sexta-feira, 17 de maio de 2019

LAVA JATO PÕE NOVAMENTE SUAS GARRAS EM JOSÉ DIRCEU: SAIR ÀS RUAS CONTRA OS ATAQUES DO FASCISTA BOLSONARO, PELA LIBERDADE DE LULA E TODOS OS PRESOS POLÍTICOS DA “REPÚBLICA DE CURITIBA”!


A famigerada “República de Curitiba” mandou prender novamente José Dirceu para cumprimento da pena de 8 anos e 10 meses pela segunda condenação dele pela “Operação Lava Jato”. O prazo estipulado pelo juiz federal Luiz Antonio Bonat para que o ex-ministro se entregue à Polícia Federal (PF), em Curitiba, termina hoje às 16h. Defendemos que Dirceu não deve se entregar, mas ele e a direção do PT negam-se a chamar a mobilização popular contra o seu encarceramento. Seguem o exemplo de Lula de respeito a justiça burguesa e as apodrecidas instituições do regime político burguês. A determinação arbitrária foi feita depois que o mafioso Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou, por unanimidade, um recurso da defesa, que pedia prescrição da pena pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mesmo que a prisão seja executada, a defesa do ex-ministro ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os advogados também podem tentar um último recurso, chamado de embargos dos embargos, no próprio TRF-4. Dirceu foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em 2017 em um processo completamente viciado que supostamente investigou recebimento de propina em um contrato com a empresa Apolo Tubulars para o fornecimento de tubos para a Petrobras, entre 2009 e 2012. Antes, ele chegou a ser preso pela primeira condenação que recebeu na Lava Jato. Dirceu ficou preso em Curitiba entre agosto de 2015 e maio de 2017. Um habeas corpus obtido no STF concedeu a ele o direito de aguardar o julgamento dos recursos com monitoramento por tornozeleira eletrônica. Depois dos recursos julgados, em 2018, o ex-ministro voltou à prisão. Ele foi solto novamente em junho de 2018, após uma determinação da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou que ele deveria aguardar até que os recursos fossem julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em liberdade. No primeiro processo, o ex-ministro foi condenado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Sem avalizar por um só momento a política desastrosa do PT, o movimento de massas deve ganhar as ruas para combater a escalada da direita e do fascismo, que mais cedo do que tarde se voltará contra o conjunto da vanguarda operária em nosso país. Entendemos que a defesa política, e não meramente jurídica, de Dirceu, Vacarri e Lula, se mantém necessária diante da ofensiva direitista contra o conjunto da esquerda e os movimentos sociais. Nós da LBI não nutrimos nenhuma afinidade programática ou política com Dirceu, Vaccari, Lula e muito menos com os dirigentes do conjunto da Frente Popular que promoveu ataques aos direitos e conquistas dos trabalhadores à serviço do capital financeiro. Entretanto os Bolcheviques sabemos muito bem distinguir o fascismo da Frente Popular, o primeiro embrulhado no discurso da moralização e ética da coisa pública e o segundo atolado e refém da sua própria política de colaboração de classes. A defesa política de Lula, Dirceu e Vaccari, condenados como em uma vitrine midiática, para dar uma “lição” desmoralizante em qualquer esquerdista que se meta em “negócios” com a burguesia, é um ato de enfrentamento com a brutal ofensiva ideológica da direita e não pode ser confundido com o apoio ou solidariedade ao programa burguês da colaboração de classes levado a cabo pelo PT. Nesta conjuntura de ofensiva reacionária em toda a linha, a tarefa dos Leninistas é denunciar vigorosamente a prisão política de Dirceu, Vaccari e Lula assim como a estratégia de colaboração de classes que levou o PT a completa subserviência diante da burguesia mesmo quando seus quadros históricos são perseguidos e presos, como parte da sanha reacionária em curso no país. É necessário defender publicamente nas ruas e nas lutas a liberdade imediata de Dirceu, Vaccari e Lula este momento em que o fascista Bolsonaro encontra-se encurralado pelas ruas. Esta tarefa necessariamente precisa estar combinada com o chamado à mobilização direta dos trabalhadores contra o ajuste neoliberal exigido pelos rentistas e sem depositar nenhuma ilusão no cirdo eleitoral da democracia dos ricos!