quinta-feira, 22 de outubro de 2020

BOMBARDEIO NO AFEGANISTÃO: GOVERNO ATACA TALIBÃ EM MEIO A OFENSIVA DO GRUPO ISLÂMICO DEIXANDO DEZENAS DE CRIANÇAS MORTAS... FORA O IMPERIALISMO IANQUE E A OTAN DO ORIENTE MÉDIO!  

Um ataque aéreo do exército afegão atingiu uma escola, matou 12 pessoas (inclusive crianças) e feriu 14 na província de Takhar, no nordeste do país. Os alvos eram combatentes do Talibã, que mataram ao menos 37 soldados do governo nas últimas 72 horas e montam uma ofensiva para invadir o distrito de Baharak, na mesma província do ataque, o que levou as forças do governo a convocarem apoio aéreo. É necessário repudiar essa ação militar dos capachos do imperialismo ianque e da OTAN que assassinam crianças e lutam para derrotar a resistência armada talebã!

O Afeganistão tem registrado diversos ataques nos últimos dias, em meio a negociações do governo afegão com o Talibã por um acordo. Os Estados Unidos assinaram um com o grupo em fevereiro, para encerrar o conflito de 19 anos, desde o ataque ao Word Trade Center, em 11 de setembro de 2001. O acordo prevê que tropas americanas e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) sairão do Afeganistão até abril de 2021.

O texto foi assinado pelo negociador de Washington, Zalmay Khalilzad e pelo líder político do Taliban Abdul Ghani Baradar. Não é um acordo de paz rigoroso, como a Casa Branca fez questão de sublinhar, mas permitirá que os Estados Unidos abandonem a guerra mais longa que empreenderam em sua história, refletindo a atual debilidade militar ianque diante do poderio bélico da Rússia.

O Pentágono deve reduzir suas tropas para 8.600 soldados nos próximos meses.  Em Washington, Trump insistiu que a retirada será gradual e condicionada ao cumprimento dos compromissos do Talibã.

A invasão dos EUA no Afeganistão começou sob o pretexto dos ataques de 11 de setembro de 2001. Para encobrir a colaboração da monarquia Saudita com a Al-Qaeda, o então governo Bush de Washington disse que a organização terrorista operava com base exclusiva no Afeganistão, cujo governo era liderado pelo Taliban. Entre 32.000 e 60.000 civis afegãos morreram nesta guerra, segundo a ONU, e mais de 1.900 soldados americanos. Para os “Falcões do Pentágono” a ocupação transformou-se em um atoleiro, em que US$ 1 trilhão foram “queimados” Em baixas humanas são dezenas de milhares de mutilados por bombas de beira de estrada, um número ainda maior sofrendo de lesões cerebrais traumáticas e 2.400 mortos.

Em outubro de 2001, Washington iniciou a covarde agressão militar na condição de “única superpotência do planeta”, em decorrência política da destruição contrarrevolucionária da URSS, mas está encerrando-a numa situação de evidente declínio bélico, e ironicamente diante da atual Rússia hoje restaurada ao capitalismo.

Como Marxistas Revolucionários, apoiamos cada ofensiva sobre os agressores imperialistas, o governo lacaio e suas tropas de ocupação no Afeganistão, postando-se em frente única, com absoluta independência política, com as forças que enfrentam as tropas de rapina das potências capitalistas.

Cada revés sofrido pelos invasores dos EUA e da OTAN no Afeganistão ajuda a elevar o nível de consciência do proletariado e aumenta a sua confiança de que o imperialismo pode ser derrotado, forjando as condições para a construção de uma autêntica direção revolucionária que lute pela edificação do socialismo. Esses ataques representam uma resposta militar dos povos oprimidos e suas organizações ao imperialismo, muitas vezes por meios não convencionais de combate militar. Defendemos a unidade de ação com as forças que estão em luta contra o imperialismo.

Nesse combate consideramos justa toda e qualquer ação de resistência armada das massas à dominação belicista das metrópoles capitalistas sobre os povos oprimidos! Lutamos vigorosamente pela expulsão das tropas da OTAN de toda região, impulsionando uma frente de ação político e militar com as forças da resistência nacional afegã contra os saqueadores imperialistas, forjando a construção do partido revolucionário para superar as direções burguesas em suas mais variadas facetas.