“FIQUE EM CASA”: EM PLENO 1º DE MAIO, CENTRAIS SINDICAIS SE RECUSAM
A ORGANIZAR A RESISTÊNCIA AOS ATAQUES DE BOLSONARO E DA BURGUESIA... AO INVÉS
DISSO, CHAMAM UMA “LIVE” COM LULA, FHC, CIRO, DINO E MAIA. A RESPOSTA DA
ESQUERDA CLASSISTA DEVE SER CONVOCAR UM ATO NACIONAL DE LUTA DOS TRABALHADORES!
Aproxima-se o 1º de Maio, dia internacional de luta dos
trabalhadores. Em meio à pandemia de ataques do governo Bolsonaro e da
burguesia contra direitos e conquistas sociais, todas as centrais sindicais em
unínossono orientaram os trabalhadores que “Fiquem em casa”, este é inclusive o
eixo político de (não) “convocação” para a data. Trata-se de uma política de
completa paralisia, no momento em que várias partes do mundo começam lutas e
mesmo protestos organizados contra a ofensiva capitalista desatada usando como
pretexto o Coronavírus, como observamos em Israel e na Hungria. Desde a CUT,
passando pela Força Sindical, CTB e desembocando na Intersindical e Conlutas, o
conjunto da burocracia controlada pelo PT, PCdoB, PSOL e PSTU se agarram a uma
política de colaboração de classes que tem como único objetivo mandar os
explorados a aguardarem o fim da onda virótica no Brasil, sendo meros
espectadores dos ataques que os patrões e os governos burgueses desferem contra
as massas, como vimos nas montadoras do ABC. Segundo a CUT “O Dia Internacional
dos Trabalhadores deste ano será com todo mundo em casa, se protegendo contra o
novo coronavírus”. Esta é uma orientação
mundial da esquerda, inclusive as correntes que se reivindicam trotskistas
seguem disciplinadamente esta conduta suicida! O imperialismo e as
burguesias nacionais tentam criar o clima de “pacto de união mundial” em
virtude da pandemia declarada pela OMS, mas onde interessa ao capital
financeiro a guerra híbrida ou abertamente militar não é estendida nenhuma
“bandeira branca”. Uma prova do que afirmamos é que as centrais pelegas vão no
1º de Maio fazer uma “live” com Lula, FHC, Ciro, Dino e Maia! Trata-se de uma expressão prática da tão almejada “Frente
Ampla” burguesa proposta pelo PT e PCdoB, tendo a cumplicidade do PSOL e PSTU!
Como noticia a imprensa, reunidos em uma teleconferência na
tarde desta terça-feira (21), após uma audiência com líderes dos partidos do
chamado “Centrão”, os dirigentes das seis principais centrais sindicais
brasileiras (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB) reforçaram a decisão
de alargar o palanque, desta vez virtual, na tradicional comemoração do Dia do
Trabalhador, em 1º de maio. A lista de convidados é amplíssima. Os ex-presidentes
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o
ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), ocuparão o mesmo palanque virtual. O governador do Maranhão,
Flávio Dino (PCdoB), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o
presidente do STF, José Dias Toffoli, foram convidados. A ex-presidente Dilma
Rousseff (PT) e os governadores Wilson Witzel (PSC) e João Doria (PSDB) também
deverão falar aos trabalhadores em mensagens exibidas durante a live que será
exibida no 1º de Maio. Para nós da LBI, é necessário denunciar essa política de
traição e ter uma orientação oposta: Convocar as massas para a luta ativa e não
simplesmente publicitar exigências (mesmo que na maioria dos casos corretas) e
acreditar que os Estados da burguesia atenderão as reivindicações sem fortes
mobilizações de rua, greves e ocupações de fábrica. A inação do proletariado,
sob a justificativa de se precaver do contágio do vírus, é a principal arma do
imperialismo para ganhar esta verdadeira guerra contra a humanidade. A
exigência de uma “pauta” para o capital cumprir, sem a ação direta das massas é
absolutamente inócua e politicamente ainda mais criminosa do que o próprio
Coronavírus. Nós Marxistas Leninistas rejeitamos qualquer “acordo nacional” em
função do Coronavírus e muito menos por conta do colapso financeiro
capitalista, exigimos do Estado Burguês medidas que garantam a saúde pública e
atendimento médico de qualidade para toda a população, sem que em
contra-partida aceitemos a suspensão política das lutas e mobilizações do nosso
povo. Desde já denunciamos no Brasil as direções reformistas, como o PT, PSOL,
PCdoB e PSTU que aceitam passivamente o caminho da conciliação e desmobilização
sugerido implicitamente pelo governo neofascista de Bolsonaro/Mourão e os
partidos “democráticos” da ordem burguesa. Convocamos, desde nossas modestas
forças, a manter vivas e ativas as mobilizações de massas contra a barbárie
capitalista! A tarefa dos Marxistas Leninistas neste grave momento de confusão,
medo e inércia é o de elevar a consciência revolucionária do proletariado e
contribuir para tornar sua luta mais organizada na perspectiva do socialismo.
Em tempos de pandemia, a maneira de protestar pode se adequar às exigências de
proteção sanitária, mas não deve de ser descartada no mundo, tendo como
pretexto as possibilidades de contaminação. As redes sociais assumiram grande
importância, mas devem ser subordinadas as ações diretas da classe trabalhadora,
seja nas ruas e locais de trabalho, como panelaços, atos em praças públicas e até bloqueios de
estradas. As próprias massas deram um bom exemplo de luta e coragem em Israel,
é dever dos Revolucionários generalizar esse tipo de ação direta em todo
planeta! Se opondo a essa conduta traidora e venal, desde a LBI convocamos a
esquerda classista e as organizações que se reclamam revolucionárias no Brasil
a convocarem um ato nacional de luta dos trabalhadores em São Paulo! Sabemos
que é um tremendo esforço político militante levar a frente essa importante atividade,
porém está nos ombros dos revolucionários tomar em suas mãos essa iniciativa
política histórica!