SEDE NACIONAL DA CUT FECHADA: “DEFENDER O LEGADO DO ISOLAMENTO SOCIAL”
A executiva nacional da CUT acaba de realizar a segunda
reunião de sua instância diretiva desde que foi eleita no ano passado, a
justificativa dada para tão larga frequência (somente uma reunião por ano) foi
naturalmente a pandemia do coronavírus. Para a burocracia cutista, que mantém a
sede nacional e a maioria das sedes estaduais fechadas, não é hora de abrir
presencialmente as entidades sindicais “pelo medo da contaminação”, apesar da
classe trabalhadora, em seu conjunto quase absoluto (exceto os professores da
rede pública) estar no cotidiano físico em seus locais de produção e serviços.
Mas agora os burocratas sindicais conseguiram se superar na covardia e
imobilismo, passaram a “teorizar” sobre a quarentena como um estado permanente,
muito mais além das viroses sazonais, como o a do coronavírus. Para este
traidores descarados a questão não é somente se resguardar da “segunda onda”
com medidas preventivas, para eles “a onda” da paralisia deverá ser permanente,
vejamos em suas próprias palavras: “Defender o legado do isolamento social”,
passou a ser estratégico, obviamente para sua estratégia de colaboração de
classes!
“De casa para o trabalho, do trabalho para casa”, não se
trata mais de um reacionário “conselho” patronal, passou a ser o slogan oficial
repetido pelos burocratas sindicais da esquerda reformista, em nome é claro de
evitar a propagação do vírus. O que a burguesia mundial não conseguiu com
décadas de repressão com todos os meios contra o proletariado, está sendo
obtido por meio das orientações (protocolos) da OMS, seguidas à risca por uma
esquerda domesticada pelo capital e seus organismos sanitários. O isolamento
social passa a ser um “legado”, tal qual as melhores tradições da luta do
proletariado.
Com a defesa destes disparastes, fazendo apologia do medo de lutar, compatíveis com o “legado” da pior máfia de pelegos, a Direção Nacional da CUT, se ausentou completamente da recente greve nacional dos trabalhadores dos Correios, além de não prestar nenhum apoio material a mobilização, não esteve presente em nenhuma assembleia presencial nos estados, e tampouco no combativo ato nacional realizado em Brasília, no dia do julgamento das reivindicações da greve pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Postura idêntica assumem as burocracias cutistas das entidades dos trabalhadores bancários, que em plena onda de demissões em massa na categoria, os sindicatos permanecem fechados, em sua maioria nacional. É um verdadeiro escárnio, se esconder em casa ou nos “escritórios protegidos”, com liberação e salários pagos pela categoria, enquanto a classe trabalhadora está cotidianamente na linha de frente da produção no país. É necessário construir um forte movimento nacional de oposições sindicais classistas, para expulsar estes covardes parasitas de nossas entidades!