“TROCA DE FARPAS” ENTRE GUEDES E MAIA: UM JOGO DE CENA NA DISPUTA ENTRE QUEM MELHOR SERVE A BURGUESIA PARA APLICAR A AGENDA NEOLIBERAL
Maia
já tinha falado que não há votos na Câmara para tirar recursos do Fundeb para o
Renda Cidadã. Além disso, declarou “Guedes não tem votos para aprovar
privatização, CPMF e a culpa é dos outros?”. O ministro quer que o corrupto
Congresso Nacional avalize suas “reformas estruturais”, ditadas pelo
imperialismo. As(contra)reformas, que a exemplo da Previdência, só fizeram o
país retroceder na recessão econômica imposta pelo “ajuste” do capital
financeiro, são o verdadeiro vírus letal para a classe trabalhadora. Entre as
propostas “salvadoras” de Guedes estão a privatização de estatais, como a
Eletrobrás e os Correios, a autonomia do Banco Central, a redução de jornada e
de salários dos servidores públicos, a extinção dos fundos públicos, o fim dos
concursos públicos, a privatização da água e do saneamento, mais cortes nos
investimentos públicos e mais transferência de recursos estatais para os bancos
privados. Maia tem pleno acordo com essa agente neoliberal, apenas deseja que o governo Bolsonaro-Guedes assuma sua
responsabilidade nessa pauta impopular de olho nas eleições.
No meio deste embate neoliberal, a CUT e o PT
sempre colocam o movimento operário a serviço de uma Frente Ampla com setores
burgueses, sabotando a luta direta em nome de acordos com os partidos patronais
que tem alguns choques pontuais com o Planalto de olho nas eleições
presidenciais de 2022. Somente a esquerda reformista, totalmente corrompida
ideologicamente, poderia acreditar que a burguesia nacional seria capaz de
interromper a escalada neofascista do governo Bolsonaro, muito pelo contrário
soma-se a ofensiva imperialista do capital financeiro para dilapidar o Estado e
liquidar as conquistas históricas da classe trabalhadora brasileira.
É necessário convocar uma greve geral do conjunto dos explorados
que são atacados pelo governo e o parlamento burguês. Nesse sentido, precisa-se
superar a política de colaboração de classes para seguir na
luta sem depositar nenhuma expectativa no circo eleitoral de novembro!