Para varrer toda a
sujeira de Paes/Cabral e seu lixo da corrupção burguesa, unidade dos Garis com
as categorias em luta! Não às demissões dos lutadores do povo pobre!
Os garis da Comlurb da
capital fluminense entraram em greve durante uma massiva assembleia convocada a
partir da base que contou com mais de 1500 combativos companheiros em pleno
sábado de carnaval (1/3), enfrentando de peito aberto a direção da Comlurb, o
sindicato “de empregados de atividades de asseio e conservação” pelego dirigido
pela máfia da UGT e a selvagem repressão da polícia de choque do governo Sérgio
“Caveirão” e do prefeito Eduardo Paes. Os trabalhadores, cansados de longos 30
anos de negociatas e traições, tomaram um megafone e uma caixa de som dos
dirigentes burocratas e deram início a sua assembleia, dando rumo a uma grande
mobilização pelas ruas da capital, em marcha da sede do sindicato foram para o
Sambódromo. A burocracia sindical, por outro lado, deu as costas à categoria
anunciando que está em “negociações” com a prefeitura, arquitetando por detrás
dos panos um acordo espúrio e miserável porque este é “grupo sem
representatividade a propagação de rumores de ameaça de paralisação” (G1-RJ,
5/3). E como não poderia deixar de ser, os companheiros estão sofrendo uma
brutal repressão policial e atacados frontalmente pela “justiça” patronal a
mando da prefeitura, dando sequência à senda de criminalização dos movimentos
sociais em decorrência do recrudescimento do regime principalmente no Rio de
Janeiro. Os rumos reacionários do cenário político nacional colocam que todo
aquele ativista e militante de esquerda que se contraponha ao establishment
deve ser perseguido e preso, “sofrendo os rigores da lei”, como foram o último
protesto contra a Copa em São Paulo e as manifestações contra o aumento da
passagem na Central do Brasil, ou seja, o regime democrático-burguês condena
quem lute em defesa dos oprimidos.
Nesta profissão, os garis são os trabalhadores que lidam com toda espécie de sujeira que a cidade produz, e por isso mesmo estão sistematicamente sujeitos a contrair as mais diversas doenças, tudo por um salário miserável de R$ 803,00. Uma de suas reivindicações é o aumento imediato do piso para R$ 1.200 e melhores condições de trabalho, tais como pagamento de horas extras (no Carnaval a jornada é dobrada e sem direito à hora extra!), vale alimentação etc. Mesmo mobilizados há mais de uma semana, a mídia “murdochiana” está dando pouca cobertura, só faz alarde com o lixo acumulado, isto que a Globo em todos os carnavais demagogicamente mostra o “show” dos garis limpando a sujeira acumulada no Sambódromo ao final dos espetaculosos desfiles. Como o enfrentamento com a prefeitura vem se fortalecendo quando aproximadamente 70% da categoria já aderiu ao movimento, o TRT-RJ mostrou suas garras quase que imediatamente declarando a “ilegalidade” da greve, impondo uma multa diária ao sindicato de 50 mil reais e a Comlurb ameaça com a demissão de 300 garis que adentraram na paralisação.
Com o engessamento do
movimento operário por parte das centrais “chapa branca”, mobilizações
espontâneas e de resistência surgem em vários pontos do país, mas que em razão
de seu isolamento político tendem a serem derrotados por uma severa repressão
policial com prisões, torturas e até assassinatos de dirigentes, onde o direito
de organização e manifestação da esquerda e do movimento de massas é
qualificado como crime, principalmente às vésperas da Copa do “business world” em
que PT e PSDB se unem para encher os bolsos dos magnatas mafiosos da Fifa e de
grandes empreiteiros, cortando benefícios sociais dos trabalhadores através do aumento
do “superávit primário”.
É necessário varrer toda
a imundície burguesa para que os trabalhadores tenham garantidos os seus
direitos e conquistas históricas. Para os garis da “Cidade Maravilhosa” é
necessário colocar o governo Paes na berlinda, unificando as categorias em luta
e que inclua as organizações que vem enfrentando a fúria repressiva dos governos
estadual e federal. Para tanto é necessário chamar atos e passeatas conjuntas
com professores, Black blocs, servidores dos hospitais federais, e outras mais
que surgirem rumo a uma greve geral dos servidores da prefeitura e do estado.
Neste sábado (8/3), no desfile das campeãs do “Caranval feito para os ricos” no
sambódromo devemos promover esta mobilização unificada! Neste curso, é papel
fundamental de todo sindicato que não esteja dominado pela burocracia “chapa
branca” cobrir de solidariedade a heroica luta dos companheiros garis que
passaram por cima da direção pelega, cedendo a sua infraestrutura para ser
utilizada no combate ao Estado capitalista e sua cruzada reacionária contra o
movimento operário e seus lutadores. Sigamos o exemplo dos garis da capital
fluminense: Superar suas direções pelegas para varrer do poder com a força de
classe do proletariado Eduardo Paes e Sérgio “Caveirão” e toda a sua corja
mafiosa!