sexta-feira, 29 de junho de 2018

QUANTO O PCO "EMBOLSOU" PARA DEFENDER DESCARADAMENTE FERNANDO PIMENTEL, CARRASCO DOS PROFESSORES E DO FUNCIONALISMO PÚBLICO MINEIRO?


O PCO, já não é mais nenhuma novidade, metamorfoseou-se de uma organização da esquerda "radical" trotskista para uma tendência externa do petismo, de uma forma abrupta e sem mediação política alguma. São hoje uma espécie de "MR8 do PT", para os mais jovens que não conheceram o MR8, este foi uma combativo grupo guerrilheiro que protagonizou (de forma exitosa na parceria com Carlos Marighella) em 1969 o heróico sequestro do embaixador norte-americano no Brasil em troca da libertação de vários presos políticos que estavam sendo torturados regime militar. Pois bem, o MR8 passou de uma aguerrida e corajosa organização comunista para uma tendência externa do PMDB, raivosos defensores de figuras corrompidas como os ex-governadores Orestes Quércia e Moreira Franco e do próprio ex-presidente Sarney, foram por muitos anos conhecidos como os "bate-paus" do PMDB sempre dispostos a executarem as tarefas mais "sujas", em troca é claro de uma "generosa" contribuição da burguesia dita "progressista". Em pleno governo Dilma, o PCO como um camaleão político, passou do "Fora Lula" defendido por eles em 2006 na crise do "Mensalão", para um "Amamos Dilma" a partir de 2010 em diante. Obviamente o "cavalo de pau" político do PCO teve uma base material, assim como o do antigo MR8, primeiro foram as "gordas" verbas do Fundo Partidário, facilitadas pela influência do primeiro governo Dilma na Corte Eleitoral (TSE), depois vieram diretamente as verbas de empresas estatais e agora com o defenestramento do PT se alimentam das "sobras" da campanha "Lula Livre". No início da guinada do PCO tudo era justificado pela camarilha do Sr.Pimenta em nome da luta "contra a direita", pois a luta de classes propriamente dita tinha subitamente desaparecido para estes senhores. Depois com o advento do golpe parlamentar, a palavra de ordem de "Volta Dilma" ganhou as manchetes do jornal Causa Operária, nenhuma referência ao duro ajuste neoliberal implementado pelo ministro Levy e muito menos as privatizações levadas a cabo em pleno governo da Frente Popular. Mas se a defesa intransigente das medidas de "ajuste" do governo Dilma eram insuficientes para garantir mais verbas para o "guloso" PCO, este também se transformou no paladino da colaboração de classes, atacando violentamente todas as organizações de esquerda que criticassem o reformismo do PT e a política de paralisia da CUT. Para aqueles que pensavam que o "fã clube" dos poucos seguidores "rentados" do PCO se limitava a bajulação de Lula e Dilma, agora ultrapassaram qualquer fronteira de classe ao defender a "segunda linha" da burocracia petista, como o atual governador, Fernando Pimentel: o carrasco dos professores e funcionários públicos de Minas Gerais. No site do PCO (29/06) pudemos "descobrir" que Pimentel que governa seu estado com um arco da pior escória burguesa possível é um homem de "esquerda: "Na realidade, a forte ligação com o período Dilma só prova, mais uma vez, o real teor da perseguição contra Pimentel: uma perseguição política que objetiva exterminar toda a esquerda brasileira" (site do PCO). A pergunta que logo vem à cabeça de todo militante classista, não só o mineiro, é a seguinte: quanto o PCO embolsou para virar capacho de um governador que reprime violentamente as lutas dos trabalhadores? Deixemos que o próprio Rui Pimenta responda, se é que tem hombridade para assumir a podridão política em que submergiu sua organização, ainda que mascarando a corrupção do PCO com a surrada cantilena que seu asqueroso apoio a Pimentel se justifica para "combater o golpista Aécio Neves"...