segunda-feira, 22 de abril de 2013


Casa Branca aumenta ajuda aos mercenários na Síria. Revisionistas aplaudem e pedem armas para os “rebeldes” da OTAN!

A Casa Branca anunciou neste sábado, 20 de abril, que destinará mais 123 milhões de dólares à oposição armada síria como ajuda material aos mercenários que buscam derrocar o governo de Bashar al-Asad. Ao término de um encontro dos denominados (muy) Amigos da Síria, realizado em Istambul, o secretário norte-americano de Estado, John Kerry, afirmou que os Estados Unidos aumentarão o pacote total de sua ajuda destinada aos opositores armados sírios para um total de 250 milhões de dólares. “O presidente (Barack Obama) me pediu que aumentassem nossos esforços”, declarou Kerry, em uma coletiva de imprensa na Turquia. Ele destacou que a ajuda suplementar ianque se estenderá mais além das rações alimentares militares e dos kits de ajuda médica para incluir outros tipos de “equipamentos bélicos”. O Pentágono, por sua vez, instou os dez países ocidentais e árabes do grupo de (muy) Amigos da Síria a incrementar sua ajuda aos opositores na Síria para alcançar o total de um bilhão de dólares. Na véspera do encontro, o Reino Unido e a França propuseram incrementar as relações com os “rebeldes”, estabelecendo contratos de exploração petrolífera nas áreas controlada por eles. Além disso, a União Europeia (UE) vai levantar o embargo de entrega de armas aos grupos que considera terroristas, mas que operam na Síria contra Assad a fim de inclinar a balança militar a favor desses mercenários. Animados, os revisionistas pedem armas para os “rebeldes” da OTAN!


Por sua vez, a mídia “murdochiana” segue manipulando informações descaradamente em favor dos “rebeldes” da OTAN, no que é acompanhada pelos revisionistas do trotskismo! Segundo a CNN, informação reproduzida pela rede Globo, a conquista de uma localidade rebelde próxima a Damasco pelo Exército sírio deixou mais de 100 mortos após cinco dias de combates, incluindo dez mulheres e três crianças. Obviamente a fonte é o fantasma “Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH)” que declarou: “São 101 mártires identificados em Jdeidet al-Fadl, quase totalmente tomada no domingo pelo Exército. As vítimas são dez mulheres, três crianças e 88 homens, incluindo 24 rebeldes”, afirmou à AFP o diretor do Observatório, Rami Abdel Rahman. Na véspera, o OSDH, que se baseia em uma ampla rede de mercenários, havia inventado 80 mortos. A organização indicou, como sempre, que as vítimas morreram em bombardeios, combates e execuções sumárias.

Frente aos fantasiosos massacres desferidos pelo “sanguinário Assad”, os revisionistas que cantam loas à fraudulenta “primavera árabe”, impulsionada por Obama, se queixam que é preciso mais apoio do imperialismo aos mercenários para “derrubar a ditadura”. Segundo a LIT, “Depois de meses de mobilizações populares que eram brutalmente reprimidas pelo regime sírio, surge o denominado Exército Livre da Síria (ELS). Esta força combatente está conformada, fundamentalmente, por setores da população civil que tomaram as armas e por soldados que desertaram do exército regular que responde a ditadura de Assad. Líderes do ELS asseguram que suas fileiras contam com 40 mil combatentes e suas ações militares se circunscrevem, geralmente, a tática de guerra de guerrilhas” (Sítio LIT, 20/04). Para resolver sua fragilidade militar, o famigerado “Exército Livre da Síria” já anunciou a colaboração recebida pela logística militar do gendarme de Israel, além do governo turco membro da OTAN. Isso é justamente o que pede a LIT ao declarar “Sustentamos que o armamento da população deve estender-se e as ações militares devem ser centralizadas a partir de una direção unificada de todas as unidades e comitês populares armados. Por outro lado, é preciso exigir aos governos armas e assessores militares para a resistência armada síria” (sítio LIT, 20/04)! Mais claro impossível, com essa política escandalosa a LIT chega ao ponto de apoiar o mega-ataque em Damasco como parte das “ações militares centralizadas” contra a “ditadura sanguinária de Assad”!

Os marxistas leninistas nunca nutrimos a menor simpatia política pelo regime da oligarquia Assad, porém declaramos abertamente e sem dissimulações que temos um “lado” na guerra civil da Síria, o nosso campo é frontalmente oposto aquele que o imperialismo e seus “amigos” apostam suas “fichas”. Impedir que a OTAN abra um corredor militar desde a Síria, passando pelo Líbano, para atacar o Irã, é neste momento a tarefa central da classe operária internacional em seu combate revolucionário e anti-imperialista. Já a LIT está no campo dos mercenários do ELS e da contrarrevolução, que acabam de promover mais um banho de sangue contra o povo sírio!