domingo, 28 de julho de 2024

APÓS OPERAÇÃO COM “BANDEIRA FALSA” EM GOLÃ: GABINETE DE GUERRA ISRAELENSE DECIDE ATACAR O LÍBANO 

Em 13 de abril, o Irã enviou centenas de drones e mísseis contra Israel pela primeira vez na sua história, em resposta ao ataque ao seu consulado na Síria. Israel prometeu responder com firmeza, porém os Estados Unidos fizeram tudo o que podiam para garantir que a resposta fosse ponderada para evitar uma conflagração regional que pudesse beneficiar o Hamas. Mas o enclave sionista é como aquele povo capaz de antagonizar todos aqueles que os rodeiam.

Ontem o Gabinete de Guerra de Netanyahu preparou uma operação de “bandeira falsa” para justificar uma guerra contra o Líbano. Durante a noite houve um ataque sombrio em Majdel Shams, uma cidade drusa no Golã ocupado, deixando pelo menos 12 mortos. Israel atribui isso ao Hezbollah e promete vingança.

A escalada guerreirista está servida na “bandeja” sionista e veremos se os Estados Unidos são capazes de conter a guerra regional em meio ao caos eleitoral em seu próprio país. Israel irá atacar o Líbano, mas a magnitude da resposta militar deve ser verificada nas próximas horas. Finalmente, há o elemento chave do Hezbollah que, tal como os Estados Unidos, também não quer a guerra total contra o enclave terrorista.

O Hezbollah negou a sua intervenção no bombardeio de um campo de futebol em uma cidade drusa, considerada “leal” ao seu aliado, o governo de Bashar Al Assad, no Golã anexado por Israel. Muitas hipóteses têm circulado nas redes sociais do Oriente Médio desde a noite passada. O Hezbollah tem atacado periodicamente o Golã ocupado há várias semanas. Foi reivindicado um ataque, quase ao mesmo tempo, contra a base de Maale Golani, bastante perto de Majdel Shams. Poderia ter cometido um erro de cálculo? Há algum tempo que se diz que isso era possível, mas o Hezbollah realizou mais de dois mil ataques desde 8 de outubro e demonstrou grande precisão bélica.

A inteligência norte-americana, por seu lado, não tem dúvidas de que o Hezbollah é responsável pelo ataque. Outros, como o Irã, atribuem o bombardeio a um míssil antiaéreo israelense, porém há também a certeza que se trata de uma provocação sionista que serviria de pretexto para desencadear uma guerra em grande escala no Líbano, ou seja uma operação de “bandeira falsa”.

Analistas interpretam que Israel quer semear a discórdia entre xiitas e drusos, para enfraquecer as simpatias dos libaneses para com o Hezbollah. O líder druso Walid Jumblatt parece concordar com este ponto de vista, estimando que Israel “há muito procura desencadear a discórdia confessional e fragmentar a região”.

O Gabinete de Guerra israelense se reúne esta tarde para decidir a dimensão exata das futuras operações contra o Líbano. Os Marxistas Leninistas entretanto já tem um posição categórica diante da iminente guerra, estamos incondicionalmente no campo militar do Líbano e do Hezbollah contra o enclave sionista de Israel.