Em troca de indenizações milionárias, PSTU lava a cara dos pelegos de ontem e de hoje na “Comissão da Verdade” do governo Dilma!
Ocorreu nesta
segunda-feira, dia 22 de julho, no Sindicato Nacional dos Aposentados da Força
Sindical em São Paulo, o “Ato Sindical Unitário” promovido pela Comissão
Nacional da Verdade (CNV) criada pelo governo federal com todas as centrais
sindicais, inclusive a CSP-Conlutas. O pretexto foi “relembrar os 30 anos da
greve geral de 1983”, apresentando-a como um fato político importante para o
fim da ditadura militar instaurada via golpe contrarrevolucionário de 1964. A
atividade foi organizada pelo “Coletivo Sindical de apoio ao Grupo de Trabalho
da Comissão Nacional da Verdade” estando presentes além dos atuais
representantes da burocracia sindical “chapa branca”, pelegos que no passado
atacaram abertamente ativistas classistas em nome da política de subordinar o
movimento operário à oposição burguesa agrupada do MDB. O porta-voz da
CSP-Conlutas e dirigente nacional do PSTU, Luís Carlos Prates, conhecido como
Mancha, saudou entusiasticamente o ato político coordenado por Rosa Cardoso
(membro da CNV mais próxima da presidente Dilma), aproveitando para reforçar os
pedidos dos morenistas por “reparação material” aos militantes e sindicalistas
ligados à Convergência Socialista e ao Alicerce (ALS), perseguidos pela
ditadura militar. Vergonhosamente, PSTU e a Conlutas lavam a cara dos pelegos
de ontem e de hoje para em troca receber indenizações milionárias do Estado
burguês!
Cinicamente, a CNV nascida de um acordo entre Dilma e os militares, usou a greve geral de 1983 como pretexto para promover seu ato político espetaculoso. Na verdade, na greve geral de 21 de julho de 83 convocada pela “unidade” dos dirigentes sindicais da “Comissão Nacional Pró-CUT” (que posteriormente implodiu) foi em grande parte sabotada pelos pelegos da CGT, que agora comemoraram esta data! O governador de São Paulo, Franco Montoro (PMDB), expoente da oposição burguesa apoiada pelos pelegos, reprimiu o movimento de massas em uma ação coordenada com o II Exército e a PM. A paralisação foi forte no estado de São Paulo e só não foi maior no resto do país pela atuação boicotadora dos dirigentes sindicais que se mantinham agrupados no PMDB (PCB, PCdoB, MR-8) atuando contra a CUT e o PT. Hoje a maioria do que restou destes pelegos traidores e seus herdeiros políticos (que se abraçam em festa com o PSTU/Conlutas) está abrigada nas direções das centrais sindicais “chapa branca” mais direitistas, particularmente na CGTB, CTB, CSB, Nova Central e UGT. Agora, juntos com a CUT totalmente domesticada e corrompida, esta canalha sustenta o governo Dilma. Muitos destes pelegos da CGT inclusive entregavam para os patrões e a polícia ativistas classistas, como vimos na época das disputas da pelegada da CGT contra o MONSP nos metalúrgicos da capital paulista. Bira, o atual presidente da CGTB, por exemplo, que estava no ato com Mancha “comemorando” a greve geral de 1983 é o mesmo sindicalista e dirigente do MR-8 (agora PPL) que atuava como “tropa de choque” (armados, inclusive) do pelego-mor “Joaquinzão” (metalúrgicos de São Paulo) contra os militantes da Oposição Metalúrgica!
Cinicamente, a CNV nascida de um acordo entre Dilma e os militares, usou a greve geral de 1983 como pretexto para promover seu ato político espetaculoso. Na verdade, na greve geral de 21 de julho de 83 convocada pela “unidade” dos dirigentes sindicais da “Comissão Nacional Pró-CUT” (que posteriormente implodiu) foi em grande parte sabotada pelos pelegos da CGT, que agora comemoraram esta data! O governador de São Paulo, Franco Montoro (PMDB), expoente da oposição burguesa apoiada pelos pelegos, reprimiu o movimento de massas em uma ação coordenada com o II Exército e a PM. A paralisação foi forte no estado de São Paulo e só não foi maior no resto do país pela atuação boicotadora dos dirigentes sindicais que se mantinham agrupados no PMDB (PCB, PCdoB, MR-8) atuando contra a CUT e o PT. Hoje a maioria do que restou destes pelegos traidores e seus herdeiros políticos (que se abraçam em festa com o PSTU/Conlutas) está abrigada nas direções das centrais sindicais “chapa branca” mais direitistas, particularmente na CGTB, CTB, CSB, Nova Central e UGT. Agora, juntos com a CUT totalmente domesticada e corrompida, esta canalha sustenta o governo Dilma. Muitos destes pelegos da CGT inclusive entregavam para os patrões e a polícia ativistas classistas, como vimos na época das disputas da pelegada da CGT contra o MONSP nos metalúrgicos da capital paulista. Bira, o atual presidente da CGTB, por exemplo, que estava no ato com Mancha “comemorando” a greve geral de 1983 é o mesmo sindicalista e dirigente do MR-8 (agora PPL) que atuava como “tropa de choque” (armados, inclusive) do pelego-mor “Joaquinzão” (metalúrgicos de São Paulo) contra os militantes da Oposição Metalúrgica!
Como se observa, o “Ato
Sindical Unitário” deste dia 22 tratou-se de uma falsificação histórica, onde o
PSTU e a Conlutas serviram para dar uma cobertura de esquerda à operação
midiática montada pelo Planalto, já que formalmente os morenistas não apoiam o
governo Dilma e foram vítimas da ditadura militar. Sem dúvida, Mancha e a
direção do PSTU cobraram caro por este teatro, tanto que no próprio evento
salientaram a necessidade da reparação material para seus militantes! Os
reformistas da “família chapa branca”, agora acompanhados escandalosamente
pelos revisionistas do PSTU, transformaram a trajetória de luta da militância
contra a ditadura em um verdadeiro “balcão de negócios”, onde a “regra” é
acumular processos de “reparação” para serem “deferidos” em requintadas
solenidades oficiais pelos mesmos governos “democráticos” que massacram a
classe operária e o povo pobre e negro, que continuam a ser torturados nas
delegacias das periferias deste país. Como marxistas revolucionários, não
dissimulamos ilusões de que este regime bastardo irá punir ou condenar os
agentes e mandantes da repressão que se abateu ferozmente sobre nossos
camaradas, nossa justiça de classe somente emergirá quando a verdade histórica
for “revelada” para as novas gerações de militantes “intoxicados” com a cortina
de fumaça da democracia burguesa, ou seja a derrubada revolucionária do
capitalismo foi e sempre será o norte de nossa luta!
Como mais uma manobra
distracionista, bem ao estilo dos governos da centro-esquerda burguesa da
América Latina, a frente popular agora sob o comando da ex-guerrilheira Dilma
promove a CNV cujo móvel político é realizar um resgate “histórico” das
circunstâncias e responsabilidades pelos crimes da ditadura militar, ressalvado
que todos os protagonistas deste cenário de prisões, torturas e covardes
assassinatos estariam resguardados de qualquer responsabilidade
jurídico-criminal em função da plena vigência da “Lei da Anistia”, promulgada
pelo governo do general João Figueiredo. A partir desta “base pétrea”, ou seja,
a impunidade constitucional aos genocidas, o governo federal promove toda uma
sorte de “espetáculos” como o que vimos no “Ato Sindical Unitário”, que inclui
expedição de certidões de óbitos, homenagens institucionais a militantes mortos
(patrocinadas em muitos casos pelos próprios herdeiros do regime militar) e, o
mais “importante”, é claro: “as generosas indenizações reparatórias”, como se a
ideologia dos combatentes da esquerda revolucionária pudesse ser precificada.
Desgraçadamente, a maioria das organizações que se proclamam marxistas como o
PSTU, além de ex-militantes e familiares das vítimas da repressão militar,
aceitou o “convite” para “celebrar” o advento da democracia burguesa e suas
iniciativas “compensatórias”. Os heroicos combatentes da esquerda, que de arma
em punho enfrentaram os organismos da repressão policial-militar, não estavam
entregando suas vidas em nome da causa “democrática” ou em defesa programática
do “estado de direito”, estavam sim combatendo decididamente pela abolição da
exploração da classe operária e pela revolução socialista em nosso país.
Em nossa modesta
homenagem aos que tombaram ou foram torturados pelos facínoras a serviço do
capital, reafirmamos a vigência do marxismo-leninismo, a necessidade da construção
do partido revolucionário e a manutenção da estratégia da guerra de classes
para sepultar o modo de produção capitalista em todos os seus “formatos”
políticos e institucionais. Ao contrário do PSTU e seus afins, declaramos sem
nenhuma dissimulação ou artifícios que os dirigentes da LBI que militaram no
período da ditadura militar (1964-1984) não reivindicam e nem tampouco aceitam
receber do Estado burguês, através de seus governos da ordem (PT, PSDB), nenhum
tipo de “reparação” financeira ou reconhecimento político “democrático”. Nossa
“recompensa” pelos sacrifícios militantes e perseguições policiais sofridas só
poderá ser concedida pela classe operária, que de forma abnegada e sincera
reconhece historicamente seus melhores combatentes e heróis que não se deixaram
corromper ou cooptar pelas cantilenas deste regime da “democracia dos ricos”.