A forte queda na cotação do preço do petróleo “abalou” o
mercado financeiro com a possibilidade da quebra de algumas gigantes
transnacionais do setor, o que poderá resultar "um choque de crédito sem
precedentes" em todo o mundo, alerta a agência de classificação de risco
Moody’s em um relatório divulgado nesta manhã de terça-feira (21/04). A situação
do petróleo afeta todos os setores da economia, a Moody's afirma que o fluxo
bancário será bastante reduzido e as provisões para grandes empréstimos em
atraso aumentarão, necessitando portanto o de um vultuoso “resgate financeiro”
por parte do FED para cobrir os prejuízos. No entanto, a Moody’s considera que
a crise do petróleo terá um impacto nos resultados da produção e não no capital
financeiro que permanecerá "intacto" após melhorar substancialmente
sua acumulação desde o crash de 2008. A rentabilidade dos bancos de
investimento nos Estados Unidos é mais sensível à situação de crise do que a de
seus concorrentes europeus, que não contam com cobertura do FED. A perda de receita do setor bancário será
mais pronunciada nas atividades do gerenciamento de ativos e patrimônio,
atuação típica dos bancos que atuam no “varejo.” As baixas taxas de juros que
prevaleceram na Europa nos últimos anos e chegaram aos Estados Unidos desde o
ano passado e agora tendem a tornarem-se negativadas. Bancos mais
diversificados, como os oligopólios financeiros ianques acreditam que estão
melhor preparados para resistir ao aumento da inadimplência e à queda nos
negócios devido à recessão econômica e ao rápido aumento do desemprego. O
Citibank seria na avaliação do Moody’s o banco mais atingido pelas falências e
inadimplência, mas as perdas de sua carteira de empréstimos seriam absorvidas
por um resgate bilionário do FED,
comprando títulos podres sem limites de risco. A economia capitalista
dos países imperialistas vem operando na pandemia como um cenário que já tinham
projetado para a profunda recessão que se avizinhava, só que agora de forma
exponencial...os seus bancos centrais “despejando trilhões de helicópteros” no
resgate dos monopólios financeiros.