BALANÇO DO 15 DE MAIO: DISPOSIÇÃO DE LUTA DA JUVENTUDE PARA
DERROTAR OS ATAQUES DO FASCISTA BOLSONARO ESBARRA NA POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE
CLASSES DA FRENTE POPULAR
O dia nacional de luta em defesa da educação pública deste
15 de Maio foi uma importante demonstração da disposição de luta da juventude e
dos trabalhadores, apesar da política de colaboração de classes da direção da
CUT e do PT de não organizar a luta direta contra o governo Bolsonaro. Na
maioria das capitais de país houveram atos e manifestações importantes, com
passeatas massivas e atos que lotaram as praças e ruas, uma prova da puteza dos
trabalhadores com o ajuste neoliberal. A presença massiva de servidores
públicos, particularmente dos professores e de estudantes demonstra que estas categorias desejam lutar contra a reforma neoliberal da previdência, sendo necessário a convocação
de uma greve nacional dos trabalhadores em educação.
Apesar dos atos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e
demais estados terem sido importantes demonstrações de força dos explorados,
categorias operárias como metalúrgicos, químicos, petroleiros e dos
trabalhadores dos transportes (ônibus e metrô) quase não cruzaram os braços
neste 15 de Maio. A LBI interveio nos protestos em vários estados denunciado a
política do PT de negociar com o “mercado” a liberdade de Lula via o STF em
troca de não mobilizar os trabalhadores. O fato de afluírem centenas de
milhares de ativistas ao protesto revela o grande bloqueio a luta direta contra
o governo Bolsonaro é ausência de medidas concretas de combate, como um chamado
firme a Greve Geral por parte das direções sindicais ligadas a Frente Popular.
Fica evidente que a conjuntura de enfrentamento entre as frações burguesas
(como a prisão de Temer pela Lava Jato e sua soltura) dá amplo espaço para uma
intervenção independente e classista do movimento operário, entretanto o PT e a
CUT claramente optaram por negociar pequenos ajustes na reforma da previdência
que organizar a luta concreta contra o governo Bolsonaro, o que abriria um
período de série instabilidade no regime político.
Os estudantes e trabalhadores combativos e classistas interviram neste 15
de Maio com eixo oposto a política de colaboração de classes, convocando a
organização da Greve Geral na base das categorias para derrotar através da luta
direta o governo Bolsonaro e sua malfada reforma neoliberal da previdência! A
tarefa da organização de uma verdadeira greve geral de massas se mantém
totalmente vigente, ainda mais agora depois do dia 15. Passado o “dia de luta” deve
ser proposto nas assembleias de base a preparação de uma paralisação de verdade
das categorias mais importantes do país. Ao sair à luta, os trabalhadores e
particularmente sua vanguarda classista precisam tirar as lições programáticas
da polarizada conjuntura política por que atravessamos, tendo como objetivo de
construir uma alternativa socialista, operária e popular, tarefa que não passa
pelo circo eleitoral, já que ele está voltado justamente a dar um fôlego ao
apodrecido regime político burguês e suas instituições senis, hoje questionadas
pelos protestos populares!