Na outra ponta o estafeta dos rentistas
Guedes vem levando a cabo integralmente o ajuste neoliberal exigido pela banca
financeira internacional. Esse tripé de sustentação da gestão de Bolsonaro
chegou ao fim hoje, cuja gestão moribunda cada vez mais se aproxima dos escroques corruptos e fisiológicos do chamado "Centrão", em uma prova evidente que seu fim se aproximada pela ação da própria classe dominante! Bolsonaro ainda permanece formalmente no
cargo da presidência devido a sua tutela política pelo
alto-comando militar. Por outro lado, a burguesia já busca catapultar um novo
núcleo de poder nesta fase acelerada de transição no interior da elite capitalista nacional. Frente a esse quadro de fim prematuro do governo burguês de plantão, cabe ao movimento operário e popular aproveitar a “crise nas alturas” como nos ensinou Lenin e organizar os “de
baixo” para implodir através da luta direta revolucionária o poder burguês e suas instituições, ação
de massas que desgraçadamente vem sendo sabotado pela política de colaboração
de classes do PT e da CUT!
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