Na luta pela efetivação
do Piso dos professores, LBI intervém nas assembleias gerais denunciando a
greve nacional de “mentirinha” organizada pela burocracia sindical cutista. Preparar uma verdadeira greve geral da educação!
Ocorreu nesta
quinta-feira (13/03) a assembleia geral dos trabalhadores em educação convocada
pela arquipelega direção da APEOC, a primeira a ser realizada desde o final da
greve de 2011. Apesar de não contar com a participação massiva da categoria,
fruto do rescaldo das últimas derrotas, os cerca de 500 professores (as)
presente demonstraram muita disposição de luta e revolta contra a política de
traição da burocracia sindical governista da APEOC. Logo no início da
assembleia, a direção da APEOC lançou mão do seu arsenal de manobras
burocráticas, colocando em votação, sem qualquer discussão, a posição de
referendar a midiática e lobista “greve nacional da educação” de apenas três
dias convocada pela direção “chapa branca” da CNTE/CUT. A conduta de acabar com
o menor resquício de democracia operária na assembleia, refletindo o desespero
da burocracia governista temerosa de ser atropelada pela base, acirrou ainda
mais a justa “puteza” da categoria, gerando um princípio de conflito com
“bate-bocas e empurra-empurra” entre os ativistas da oposição e os “bate-paus”
contratados pela direção da APEOC.
Apesar do cerco
burocrático, a Oposição de Luta (TRS/LBI) conseguiu intervir na assembleia
através da distribuição de centenas de boletins e da falação do companheiro
Antonio Sombra (ver vídeo) denunciando politicamente o caráter farsesco da
“greve nacional da educação“ promovida pela governista CNTE, como apenas mais
uma medida de lobby parlamentar com a finalidade de aprovação do famigerado
PNE, que a rigor, não passa de um mecanismo de transferência de recursos
públicos para os tubarões do ensino privado criado pelo governo da frente
popular da “gerentona” Dilma Rousseff. Alertamos ainda, que o pseudo e
midiático movimento de greve nacional da educação dos dias (17, 18 e 19/03),
típicos dos dias de Luta sem Luta, convocados pelas centrais paraestatais CUT e
CTB, é na verdade, ao contrário do que vendem estes “charlatães governistas”
uma forma de conter e desviar a insatisfação dos trabalhadores para o campo da
institucionalidade burguesa e da colaboração de classes. Defendemos, também, a
necessidade da construção de uma verdadeira greve nacional da educação por
tempo indeterminado, tendo como eixo ao contrario da aprovação do PNE
privatista, um aumento emergencial de 50% das verbas para educação a serem
aplicadas exclusivamente no ensino público, assim como a implantação de um piso
salarial nacional dos professores de R$ 5mil para uma jornada de 20 horas
semanais.
Para realizar essa
tarefa, o conjunto da categoria nos estados e municípios de norte a sul não tem
outro caminho a não ser seguir o exemplo da combativa greve dos garis do Rio de
Janeiro que passaram por cima da direção sindical “pelega” e traidora
realizando pela base uma mobilização vitoriosa, arrancando dos patrões e do
governo municipal praticamente todas as suas reivindicações. Nesse sentido, num
ano estratégico de eleições e copa do mundo, está na ordem dia superar a
paralisia e a camisa de força impostas pelas direções das centrais e entidades
sindicais governistas como a CUT, CTB, CNTE e APEOC para possibilitar a
construção de greve nacional da educação como parte da greve geral do conjunto
de todos os trabalhadores de todo o país e impor a vitória de nossas
reivindicações no enfrentamento direto contra o governo da frente popular e dos
demais representantes da burguesia no estado como a oligarquia dos Ferreira
Gomes.