ESQUERDA REFORMISTA QUE TORCE POR BIDEN... PENSA QUE A LUTA DE CLASSES É APENAS UM DUELO ELEITORAL
O ataque terrorista contra Trump ocorrido ontem (13/07) foi apresentado pelo grosso da esquerda reformista mundial apenas como uma manobra eleitoral para ele angariar mais apoio para a disputa pela Casa Branca, uma encenação midiática montada pelo staff Republicano orquestrada para montar um cenário para catapultar sua candidatura presidencial. Em primeiro lugar é preciso deixar claro que Trump tem ampla margem de apoio popular diante do defunto Democrata, não precisaria correr um alto risco de morte para crescer eleitoralmente. Caso Trump viesse a morrer quem seria o beneficiário direto seria o demente Biden, já que os Republicanos não teriam um nome a altura para substituí-lo até novembro. Ainda assim todo um espectro político da esquerda domesticada que torce por Biden tratou de apresentar a tentativa de assassinar o candidato Republicano como uma encenação para ganhar votos. Essa “tese” distracionista visa encobrir ou mesmo negar a existência do Deep State, que atua nas “sombras” em casa para impor seu gerente preferencial, que na disputa atual é o defunto Biden, mesmo que para isso tenha que eliminar fisicamente Trump.
Com base no princípio do “Cui Bono” (Quem beneficia?), Biden tem algumas questões sérias a responder, sobretudo tendo em conta o seu
péssimo momento, está tentando permanecer na corrida depois de um desempenho
desastroso no debate contra Trump. Com sua candidatura ameaçada, delegar
a CIA assassinar seu único oponente pouco antes da convenção republicana seria
uma excelente saída, diante de um desastre anunciado.
O histórico nos EUA de as pugnas entre as duas hidras de partidos imperialistas serem fatais (ou quase!) vem de longe. Matar ou tentar matar presidentes é um modus operandi com vários registros na história norte-americana, os exemplos mais recentes foram quando a CIA matou John Kennedy em 1963 e Ronald Reagan sofreu um atentado em 1981. JFK foi morto por encomenda do Deep State porque era um presidente que ameaçava obstruir o caminho da guerra do Vietnã a qual Kennedy não pensava ser oportuna para os EUA naquele momento, contrariando os interesses do complexo industrial-militar, já Reagan quase pagou com a vida porque no esquema “Irã-Contras” acabou por fornecer colateralmente armas ao Regime do Aiatolás, algo inadmissível apesar do Republicano ter como objetivo final combater a FSLN na Nicarágua.
No caso do atentado contra Trump, a esquerda reformista que torce por Biden (como Lula, PT e afins) tenta reduzir o atentado a um mero lance eleitoral, mas a verdade é que se trata de uma expressão grotesca de uma acirrada disputa que tem reflexos profundos na dinâmica mundial da luta de classes.
Adentrando propriamente no ataque contra Trump, não há como Thomas Crooks estar agindo sozinho quando tentou assassinar o candidato Republicano. É perfeitamente claro que os Serviços Secretos receberam ordens para lhe dar um tiro certeiro, não há forma das falhas de segurança poderem ser atribuídas a mera negligência. O FBI já anunciou que irá orquestrar um “encobrimento” sobre o atentado. Não foi bem assim que o FBI afirmou, é claro, mas foi o que eles realmente quiseram dizer.
Por sua vez, podemos dispensar imediatamente o registo de Crooks como eleitor republicano. Obviamente, ele foi obrigado a registrar-se de última hora para “limpar o cenário”. Na verdade a pequena história política que Crooks tinha era de contribuinte do Partido Democrata, não dos Republicanos.
O proletariado diante desse cenário deve analisar rigorosamente esse contexto para se postar como alternativa revolucionária diante dos bandos burgueses em conflito, sem abrir mão de denunciar vigorosamente que o Deep State atua hoje em favor dos Democratas, os melhores gestores de sua plataforma belicista a frente da Casa Branca, como vimos no fortalecimento da OTAN e no incremento da guerra contra a Rússia, programa que Trump mantém certa distância.
Como a Governança Global do Capital Financeiro deseja impor Biden para seguir seus planos estratégicos para impor a Nova Ordem Mundial Capitalista (da qual Trump é relativamente refratário como vimos na Pandemia da Covid-19) arquitetou a morte do reacionário representante Republicano. Enquanto isso a midiota esquerda tenta encobrir essa realidade tratando tudo como um mero capítulo do duelo eleitoral.
