Sob os governos da Frente Popular continuam as bases de espionagem da CIA no Brasil
Os noticiários da mídia “murdochiana”
deram bastante destaque às revelações do ex-agente Edward Snowden (abrigado
provisoriamente na Rússia) sobre a existência de bases de monitoramento
eletrônico pertencentes a CIA/NSA, instaladas em Brasília no período do governo
FHC. As atuais informações fornecidas por Snowden datam no máximo ao ano de
2002 e, portanto, seriam relacionadas a fatos do passado, nada tendo a ver com
a atualidade dos governos da Frente Popular, é o que tenta provar a mídia no
afã de tranquilizar a opinião pública nacional. Diante das denúncias o próprio
embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, em visita nesta segunda-feira (08/07)
ao ministro das comunicações negou que o programa de monitoramento sediado no
Brasil (com abrangência para toda a América do Sul) tenha sido executado para
fins de “espionagem de nossos cidadãos”. A verdade é que os convênios oficiais
de cooperação assinados entre a NSA (Agência de Segurança Nacional - EUA) e o
governo brasileiro na gestão FHC, permanecem vigentes até hoje.Na realidade são
estes acordos bilaterais para fins de " inteligência" que permitem a
CIA vasculhar livremente nosso sistema de informações e dados, valendo
inclusive para o monitoramento dos computadores do TSE ,responsável pela
totalização dos votos da urna “robotrônica”. Mas a presidenta Dilma se finge de
indignada e até mesmo o vassalo FHC cobra explicações do governo ianque, a
imprensa capitalista não comenta o fato dos acordos com a NSA estarem valendo
em plena etapa dos supostos riscos de “terrorismo” nos “grandes eventos” que o
Brasil sediará.
Um cinismo sem precedentes marca todo o debate acerca da quebra do sigilo pessoal e corporativo na internet, por parte dos organismos de “inteligência” norte-americanos. Empresas como o Google e Facebook logo se apressaram em afirmar que nunca repassaram dados e informações de seus usuários ao governo Obama. As chamadas “redes sociais” (Face, Twitter, etc...) ou mesmo o protótipo de inteligência artificial que é o Google, foram criadas diretamente pelo Departamento de Estado Ianque como colaterais “privadas” de seus organismos oficiais. Fazem parte de um projeto de monitoramento global dos EUA, integrado à estratégia de consolidar a hegemonia imperialista em um mundo totalmente dependente da internet, seja para troca de dados comerciais e financeiros ou simples informações pessoais.
Um cinismo sem precedentes marca todo o debate acerca da quebra do sigilo pessoal e corporativo na internet, por parte dos organismos de “inteligência” norte-americanos. Empresas como o Google e Facebook logo se apressaram em afirmar que nunca repassaram dados e informações de seus usuários ao governo Obama. As chamadas “redes sociais” (Face, Twitter, etc...) ou mesmo o protótipo de inteligência artificial que é o Google, foram criadas diretamente pelo Departamento de Estado Ianque como colaterais “privadas” de seus organismos oficiais. Fazem parte de um projeto de monitoramento global dos EUA, integrado à estratégia de consolidar a hegemonia imperialista em um mundo totalmente dependente da internet, seja para troca de dados comerciais e financeiros ou simples informações pessoais.
A “lenda” plantada por
Hollywood de que empresas como o Face teriam sido criadas por jovens
universitários ou mesmo o Google como produto da “mente brilhante” de
empreendedores tecnológicos só pode convencer a pessoas muito tolas. Se os EUA
atravessa uma etapa mundial de crise de acumulação capitalista, o que ameaça
sua hegemonia planetária, foi forçado a recorrer a sua supremacia tecnológica
não somente no campo bélico-militar, mas também no terreno “virtual”. O
controle mundial da “grande rede” passa a ser uma questão de sobrevivência para
o imperialismo ianque, atropelando as regras formais da diplomacia, inclusive
com seus parceiros leais da União Europeia e Japão. Mantendo-se este cenário
internacional podemos dizer que a “guerra nas estrelas” pensada por Reagan na
década de 80, foi ganha pelos EUA a partir da superioridade de seus satélites,
servindo hoje para “gerenciar” a Net muito mais do que para a interceptação de
mísseis inimigos.
O governo Dilma deveria
diante do escândalo da espionagem ianque, romper imediatamente todos os acordos
firmados de cooperação policial e de “inteligência” com os EUA, sob pena da
completa desmoralização nacional. Se no Itamaraty realmente existisse algum
brio do justo patriotismo anti-imperialista, o chanceler (nada) Patriota se
colocaria à disposição de Snowden para lhe oferecer o asilo político pedido ao
Brasil, inclusive oferecendo um avião do governo para sua busca na Rússia. Mas
a Frente Popular seguirá fingindo indignação com a espionagem da CIA, enquanto
cretinamente renova os tratados de cooperação militar com os EUA, que por sua
vez seguirão jurando “inocência” no caso das bases de monitoramento em
Brasília. Cabe aos genuínos combatentes anti-imperialistas levantar a bandeira
da expulsão dos agentes (civis e militares) ianques em toda América Latina,
assim como a dos grandes trustes econômicos norte-americanos que trazem
exploração e miséria ao nosso povo.