“CESSAR-FOGO” COM O SIONISMO: PREPARA O ENCLAVE ISRAELENSE PARA UMA NOVA OFENSIVA CONTRA O IRÃ
O Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou ontem que Israel não respeitará o “cessar-fogo” com o Irã: “Instruí o exército israelense a preparar uma estratégia de imposição contra o Irã que inclua: manter a superioridade aérea de Israel; impedir o avanço dos programas nuclear e de mísseis do Irã; e responder ao apoio iraniano a atividades terroristas contra Israel. Agiremos de acordo para combater tais ameaças. Aconselho o chefe de Estado em Teerã a ser cauteloso: a operação foi apenas uma prévia de uma nova política israelense: a imunidade expirou em 7 de outubro”. Como já tínhamos afirmado em artigos anteriores, o “cessar-fogo” com o sionismo intermediado por Trump, significava uma perigosa armadilha para o regime nacionalista burguês dos Aiatolás.
O enclave israelense não busca uma “paz duradoura”, nem muito mesmo um fim temporário para os combates para derrocar o regime persa. Parece claramente uma estratégia para retomar as hostilidades militares e que está simplesmente esperando o “sinal verde” do Deep State para executá-la.
Afinal, Israel já estava usando suas armas de última geração
e seus avançados sistemas de defesa aérea. Que outras ferramentas o país tem à
disposição para alcançar um resultado diferente daquele que acabou de vivenciar
em apenas doze dias de guerra?Israel tem apenas duas opções: envolver o
Pentágono mais profundamente na guerra, inclusive por meio do envio de forças
terrestres, ou recorrer a armas nucleares. Não há uma terceira opção. Portanto,
qualquer que seja o plano, ele terá uma força e uma escala diferentes daquelas
vistas durante o último confronto.
De acordo com o periódico “Times of Israel”, após o ataque dos EUA ao Irã, Netanyahu e Trump concordaram com "um fim rápido para a guerra em Gaza e uma extensão dos Acordos de Abraão". A guerra em Gaza terminaria em duas semanas. Quatro Estados árabes, incluindo os Emirados Árabes Unidos e o Egito, governariam conjuntamente a Faixa de Gaza em vez do Hamas. Os líderes da organização guerrilheira seriam exilados e todos os reféns, enfim libertados.
No entanto, os capangas subalternos árabes afirmaram repetidamente que não participariam da reabilitação pós-guerra de Gaza sem o consentimento explícito de Israel para que a traidora Autoridade Nacional Palestina se estabelecesse em Gaza como parte de uma futura solução de dois Estados. Porém o genocida Netanyahu rejeita até qualquer acordo mínimo com a corrupta ANP.
Entretanto o Hamas e a Jihad Islâmica estão fortalecidos e a guerra em Gaza não terminará em breve, os Acordos de Abraão não se expandirão rapidamente e Israel certamente não conseguirá estabilizar a situação na Faixa de Gaza. A questão a saber agora é se a trégua firmada pelos Aiatolás significará também uma redução do apoio logístico do Irã a Resistência Armada Palestina.