domingo, 18 de outubro de 2020

O CASO ROBINHO: DECADENTE JOGADOR BOLSONARISTA, CONDENADO POR ESTUPRO, FOI CRITICAR A REDE GLOBO... ACABOU “LANÇADO NA FOGUEIRA” E DESPREZADO POR PATROCINADORES NO IMPLACÁVEL NEGÓCIO DO FUTEBOL MERCADORIA

Hoje é Domingo, o dia mais badalado do futebol nacional. Porém as manchetes dos sites esportivos se dedicam ao “caso Robinho”. O jogador Bolsonarista condenado por estupro na Itália (recorreu da sentença) voltou ao Brasil para se refugiar no Santos e retornar ao campo. As revelações de áudios reacionários e preconceituosos implodiram o negócio, ainda mais depois que ele atacou a Globo no melhor estilo da Igreja Universal. Logo os patrocinadores do Santos pediram sua cabeça. O “menino da Vila” é a expressão mais acabada do reacionarismo no futebol brasileiro. Apesar de negro, vomita preconceito contra as mulheres e LGTBs e se vale da sua fama para “em nome de Deus” fazer propaganda contra as liberdades democráticas. Diante desse currículo conturbado, acabou “lançado na fogueira” e desprezado no implacável negócio do futebol mercadoria. 

Esse episódio dantesco reafirma que devemos lutar pela superação do machismo que nasceu com a propriedade privada e da mercantilização das relações pessoais, que só será plenamente realizada com a abolição do modo de produção capitalista, por meio da revolução socialista, destruindo qualquer forma de opressão contra as mulheres trabalhadoras e a exploração de classe.

O mais interessante do “caso Robinho” é que em áudio vazado, o jogador, falando com Diretor do Santos, se compara com Bolsonaro e diz que é perseguido pela Globo. “É nesses ataques que você se aproxima de Deus que você se prepara. Tem ’N’ exemplos. Você viu o que fizeram com Bolsonaro antes da eleição, ataques que fizeram com o cara, falando que era isso ou aquilo, que era fascista, que era racista, assassino. E quanto mais eles batiam no Bolsonaro mais ele crescia. Estou em paz.” Mas não parou por aí. “O bem sempre vence e a verdade vai aparecer. Os caras aí são pessoas usadas pelo demônio, né? A gente sabe como a TV Globo é uma emissora do demônio. É só você ver as novelas, as programações. Então eu estou em paz. Deus vai dar a vitória. Que se cumpra o propósito de Deus na minha vida. Meter gol neles, ’tamo junto’. Vou meter uma camisa quando fizer gol: ’Globo lixo, Bolsonaro tem razão’”. Ao firmar contrato com o Santos, ele se apresentou com uma camiseta com uma estampa escrito “Jesus” em letras garrafais. No perfil do Instagram, descreve-se como “cristão” e “seguidor de Cristo”. Após a vexaminosa entrevista deste sábado (17), o jogador publicou um story lendo a Bíblia e falando de “perseguições”. São todas essas expressões da barbárie capitalista que estamos mergulhado, onde o futebol mercadoria é uma vitrine decadente, um “museu de grandes novidades” como diria Cazuza.

O futebol brasileiro entrou definitivamente no “padrão” que a FIFA quer impor a todos os clubes do mundo, ou seja, transformá-los em empresas que apenas buscam o lucro fácil em cima do esporte mais popular do planeta. Isto significa mergulha-los nas águas profundas e escuras da “cartolagem” e dos não menos obscuros “grandes negócios” capitalistas envolvendo os próprios clubes, empreiteiras, patrocinadores e, claro, os interesses monopolistas da “famiglia Marinho” pelos direitos de transmissão dos jogos.  Nos últimos anos a influência dos “cartolas” cresceu de forma bastante acentuada, o que paradoxalmente vem corroborando com o declínio técnico de grandes equipes do futebol brasileiro.

Os holofotes sobre Robinho, que não passa de um “peixe pequeno”, joga luz no lado podre das transações comerciais entre clubes e grandes corporações nacionais e estrangeiras que colocam para “escanteio” o futebol como paixão popular e fenômeno de massa: clubes à beira da falência, desorganização do calendário das competições, escândalos abafados, corrupção e o inextrincável e mafioso sistema político arquitetado pela CBF para manter seu domínio absoluto sobre o futebol no Brasil.

Os Marxistas defendem que a abolição da propriedade privada é o elemento sine qua non para a libertação da mulher, esmagando a burguesia e seus barões como A Rede Globo assim como combatendo o preconceito reacionário de personagens Robinho, Neymar e mesmo Pelé que são retratos do que é a própria sociedade capitalista decadente.