segunda-feira, 18 de junho de 2018

PSOL INTEGRA MAIS UMA FRENTE POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES: AGORA COM PARTIDOS GOLPISTAS E NEOLIBERAIS QUE NEM SE REIVINDICAM DE ESQUERDA...TUDO EM NOME DA DEFESA DO REGIME DA DEMOCRACIA DOS RICOS


O PSOL havia em abril estabelecido com o PT, a oligarquia Gomes (PDT) e o PSB uma “frente ampla pela democracia e eleições livres”. Agora acaba de ampliar seu leque de “unidade” para partidos abertamente de direita e golpistas. A farsa recebeu o nome de “Pacto pela Democracia” subscrito por partidos golpistas e neoliberais como a REDE, PPS, NOVO e até mesmo o PSDB além de outros “movimentos” como o “Agora” de Luciano Huck assim como uma série de ONGs financiadas pelas grandes empresas! Quem patrocinou o encontro ocorrido no dia 13 de junho foi ninguém menos que Neca Setúbal, cuja família controla o Banco Itaú e patrocina a candidatura pró-imperialista de Marina Silva! Para nós Marxistas Revolucionários da LBI não há nenhuma surpresa nesta conduta do PSOL, há tempos denunciamos a aproximação desse partido com as siglas da burguesia ligadas a direita reacionária, tanto no terreno eleitoral como no campo programático. Lembremos que em 2017, nas eleições extraordinárias para o governo do estado do Amazonas, conformou-se a chama PSOL-REDE. O “quadro” oferecido pelo PSOL para compor a coligação burguesa como vice faz jus ao quilate político da chapa, tratou-se do delegado de polícia João Victor Tayah, um nome ligado a repressão dos movimentos sociais e a população mais humilde da periferia de Manaus. PSOL e REDE são duas vertentes políticas da mesma árvore frondosa da colaboração de classes, ambos se desgarraram do PT mas seguem na mesma trilha de apologia da "democracia capitalista" com "ética na política". Antes, no 2º turno das eleições municipais de 2016 do Rio de Janeiro formou-se uma “Frente de Centro-Esquerda” burguesa encabeçada por Freixo no 2º com o apoio do PT, PCdoB, Rede, PSB. Quando o PSOL mandou representantes para a reunião com a direta para “defender a democracia” com dirigentes do MES e da Insurgência tendo assento nesse “pacto” buscava ampliar suas relações políticas com vista as eleições de 2018, o que vai se concretizar com chapas conjuntas em vários estados, tanto que a plataforma dos que subscrevem o manifesto reivindica “Defender sobre esses marcos as instituições e práticas democráticas e produzir eleições limpas, diversas e com ampla participação em outubro, capazes de efetivamente representar a cidadania e devolver as bases de confiança e legitimidade ao ambiente político”. Esse programa não entra em choque com a plataforma defendida por Boulos, ao contrário, esse arco de aliança é o sonhado pelo PSOL. Boulos foi apresentado como a opção por uma “alternativa socialista, popular e radical”, entenda-se que essa “alternativa” comporta também aliança com a Rede de Marina Silva e Randolfe Rodrigues, este último um verdadeiro “soldado” da US de Ivan Valente no interior da legenda ecocapitalista ligado ao Banco Itáu. Não por acaso na “conferência cidadã” que antecedeu a escolha de Boulos pelo PSOL teve como figura central Caetano Veloso, hoje o elo de ligação entre o Boulos, o PSOL e a Rede com setores de peso da classe dominante. Em resumo trata-se de radicalizar a democracia burguesa e as instituições de seu Estado (parlamento, justiça, polícia...), a velha tese da socialdemocracia reciclada pelo PSOL e sempre saudada pelo PT em dias de festa. Com este engodo pretendem utopicamente “democratizar” as instituições burguesas que não passam de sustentáculos da ditadura do capital contra os trabalhadores. O tragicômico é que agora incluem nesse arco até o PSDB e PPS, partidos abertamente golpistas e neoliberais! A Insurgência e o MES que estavam representadas no evento aplaudem a iniciativa sob o argumento escandaloso que é uma “frente única para defender a democracia” já o MAIS finge-se de morto, avalizando mais esse engodo reacionário. O PSOL une-se assim aos defensores da fascistoide “Operação Lava Jato” para ter mais trânsito entre os partidos burgueses, tudo em nome de defender o regime da democracia dos ricos contra a ruptura revolucionária do proletariado com esse circo eleitoral fraudado!   


.