COMEÇOU O CIRCO ELEITORAL DO REGIME GOLPISTA: DEBATE DOS CANDIDATOS A PREFEITURA DE SP MOSTROU O TRIPÉ REFORMISTA, PT, PSOL E PCdoB AFIRMANDO SEREM OS MELHORES GERENTES MUNICIPAIS DO “CAPITALISMO HUMANIZADO”
Boulos, Tatto e Orlando Silva, a “santíssima trindade” da esquerda reformista, não decepcionaram no debate dos candidatos a prefeito de São Paulo, promovido pela Bandeirantes na noite desta quinta-feira (01/10). A tripla, cada um a seu modo, procurou mostrar aos expectadores que tiveram a paciência de assistir à transmissão, que poderiam ser os melhores gerentes municipais de um utópico “capitalismo humanizado”, obviamente pela via da colaboração de classes de todos os irreconciliáveis vetores sociais da cidade, no marco do regime golpista de exceção vigente no país. Boulos o que “conseguiu dar casas sem ter a caneta”, Orlando o único candidato negro a “capitão urbano”, e finalmente Tatto o “empresário bem sucedido” das gestões petistas anteriores. Um verdadeiro circo eleitoral de horrores reformistas, ladeado por uma direita neoliberal e fascista, e quem será o verdadeiro palhaço deste amálgama político é o povo trabalhador e oprimido.
Por seu turno Russomano (Republicanos) se mostrou como o candidato de Bolsonaro enquanto o tucano Bruno Covas é a direita que se apresenta como “civilizada” para continuar gerindo os negócios da burguesia em São Paulo. Apesar do amplo arco político presente no debate, ficou evidente que o conjunto dos partidos se candidatam como defensores da estabilidade do regime político burguês, apenas com pequenas mudanças no receituário. A defesa da colaboração de classes por parte de PT, PSOL e PCdoB ficou evidente, enquanto a direita pontuava que a “esquerda” já teve sua chance de governar com Lula, Dilma e Haddad em São Paulo. Esse é o quadro do circo eleitoral da democracia golpista, onde tanto em São Paulo como no resto do país tende a manter o grosso das prefeituras nas mãos de um arco político à direita, enquanto a Frente Popular deve ser esmagada apesar de proclamar seu servilismo a ordem capitalista.
O debate mostrou o que deve ser a tônica das eleições municipais por todo o país, a extrema ofensiva política e ideológica do grande capital, expresso em um processo de homogeneização, de pasteurização do conjunto dos candidatos de “esquerda e direita” como defensores do regime burguês e confiáveis gerentes do capitalismo, uma democracia golpista que sequer permite a participação nos debates das legendas sem representação parlamentar como PSTU e PCO.
Todo esse arco político representa os dois lados de uma mesma moeda, sendo a distinção resumida a nuances de que como deverá ser realizado o processo de exploração capitalista. Enquanto os candidatos de corte mais reacionários e neoliberais se mostram como adoradores do "Deus Mercado" alçados como favoritos neste pleito fraudado, os candidatos reformistas da Frente Popular, preteridos na atual conjuntura, intensificam desesperadamente o discurso da conciliação de classes, vendendo a ilusão para o conjunto da classe trabalhadora e dos explorados a quimera da viabilidade de uma modelo capitalista “humanizado” que atenda seus interesses. A tarefa dos Leninistas é denunciar de forma militante esta farsa da democracia golpista, atuando ativamente em comitês de ação direta agrupando o melhor da vanguarsa classista para desmascar a armadilha eleitoral da burguesia contra os explorados!