quarta-feira, 15 de maio de 2019

BALANÇO DO 15 DE MAIO: DISPOSIÇÃO DE LUTA DA JUVENTUDE PARA DERROTAR OS ATAQUES DO FASCISTA BOLSONARO ESBARRA NA POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DA FRENTE POPULAR


O dia nacional de luta em defesa da educação pública deste 15 de Maio foi uma importante demonstração da disposição de luta da juventude e dos trabalhadores, apesar da política de colaboração de classes da direção da CUT e do PT de não organizar a luta direta contra o governo Bolsonaro. Na maioria das capitais de país houveram atos e manifestações importantes, com passeatas massivas e atos que lotaram as praças e ruas, uma prova da puteza dos trabalhadores com o ajuste neoliberal. A presença massiva de servidores públicos, particularmente dos professores e de estudantes demonstra que estas categorias desejam lutar contra a reforma neoliberal da previdência, sendo necessário a convocação de uma greve nacional dos trabalhadores em educação.


Apesar dos atos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e demais estados terem sido importantes demonstrações de força dos explorados, categorias operárias como metalúrgicos, químicos, petroleiros e dos trabalhadores dos transportes (ônibus e metrô) quase não cruzaram os braços neste 15 de Maio. A LBI interveio nos protestos em vários estados denunciado a política do PT de negociar com o “mercado” a liberdade de Lula via o STF em troca de não mobilizar os trabalhadores. O fato de afluírem centenas de milhares de ativistas ao protesto revela o grande bloqueio a luta direta contra o governo Bolsonaro é ausência de medidas concretas de combate, como um chamado firme a Greve Geral por parte das direções sindicais ligadas a Frente Popular. Fica evidente que a conjuntura de enfrentamento entre as frações burguesas (como a prisão de Temer pela Lava Jato e sua soltura) dá amplo espaço para uma intervenção independente e classista do movimento operário, entretanto o PT e a CUT claramente optaram por negociar pequenos ajustes na reforma da previdência que organizar a luta concreta contra o governo Bolsonaro, o que abriria um período de série instabilidade no regime político.


Os estudantes e trabalhadores combativos e classistas interviram neste 15 de Maio com eixo oposto a política de colaboração de classes, convocando a organização da Greve Geral na base das categorias para derrotar através da luta direta o governo Bolsonaro e sua malfada reforma neoliberal da previdência! A tarefa da organização de uma verdadeira greve geral de massas se mantém totalmente vigente, ainda mais agora depois do dia 15. Passado o “dia de luta” deve ser proposto nas assembleias de base a preparação de uma paralisação de verdade das categorias mais importantes do país. Ao sair à luta, os trabalhadores e particularmente sua vanguarda classista precisam tirar as lições programáticas da polarizada conjuntura política por que atravessamos, tendo como objetivo de construir uma alternativa socialista, operária e popular, tarefa que não passa pelo circo eleitoral, já que ele está voltado justamente a dar um fôlego ao apodrecido regime político burguês e suas instituições senis, hoje questionadas pelos protestos populares!