sexta-feira, 5 de julho de 2024

ALTA DO DÓLAR SERVIU PARA ENRIQUECER A BUROCRACIA LULOPETISTA QUE SABIA PREVIAMENTE QUE AS DECLARAÇÕES DE LULA IRIAM PROVOCAR A DESVALORIZAÇÃO DO REAL: TAMBÉM FOI USADA COMO PRETEXTO PARA CORTAR 25 BILHÕES DO ORÇAMENTO E DRAGAR ESTES RECURSOS PARA PAGAR OS RENTISTAS 

O presidente pelego Lula autorizou um corte de R$ 25,9 bilhões no orçamento para 2025, resultado de um “pente-fino” nos benefícios sociais. O anúncio foi dado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no último dia 4 de julho. A decisão foi tomada após uma reunião entre Lula e Haddad, estando presentes também Simone Tebet, da pasta do Planejamento e Orçamento, Rui Costa, da Casa Civil, Esther Dweck, da Gestão, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.

O anúncio do corte ocorreu depois de ameaças dos rentistas do mercado financeiro internacional, que queriam garantir que o governo cumpriria as regras impostas. “A primeira coisa que o presidente determinou é: cumpra-se o arcabouço fiscal. Não há discussão a esse respeito”, declarou Haddad. O neoliberal Haddad acrescentou que Luiz Inácio afirmou que o arcabouço deve ser “preservado a todo custo”.

O movimento neoliberal dos lulopetistas também acontece depois das promessas de Haddad e Tebet de realizarem uma “ampla revisão” dos gastos do INSS para programar uma agenda de cortes. Na ocasião, os burocratas afirmaram que tudo estava na mira, desde a Educação até benefícios sociais.

O governo da Frente Ampla prometeu revisar, nos próximos meses, os gastos com direitos como auxílio-doença, aposentadorias por invalidez e Benefício de Prestação Continuada. A aposentadoria dos militares, por outro lado, não será revisada.

Há uma parte da equipe econômica palaciana que quer desvincular direitos temporários do salário mínimo, de forma que eles só sejam reajustados pela inflação. Na categoria de “benefícios temporários” estão o auxílio-doença, seguro-desemprego, seguro-defeso (de pescadores artesanais), auxílio por acidente de trabalho e o abono salarial.

Nos dois primeiros anos de governo, Luiz Inácio abandonou grande parte das promessas de campanha para cumprir a agenda econômica pró-imperialismo. Foram feitos cortes na Saúde na Educação e reajustes salariais a professores e técnicos da Educação foram negados. No campo, a reforma agrária continuou sem verba. O piso da Educação e da Saúde também foi manobrado, para que o governo pudesse destinar verbas abaixo do mínimo constitucional.

O presidente pelego falou que iria resolver muitos dos problemas sociais nos próximos anos, com o aumento do orçamento das verbas nessas áreas. Com os cortes já programados, Lula revela publicamente que está comprometido até o pescoço com agenda do Fórum de Davos, sendo seu governo de colaboração de classes um instrumento à serviço dos capitalistas e o imperialismo ianque.