O dia 17 de abril marcou o Dia dos Prisioneiros Palestinos,
que são mais de 5.700 companheiros. O Ministério de Assuntos dos Prisioneiros e
Ex-Prisioneiros de Gaza reportou que há atualmente 200 crianças palestinas
mantidas nas prisões de Israel, carentes de qualquer cuidado médico apropriado.
As crianças detidas carecem até mesmo da proteção necessária contra o novo
Coronavírus (covid-19), apesar de oficiais de segurança e prisioneiros já terem
sido diagnosticados com a doença. De janeiro de 2019 até o fim de março deste
ano, Israel prendeu 789 meninos e meninas entre as idades de doze a dezoito anos.
Crianças detidas são privadas de seus direitos mais básicos e enfrentam
julgamentos arbitrários e tratamento desumano que violam direitos fundamentais.
Dezenas de crianças são presas em Jerusalém diariamente, denunciou o
ministério, número superior a qualquer outra província palestina. Além do
cárcere, há casos de prisão domiciliar e deportação de suas cidades natais,
além de multas desproporcionais utilizadas como punição coletiva. Israel mantém
5.700 prisioneiros palestinos em suas cadeias, incluindo 200 crianças, 44
mulheres, cinco membros do Conselho Legislativo da Palestina, 27 jornalistas e
470 presos sob detenção administrativa sem qualquer acusação formal ou
julgamento. Dos 700 prisioneiros doentes, ao menos 200 dependem de tratamento
médico urgente, deliberadamente negado que já levou vários a morte. Eles foram
detidos e levados em custódia por Israel, com absoluta e deliberada falta de
atendimento médico, uma vez detidos no sistema prisional sionista.
Desde março deste ano
foram 357 prisões conduzida por Israel, incluindo 48 menores e quatro mulheres.
Desde o início de 2020, Israel prendeu quase 1.300 palestinos, incluindo 210
menores e 31 mulheres. Dentre os presos, estão indivíduos que participavam de
iniciativas voltadas à contenção do novo coronavírus em suas comunidades, como
distribuição de alimentos ou limpeza e esterilização de espaços públicos. Vale mencionar a campanha “Vocês não estão
sós, estamos com vocês”, em solidariedade aos prisioneiros palestinos nas
cadeias da ocupação, busca mobilizar apoio aos detentos e denunciar a dura
realidade e as violações cometidas pela ocupação de Israel, em particular, sob
a pandemia de coronavírus e os riscos decorrentes da propagação da doença,
devido a deliberada negligência médica. A campanha também busca internacionalizar
a luta dos prisioneiros palestinos, entre eles o dirigente da FPLP, Amahad Saddat. A única alternativa que poderá dar uma
resolução cabal à legítima reivindicação nacional do povo palestino, assim como
livrar as massas e trabalhadores da região de seus gigantescos sofrimentos ao
longo de vários séculos, agora incrementada com a Pandemia de Coronavírus, é a
defesa de uma Palestina Soviética baseada em conselhos de operários e
camponeses palestinos e judeus.