quarta-feira, 3 de abril de 2013

Leia o Editorial do Jornal Luta Operária nº 254, 2ª Quinzena de Março/2013
Blog da LBI supera os 100 mil acessos firmando-se como um contraponto trotsquista ao PIG e seu controle midiático!

O Blog da LBI acaba de superar os 100 mil acessos! Em menos de dois anos de existência, ele se firmou como um importante instrumento de luta política e ideológica, um modesto, porém ativo contraponto de classe ao Partido da Imprensa Golpista (“PIG”) e sua “rede” noticiosa de alienação midiática assim como seus “papagaios” no interior da esquerda revisionista, convertidos ideologicamente ao campo da democracia burguesa e que se “guiam” cegamente pelo que dita a grande imprensa burguesa, como vimos no episódio da farsesca “revolução árabe”. O Blog da LBI atingiu este número considerável de acessos reais em razão de suas atualizações diárias com matérias sintéticas e de profundo conteúdo programático, ou seja, o oposto do que reina nas chamadas “redes sociais” facilmente manipuladas pela CIA. Sabemos que o Blog da LBI serve como referência política e ideológica no debate no interior da vanguarda de esquerda anticapitalista. Por esta razão, se coloca clara e publicamente na trincheira de combate a grande mídia “murdochiana”, que inclusive vem acionando sistematicamente a justiça burguesa para calar e censurar muitos blogueiros, organizações políticas ou coletivos que não se vergam aos seus ditames monopolistas.


Enquanto desfere uma feroz campanha de perseguição política contra meios de comunicação “alternativos” que não estão sob o seu controle direto (blogs, rádios comunitárias), o imperialismo e sua mídia corporativa patrocinam a adesão em massa ao Facebook, um instrumento da CIA montado para monitorar as pessoas por todo o planeta via as chamadas “redes sociais”, a mais apavorante máquina de espionagem “virtual” já inventada. É pública nossa denúncia do Facebook, até hoje jamais recorremos a este meio para divulgar nossas posições políticas revolucionárias. Ainda assim, fomos “surpreendidos” com um Facebook falso (“fake”) como sendo da autoria da direção da LBI. Desde já denunciamos esta grosseira manipulação a serviço de veicular informações e posições políticas que não são as nossas. Nossa imprensa revolucionária tem como porta-vozes oficiais o jornal Luta Operária, a Revista Marxismo Revolucionário, nosso site na internet e o Blog da LBI. Consideramos uma profunda ilusão no regime “democrático” acreditar que a tecnologia da informação materializada na internet e em outras mídias eletrônicas signifique “liberdade de expressão”. Trata-se de um gigantesco banco de dados referentes ao conhecimento humano ao qual somente o imperialismo tem acesso total e controle. A “indústria” da informação, ao contrário do que a pequena burguesia e os reformistas apregoam, não tem como princípio a liberdade de expressão porque está precisamente concentrada nas mãos de um pequeno punhado de capitalistas em nível mundial e estes associados aos aparelhos de informação do Estado burguês e seu aparato repressivo. O aperfeiçoamento tecnológico facilitou a edificação de uma poderosa base de dados em nível mundial que tem a capacidade de armazenar vídeos, fotos, ligações telefônicas e parâmetros biométricos de “alvos” que contrariem interesses das grandes corporações e assim persegui-lo. Quanto mais complexa e desenvolvida a tecnologia de informação, paradoxalmente maior é o controle social da mesma por mais que as organizações e partidos políticos de “esquerda”, adaptados ao regime da democracia dos ricos tentem afirmar o contrário!

Empresas do “quilate” da Microsoft, Google, Sony, Apple etc. etc. podem controlar indiscriminadamente telefones celulares, computadores, “tablets” através de softwares e hardwares por eles fabricados. Basta enviar “trojans” em anexos de e-mails ou simplesmente inserir “scripts” maliciosos escondidos em um site muito visitado (as redes sociais, por exemplo!). Ou então, com um minúsculo “chip” inserido na placa mãe dos aparelhos (computadores, celulares), as empresas, o Estado burguês pode gravar tudo o que é digitado, “ligar” remotamente telefones celulares como um “microfone” sem que o proprietário perceba, mesmo que não efetue nenhuma ligação, acionar webcams para espionar um “alvo” em tempo real, localizar via satélite pessoas por suas características biométricas. Isto se agrava ainda mais em se tratando da indústria bélica que tem a tecnologia controlada a mão de ferro pela matriz imperialista que utiliza aviões de ataque não-tripulados computadorizados, os famosos Drones. Foram os Drones que arrasaram recentemente a Líbia e hoje são usados para assassinar os dirigentes das FARC nas selvas colombianas e futuramente numa guerra contra o Irã. Ninguém, a não ser os EUA, por exemplo, tem o domínio completo de como funcionam estes aparelhos, que durante a “guerra fria” tinha o contraponto militar e tecnológico a ex-URSS.

Na verdade, a relação promíscua entre os grandes grupos de comunicação tradicionais assim como as chamadas “novas mídias” e o Estado burguês são parte constitutiva da superestrutura de controle ideológico da burguesia e do imperialismo. A mídia capitalista funciona como um verdadeiro aparelho ideológico do Estado, independente da coloração política do governo (gerente) de plantão. Em uma etapa histórica onde a ausência de referências socialistas, que foi agravada com a destruição contrarrevolucionária da União Soviética, a formação de uma “opinião pública” alienada e banal pela mídia capitalista passou a ser sua função estratégica para sedimentar a dominação de classe. A “informação” dada pela grande imprensa, longe de ser imparcial, não passa de um cardápio ideológico burguês, preparado segundo as “melhores” receitas da elite mais reacionária. As “manchetes” fabricadas pela mídia capitalista passaram a ser consideradas verdades supremas, inclusive pela esquerda reformista completamente refém desta opinião pública “politicamente correta”, fruto de um período de completo retrocesso na consciência de classe do proletariado mundial. A imprensa operária que não se rendeu aos “modismos” ideológicos da mídia capitalista, a exemplo do Facebook, tem um enorme papel na formação e informação de uma nova geração de militantes revolucionários que “teimam” em não acreditar nas verdades absolutas do deus mercado.

É impossível existir uma “mídia independente” ou “meios de comunicação social autônomos” dos grandes monopólios dos meios de comunicação, sem a ruptura revolucionária das massas com o Estado burguês e a expropriação dos meios de comunicação capitalistas, que manipulam a população segundo seus interesses de classe. A única forma de ter uma mídia comprometida com os interesses dos trabalhadores e do povo pobre é lutando pela liquidação do próprio Estado burguês como dizia o velho Lênin, que através de seu “quarto poder” aliena as massas para manter a exploração capitalista e a hegemonia do imperialismo sobre os povos do planeta. A vanguarda classista do proletariado deve se armar de um programa revolucionário diante da conjuntura política que se abre de recrudescimento do regime político onde é visível o controle midiático que o PIG exerce sobre os meios que comunicação, construindo um tripé de reivindicações que inclua o combate radical aos monopólios capitalistas de comunicação, a derrota das investidas autoritárias e golpistas da justiça burguesa e, por último, a ação direta dos trabalhadores, passando por cima dos aparelhos sindicais burocratizados controlados pela frente popular. Com esta plataforma devemos avançar na perspectiva socialista de consolidar um poder dos trabalhadores, completamente autônomo destas instituições apodrecidas do regime capitalista e do Estado burguês.

Aproveitamos a oportunidade para informar nossos leitores e simpatizantes que estaremos reformulando o Blog da LBI a fim de ele seja mais seguro e dinâmico. Nós que formamos sua equipe editorial, ao celebrarmos os mais de 100 mil acessos reais e anunciarmos sua reformulação, orgulhamo-nos de através deste instrumento militante ser o fio de continuidade do genuíno trotskismo, apesar de nossas modestas forças, quando praticamente todas as organizações políticas vêm sucumbindo pusilanimemente às pressões da opinião pública mundial pequeno-burguesa, produto da mais nefasta ofensiva contrarrevolucionária do imperialismo, seja no âmbito militar, cultural, ideológico, ou dos costumes etc.. Por isso, o fortalecimento da imprensa operária e suas posições políticas principistas, a ação consciente das massas dirigida por um partido revolucionário, são os elementos-chaves para a liquidação do Estado burguês e a exploração capitalista, de cujas cinzas erguer-se-á a sociedade socialista. Balizados por estas perspectivas, fica o convite para que os companheiros leitores e simpatizantes visitem o Blog da LBI ainda com mais frequência, contribuindo para que ele tenha uma longa vida militante pela frente!

LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA