LÍDER MÁXIMO DO HAMAS É ASSASSINADO EM SUA RESIDÊNCIA NA CAPITAL IRANIANA: UMA MORTE MUITO ESTRANHA QUE O REGIME DOS AIATOLÁS DEVE EXPLICAR
O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã denunciou o assassinato de Ismail Haniya, líder máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla árabe), emum ataque realizado nesta quarta-feira (31/07) de manhã contra a sua residência em Teerã, noticia a imprensa local. “Esta manhã, a residência de Ismail Haniya, chefe do gabinete político da resistência islâmica do Hamas em Teerã, foi atacada, ele e um dos seus guarda-costas foram martirizados”, declarou o comunicado oficial. Por sua vez, o Hamas confirmou a morte do seu dirigente através de uma declaração subsequente, na qual afirmou que ele foi morto em um “Traiçoeiro ataque sionista à sua residência em Teerã”. A pergunta que fica no ar, após esse trágico golpe contra a Resistência Palestina é: Que tipo de segurança o regime dos Aiatolás disponibilizou à serviço de Ismail? Afinal até às criancinhas sabiam que Haniyeh era considerado o “inimigo número 1” do enclave terrorista, então porque “relaxar“ em sua segurança ao ponto de um sicário sionista o assassinar em sua própria residência no Irã?
Em 1987, Haniyeh foi um dos fundadores do Hamas. Tornou-se conhecido mundialmente 2006, quando se tornou Primeiro-Ministro da Autoridade Palestina, após a surpreendente vitória da sua organização nas eleições legislativas realizadas em Gaza, derrotando à candidatura da corrupta Autoridade Nacional Palestina, ANP. Foi eleito chefe do gabinete político do Hamas em 2017, sucedendo a Khaled Mechaal, e viveu exilado entre o Qatar e o Irã .
Na sua ofensiva em Gaza, o exército terrorista de Israel matou 60 membros da família de Ismail, incluindo três dos seus filhos e quatro netos. “Se o inimigo criminoso pensa que atacar a minha família nos fará mudar a nossa posição e afectar a nossa resistência, está gravemente enganado, porque cada mártir em Gaza e na Palestina é como um membro da minha família”, declarou Haniyeh.
Até este momento, tarde desta quarta-feira (31/07), as
informações sobre o ataque a Haniyeh ainda não foram esclarecidas com a precisão
que exige a situação. Entretanto o informe mais confiável sobre o assassinato
do chefe da Resistência Armada Palestina veio do Hamas, que fala em uma
“operação traidora”, ou seja, facilitada dentro das próprias forças que dizem
combater o sionismo. As notícias sobre uma suposta bomba ou mesmo um míssil
lançado contra Ismail parecem não ter sentido, e visam encobrir a verdade dos
fatos.