sexta-feira, 29 de junho de 2018

QUANTO O PCO "EMBOLSOU" PARA DEFENDER DESCARADAMENTE FERNANDO PIMENTEL, CARRASCO DOS PROFESSORES E DO FUNCIONALISMO PÚBLICO MINEIRO?


O PCO, já não é mais nenhuma novidade, metamorfoseou-se de uma organização da esquerda "radical" trotskista para uma tendência externa do petismo, de uma forma abrupta e sem mediação política alguma. São hoje uma espécie de "MR8 do PT", para os mais jovens que não conheceram o MR8, este foi uma combativo grupo guerrilheiro que protagonizou (de forma exitosa na parceria com Carlos Marighella) em 1969 o heróico sequestro do embaixador norte-americano no Brasil em troca da libertação de vários presos políticos que estavam sendo torturados regime militar. Pois bem, o MR8 passou de uma aguerrida e corajosa organização comunista para uma tendência externa do PMDB, raivosos defensores de figuras corrompidas como os ex-governadores Orestes Quércia e Moreira Franco e do próprio ex-presidente Sarney, foram por muitos anos conhecidos como os "bate-paus" do PMDB sempre dispostos a executarem as tarefas mais "sujas", em troca é claro de uma "generosa" contribuição da burguesia dita "progressista". Em pleno governo Dilma, o PCO como um camaleão político, passou do "Fora Lula" defendido por eles em 2006 na crise do "Mensalão", para um "Amamos Dilma" a partir de 2010 em diante. Obviamente o "cavalo de pau" político do PCO teve uma base material, assim como o do antigo MR8, primeiro foram as "gordas" verbas do Fundo Partidário, facilitadas pela influência do primeiro governo Dilma na Corte Eleitoral (TSE), depois vieram diretamente as verbas de empresas estatais e agora com o defenestramento do PT se alimentam das "sobras" da campanha "Lula Livre". No início da guinada do PCO tudo era justificado pela camarilha do Sr.Pimenta em nome da luta "contra a direita", pois a luta de classes propriamente dita tinha subitamente desaparecido para estes senhores. Depois com o advento do golpe parlamentar, a palavra de ordem de "Volta Dilma" ganhou as manchetes do jornal Causa Operária, nenhuma referência ao duro ajuste neoliberal implementado pelo ministro Levy e muito menos as privatizações levadas a cabo em pleno governo da Frente Popular. Mas se a defesa intransigente das medidas de "ajuste" do governo Dilma eram insuficientes para garantir mais verbas para o "guloso" PCO, este também se transformou no paladino da colaboração de classes, atacando violentamente todas as organizações de esquerda que criticassem o reformismo do PT e a política de paralisia da CUT. Para aqueles que pensavam que o "fã clube" dos poucos seguidores "rentados" do PCO se limitava a bajulação de Lula e Dilma, agora ultrapassaram qualquer fronteira de classe ao defender a "segunda linha" da burocracia petista, como o atual governador, Fernando Pimentel: o carrasco dos professores e funcionários públicos de Minas Gerais. No site do PCO (29/06) pudemos "descobrir" que Pimentel que governa seu estado com um arco da pior escória burguesa possível é um homem de "esquerda: "Na realidade, a forte ligação com o período Dilma só prova, mais uma vez, o real teor da perseguição contra Pimentel: uma perseguição política que objetiva exterminar toda a esquerda brasileira" (site do PCO). A pergunta que logo vem à cabeça de todo militante classista, não só o mineiro, é a seguinte: quanto o PCO embolsou para virar capacho de um governador que reprime violentamente as lutas dos trabalhadores? Deixemos que o próprio Rui Pimenta responda, se é que tem hombridade para assumir a podridão política em que submergiu sua organização, ainda que mascarando a corrupção do PCO com a surrada cantilena que seu asqueroso apoio a Pimentel se justifica para "combater o golpista Aécio Neves"...

quinta-feira, 28 de junho de 2018

COMPANHEIRO DOMENICO, PRESENTE! UM STALINISTA SIM, PORÉM NÃO ERA NOSSO INIMIGO DE CLASSE! 


Morreu hoje na Itália Domenico Losurdo aos 77 anos. A família divulgou que a morte foi em decorrência de um súbito câncer cerebral. Rompido com o defunto PCI (atual Partido Democrata de Esquerda - PDS) e frustrado com a Rifondazione Comunista, Domenico aderiu recentemente ao jovem Partido dos Comunistas Italianos. Essa trajetória foi produto de seu distanciamento do PCI, vanguarda do eurocomunismo e que se transformou em um partido burguês conservador, mostrando o caminho para todo um setor do stalinismo no mundo, como o PPS do Brasil que se tornou uma sublegenda da direita pró-imperialista enquanto na própria Itália o PDS defendeu a intervenção militar da OTAN na Líbia e outras posições contrarrevolucionárias neocolonialistas. Nesse curso mais à esquerda contra a integração a democracia burguesa do PCI, Losurdo tem contribuições de grande importância, sobretudo suas denúncias muito ricas contra o imperialismo, suas formas de dominação e manipulação, como também as críticas arrasadoras ao liberalismo. Na sua produção intelectual, sua contribuição questionava importantes “intelectuais de esquerda” ao criticar o abandono da orientação anti-imperialista. Lançou um livro recentemente que estraçalha o chamado Marxismo acadêmico, antes havia publicado várias obras importantes, entre elas “Stalin: História e Crítica de uma Lenda Negra”. É bem verdade que Domenico era um Stalinista, porém não era nosso inimigo de classe e sim um adversário político a ser respeitado e enfrentado no terreno vivo do debate político e teórico da luta de classes. Defensor “crítico” do Stalinismo, buscava resgatar na história do movimento operário mundial justificativas para a política de coexistência pacífica da URSS stalinizada com o imperialismo e “explicar” as razões políticas e conjunturais que levaram o dirigente soviético a recorrer, por exemplo, ao “Grande Terror” nos anos 30 que dizimou grande parte da vanguarda do Partido Bolchevique. Ao contrário do típico stalinista “ortodoxo”, o intelectual marxista italiano não buscava encobrir uma série de crimes cometidos pelo regime burocratizado na URSS, nem os qualifica simplesmente como “erros”. Presenciamos em vários debates Losurdo denunciando os revisionistas do Trotskysmo, como Osvaldo Coggiola (PO argentino) e grupos como a LIT, UIT e afins pela política vergonhosa de não defenderem a URSS contra o imperialismo. A justa crítica de Losurdo a essas correntes estava correta. O programa de fundação da IV Internacional já apontava a necessidade do estabelecimento da frente única entre a “fração Reiss” (referindo-se a Ignace Reiss, trotskista soviético assassinado posteriormente por Stalin) com a burocracia termidoriana do Kremlin, no caso de alguma ameaça ao Estado operário, “esta perspectiva torna bastante concreta a defesa da URSS. Se amanhã a tendência burguesa fascista, isto é a ‘fração Butenko’, entra em luta pela conquista do poder, a ‘fração Reiss’ tomará inevitavelmente, lugar no outro campo da barricada... Se a ‘fração Butenko’ se achar em aliança militar com Hitler a ‘fração Reiss’ defenderá a URSS contra a intervenção militar, tanto no interior do país, quanto a nível internacional. Qualquer outro comportamento seria uma traição” (Programa de Transição). Ao longo da II Guerra Mundial os autênticos trotskistas souberam combater as tropas nazistas lado a lado do Exército Vermelho, em defesa da URSS mesmo burocratizada. O intelectual marxista italiano, entretanto, cometia o gravíssimo erro de reivindicar como justa a política do “socialismo em um só país” de Stalin enquanto atacava a Teoria da Revolução Permanente de Trotsky. Nesse terreno estava profundamente equivocado e negava-se a compreender a luta política do fundador da IV Internacional contra o Stalinismo justamente como parte do combate pela vitória da revolução proletária na arena mundial. Os genuínos trotskistas que souberam defender a URSS mesmo burocratizada e o Muro de Berlim como um instrumento deformado de defesa dos Estados operários contra a restauração capitalista perderam um adversário político militante que respeitavam e polemizavam acidamente nos debates sobre os rumos da revolução mundial no século XXI.
HÁ 9 ANOS DO GOLPE PARLAMENTAR EM HONDURAS: O “LABORATÓRIO” ONDE TEVE INÍCIO A MANOBRA INSTITUCIONAL REACIONÁRIA APLICADA NO SÉCULO XXI COMO POLÍTICA PREFERENCIAL DO IMPERIALISMO PARA DERRUBAR OS GOVERNOS DA CENTRO-ESQUERDA BURGUESA


O Blog da LBI publica o artigo histórico sobre o golpe constitucional em Honduras contra o governo de Manuel Zelaya, ocorrido há 9 anos atrás, em 28 de junho de 2009. Este arremedo de putsch “civil” reacionário inaugurou a onda de “golpes parlamentares” no Século XXI contra os governos da centro-esquerda burguesa. Além de denunciar a trama da direita apoiada pelo imperialismo ianque, em uma ação orquestrada pela Justiça e o Congresso Nacional executada por um grupo de militares que expulsaram o presidente hondurenho para a Costa Rica, o texto elaborado pela LBI analisa também o acordo político em torno da volta de Zelaya a Honduras meses depois, costurado por Obama e Lula que previa a realização de eleições presidenciais e a acolhida do presidente deposto na embaixada brasileira. Zelaya acabou dando seu aval para a convocação do pleito que só viria a ocorrer em 2013. Na disputa sua esposa (candidata pelo Partido Libre - Liberdade e Refundação) foi derrotada pelas forças políticas civis conservadoras agrupadas no PN (Partido Nacional), legenda de direita apoiada pelos golpistas. Essa manobra eleitoral estabelecida por um “acordão nacional” contou com participação da “esquerda” agrupada na Frente Nacional de Resistência Contra o Golpe (FNRG) e acabou por legitimar os golpistas que controlam até hoje a presidência do país, recorrendo a novas fraudes, como a ocorrida agora em novembro de 2017. Como Marxistas consideramos necessário abstrair as lições políticas e programáticas deste episódio fundamental para a esquerda revolucionária mundial. As feridas do golpe “constitucional” cívico-militar contra o presidente Manuel Zelaya, deposto em junho de 2009 pouco antes da realização de um referendo para a mudança na Constituição do país que entre outros temas abordaria a possibilidade da reeleição presidencial, estão mais abertas do que nunca em Honduras até hoje.

HONDURAS URGENTE: DERROTAR COM A AÇÃO DIRETA DA CLASSE OPERÁRIA O "PUTSCH" REACIONÁRIO! 
(Blog da LBI, 30/06/2009)
  
Na madrugada deste domingo, dia 28, o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, foi alvo de um golpe de Estado. Ele foi preso pelo Exército, pouco antes da realização de um referendo para a mudança na Constituição do país que entre outros temas abordaria a possibilidade da reeleição presidencial. A ação foi orquestrada pela Justiça e o Congresso Nacional, sendo executada por um grupo de militares que o expulsaram para a Costa Rica. Carros blindados e tanques ocupam desde então Tegucigalpa. Veículos de combate tomaram as ruas que dão acesso à residência presidencial, enquanto aviões-caça sobrevoam a capital hondurenha, impondo repressão às manifestações populares contrárias ao golpe. Eleito presidente pelo Partido Liberal em 27 de novembro de 2005, uma legenda tradicional de uma das alas da classe dominante hondurenha, Zelaya liderou um frágil governo burguês que levou a adesão de Honduras à Alba em 2008, provocando a reação do empresariado temeroso de que ele fosse promover estatizações, devido sua aproximação com o chavismo. Enquanto se afastava de sua base tradicional oligárquica, tratou de cooptar os sindicatos e o movimento indígena, ganhando a simpatia de parte dos explorados do país ao aumentar em 60% o salário mínimo em 2006. A reacionária ultra-direita, aproveitando a margem de manobra cada vez mais estreita do governo de Zelaya, denunciou suas relações com o chavismo (Petrocaribe e a ALBA) e promoveu uma campanha reacionária contra a suposta intromissão do presidente venezuelano nos assuntos internos de Honduras. Esta cantilena serviu de cobertura para a oposição burguesa ao governo ir à ofensiva, mas desta vez com o apoio das FFAA.

terça-feira, 26 de junho de 2018

BALANÇO DA GREVE GERAL NA ARGENTINA: KIRCHNERISMO, BUROCRACIA SINDICAL E FIT LIMITAM LUTA DIRETA A UM “PARO” DE 24HS DOMESTICADO PARA DESGASTAR O GOVERNO MACRI, VISANDO CAPITALIZAR O ÓDIO POPULAR NO TERRENO ELEITORAL EM 2019


Neste dia 25 de junho ocorreu uma forte Greve Geral na Argentina. O ódio popular contra Macri cresceu nos últimos meses após o país vizinho mergulhar em uma grave crise econômica, com o governo submetendo a economia nacional a um duro ajuste neoliberal ditado pelo FMI. O aumento do custo de vida, com o dólar disparando e os salários arrochados levaram a paralisação de 24 horas, que poderia ter sido por tempo indeterminado não fosse a política de contenção das lutas da burocracia sindical. A CGT foi forçada a convocar a greve no que foi seguida pela CTA, apesar de tentarem buscar a todo momento um acordo com o desgastado gestor neoliberal. Tanto que o “paro” teve um caráter pacífico com passeatas domesticadas apesar de massivas, sem apontar nenhuma continuidade de combate para derrubar o governo através da luta direta e insurrecional. Essa foi a política de Cristina Kirchner, da oposição burguesa agrupada no PJ e em outras legendas menores da centro-esquerda burguesa. A intenção de todos eles é que o governo Macri complete seu mandato em crise para capitalizar a revolta popular no terreno eleitoral em 2019. Por sua vez, a FIT (PTS, PO, IS) e o conjunto da esquerda revisionista (MST, Nuevo MAS) tenta ampliar seus espaços no terreno sindical a fim de acumular força para o circo eleitoral que se avizinha. Esse foi o sentido do “Plenario Nacional de Trabajadores” ocorrido dia antes (23 de junho), um encontro sindical convocado conjuntamente por todos os grupos políticos que se reivindicam trotskistas a fim de fazer da luta direta um instrumento de acumulo da unidade eleitoral em torno de uma FIT ampliada no próximo ano, uma composição política que terá um programa ainda mais adaptado ao regime político burguês, limitada a galgar mais postos parlamentares. Uma prova evidente disso foi a “correção” pública feita pelo dirigente ferroviário da Izquierda Socialista (IS), Pollo Sobrero, que tem seu Twitter declarou vergonhosamente “En el discurso de hoy cometi um error al decir que ‘caica el govierno’, en realidade lo que quise decir es que caiga el plan econmico del governo. A los que se sintieron molestos les pido desculpas por esse grave error”.  Contra essa perspectiva de tornar as lutas em curso apenas um instrumento eleitoral de desgaste do governo, é preciso apostar no sentido da luta direta revolucionária, o que passa por levantar um programa pela derrubada da moribunda gestão neoliberal, visando edificar um genuíno Governo Operário e Camponês erguido por fora das carcomidas instituições pseudo-democráticas do Estado capitalista.

sábado, 23 de junho de 2018

ALVO DA FRAUDE ELEITORAL POR DUAS VEZES, OBRADOR DEVE SER “ESCOLHIDO” PARA GERIR OS NEGÓCIOS DA BURGUESIA... PORÉM PODE SER “SURPREENDIDO” POR NOVO ENGODO DA DIREITA, LASTREADO NA EUFORIA DA CLASSIFICAÇÃO DA SELEÇÃO MEXICANA NA COPA DA MAFIOSA FIFA


Recentes pesquisas eleitorais indicam que o candidato Andrés Manuel Lopez Obrador, AMLO, que dirige o “Morena” (Movimento de Regeneração Nacional), um racha “à esquerda” do PRD e sua coalizão de centro-esquerda burguesa vão obter por volta de 47% dos votos na eleição presidencial de 1º de julho no México. Ele disputa pela terceira vez a presidência e foi vítima duas vezes do circo eleitoral fraudado da democracia burguesa, “perdendo” o governo central primeiro para o PAN de Fox e depois para o PRI do atual presidente Peña Nieto. Obrador desta vez acredita que é sua vez no “revezamento de partidos” da democracia dos ricos de assumir a gerência dos negócios da burguesia mexicana, por essa razão não se cansa em afirmar que acredita em “eleições limpas e transparentes” agora em 2018, patrocinando entre os trabalhadores ilusões nesse regime bastardo. Ele inclusive aponta que como Lula no Brasil tentou três vezes ser presidente e conseguiu, seria a vez o México “seguir o exemplo” do Brasil em nome da estabilidade da ordem burguesa. O partido de AMLO participa das eleições aliado ao PT (Partido do Trabalho) e ao PES (Partido Encontro Social). Entre os candidatos com quem compete está Ricardo Anaya – 29,5% das intenções de voto, pela coalizão de centro-direita México à Frente. Inclui o Partido da Ação Nacional (PAN) e outros grupos menores, como o Partido da Revolução Democrática (PRD) e o Movimento Cidadão. Além disso, compete José Antonio Meade – 20,6%, pelo Todos pelo México, representando a direita clássica e o partido do atual presidente, Enrique Peña Nieto. Inclui o Partido Revolucionário Institucional (PRI) e outros, como o Partido Verde Ecologista do México (PVEM) e Nova Aliança. Não está descartado que uma “reviravolta” de última hora em favor da centro-direita burguesa representado pelo PAN ou mesmo para beneficiar o PRI, um golpe eleitoral que pode ocorrer tanto via a fraude direta como pela classificação “surpresa” na Copa da FIFA para as oitavas de final lastreada pela vitória inicial sobre o forte time da Alemanha e agora batendo a Coréia do Sul, uma situação que serve como luva para a direita. O PRI, partido tradicional da extrema-direita mexicana, que controlou a presidência durante 70 anos, sendo derrotado pelo PAN em 2000, com a vitória de Vicente Fox, irá disputar essas eleições presidenciais bastante desgastado. Essa é a razão da ascensão da centro-esquerda burguesa representada por Obrador. Esse realinhamento político mostra que setores fundamentais da burguesia mexicana, diante das sistemáticas crises com Trump e o imperialismo ianque, desejam a ascensão de AMLO porque percebem que o débil governo de Penã Neto, eleito por via de uma imensa fraude contra o próprio Obrador, foi incapaz de estabilizar o regime ante o aprofundamento da crise econômica e cedeu espaço, através da profunda corrupção estatal, para o avanço das máfias e do narcotráfico no país. Obrador fundou há alguns anos o “Morena” e postula a presidência, valendo-se da crise do PRD e tendo o apoio do Partido do Trabalho (PT), de corte neo-estalinista, da Convergência além de setores descontentes do PRD e de todo arco revisionista do trotskismo. O pacto estabelecido com Obrador coma burguesia pela estabilidade do regime político coloca como necessidade imperiosa a construção de uma direção revolucionária à altura da situação que o país se encontra. Forjar um partido autenticamente comunista, operário e internacionalista oposto aos atalhos patrocinados pelos revisionistas do trotskismo (CMI ligada a Alan Woods, OST lambertista) que atuam como uma sombra de Obrador é uma necessidade fundamental da vanguarda classista mexicana. Longe de avalizar a política de colaboração de classe é preciso construir uma ferramenta revolucionária que se oponha pelo vértice a esse curso de colaboração de classes. Arrancar os sindicatos das mãos das corruptas máfias priiristas e da nefasta influência do PRD e de Obrador, do “Morena” e seus satélites é parte fundamental da tarefa histórica dos marxistas revolucionários neste momento em que se anuncia um “novo governo” de centro-esquerda burguesa ou mesmo de direita baseado em um “golpe eleitoral que se utilizaria do sucesso da seleção mexicana na Copa da FIFA para impor com mais facilidade uma nova fraude!

quinta-feira, 21 de junho de 2018

IMIGRANTES EM CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NOS EUA: AS JAULAS EM QUE O IMPERIALISMO APRISIONA OS TRABALHADORES E SEUS FILHOS SOMENTE SERÃO DESTRUÍDAS COM A REVOLUÇÃO SOCIALISTA NO CORAÇÃO DO MOSTRO CAPITALISTA!


As cenas chocantes de crianças presas em jaulas, separadas de seus pais também detidos sob a acusação de imigração ilegal, chocou o mundo. O endurecimento da legislação ianque contra os estrangeiros e seus próprios cidadãos leva a um incremento da prisão em massa. Existem 2,8 milhões de norte-americanos presos nas cadeias dos EUA, por sua vez nos centros de detenção de imigrantes, são também milhares. Essas prisões cresceram muito com o “democrata” Obama e agora chegam a seu exponencial com o “republicano” Trump, é uma política oficial do imperialismo ianque. Essa barbárie interna é a expressão no território dos EUA do que essa máquina bélica planetária impôs nos últimos anos na Líbia e nos países que sofreram intervenção militar da OTAN. Não há como “reformar” o Estado imperialista, só a revolução proletária pode destruí-lo desde suas entranhas, com a classe operária norte-americana rompendo com os grilhões políticos e ideológicos que a mantém no atraso, apatia e passiva. Essa luta deve unir o proletariado dos EUA com seus irmãos mexicanos e o conjunto dos trabalhadores do planeta. Trata-se de uma tarefa árdua, mas necessária e imprescindível. Sem essa alternativa revolucionária o fascismo vai avançar nos EUA e em todo o planeta. Trump é apenas a ante-sala desse processo reacionário. Os militantes lúcidos da esquerda revolucionária podem imaginar muito bem o que seria um novo governo ianque controlado diretamente pelos generais e falcões do Pentágono, ou seja, um retrocesso histórico ímpar para o conjunto da classe operária internacional.  A burguesia imperialista ianque está consciente da gravidade da conjuntura mundial, em uma correlação de forças tendencialmente favorável à China, porém foi forçada a se utilizar de Trump como uma “ponte” necessária no sentido de espraiar o clima da "beira do abismo" com este palhaço reacionário. Um Golpe de Estado caminha a passos largos nos EUA e com um idiota impotente e odiado ocupando a Casa Branca a tarefa fica obviamente bem mais fácil. A crise política aberta com as jaulas com crianças presas nos centros de imigrações não pode ser resolvida nos marcos do regime capitalista, com mudanças na legislação. É necessário que as correntes Trotskistas agrupadAs no campo Espartaquista/IG assim como o conjunto da esquerda mundial que se reivindica anti-imperialista encabecem imediatamente um chamado a mobilização internacional em defesa dos imigrantes e dos milhares de presos nos EUA, colocando de pé a única política possível contra a barbárie capitalista: Morte ao Imperialismo! Pela Revolução Socialista no coração do monstro capitalista ianque!

quarta-feira, 20 de junho de 2018

VITÓRIA DOS PROFESSORES DE FORTALEZA: PREFEITO ROBERTO CLÁUDIO, FILHOTE DA OLIGARQUIA GOMES (PDT), É DERROTADO ATRAVÉS DA LUTA DIRETA NA TENTATIVA DE ESPOLIAR CONQUISTAS E DIREITOS DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO!


Como parte da Jornada de Luta contra o aumento da carga horária para os professores de Fortaleza, centenas de trabalhadores em educação ocuparam a Câmara Municipal de Fortaleza e conseguiram impor uma importante derrota ao prefeito Roberto Cláudio, filhote da Oligarquia Gomes (PDT). Os atos realizados nos dias 14 e 19 de Junho, com mais de 3 mil professores contra o aumento da jornada do professor de 40 horas semanais alterando para 48 horas semanais com aulas aos sábados, provou a capacidade de luta e mobilização dos trabalhadores. Tanto que foi aprovada uma emenda que definitivamente reafirma a jornada de 100 horas e 200 horas no município de Fortaleza de acordo com a Lei Federal do Piso, uma conquista da categoria ameaçada por Roberto Cláudio, que aplica a cartilha neoliberal de Temer na capital cearense, apesar de seu chefe, Ciro Gomes, se apresentar cinicamente na campanha presidencial como um defensor dos trabalhadores, quando na verdade é um golpista que busca a todo momento retirar direitos e conquistas. A Oposição de Luta impulsionada pela TRS-LBI se fez presente na Jornada de Luta, defendendo a unidade de todos os trabalhadores para barrar os ataques da prefeitura e denunciar o circo eleitoral fraudado em que o candidato de Roberto Cláudio, Ciro Gomes, quer iludir os explorados. Somente na luta direta e sem ilusões nas instituições capitalistas da democracia dos ricos os trabalhadores podem vencer, como provamos nestes dias, inclusive forçando a direção do SINDIUTE (PT) a se chocar com a administração municipal que também é sustentada pela Frente Popular!

segunda-feira, 18 de junho de 2018

PSOL INTEGRA MAIS UMA FRENTE POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES: AGORA COM PARTIDOS GOLPISTAS E NEOLIBERAIS QUE NEM SE REIVINDICAM DE ESQUERDA...TUDO EM NOME DA DEFESA DO REGIME DA DEMOCRACIA DOS RICOS


O PSOL havia em abril estabelecido com o PT, a oligarquia Gomes (PDT) e o PSB uma “frente ampla pela democracia e eleições livres”. Agora acaba de ampliar seu leque de “unidade” para partidos abertamente de direita e golpistas. A farsa recebeu o nome de “Pacto pela Democracia” subscrito por partidos golpistas e neoliberais como a REDE, PPS, NOVO e até mesmo o PSDB além de outros “movimentos” como o “Agora” de Luciano Huck assim como uma série de ONGs financiadas pelas grandes empresas! Quem patrocinou o encontro ocorrido no dia 13 de junho foi ninguém menos que Neca Setúbal, cuja família controla o Banco Itaú e patrocina a candidatura pró-imperialista de Marina Silva! Para nós Marxistas Revolucionários da LBI não há nenhuma surpresa nesta conduta do PSOL, há tempos denunciamos a aproximação desse partido com as siglas da burguesia ligadas a direita reacionária, tanto no terreno eleitoral como no campo programático. Lembremos que em 2017, nas eleições extraordinárias para o governo do estado do Amazonas, conformou-se a chama PSOL-REDE. O “quadro” oferecido pelo PSOL para compor a coligação burguesa como vice faz jus ao quilate político da chapa, tratou-se do delegado de polícia João Victor Tayah, um nome ligado a repressão dos movimentos sociais e a população mais humilde da periferia de Manaus. PSOL e REDE são duas vertentes políticas da mesma árvore frondosa da colaboração de classes, ambos se desgarraram do PT mas seguem na mesma trilha de apologia da "democracia capitalista" com "ética na política". Antes, no 2º turno das eleições municipais de 2016 do Rio de Janeiro formou-se uma “Frente de Centro-Esquerda” burguesa encabeçada por Freixo no 2º com o apoio do PT, PCdoB, Rede, PSB. Quando o PSOL mandou representantes para a reunião com a direta para “defender a democracia” com dirigentes do MES e da Insurgência tendo assento nesse “pacto” buscava ampliar suas relações políticas com vista as eleições de 2018, o que vai se concretizar com chapas conjuntas em vários estados, tanto que a plataforma dos que subscrevem o manifesto reivindica “Defender sobre esses marcos as instituições e práticas democráticas e produzir eleições limpas, diversas e com ampla participação em outubro, capazes de efetivamente representar a cidadania e devolver as bases de confiança e legitimidade ao ambiente político”. Esse programa não entra em choque com a plataforma defendida por Boulos, ao contrário, esse arco de aliança é o sonhado pelo PSOL. Boulos foi apresentado como a opção por uma “alternativa socialista, popular e radical”, entenda-se que essa “alternativa” comporta também aliança com a Rede de Marina Silva e Randolfe Rodrigues, este último um verdadeiro “soldado” da US de Ivan Valente no interior da legenda ecocapitalista ligado ao Banco Itáu. Não por acaso na “conferência cidadã” que antecedeu a escolha de Boulos pelo PSOL teve como figura central Caetano Veloso, hoje o elo de ligação entre o Boulos, o PSOL e a Rede com setores de peso da classe dominante. Em resumo trata-se de radicalizar a democracia burguesa e as instituições de seu Estado (parlamento, justiça, polícia...), a velha tese da socialdemocracia reciclada pelo PSOL e sempre saudada pelo PT em dias de festa. Com este engodo pretendem utopicamente “democratizar” as instituições burguesas que não passam de sustentáculos da ditadura do capital contra os trabalhadores. O tragicômico é que agora incluem nesse arco até o PSDB e PPS, partidos abertamente golpistas e neoliberais! A Insurgência e o MES que estavam representadas no evento aplaudem a iniciativa sob o argumento escandaloso que é uma “frente única para defender a democracia” já o MAIS finge-se de morto, avalizando mais esse engodo reacionário. O PSOL une-se assim aos defensores da fascistoide “Operação Lava Jato” para ter mais trânsito entre os partidos burgueses, tudo em nome de defender o regime da democracia dos ricos contra a ruptura revolucionária do proletariado com esse circo eleitoral fraudado!   

domingo, 17 de junho de 2018

TORCER OU NÃO PELA ATUAL SELEÇÃO “NACIONAL”?: UMA POLÊMICA QUE CRUZA A ESQUERDA BRASILEIRA


Em pleno governo nacionalista de João Goulart, a seleção brasileira da antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD) criada em 1914 e extinta no ano de 1979, dando lugar a atual CBF, foi (bi)campeã na Copa mundial do Chile no ano de 1962. Com Garrincha e Amarildo comandando o escrete (Pelé só jogou duas partidas), o Brasil seguia na trilha anti-imperialista sob o leme político da dupla Jango/Brizola. Já o Chile era um país sobre a presidência de Jorge Alessandri, um representante da direita tradicional que depois foi candidato na crucial eleição de 1970, perdendo para Salvador Allende. A vitória do escrete "canarinho" no Chile deu um enorme impulso às reformas de base e aos movimentos sociais de conjunto, com a formação das Ligas Camponeses de Julião, além da massiva sindicalização das patentes inferiores no interior das FFAA. Em 1974 na Copa da Alemanha, o regime militar atravessava sua primeira grande crise política, a derrota da seleção dos remanecentes do "Tri" para o "carrossel" holandês e depois para a Polônia, com a posterior quebra das ilusões do "time de ouro" de Jairzinho, Paulo Cesar "Caju" e Rivelino, catapultou um enorme sentimento popular de revolta contra a ditadura, levando a uma fragorosa derrota eleitoral da Arena no final daquele mesmo ano, o partido dos milicos e seus "associados".Também não se pode ocultar o efeito político produzido pelo fiasco da Copa do Brasil em 2014(na época o país dos grandes "eventos"), a eliminação diante do inacreditável 7x1 para a Alemanha serviu como uma poderosa alavanca para a tucanalha começar a defenestrar o governo Dilma, reeleito por uma pequena margem de votos. Para os Marxistas Revolucionários, "torcer ou não" passa bem longe de configurar uma questão  de princípio programático, portanto como uma flexão tática é preciso analisar a conjuntura concreta. Se no Chile de 62 foi progressivo torcer pelo Brasil, a etapa histórica atual aponta no sentido inverso, hoje, um possível triunfo do duo "Neymar&CBF" na Copa da Rússia, só impulsionaria ainda mais a ofensiva neoliberal golpista contra o povo trabalhador, no marco que a seleção de futebol brasileira é um “produto” administrado por uma entidade privada ultra corrupta, a CBF, uma empresa capitalista pró-imperialista que patrocina um elenco de jogadores mercenários e em geral apoiadores do golpe parlamentar. Nesse sentido não há nada de progressivo neste atual momento em "torcer" pela seleção "nacional" como apregoam setores da esquerda reformista brasileira.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

O BLOG da LBI publica o sexto e último artigo histórico sobre os “5 ANOS DAS JORNADAS DE JUNHO”. O texto abaixo sintetiza magistralmente as posições da LBI frente aos protestos nacionais de 2013, não por acaso foi o Editorial de nosso jornal naquele emblemático mês. Começa por caracterizar a profunda perplexidade e confusão que tomou conta da esquerda diante dos gigantescos protestos em curso. Depois de quase um mês de manifestações convocadas pelo MPL, que foram atacadas inicialmente pelos governos burgueses do PT e PSDB mas continuaram crescendo, os quadros estrategistas da mídia “murdochiana” sob o comando da Rede Globo perceberam o potencial explosivo das mobilizações e resolveram “abraçar” o movimento. Com a ajuda do reacionário grupo internacional “Anonymous” conseguiram “pautar” o movimento com bandeiras “cívicas e patrióticas”, no famoso “O Gigante acordou!”. Este foi o sinal verde para que milícias neofascistas e hordas da classe média direitista ocupassem as marchas para impor o “terror” indiscriminadamente contra todas as organizações da esquerda, contando inclusive com apoio de grupos anarquistas, muito influentes neste período de completa despolitização de setores mais atrasados da juventude plebeia. Naquele momento alertamos viva e ativamente que se o movimento operário organizado não se fizesse presente e atuasse politicamente nestas mobilizações, com seu próprio programa classista, a dinâmica do movimento nacional penderia inexoravelmente para a direita, colocando o país na sinistra trilha da reação imperialista mundial. Nossa militância deu uma árdua luta política para que houvesse uma enérgica ação da esquerda comunista para evitar um triunfo das forças mais retrógradas deste país. Não cansamos de alertar que somente o proletariado organizado, protagonizando com suas ações políticas o cenário nacional, poderia “virar o jogo” a favor da construção de uma verdadeira alternativa embrionária de poder socialista. Desgraçadamente isso não ocorreu e nossos prognósticos mais sombrios se confirmaram plenamente, tanto que três anos depois, como reflexo direto dessa guinada reacionária, impôs-se o Golpe parlamentar contra o governo da Frente Popular e agora em 2018 a prisão de Lula, com a famigerada “Operação Lava Jato” impedindo que o petista inclusive concorra à Presidência da República. Esse quadro aponta para um cenário futuro de avanço do neoBonapartismo no Brasil tendo como base a casta do Judiciário tendo o Juiz Moro à cabeça, não estando inclusive descartado a imposição de um Golpe de Estado no país, após a desmoralização do frágil governo que emergirá do circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos neste ano...



PARA O BRASIL NÃO GIRAR À DIREITA, O MOVIMENTO OPERÁRIO DEVE SER O PROTAGONISTA DO CENÁRIO NACIONAL

(Artigo histórico - Editorial do Jornal Luta Operária Nº 260, Junho/2013)

A esquerda ainda procura entender o se passa no Brasil após a avalanche de protestos que cruzou as principais cidades do país. As passeatas da juventude contra o aumento das tarifas no transporte público, que tiveram origem em São Paulo e no Rio, receberam um “carinhoso” tratamento por parte da oligarquia política dominante (PT, PCdoB, PSDB ,PMDB etc...), sendo inicialmente desqualificados como “Vândalos e Baderneiros”. Até mesmo a esquerda revisionista que apoiava inicialmente a convocatória do MPL para os protestos, como o PSTU e PSOL, deu um passo de lado afirmando que não avalizava os “atos de vandalismo” ocorridos na Av. Paulista, na mesma linha do sindicato dos Metroviários/SP (CONLUTAS) que afirmou não ter nenhum comprometimento político com as mobilizações que estavam ocorrendo. Lamentável papel ocupou a prefeita “comunista” em exercício, Nádia Campeão (PCdoB), sintetizando uma posição comum da esquerda declarou à Rede Globo no dia 12/06: “Acho que, depois dos acontecimentos nessas três manifestações, a vontade dos manifestantes não é dialogar. Os métodos utilizados afastam o diálogo, não aproximam. Não podemos aceitar que o objetivo seja criar transtorno. O diálogo nessas condições não é possível”. Para trazer a “solidariedade” da esquerda petista (DS, OT, EM), não aos manifestantes e sim ao fascista Alckmin, entrou em cena o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, oferecendo os “préstimos” da PF para monitorar o movimento. Mesmo isolados os corajosos “vândalos” do MPL seguiram com o movimento, que também chegou com muita força no Rio, organizando passeatas ainda maiores, catalisando desta forma o sentimento de “puteza” do conjunto da juventude oprimida por este regime da “Democracia dos Ricos”. Mas os quadros estrategistas da mídia “murdochiana” percebendo o potencial explosivo das mobilizações resolveram “abraçar” o movimento, e com a ajuda do reacionário grupo internacional “Anonymous” conseguiram “pautar” o movimento com bandeiras “cívicas e patrióticas”. Este foi o sinal verde para que milícias neofascistas e hordas da classe média direitista ocupassem as marchas para impor o “terror” indiscriminadamente contra todas as organizações da esquerda, contando inclusive com apoio de grupos anarquistas, muito influentes neste período de completa despolitização de setores mais atrasados da juventude plebeia. Ganhando um caráter multitudinário nacional, o movimento das ruas não é homogêneo e tampouco conseguiu assumir centralizadamente o eixo tão sonhado pelo “PIG”, do “Fora Dilma”. “Comendo pelas beiradas” a reação midiática tenta pelo menos unificar politicamente os protestos na “luta” contra a PEC 37, já contando com o apoio do PSOL, PSTU e PCB. Trata-se de uma manobra antidemocrática da burguesia que pretende transformar a corja reacionária do ministério público (Roberto Gurgel e Cia.) em um superpoder neste país. A única certeza mesmo que temos é que se o movimento operário organizado não se fizer presente e atuante politicamente nestas mobilizações, com seu próprio programa classista, a dinâmica do movimento nacional penderá inexoravelmente para a direita, colocando o país na sinistra trilha da reação imperialista mundial.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

90 ANOS DO NASCIMENTO DE CHE GUEVARA: NOSSA HOMENAGEM AO COMANDANTE REVOLUCIONÁRIO QUE EM TODA SUA VIDA EMPUNHOU A DEFESA DO INTERNACIONALISMO PROLETÁRIO


Há exatos 90 anos, em 14 de junho de 1928, nascia Ernesto Guevara de la Serna na cidade de Rosário, Argentina. Era o primeiro dos cinco filhos de Ernesto Lynch e Célia de la Serna y Llosa, família de origem aristocrática, proprietários de terras. A mãe descendia do último vice-rei do Peru. Nascido de oito meses, Guevara teve pneumonia logo após o primeiro mês de vida e sofreu a primeira crise de asma, doença que o acompanharia até a idade adulta, antes dos dois anos de idade. Em busca de um clima melhor para o filho, o casal fixou residência em Altagracía, uma pequena estância de veraneio na região serrana de Córdoba, onde Guevara viveu sua infância e adolescência, marcada pela Guerra Civil Espanhola e pela Primeira Guerra Mundial, quando o pai fundou a Ação Argentina, organização antifascista em que inscreveu o filho. Em Córdoba, o jovem Guevara conheceu os irmãos Tomás e Alberto Granado, amigos com os quais viveu suas primeiras aventuras. Em 1946, a família mudou-se para Buenos Aires, onde Ernesto Guevara matriculou-se na Faculdade de Medicina e formou-se em junho de 1953 como especialista em alergia. Apesar da asma, causa da sua dispensa do serviço militar obrigatório, o jovem Guevara tornou se um grande nadador. Desde cedo desenvolveu um fascínio por viagens, que o levaria em 1949, aos 21 anos a percorrer o norte da Argentina numa bicicleta motorizada por ele mesmo construída. No ano seguinte inscreveu-se como enfermeiro na marinha mercante e viajou por vários países, inclusive o Brasil. Em 1952 fez com seu amigo Alberto Gramado uma viagem de 10.000 Km numa Norton 500, percorrendo cinco países em oito meses. Essa viagem marca sua crescente politização diante da pobreza e da exploração dos povos da América Latina.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

O BLOG da LBI publica o quinto artigo histórico sobre os “5 ANOS DAS JORNADAS DE JUNHO”. Nesse texto premonitoriamente polemizamos com os setores que em 2013 já defendiam o “Fora Dilma”, uma demanda naquele momento orquestrada pela direita contra a Frente Popular, o que veio a se repetir em 2016, sendo apoiada pelo PSTU e seus satélites. Quando nas “Jornadas” levantou-se o “Fora Dilma” sem apontar uma alternativa revolucionária alertamos que o amplo retrocesso da consciência das massas imposta pelos dez anos do governo do PT, que cooptou as direções sindicais e estudantis para impor violentos ataques aos trabalhadores e a juventude, era em parte responsável por esta situação dramática, possibilitando que o descontentamento com o conjunto do regime político burguês fosse capitalizado por forças a serviço da reação. No curso da luta polemizamos com o PSTU ao declararmos que estávamos longe de atravessar uma autêntica rebelião de massas como quiseram fazer crer os revisionistas. Muito pelo contrário, de uma mobilização contra a opressão capitalista organizada a partir do MPL, o movimento foi se transformando no centro das demandas da classe média que pregam alternativas “pseudodemocráticas” balizadas pela direita como a “ética na política”, “faxina no Congresso” a serviço da oposição demo-tucana. Por essa razão pontuamos que os revolucionários, não poderiam, naquele contexto, apoiar uma demanda reacionária de tal calibre, porque as verdadeiras consignas emanadas a partir da luta direta do proletariado (revolução agrária, aumento geral dos salários, fim do monopólio da mídia, passe livre, estatização do sistema financeiro) estavam completamente ausentes de todo este processo político



OS MARXISTAS REVOLUCIONÁRIOS DEVEM APOIAR A CAMPANHA PELO “FORA DILMA” NO CURSO DOS ATUAIS PROTESTOS NACIONAIS?
(Artigo histórico - 23 de junho de 2013)

Os protestos nacionais que vem ocorrendo nos principais centros urbanos do país aos poucos vem assumindo, sob a pressão da cobertura midiática do PIG (braço político avançado da mídia capitalista) e em meio a uma profunda despolitização dos manifestantes, uma pauta cada vez mais direitista e de corte conservador. O amplo retrocesso da consciência das massas imposta pelos dez anos do governo do PT, que cooptou as direções sindicais e estudantis para impor violentos ataques aos trabalhadores e a juventude, em parte é responsável por esta situação dramática, possibilitando que o descontentamento com o conjunto do regime político burguês seja capitalizado por forças a serviço da reação. Tanto que em meio a este curso direitista dos protestos, no lastro nas reivindicações contra a aprovação da PEC 37 e “Contra a Corrupção” que ganharam grande espaço nos últimos dias tanto na mídia como nas passeatas, surgiu uma campanha na internet em defesa do “Impeachment de Dilma”, através de uma ONG “virtual” com abrangência mundial chamada Avaaz que coleta assinaturas, fundada e financiada por ninguém menos do que o megaespeculador George Soros, o mesmo que financiou os grupos “rebeldes” na Líbia. A partir desta iniciativa, páginas de Facebooks com perfis claramente fascistas começaram a espalhar esta campanha em toda a rede, obtendo até agora a marca de 400 mil assinaturas num “abaixo assinado” virtual pelo Impeachment. No mundo real, as manifestações ocorridas nesta semana, gigantescas e sem um horizonte classista, marcaram nitidamente uma tendência avessa ao movimento operário, suas demandas e organizações políticas, com a clara hostilização aos partidos de “esquerda” que inclusive não apoiam o governo Dilma, mas portam bandeiras vermelhas e o símbolo da foice e do martelo. Neste quadro político, com o aprofundamento da crise política, as próprias manifestações podem vir a adotar o “Fora Dilma”, ou seja, o impeachment da gerentona petista. A primeiro momento, grupos como o “Acorda Brasil” e “o Gigante Despertou” colocaram em pauta já nas marchas atuais a “prisão imediata dos mensaleiros do PT” e uma “faxina geral no Congresso” etc., reivindicações claramente orientadas pela tucanalha voltada a desgastar o governo Dilma para as eleições presidenciais do próximo ano, bandeiras que por seu conteúdo reacionário acabaram adquirindo contornos semifascistizantes, onde partidos e organizações de esquerda foram escorraçados das passeatas em nome de um “protesto cívico”, “pacífico” e “patriótico”. Frente ao curso reacionário dos atuais protestos nacionais queremos abrir o debate programático na esquerda que se reivindica anticapitalista e proletária se os revolucionários devem apoiar a campanha pelo “Fora Dilma”, orquestrada até o momento apenas de forma incipiente pelos grupos nazifascistas e o PIG?

terça-feira, 12 de junho de 2018

O BLOG da LBI publica o quarto artigo histórico sobre os “5 ANOS DAS JORNADAS DE JUNHO”. Nesse texto elaboramos uma análise política e teórica em torno do “consenso” equivocado no interior da esquerda em comparar em um grau similar as “Jornadas de Junho” de 2013, com o “Fora Collor” de 1992 e o movimento das “Diretas Já!” ocorrido em 1984. A LBI ao fazer essa polêmica alertava que ao cometer esse grave erro político as correntes de esquerda acabaram por abonar acriticamente as “Jornadas” mesmo depois dos protestos iniciais dirigidos pelo MPL terem sidos influenciados nacionalmente pela direita, granjeando inclusive a simpatia de setores fascistizantes da classe média. Nesse sentido, demos o combate para explicar no calor da luta o que eram mobilizações de caráter progressivo, apesar de limitados e suas diferenças com os protestos de 2013. Pontuamos também que movimentos como o “Fora Collor” e as “Diretas Já” muito pouco tiveram em comum (objetivos completamente distintos), a não ser o profundo desgaste popular comum aos governos Collor e do General Figueiredo. Por fim, demonstramos que as “Jornadas” questionaram a Frente Popular porém poderiam acabar abrindo caminho para a ofensiva reacionária para apear o PT do governo (gerência) central do Estado Burguês, o que acabou se confirmando anos depois...



FALSA SIMETRIA ENTRE “DIRETAS JÁ”, O “FORA COLLOR” E AS ATUAIS MOBILIZAÇÕES PODE LEVAR A ESQUERDA A COMETER GRAVÍSSIMOS EQUÍVOCOS
(Artigo histórico - 21 de junho de 2013)

Por ignorância ou mesmo por concepções políticas muito equivocadas, assistimos hoje a um “consenso” generalizado entre a esquerda (para não falar da própria mídia “murdochiana”) ao comparar na mesma escala política as atuais mobilizações nacionais com a campanha das “Diretas Já” e o “Fora Collor”. Este grave erro político levou a esquerda revisionista a abonar acriticamente a dinâmica assumida pelos protestos do “Passe Livre”, logo após estes terem assumido um caráter multitudinário nacional, com o “patrocínio” da imprensa burguesa (PIG). Em primeiro lugar, é preciso desmistificar a “identidade” política entre as “Diretas Já” e o “Fora Collor” que em comum mesmo só tiveram a massiva participação da juventude nas praças e atos públicos, mas com objetivos políticos totalmente díspares. A campanha das “Diretas Já” foi o desaguadouro concentrado de vinte anos da encarniçada luta democrática-popular contra o regime militar, representou as maiores manifestações populares (com forte presença proletária) que o país vivenciou desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Mais além da traição cometida pelo PT em 84, que aceitou desarmar o movimento de massas quando a emenda Dante Oliveira foi rejeitada no Congresso (abrindo assim o caminho para a transição pactuada do regime militar), a campanha das “Diretas” tinha um norte político inicial bem definido, ou seja, a realização de uma tarefa democrático-burguesa pendente que permitia aos comunistas revolucionários o estabelecimento de uma unidade de ação tática com setores das classes dominantes. Como Lenin assim definiu muito bem: “Marchar separados e golpear juntos”, era o móvel que permitia a convocação em frente única de gigantescos atos políticos contra o regime, onde a classe operária e a juventude mantiveram suas próprias bandeiras como: “Abaixo a ditadura militar” e “Por um governo dos trabalhadores”. Embora o desfecho das mobilizações pelas “Diretas” não tenha desembocado em nenhuma “revolução democrática” (sequer alcançaram a eleição direta para presidente), permitiu que o conjunto das organizações de esquerda no país, até então vivendo na semiclandestinidade, fossem livremente às ruas com suas bandeiras e colunas militantes. Pela primeira vez em vinte anos de ditadura a “foice e o martelo” ganhava as praças diante de milhões de brasileiros e só não concluiu o curso revolucionário das massas em função da operação política de desmobilização, batizada na época de “Transição/Transada” protagonizada pelo PT em aliança com os partidos da oposição burguesa (PMDB e PDT). As mobilizações democráticas dos anos 80, apesar do nascimento da conservadora “Nova República”, deixaram um “saldo” progressista que permitiu a legalização dos partidos comunistas (desgraçadamente os revisionistas preferiram permanecer debaixo das asas do PT e os Maoístas do MR8 ficaram na sombra do PMDB), assim como a convocação de um arremedo democratizante do que seria uma verdadeira assembleia nacional constituinte.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

UM ABRAÇO DE URSO DO IMPERIALISMO PARA ACABAR COM O ESTADO OPERÁRIO DA CORÉIA: A ADOÇÃO DA “VIA CHINESA” E A ELIMINAÇÃO DO ARSENAL NUCLEAR REPRESENTA UM VERDADEIRO SUICÍDIO PARA AS CONQUISTAS DO PROLETARIADO NORTE COREANO


O “encontro histórico” entre Donald Trump e Kim Jong-Un vem sendo celebrado pela mídia mundial capitalista como um importante passo para a “paz mundial”. Setores da “esquerda” socialdemocrata e mesmo partidos stalinistas também vem saudando a iniciava da burocracia norte-coreana, alardeando que se trata de um gesto em nome do fim das agressões militares na península coreana. Não por acaso, a China, principal parceira da Coreia do Norte, é avalista da reunião. O PC chinês sabe perfeitamente que esse é o caminho para converter o Estado operário deformado norte-coreano em uma país capitalista, tendo o “modelo chinês” de restauração capitalista como referência. No caso em questão, as negociações para essa conversão partem da exigência por parte da Casa Branca do fim do programa e do arsenal nuclear da Coréia do Norte que protege a nação dos agressores capitalistas (EUA, Japão e Coréia do Sul). Em resumo, o encontro que ocorre hoje em Singapura pode selar o acordo estratégico para a liquidação do regime burocrático que mesmo com todas as deformações mantém o país livre do domínio do capital e do imperialismo. Após um longo período de ameaças militares ao imperialismo, que nunca se concretizaram minimamente, a burocracia stalinista da Coréia do Norte parece que enfim cedeu a “pressão chinesa”, estando disposta a iniciar um "diálogo diplomático" com o reacionário Trump, sendo auspiciada politicamente pelo novo governo reformista da Coréia do Sul. Seria o primeiro passo concreto da dinastia burocrática de Kim Jong-Un em direção a um "generoso" acordo comercial com os EUA e seu protetorado Sul Coreano, o que poderá levar a adoção de reformas econômicas que solapariam a planificação central do Estado Operário Coreano. Nenhum presidente dos EUA se encontrou com um líder Norte-Coreano na história, o presidente Bill Clinton chegou a se encontrar com o pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, em 2009, quando já havia deixado o poder central do Estado Operário. Em ocasiões anteriores, Trump disse que apenas aceitaria dialogar com a Coreia do Norte caso Jong-Un suspendesse seu programa nuclear, como prometeu agora. Esta promessa de Kim é o elemento fundamental que sinaliza uma disposição da burocracia coreana em assumir as "reformas de mercado" pretendidas pelo Imperialismo, ou seja sem o poder de barganha bélico-nuclear, não restará outra opção ao país que não seja o retorno gradual ao capitalismo. Em 2017, a Coréia do Norte disparou ao todo 23 mísseis em 16 testes, algumas dessas armas teriam a capacidade de atingir inclusive o território norte-americano. Os Estados Unidos, por sua vez, afirmaram que mesmo com a visita de Trump vão manter os exercícios militares previstos para serem feitos com a Coreia do Sul. Portanto estamos presenciando um fato político de grandes repercussões econômicas para toda Ásia (China, Japão e seus vizinhos, além é claro da própria Coréia do Sul), a abertura de um novo mercado, ainda totalmente fechado para as corporações imperialistas, poderá revigorar os "Tigres Asiáticos", cambaleantes desde a crise que os paralisou desde 1998. Nesse contexto, a China conclama a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e os Estados Unidos a melhorar suas relações e dar suas respectivas contribuições à manutenção da paz e estabilidade na península, envolto no cínico discurso em defesa da “paz”, os restauracionistas chineses traficam a rendição militar da Coreia do Norte e apresentam oficiosamente a restauração capitalista “à chinesa” como suposta alternativa aos problemas econômicos e sociais que enfrenta o Estado operário norte-coreano. Como parte desse jogo político e militar pelo controle da região, apesar de pressionar pelo acordo, está claro que não interessa a China uma reunificação coreana sobre controle dos EUA, que daria a Casa Branca influência estratégica na Península que lhe é fronteiriça. A política contrarrevolucionária da burocracia stalinista, hoje formalmente dirigida por Kim Jong-un, mas de fato controlada pelos generais do exército, está buscando uma mediação com as potências imperialistas através da China para uma transição ordenada ao capitalismo. Os Trotskistas não são por princípios programáticos contra a celebração de "acordos diplomáticos" entre Estados Operários e nações capitalistas, Lenin em vida os abonou diversas vezes, porém o que parece estar em curso embrionário na Coréia do Norte é o objetivo estratégico da burocracia em liquidar as bases sociais da economia socialista, reproduzindo o exemplo dos governantes seguidores de Mao Tsé Tung na China. Como genuínos revolucionários jamais nos somamos à sórdida e criminosa campanha da Casa Branca que sataniza o regime político da Coreia do Norte para debilitar o Estado operário; ao contrário, defendemos incondicionalmente suas conquistas sociais revolucionárias. Justamente por esta razão, nos opomos a essa “trégua nuclear” e reivindicamos o legítimo direito de defesa da Coreia do Norte, inclusive utilizando seu arsenal bélico nuclear, para responder às provocações imperialistas. Os Bolcheviques Trotskistas da LBI continuarão defendendo incondicionalmente a Coréia do Norte diante de qualquer ameaça ou agressão militar imperialista, inclusive seu pleno direito ao armamento nuclear, porém não omitiremos nossa vigorosa crítica aos rumos políticos que a burocracia stalinista pretende levar o Estado Operário, ameaçando sua própria existência e conquistas históricas do proletariado. Não devemos nutrir a menor confiança política na capacidade de “negociação” da burocracia stalinista coreana, pronta para capitular a qualquer momento em troca de sua própria sobrevivência enquanto uma casta social privilegiada. A tarefa que se impõe no momento é o chamado ao conjunto do proletariado asiático que se unifique na bandeira da derrota do imperialismo ianque e seus protetorados militares da região, em particular convocando a classe operária do Sul para cerrar fileiras na luta pela reunificação socialista do país.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

O BLOG da LBI publica o terceiro artigo histórico sobre os “5 ANOS DAS JORNADAS DE JUNHO”. O título do texto, “Marchas nacionais de protesto no Brasil: Que rumo seguir?” expressa em si mesmo a encruzilhada política que se encontrava o movimento naquela altura. Surgido da luta juvenil contra o aumento das passagens de ônibus em São Paulo com um claro corte de esquerda empunhado pelo MPL mas sem um programa anticapitalista e carente de uma direção classista, os protestos ganharam dimensão nacionais e acabaram sendo apoiados pela Rede Globo que tratou de pautar o movimento, transformando lentamente as marchas em manifestações “verde amarelas” de cunho direitista que em nome do combate a corrupção logo evoluíram para exigir a prisão dos dirigentes petistas. Nesse curso, houve um claro choque no interior dos protestos, sendo as bandeiras vermelhas impedidas de serem hasteadas e militantes das organizações políticas identificadas como “comunistas” sendo hostilizados, ocorrendo inclusive choques e enfrentamentos físicos entre as alas. Toda essa dinâmica contraditória tinha como pano de fundo as manifestações contra a Copa das Confederações da FIFA que ocorreu no Brasil em junho de 2013. Em meio a este “vazio”, por uma clara influência da mídia “murdochiana” e em particular de sua ala mais belicosa, o PIG, que passou a apoiar abertamente o movimento “pacífico”, criticando apenas os “radicais” ou “vândalos”, ganhou corpo demandas próprias da direita, como a “prisão dos mensaleiros do PT”, “contra a PEC 37” e até mesmo o “Fora Dilma”, com o evidente objetivo de fortalecer a candidatura do PSDB em 2014. Justamente nesse quadro complexo, a militância da LBI interveio ativamente nos protestos que estavam capitalizado o ódio popular, combatendo abertamente o curso direitista que eles vinham tomando e levantando uma plataforma comunista revolucionária, não baixando suas faixas e bandeiras vermelhas. Esse artigo aborda esse momento dramático, onde a questão candente colocada era justamente que rumo deveriam seguir as manifestações de tomavam conta do país...




MARCHAS NACIONAIS DE PROTESTO NO BRASIL: QUE RUMO SEGUIR?
(Artigo histórico - 19 de junho de 2013)

Hoje, dia 19 de junho, novas marchas de protesto tomaram conta do Brasil. Em Fortaleza, onde ocorre o jogo da seleção brasileira na Copa das Confederações, cerca de 30 mil pessoas se concentraram nas proximidades da Arena Castelão, sendo reprimidas pela PM na barreira formada a mando da FIFA para impedir o tráfego de pedestres próximo ao Estádio, deixando vários feridos. Em São Paulo, o MTST convocou um bloqueio na via Anchieta que liga o ABC à capital e protestou em vários pontos da cidade, sob o lema “A periferia vai ocupar São Paulo”. Em Belo Horizonte, manifestantes hoje chegaram a empunhar faixas “Não precisamos de partidos políticos” e “Democracia direta”, claramente influenciados pelos “Indignados” espanhóis. Já ontem, também em São Paulo, “estranhos” manifestantes enfrentaram a Guarda Municipal e só não ocuparam a prefeitura porque foram impedidos por setores do próprio movimento que marcharam para a Av. Paulista, em uma clara divisão do protesto. O que se viu neste verdadeiro mar de manifestações populares é que elas carecem de um programa de luta e de uma direção classista, já que há muito a questão da redução da tarifa foi superada. Em meio a este “vazio”, por uma clara influência da mídia “murdochiana” e em particular de sua ala mais belicosa, o PIG, que agora apoia abertamente o movimento “pacífico”, criticando apenas os “radicais” ou “vândalos”, ganhou corpo demandas próprias da direita, como a “prisão dos mensaleiros do PT”, “contra a PEC 37” e até mesmo o “Fora Dilma”, com o evidente objetivo de fortalecer a candidatura do PSDB em 2014. A LBI sempre denunciou que a frente popular com sua política de ataque e desmoralização do movimento de massas estava abrindo caminho para as forças fascistizantes em nosso país, fomos a primeira corrente política a alertar sobre o risco das manifestações serem manipuladas pelo PIG para objetivos reacionários. A despolitização que campeia os protestos, formada eminentemente por setores de uma juventude sem referência socialista, uma direção combativa e carente de um programa classista, acaba levando a atos de hostilização dos partidos de “esquerda” como vimos ontem na Praça da Sé. Ao contrário, os manifestantes passaram a enaltecer os símbolos nacionais, como o Hino e a bandeira brasileira, o que vem agradando em muitos os grupos neofacistas. Frente a estas contradições flagrantes, é necessário intervir ativamente nos protestos que tem capitalizado o ódio popular, combatendo abertamente o curso direitista que elas vêm tomando e levantando uma plataforma comunista. Por isto, a questão colocada é: que rumo vão seguir as manifestações de tomam conta do país?

quinta-feira, 7 de junho de 2018

LEILÃO DO PRÉ-SAL: TEMER USA LEGISLAÇÃO NEOLIBERAL APROVADA POR DILMA PARA ENTREGAR O PETRÓLEO BRASILEIRO ÀS TRANSNACIONAIS


O governo golpista de Temer acaba de entregar 3 blocos de extração de petróleo do Pré-sal para as transnacionais. Shell, ExxonMobil, Chevron, BP Energy, Petrogal, Statoil abocanharam campos nas bacias de Campos e Santos a preço de banana. Na abertura do leilão, foi anunciado pelo ultra corrupto Moreira Franco, Ministro das Minas e Energias, que o governo Temer já estaria organizando a entrega de outras áreas às petroleiras internacionais. Já o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, aproveitou a presença das maiores petroleiras do mundo, para reafirmar a cartilha neoliberal de que “a formação de preços de combustíveis no país continuará livre e que não há nenhuma postura intervencionista” no mercado de óleo e gás. Nesse leilão, a Petrobras entrou pela porta dos fundos nos consórcios vencedores com participação de 30%, valendo-se da lei aprovada pelo governo Dilma em 2016, via um acordo escandaloso com o então Senador José Serra (PSDB). O PT e o PCdoB criticaram os leilões mais “esqueceram” que foi no seu governo que essa legislação entregista foi aprovada, retirando da estatal a exclusividade das atividades de operação na camada do Pré Sal, inclusive a participação obrigatória de 30% em consórcios de empresas estrangeiras que tenham interesse na compra de blocos marítimos na costa nacional. Em 2015 o projeto do então senador Tucano José Serra, elaborado sob encomenda dos cartéis internacionais de energia, tramitou em caráter de urgência com a cumplicidade do mafioso Renan Calheiros e na reta final de sua aprovação foi endossado em fevereiro de 2016 pela então presidente Dilma e sua base aliada na Casa. Na época, o Planalto "costurou" com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) um texto que agradou a todos os privatistas. Naqueles dias, o dirigente dos "neocomunistas" Haroldo Lima (ex-diretor da ANP no governo Lula) defendia nos gabinetes o projeto Serra. Vejamos o que disse “O projeto de lei do senador José Serra, PLS 131/2015, também do PSDB, propõe o fim dessa obrigatoriedade. É positivo". Como qualquer um pode comprovar a atual entrega pelo governo Temer tem como base a legislação aprovada por Dilma no Congresso, a Frente Popular foi parceira dos Tucanos na agenda neoliberal para " vender" (a preço de banana) o país ao imperialismo e atacar conquistas históricas operárias obtidas com muita luta do proletariado. A Petrobras, já obrigada a importar (pagando em dólar) dos EUA derivados do petróleo pela reduzidíssima capacidade de refino no Brasil, foi obrigada por lei a "doar" o nosso Pré-Sal para a SHELL e BP sem obter retorno financeiro algum. Na época denunciamos que o conchavo podre celebrado entre governo Dilma e a oposição pró-imperialista comandada pelo Tucanato não foi um "raio carregado de chuva em pleno céu de brigadeiro", a política do Planalto em desmontar a Petrobras seguia o cronograma imposto pela Casa Branca, tendo vários "operadores" no país, do juiz "nacional" Moro até o tucanato, passando pelo PT no Planalto. A política neoliberal de desinvestimentos da estatal e a venda a preço de banana de subsidiárias da Petrobras, como a Transpetro e BR distribuidora, são a plataforma do governo Temer para o próximo período. Antes, houve ainda no governo do PT houve a paralisação das obras de conclusão das novas refinarias, o que gerou um prejuízo total de mais de 50 bilhões de Reais a estatal. Tudo em nome de honrar os "compromissos" da Lava Jato em "moralizar" a Petrobras. Não esqueçamos que em 2013, o governo neoliberal do PT recorreu à repressão para impor a privatização do campo de Libra para as empresas chinesas petróleo “à chinesa”.  No marco geral, a Petrobras segue a estratégia das multinacionais de ser uma grande exportadora de óleo cru (commodities), de onde vem o lucro rápido, tornando o país dependente da importação de derivados. Na verdade, o Brasil é absolutamente dependente de todos os derivados do petróleo, incluindo a gasolina e diesel, já que não dispõe de capacidade de refino de seu próprio petróleo, de características pesadas e de baixo valor no mercado de commodities. Exportando petróleo “bruto e grosso” e importando gasolina, querosene de aviação e diesel o país cria um imenso déficit comercial, do qual o pré-sal é somente mais um elemento deste processo de dependência. Na década de 90, o governo FHC quebrou o monopólio estatal do petróleo do Brasil e criou a Agência Nacional do Petróleo (ANP), como testa de ferro das multinacionais assim como acelerou a precarização e a terceirização de serviços. Os governos do PT deveriam ter rompido com estes contratos fraudulentos, mas preferiram continuar a obra privatizante, mantendo os leilões e a entrega do petróleo às multinacionais. Temer dá hoje sequência a essa política. Desta forma, a privatização não ocorre de um só golpe, como aconteceu com as estatais na época do tucanato. Vai-se corroendo por dentro, entregando por partes, sucateando, desnacionalizando, privatizando em doses homeopáticas. Frente a esta dura realidade, os trabalhadores devem ter claro que nenhum projeto baseado em “parceria” com as transnacionais imperialistas poderá conter algum conteúdo realmente nacionalista. Somente a classe trabalhadora pode garantir uma Petrobras 100% estatal. O proletariado brasileiro deve fazer uma vigorosa denúncia do verdadeiro engodo montado pelo imperialismo e o submisso governo golpista de Temer, fiel representante dos rentistas internacionais na entrega dos recursos naturais e suas fontes energéticas. Apenas a ação direta das massas trabalhadoras poderá se opor às investidas imperiais no solo brasileiro, único caminho para a nacionalização plena de nossos recursos naturais e garantir a completa independência dos grandes trustes do petróleo que detém para si o controle militar da energia em todo o planeta.

terça-feira, 5 de junho de 2018

O BLOG da LBI publica hoje o segundo artigo histórico sobre os 5 ANOS DAS JORNADAS DE JUNHO. Em meados de 2013, uma semana após início dos protestos contra o aumento das passagens de ônibus dirigidos pelo MPL, houve a nacionalização das manifestações. Em paralelo a esse crescimento e diante da ausência de um eixo programático anticapitalista e de uma direção classista, ocorreu imediatamente a tentativa da Rede Globo de “pautar” o movimento, chegando a TV da Famiglia Marinho a tercer rasgados elogios aos protestos justamente porque viu a possibilidade de manipulá-los contra o governo Dilma, o que provocou uma grave crise política no interior da Frente Popular. O artigo abaixo elaborado pela LBI justamente no início dessa “metamorfose” política foi parte de uma dura luta política, alertando a vanguarda juvenil sobre essa armadilha reacionária em curso, inclusive denunciando a entrada em cena dos manifestantes “verde-amarelos” que bradavam contra a esquerda levantando a bandeira do “apartidarismo” e exigindo em nome do "combate à corrupção" a prisão dos dirigentes pestistas em um claro deslocamento à direita.

PROTESTOS NACIONAIS DA JUVENTUDE SEM UM EIXO PROGRAMÁTICO E UMA DIREÇÃO CLASSISTA PODEM SER CANALIZADOS PELO “PIG” PARA UM VIÉS REACIONÁRIO 
(Artigo histórico - 18 de junho de 2013)


Como um rastilho de pólvora os protestos da juventude contra o aumento das tarifas dos transportes em São Paulo tomaram conta do país e agora extrapolam em muito a reivindicação da revogação dos "vinte centavos". Nesta segunda-feira (17/06) assistimos mobilizações multitudinárias nas principais capitais do Brasil, ainda que sem a mesma "uniformidade" política das "Diretas Já" ou do "Fora Collor", mas sem dúvida foram um canal social onde se desrepresou a camisa de força imposta ao movimento de massas pelas direções burocráticas. Como uma reação uníssona as primeiras mobilizações "horizontais" e semi-espontâneas do Movimento Passe-Livre (MPL), formou-se uma ampla frente única, que integrava desde o governo Tucano de Alckmin, passando pelo prefeito Haddad e o PT nacional até chegar ao "PIG" (Partido da Imprensa Golpista) como o "padrinho" deste esdrúxulo bloco, que "batizou" o movimento juvenil das ruas contra o aumento das tarifas como sendo uma expressão de "vândalos e baderneiros". Afinal, o aumento das tarifas de transporte em SP foi decretado em comum acordo entre os governos Petista e Tucano, nada mais "natural" que estivessem "solidários" na repressão violenta aos "baderneiros" apresentados pelo "PIG" como uma "ameaça ao patrimônio público". No rastro da frente única reacionária contra o MPL também se perfilaram inicialmente o PCdoB (a prefeitura de SP estava sob o comando de Nádia Campeão no segundo grande ato, em função da viagem de Haddad a Europa) e a chamada "esquerda" petista na figura do ministro da "justiça" Eduardo Cardoso, que ofereceu a ajuda da Polícia Federal para a repressão mais "fina" do movimento. Mas a potencialidade dos massivos protestos de rua, que assumiram um caráter nacional, produziram no "PIG" o mesmo "fenômeno" ocorrido na campanha pelas diretas em 1984, ou seja "repentinamente" passaram a apoiar os "ex-vândalos", considerados agora como uma "corajosa" juventude que "vai às ruas lutar por seus direitos". De uma forma muito similar ao que aconteceu em 84, de repente os atores "globais" passaram a realizar campanhas publicitárias para denunciar a violência da PM, e não mais "desqualificar" os jovens como "baderneiros", a Rede Globo obrigou até mesmo o asqueroso Jabor a fazer "autocrítica" e elogiar os jovens que antes não "valiam nem 0,20 centavos". Estava desta maneira rompida, por iniciativa do PIG, a frente única contra os protestos, e o que se viu a partir do dia 17/06 foi um verdadeiro "tsumami" de "rasgados" elogios às mobilizações, desde o governo Dilma (incluindo todo o PT e PCdoB), e até mesmo o fascista Alckmin e seu sinistro secretário de segurança passaram a defender a garantia da "integridade" dos manifestantes. No bojo das mobilizações, desde o Facebook (manipulado pela CIA), rapidamente surgiu o movimento "Acorda Brasil", que na "carona" da rebeldia juvenil passou a incluir na "pauta" das reivindicações a "prisão dos mensaleiros e a oposição a PEC 37", bandeiras empunhadas pelos procuradores liderados por Roberto Gurgel. Ontem em Brasília a tônica das manifestações esteve focada no Congresso, com muitas bandeiras "verde e amarelas" exigindo uma "faxina geral", o que animou em muito ao "PIG" em declarar que se tratava de um grande movimento "contra a corrupção do governo Dilma", já decretando uma vitória antecipada da oposição Demo-Tucana nas eleições de 2014.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

05 ANOS DAS “JORNADAS DE JUNHO”: UM BALANÇO MARXISTA DAS MANIFESTAÇÕES QUE QUESTIONARAM A FRENTE POPULAR, ABRINDO CAMINHO PARA O GOLPE PARLAMENTAR QUE APEOU O PT DO GOVERNO (GERÊNCIA) CENTRAL DO ESTADO BURGUÊS


O BLOG da LBI publica nesse mês seis artigos dedicados as “Jornadas da Junho” que completam 05 anos em 2018. Elaborados em pleno desenvolvimento dos protestos nacionais de junho de 2013, esses textos produzidos pela LBI no calor dos acontecimentos tem o mérito de ser a primeira elaboração na esquerda a caracterizar a dinâmica contraditória e difusa das manifestações, que começaram com a justa luta juvenil contra o aumento das passagens de ônibus dirigida pelo MPL e apoiada pela militância LBI com um claro corte de esquerda, mas acabaram sendo controladas pela direita “verde-amarela” que impôs junto com a bandeira do “apartidarismo” uma pauta reacionária que foi sequestrada pela Rede Globo, abrindo caminho para uma “onda conservadora” que tem seus efeitos nefastos evidente nos dias de hoje. Pode-se fazer até um paralelo com a recente greve dos caminhoneiros que seguiu um curso inverso, acabando por se chocar diretamente com o governo neoliberal de Temer ao canalizar o justo ódio popular contra o ajuste neoliberal, apesar de inicialmente suas reivindicações terem sido apoiadas por empresas de transporte de cargas. Nos seis textos que publicamos sobre as “Jornadas de Junho” polemizamos tanto com a chamada “oposição de esquerda” (PSTU, PSOL) que apresentava as “jornadas” como a antevéspera da revolução como também com a Frente Popular que apregoava que os protestos eram orquestrados somente pela direita e o PSDB. O pleno acerto teórico do prognóstico realizado pela LBI, a despeito de todas as caracterizações impressionistas da esquerda revisionista nesta ocasião, nos impediu de cair no erro gravíssimo que marcou todos os balanços históricos da esquerda sobre as multitudinárias mobilizações de junho de 2013, dando-lhes um apoio acrítico que produziram sérios equívocos programáticos de como enfrentar a atual conjuntura nacional marcada por um golpe parlamentar em 2016 e da emergência do neoBonapartismo no país, representado pela famigerada "Operação Lava Jato" patrocinada pela Casa Branca. Hoje publicaremos o primeiro artigo da série sobre as "Jornadas de junho", um texto elaborado logo no início dos protestos então dirigidos pelo MPL, que questionavam o aumento das passagens de ônibus com famoso eixo "não é só pelos 20 centavos", manifestações apoiadas pela LBI por seu caráter progressivo, tanto que foram duramente reprimidas pelos governos do PT e PSDB! 

ARTIGOS HISTÓRICOS

1 - Todo apoio aos “vândalos e baderneiros” do MPL! Solidariedade aos presos políticos dos governos Alckmin/Haddad! 
(12.06.2013)

2 - Protestos da juventude sem um eixo programático e uma direção classista podem ser canalizados pelo “PIG” para um viés reacionário 
(18.06.2013)

3 - Marchas nacionais de protesto no Brasil: Que rumo seguir? 
(19.06.2013)

4 - Falsa simetria entre “Diretas Já”, o “Fora Collor” e as atuais mobilizações pode levar a esquerda a cometer gravíssimos equívocos  
(21.06.2013)

5 - Os Marxistas revolucionários devem apoiar a campanha pelo “Fora Dilma” no curso dos atuais protestos nacionais?
(23.06.2013)

6 - Para o Brasil não girar à direita, o movimento operário deve ser o protagonista do cenário nacional
(Editorial do Jornal Luta Operária Nº 260, Junho/2013)

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TODO APOIO AOS “VÂNDALOS E BADERNEIROS” DO MPL! SOLIDARIEDADE AOS PRESOS POLÍTICOS DOS GOVERNOS ALCKMIN/HADDAD! 
(12 DE JUNHO DE 2013)

Nos últimos dias a capital paulista está sendo palco de massivos protestos populares contra o aumento da passagem de ônibus. À frente das marchas estão em sua maioria estudantes e ativistas ligados ao Movimento pelo Passe Livre (MPL). A PM do governador Alckmin e a Guarda Municipal do prefeito Haddad estão reprimindo duramente as manifestações, que já contabilizam mais de vinte presos políticos. A justiça burguesa impôs uma fiança de 20 mil reais para uma parte dos companheiros detidos por se manifestar contra mais este ataque às condições de vida dos trabalhadores e do povo pobre, outros dez companheiros sequer tem este “direito”! Em uníssono, a burguesia, seus meios de alienação de massa tendo como ponta de lança a Rede Globo e os governos burgueses do PT e PSDB, vem acusando os manifestantes de “vândalos e baderneiros” porque para se defenderem dos ataques do aparato de repressão (que disparam centenas de bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha, além de dar bordoadas com cassetetes) fazem barricadas com lixo, fecham ruas e reagem como podem à repressão policial! Desde a LBI e da Juventude Bolchevique publicamente prestamos todo nosso apoio incondicional aos “vândalos e baderneiros” do MPL e afirmamos claramente que a luta contra o aumento das passagens no transporte coletivo deve se radicalizar ainda mais e se unificar nacionalmente com os companheiros do Rio de Janeiro, Goiânia e Natal para vencer os empresários e seus governos de “direita” e “esquerda”. Neste momento, o conjunto do movimento popular, sindical e estudantil que não está cooptado pelas verbas estatais deve se unificar em solidariedade aos presos políticos dos governos Alckmin/Haddad acusados de danos ao patrimônio e formação de quadrilha, organizando um ato nacional em defesa dos companheiros encarcerados e pelo passe livre já!