ANDES E UNE DEVERIAM ABANDONAR A “TRÉGUA” CONCEDIDA A
BOLSONARO, ASSUMINDO A VANGUARDA POR UMA GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO DE
TODA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA
As manifestações estudantis que tomaram conta do país nos últimos
dias comprovam a disposição de luta contra o governo do fascista Bolsonaro e
seus ataques as condições de vida do povo trabalhador. A partir do ato no Rio
de Janeiro em frente ao Colégio Militar, nesta semana em vários estados de
norte a sul do país, estudantes e trabalhadores em educação, pais de família e
alunos se mobilizaram para protestar contra o corte de verba de 30% imposto
pelo reacionário e nazista MEC. Além do Rio, São Paulo, Salvador, Niterói, São
Paulo, Curitiba também realizaram atos contra o desmonte! Obviamente esse
sentimento de puteza e justo ódio vem se estendendo ao conjunto da população,
abarcando a classe operária, os camponeses pobres e os explorados em geral. O
movimento estudantil nesse momento é o setor mais ativo no enfrentamento ao
governo Bolsonaro, historicamente foi vanguarda da luta contra as gerências burguesas de plantão. Junto com os
professores universitários está começando a provar que só a luta direta pode
impor a derrota do ajuste neoliberal exigido pelos rentistas e o imperialismo.
Entretanto, até o momento as direções da ANDES e a UNE não convocaram ações
nacionais organizadas e apostam apenas na paralisação nacional de 24hs em 15 de
Maio. Essa orientação é extremamente limitada, porque não coloca na ordem dia a
Greve Geral por tempo indeterminado. Alertamos
que a Andes e UNE deveriam abandonar a “trégua” concedida a Bolsonaro,
assumindo a vanguarda por uma Greve Geral por tempo indeterminado de toda a
educação brasileira! Para isso essas entidades precisam romper com a política
de colaboração de classes imposta pela “nova” frente popular, que inclui PT,
PCdoB e PSOL, voltada unicamente a desgastar o Planalto visando as eleições de
2020 e a disputa presidencial de 2022, limitando as mobilizações ao lobby
parlamentar no corrupto Congresso Nacional. É essa estratégia colaboracionista
que jogou a falsa “Greve Geral” para o longínquo 14 de junho, diluído em meio
as “festas juninas”. De nossa parte estamos defendendo que a unidade
operária-camponesa-estudantil se faça ativa imediatamente, o que exige que os
sindicatos de professores, os Grêmios, DCE´s e CAs convoquem imediatamente
assembleias de base para aprovar que o 15 de Maio seja apenas o início de uma
greve geral por tempo indeterminado de toda a educação brasileira! Para vencer
devemos superar as mobilizações ordeiras e pacíficas voltadas apenas a barganha
parlamentar como vem orientando as direções da ANDES e da UNE, que ficam em Brasília
nos gabinetes dos deputados e senadores, tentando “convencer” esses canalhas de
não apoiar as reformas neoliberais do fascista. Esse é o caminho da derrota,
faz-se necessária uma estratégia revolucionária para colocar abaixo o fascista
Bolsonaro e sua gerência neoliberal junto com Moro e Guedes! Mãos à Obra!