RETORNO DOS PROTESTOS NOS EUA: GUARDA NACIONAL ENVIADA PARA FILADÉLFIA ATACA MANIFESTANTES
Após a erupção de protestos no oeste da Filadélfia na noite da última segunda-feira, em consequência do assassinato pela polícia local de um trabalhador negro, William Wallace Jr., o governador Democrata, Tom Wolf, autorizou nesta terça-feira (27/10) o envio de "centenas" de soldados da Guarda Nacional para ajudar a polícia local na repressão dos manifestantes. Dois policiais da Filadélfia, cujas identidades ainda não foram reveladas, dispararam pelo menos sete tiros em Wallace, pai de quatro filhos, em plena luz do dia na tarde de segunda-feira. Wallace, que sofria de transtorno bipolar, estava tendo um surto e sua família chamou uma ambulância. Em vez disso, a polícia apareceu e executou friamente Wallace por portar uma faca, embora a vítima estivesse a muitos metros de distância e não tivesse feito nenhuma tentativa de atacá-los.
Quando os moradores locais marcharam para protestar contra o assassinato, a polícia atacou brutalmente, provocando o lançamento de pedras e saques. Até agora, a polícia da Filadélfia anunciou 91 detenções, incluindo 11 pessoas acusadas de agredir um policial. Mais prisões são esperadas nos próximos dias, à medida que os protestos continuam e se intensificam. As filmagens da manifestação mostram a polícia espancando violentamente os manifestantes com cassetetes.
A convocação da Guarda Nacional pelo governador Wolf segue ordens semelhantes emitidas pelos governadores Democratas Tim Walz de Minnesota e Tony Evers de Wisconsin no início deste ano em resposta a protestos contra tiroteios da polícia. Em Minnesota, onde a polícia de Minneapolis assassinou George Floyd em 25 de maio, mais de 11.000 soldados da Guarda Nacional foram enviados para as cidades enquanto quase 2.000 foram enviados para Kenosha, Wisconsin, depois que a polícia atirou em Jacob Blake pelas costas sete vezes, deixando-o aleijado para o resto da vida.
Em discursos de campanha, Trump apontou a Filadélfia como um alvo para as forças da milícia de extrema direita, apoiadas pela polícia, irem às seções eleitorais no dia da eleição, 3 de novembro, para intimidar os eleitores da classe trabalhadora e das minorias. A mobilização de Trump dos chamados "observadores eleitorais", apelidados de "Exército de Trump", é parte de sua estratégia para sequestrar a eleição e permanecer na Casa Branca independente da vontade do Deep State em demiti-lo da gerência estatal. Uma grande participação popular na Filadélfia é a chave para a campanha vitoriosa do Democrata do carniceiro Joe Biden.
O assassinato de Wallace segue um verão de protestos contra
a violência policial do Estado capitalista nos Estados Unidos e
mundialmente. Demonstrando o caráter
internacional da violência policial da burguesia os manifestantes na Filadélfia
se solidarizaram com os protestos na Nigéria contra a brutal polícia do
“Special Anti-Robbery Squad” (SARS).
“Isso está acontecendo na Nigéria também”, afirmou um manifestante: “Não
está acontecendo apenas aqui. SARS é um
problema. Está acontecendo em toda a
África”. A esquerda Marxista Leninista presta solidariedade incondicional com
estas manifestações que advogam a destruição de todo aparelho repressor do
Estado capitalista, sustentado nos imperialismo ianque por suas duas cabeças da
hidra assassina: Democratas e Republicanos são inimigos irreconciliáveis da classe
operária mundial!