domingo, 7 de julho de 2024

NA FRANÇA MAIS UMA FRAUDE ELEITORAL DA GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL FINANCEIRO: POUCO IMPORTA A VONTADE POPULAR, A VOTAÇÃO FOI MANIPULADA PARA O TRIUNFO DA FRENTE POPULAR, COLOCANDO A EXTREMA DIREITA INSTITUCIONAL NO PAPEL DE “ESPANTALHO” DA DEMOCRACIA BURGUESA 

Por mais uma vez a extrema direita institucional francesa não poderá comemorar sua vitória nas eleições parlamentares, o resultado foi claramente fraudado para dar vez a um possível governo de aliança entre o Centro Civilizatório neoliberal e a esquerda Social Democrata imperialista. Depois da segunda volta das eleições para a Assembleia Nacional, onde o espantalho da extrema direita foi utilizado para sedimentar a abalada democracia burguesa, nenhuma das três principais forças políticas capitalistas obteve a maioria absoluta dos assentos parlamentares. O Presidente Emmanuel, poderá ceder o Primeiro Ministro de seu governo a um “socialista”, deixando o reacionário Bardella e Le Pen novamente no banco de reservas com o papel de coadjuvantes da “Unidade Nacional”.

Embora a vitória da Nova Frente Popular pareça resultado de uma fraude escancarada, não conseguiu os necessários 289 assentos parlamentares em um total de 577, o que lhe daria a maioria absoluta. De acordo com os resultados divulgados até agora. a coligação Juntos de Macron ficou atrás da Social Democracia, enquanto o partido de extrema-direita institucional, Agrupação Nacional, terminou em terceiro lugar.

Mesmo sem um vencedor claro, Macron que já tinha rejeitado a possibilidade de demitir-se do cargo caso se verificasse um cenário eleitoral muito desfavorável, tem a obrigação de nomear um novo Primeiro-Ministro, pelo menos temporariamente. A Constituição francesa da V República é clara neste sentido, e a decisão é tomada exclusivamente pelo presidente, para o qual não existe um calendário específico e não é necessária consulta, referendo ou aprovação dos deputados eleitos.

Sem maioria e sem alianças orgânicas na Assembleia Nacional que possam ser formadas para indicar um neófito Primeiro Ministro, o presidente Macron também teria a opção de nomear um governo “técnico” de “Unidade Nacional”, composto por especialistas burgueses (economistas, altos funcionários, diplomatas, etc.) de todos os matizes políticos, para garantir a estabilidade do Estado capitalista. Esta é sem dúvida a opção preferencial da Governança Global do Capital Financeiro, pelo menos até realização das eleições presidenciais e que de fato definirão quem será o novo gerente estatal da França à serviço das corporações imperialistas.