quarta-feira, 31 de maio de 2017

A MILÍCIA OPERÁRIA E SEUS ADVERSÁRIOS


O Blog da LBI publica o brilhante texto de Trotsky “A Milícia Operária e Seus Adversários” que foi escrito como parte do livro “Aonde Vai a França?” de 1936. Este artigo analisa a importância da autodefesa armada dos trabalhadores frente ao avanço da reação fascista na França dos anos 1930, governada pela Frente Popular (PS, PC e o Partido Radical pequeno-burguês) acossado pela reação burguesa. Sob o comando de Leon Blum e diante da pressão da burguesia, os socialistas e o stalinismo negam-se a construir milícias operárias e os comitês de auto-defesa. O texto trás para debate atual no Brasil, diante do recrudescimento do regime político em crise, a questão da necessidade de que em cada greve ou manifestação se publicite a formação de destacamentos armados do proletariado e da juventude, o oposto do que defendem grupos revisionistas como o MRT, MAIS e mesmo o PSTU, que apenas reivindicam o “direito de manifestar e defender-se”. Como pontua Trotsky esse grupos centristas até falam em “autodefesa das massas”, porém não chamam a formação e a organização de milícias armadas pelos sindicatos e as organizações de esquerda, questionando a inutilidade dessa suposta “auto-defesa” sem organização de combate, sem quadros especializados e sem armas. Ele também polemiza com a tese, muito presente hoje na “esquerda” brasileira, que organizar milícias seria uma “provocação” ao governo burguês e aos fascistas, ironizando aqueles grupos que se resumem a “contestar filosoficamente” para combater “ideologicamente” a repressão burguesa. Por fim, nesse artigo genial o velho Bolchevique analisa que esse pacifismo do PS e do PC está a serviço da formação e manutenção de um governo de colaboração de classes, reformista, algo muito similar o que defendem PT, PSOL, PCdoB e seus satélites revisionistas com o chamado pelas “Diretas Já” ou mesmo “Constituinte com Eleições Gerais”.

Para poder lutar, é preciso conservar e reforçar os instrumentos e meios de luta: as organizações, a imprensa, as reuniões, etc. O fascismo os ameaça, direta ou indiretamente. Ainda é muito fraco para lançar-se à luta direta pelo poder; mas é bastante forte para tentar abater as organizações operárias, pedaço a pedaço, para temperar seus grupos nesses ataques, para semear nas fileiras operárias o desalento e a falta de confiança em suas próprias forças. Mais que isso, o fascismo encontra auxiliares inconscientes em todos aqueles que dizem que a "luta física" é inadmissível e sem esperanças, e que reclamam de Doumergue o desarmamento de seus guardas fascistas. Nada é tão perigoso para o proletariado, especialmente nas condições atuais, que o veneno açucarado das falsas esperanças. Nada aumenta tanto a insolência dos fascistas quanto o brando "pacifismo" das organizações operárias. Nada destrói tanto a confiança das classes médias no proletariado quanto a passividade expectante, a ausência de vontade para a luta.
A IMPORTÂNCIA DA GREVE DE MASSAS NA CONCEPÇÃO DA GRANDE REVOLUCIONÁRIA COMUNISTA ROSA LUXEMBURGO


Um dos maiores erros  que se desencadearam em volta da contribuição teórica da grande revolucionária comunista Rosa Luxemburgo reside no seu suposto "espontaneismo" e na pretensa subestimação da política marxista que se encontraria nos seus textos. Particularmente, no que respeita a greve de massas e a revolução russa de 1905. O debate sobre a greve geral de massas instala-se e começa a circular na literatura marxista da II Internacional entre 1895 e 1896. Foi Parvus o primeiro publicista que encarou o tema da greve política, vinculando-o a discussão sobre o golpe de estado. Em uma série de artigos publicados na revista teórica do Partido Social-Democrata Alemão (SPD) a propósito das ameaças golpistas de um general chamado V. Boguslawski. Mais tarde, em 1902, tem lugar uma greve geral política na Bélgica que pedia o sufrágio universal e igualitário, fracassou. A discussão sobre esta greve constituiu a segunda etapa do debate sobre a greve de massas. Participaram nele Emile Vandervelde, Franz Mehring e a própria Rosa. Até que sobreveio a primeira revolução russa de 1905. Esse foi o detonador para a maior contribuição de Rosa Luxemburgo a este debate, condensado na sua obra Greve de Massas, Partido e Sindicatos, redigida no exílio na Finlândia em Agosto de 1906. Adotando como modelo de inspiração a recente revolução russa, Rosa intervém desde o princípio, trazendo para a discussão a burocratização dos poderosos e ao mesmo tempo impotentes sindicatos alemães, que tinham verdadeiro pânico à greve geral. Como em qualquer debate, não se entende nada das teses de Rosa quando se abstrai com quem se está debatendo. O interlocutor da polêmica marca grande parte do terreno e o tom dos argumentos ao longo de todo o debate. Se não se sabe ou diretamente se desconhece o objetivo da sua polêmica, então pode-se construir uma Rosa Luxemburgo ao gosto e prazer de cada um..., potável ou oportunista para qualquer coisa. Inclusivamente para supostamente incompatibilizá-la com o marxismo leninismo. Estes burocratas de carreira, que há anos tinham abandonado a perspectiva revolucionária, temiam mais a greve de massas que a morte, pois esta os faria perder a estabilidade das suas posições materiais, conquistadas nas negociações com o patronato e o Estado burguês.Algo não muito diferente do que experimentou o sindicalismo burocrático brasileiro entre 2003 e o final das gestões estatais da Frente Popular em 2016. Porque, convenhamos, a suposta "panaceia" do Estado benfeitor de que alguns ainda tem nostalgia... garantia certas conquistas operárias na condição de manter manietada, neutralizada, institucionalizada, e em última instância reprimida, a rebeldia revolucionária da força coletiva dos trabalhadores. Nunca como na época do Estado de bem-estar keynesiano se pôde observar a justeza da fórmula gramsciana que define o Estado capitalista como a conjunção da coerção e o consenso, da violência e a hegemonia.

terça-feira, 30 de maio de 2017

FORMADA A FRENTE PARLAMENTAR PELAS “DIRETAS JÁ!”: UMA COLIGAÇÃO UNINDO DESDE A FRAUDE “SOCIALISTA” DO PSOL, PASSANDO PELA ESQUERDA BURGUESA PSB, PDT E PT ATÉ CHEGAR A DIREITA “MODERNA” DA REDE MARINA SILVA


Reunidos nesta segunda-feira (29/05) na Liderança do PSB no Senado Federal, parlamentares e representantes do PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e REDE criaram a Frente Parlamentar Mista pelas "Diretas Já!". Na verdade uma rearticulação política de parte da antiga "base aliada" do governo Dilma, agora reforçada pelo PSOL e REDE. Esta Frente policlassista de partidos burgueses nada tem a ver com uma frente democrática que por ventura poderia ser conformada para lutar por liberdades de organização política e contra o estado policial de exceção em marcha no país. Mas pelo contrário esta coligação parlamentar pelas "diretas já!" inclui os mais fervorosos apoiadores da Lava Jato, como Marina Silva e o PSOL, que se converteram em apologistas do "justiceiro" Sergio Moro em sua famigerada caçada contra as lideranças da esquerda e ataque as empresas nacionais para favorecer os monopólios imperialistas. A configuração política da Frente Parlamentar está inteiramente voltada para o plano eleitoral e pouco importa se seus aliados de ocasião são a escória nacional como a famiglia Marinho e assemelhados como os Setúbal. A proposta de emendar a atual constituição desta tal Frente nem sequer pode ser considerada democrática, pois pressupõe que em caso de vacância da presidência da república e vice seriam convocadas eleições diretas somente se ainda restassem seis meses de mandato dos ex-membros da chapa presidencial, contra o texto atual da constituição (artigo 81) que estipula o prazo de dois anos, ou seja, a grande diferença "programática" entre os golpistas das indiretas e os paladinos das diretas é apenas de um ano e meio... Porém a questão é bem mais profunda do que somente prazos eleitorais, a bandeira das "diretas já!" cumpre a função política de rebatizar o próprio regime democrático completamente afundado na lama e desmoralização popular. Cria a ilusão nas massas de que agora "votando certo" o país voltaria a crescer e se livrar da corrupção estatal, a grande vilã da crise nacional segundo a "doutrinação" da mídia "murdochiana". Se hoje o proletariado mostra os primeiros sinais de movimento e ação direta após mais de uma década entorpecido pela política de colaboração de classes da Frente Popular, não seria minimamente justo novamente lhe empurrar o esbulho da democracia burguesa como via de sua emancipação social. Também não é o caso de radicalizar a proposta eleitoral desta Frente burguesa (PSOL,PT, PDT, REDE Etc..) chamando eleições gerais já em todos os níveis (de presidente até vereador) para encharcar ainda mais a classe operária com o mito do poder do "voto transformador". A farsa da democracia dos ricos está se revelando para as massas na intensa dinâmica da crise interburguesa, o momento é fértil para os Marxistas Revolucionários apresentarem sua plataforma socialista como uma alternativa concreta para derrubar o gerente golpista e suas reformas neoliberais exigidas pelo "mercado". A greve geral insurrecional por tempo indeterminado é o primeiro degrau na construção de uma alternativa de poder dos trabalhadores. A campanha pelas "diretas já", sem qualquer conteúdo democrático real serve apenas como um escape eleitoral para a profunda crise do regime vigente, os Comunistas Leninistas não embarcarão nesta canoa furada!

segunda-feira, 29 de maio de 2017

CENTRAIS ANUNCIAM NOVA GREVE GERAL DE UM DIA NO FINAL DE JUNHO (COM DATA EXATA AINDA A DEFINIR E O MESMO EIXO DO “FORA TEMER”): MAIS UMA MANOBRA DE PRESSÃO DA BUROCRACIA SINDICAL SOBRE O CONGRESSO CORRUPTO PARA CONTER O POTENCIAL REVOLUCIONÁRIO DAS MASSAS DIANTE DA CRISE DO REGIME DEMOCRÁTICO. LUTAR PELA GREVE GERAL INSURRECIONAL POR TEMPO INDETERMINADO PARA DERRUBAR O ESTADO CAPITALISTA SUAS REFORMAS NEOLIBERAIS E SEU GERENTE DE PLANTÃO!


Uma reunião entre as Centrais Sindicais ocorrida na tarde desta segunda-feira (29/05) deliberou de forma consensual a realização de nova greve geral novamente de um único um dia na semana final do mês de junho, condicionando a definição da data exata ao calendário de votações da Câmara Federal. Trata-se da reedição da última paralisação ocorrida no final do mês de abril às vésperas do Primeiro de Maio (esvaziado por conta da greve "feriadão"),onde apesar da forte adesão das categorias de transporte e serviços públicos, o proletariado industrial não foi convocado a "cruzar os braços" e tampouco ocupar as fábricas, o que também pode-se afirmar em relação aos operários agrícolas a as grandes fazendas do "agronegócio". O eixo político da nova greve geral permanece o mesmo, o inofensivo "Fora Temer", que agora conta com o apoio político das organizações Globo, embora tenham mantido a "oposição" a reformas da previdência e trabalhista. O objetivo das burocracias sindicais da CUT e FS com a marcação de uma nova greve geral "light" é de conter o potencial revolucionário das massas diante da profunda crise política do regime burguês democrático, canalizando a revolta popular com a lama podre do Estado capitalista para os marcos deste Congresso Nacional de bandidos. A escolha do final de junho com mais de dois meses após a greve geral de abril corresponde a necessidade de "esfriar" o movimento operário e apostar as fichas no inofensivo movimento policlassista das "diretas já!" que começa a tomar corpo no país, com o ato ocorrido neste final de semana em Copacabana. Os Marxistas Revolucionários que participaram criticamente da última greve geral de abril, já declararam que não formarão nenhuma "frente única" em defesa das "diretas já!", ou da mera pressão institucional ao parlamento corrupto (como o "Ocupa Brasília"), integrarão este novo chamado das Centrais pelegas de forma ainda mais crítica e com total independência política e programática das burocracias sindicais. Continuaremos a combater por uma saída revolucionária das massas diante do colapso da democracia dos ricos e seus gestores mafiosos. Lutaremos na defesa da organização de uma verdadeira Greve Geral por tempo indeterminado até a derrubada do governo golpista de plantão e suas reformas neoliberais, impulsionando um caráter insurrecional as paralisações do proletariado urbano e rural no sentido que possam construir seu próprio poder de classe no processo vivo da queda do Estado capitalista e do conjunto de suas instituições apodrecidas historicamente.
ESTADO DE SÍTIO NA CAPITAL DO PAÍS E O “EXÉRCITO BRANCALEONE” DO “FORA TEMER”: BRUTAL REPRESSÃO NO “OCUPA BRASÍLIA” MAS NENHUMA PALAVRA DE ORDEM DOS REVISIONISTAS PARA DEFENDER A ESTRATÉGIA DA AUTODEFESA OPERÁRIA E REVOLUCIONÁRIA DAS MASSAS! PARA O MRT BASTA TER “ÓDIO CONTRA OS REPRESSORES”...


Passado quase uma semana do “Ocupe Brasília” (24.05) ainda povoam nas redes sociais (principalmente no Facebook) e nos sites de grupos revisionistas como MAIS, MRT e PSTU fotos de seus militantes e dirigentes usando máscaras antigás e escudos de madeira para se proteger da ação da PM na capital federal. Em várias postagens se veem expressões como “Viva o nosso Exército Vermelho!”, “Somos os soldados revolucionários do Fora Temer” seguidas de imagens “épicas”, quase heróicas, que simbolizariam a resistência efetiva e organizada à brutal ação repressiva da PM e das FFAA. Em um verdadeiro “orgasmo revolucionário” esses agrupamentos narram a existência de um enfrentamento organizado do movimento de massas com as forças repressivas do Estado burguês. Alertamos que se trata de uma fraude política, a projeção de um filme reformista para iludir ingênuos. Ao lado dessas imagens cinematográficas, vemos a defesa de dóceis palavras de ordem como “Diretas Já”, “Constituinte” ou mesmo “Eleições gerais”, ou seja, toda a “tropa radicalizada” estaria em “luta” por encontrar uma saída pacífica e ordeira para a crise do regime político nos marcos da institucionalidade burguesa. Esses (falsos)“radicais” buscam uma fórmula política para preservar a democracia burguesa em crise, ou melhor, visam aprimorá-la. Esse verdadeiro “Exército Brancaleone” caracteriza-se por ser parte de uma comédia reformista justamente porque, apesar das imagens onde figuram como “soldados revolucionários”, nenhum dos grupos políticos que o conformam defendem em seus programas a necessidade de formar comitês de autodefesa e de criar milícias operárias e revolucionárias para responder a repressão estatal e forjar as condições para a derrubada insurrecional do governo Temer para edificar um poder de novo tipo, revolucionário e socialista. O MRT (ex-LER) conforma a ala mais tragicômica desse “exército”. Diante da repressão de Temer estimula, como em um delicado romance, que... “os trabalhadores precisam ter ódio de classe” (Esquerda Diário, 26.05). Nada mais, nenhuma medida concreta de luta e resistência!!! No hilário artigo afirma-se que “As mais de 100 mil lutadoras e lutadores que ocuparam Brasilia pela derrubada das reformas, de Temer e da cova de ladrões chamada de congresso nacional, protagonizaram horas de enfrentamento com o aparato repressivo do estado, resistindo desarmados e heroicamente, aos ataques do inimigo armado, violento e covarde. Isso tudo deve ser motivo de muito orgulho para os lutadores que lá estiveram”. O MRT diz textualmente que deve ser motivo de orgulho a resistência desarmada dos trabalhadores!!! Por isso não há no texto uma linha sequer em defesa do Armamento Popular, Comitês de Autodefesa, Milícias Operárias!!! Nem pensar, o idílico MRT apenas declara genericamente “A guerra de classes, exige ação coordenada (unificada) do nosso exercito, em torno de um programa capaz de fazer com que toda a classe trabalhadora, do campo e das cidades, do setor publico e do privado, a juventude em geral, assim como todos oprimidos, vejam os seus anseios nele representados e se disponham a toma-lo em suas mãos, e fazer dele o motor de uma batalha decidida, sem trégua, até vitória”...Em resumo, contra os ataques da burguesia a saída para esses revisionistas seria convocação de uma Constituinte, convocada pelos poderes da carcomida república burguesa!!! Definitivamente, nos faz rir!!! O MAIS, por sua vez, afirma: “Enquanto uma multidão de trabalhadores e estudantes ocupava pacificamente o Eixo Monumental, o presidente ilegítimo assinou decreto autorizando o “emprego das Forças Armadas para garantia da Lei e da ordem no Distrito Federal” (Esquerda On Line, 25.05). O que defende o grupo do Prof. Valério Arcary diante dessa medida de força reacionária lançada pelo canalha Temer? Leiam por seus próprios olhos a pérola do pacifismo pequeno-burguês: “Trata-se de mais um ataque brutal às garantias e liberdades democráticas do povo brasileiro. Não podemos aceitá-la de forma nenhuma. Sua adoção só pode ser explicada pela escalada antidemocrática que vem acontecendo nos últimos anos no Brasil, especialmente depois do golpe parlamentar que aprovou o impeachment. A já limitada democracia dos ricos que existe em nosso país está agora ameaçada por medidas autoritárias e antidemocráticas, de caráter violento, como esta. Caso não sejam derrotadas, essas ações podem significar ataques ainda maiores aos movimentos sociais e ao povo trabalhador de conjunto” (Idem). Nada MAIS, ou melhor, o grupo de Valério defende as “Diretas Já” e que se forme uma “Frente de Esquerda” entre PSOL, PSTU, PCB para juntos disputarem o 1º turno das eleições presidenciais antecipadas...podendo até apoiar Lula depois!!! No único artigo sobre “A necessidade de autodefesa” (26.05), o dirigente do MAIS, Gibran Jordão, coordenador geral da Fasubra e da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, afirma a seguinte piada: “Panfletos e bandeiras não são mais os únicos materiais. São precisos mais escudos, mais vinagres e mais capacetes”. O Armamento Popular, os Comitês de Autodefesa e as Milícias Operárias não existem como medidas de luta e resistência dos trabalhadores para esses revisionistas, verdadeiros pacifistas pequeno-burgueses cuja principal arma é o “vinagre” contras as potentes bombas de gás e armas letais da polícia e das FFAA! Essa tarefa, segundo esses senhores, não estaria colocada para agora, nesse momento devemos ser “realistas” defendendo fórmulas concretas para resgatar a democracia burguesa totalmente desacreditada aos olhos dos trabalhadores! Convocar a formação desses instrumentos de auto-defesa armada, como propõe a LBI, seria para esses senhores uma “provocação”. Em resposta, reproduzimos o que nos ensinou historicamente Trotsky: “Conclamar a organização da milícia é uma ‘provocação’, dizem alguns adversários certamente pouco sérios e pouco honestos. Isto não é um argumento, mas um insulto. Se a necessidade de defender as organizações operárias surge de toda a situação, como é possível não se conclamar a criação de milícias? É possível nos dizer que a criação de milícias ‘provoca’ os ataques dos fascistas e a repressão do governo? Neste caso, trata-se de um argumento absolutamente reacionário. O liberalismo sempre disse aos operários que eles ‘provocam’ a reação, com sua luta de classes.” (Aonde vai a França, LT). Assim como na imperdível comédia do filme italiano de Mario Monicelli da década de 60, esses “bem-intencionados” revisionistas são motivo de piada ao se fantasiarem de “lutadores consequentes” quando não passam de dóceis reformistas, que via de regra negam-se a ocupar as fábricas nas greves, aceitam quase passivamente as demissões e sempre reivindicam a arbitragem da Justiça burguesa e seus tribunais para solucionar os conflitos sociais, como vimos várias vezes na Embraer e na GM. Muitos desses grupos como o MAIS, a CST e o PSTU pleiteiam melhores condições de trabalho para os policiais reprimirem os trabalhadores e não lutam pelo fim do aparato repressivo pelas mãos dos explorados organizados em milícias operárias e comitês de autodefesa! Não por acaso, a nota do PSTU afirma em tom heroico, ao melhor estilo do sonhador cavaleiro medieval que cria realidades inexistentes para esconder suas fraquezas: “Enfrentamos repressão inaceitável, mas ocupamos Brasília!” (Opinião Socialista, 25.05). O que diz o texto: “Diante da situação, o PSTU, na figura do Zé Maria, chamou os manifestantes a resistirem à agressão policial, a se manterem no gramado do Congresso e realizarem a manifestação. Dezenas de milhares de manifestantes e inúmeras organizações – destacamos o papel fundamental da CSP-Conlutas – resistiram por mais de quatro horas à violenta repressão policial, que chegou a usar inclusive arma letal, e resultou em dezenas de feridos. Reivindicamos fortemente a resistência. Os trabalhadores e trabalhadoras não podem abrir mão dos seus direitos, dentre eles o direito de se manifestar para defender seus interesses... Não há repressão que consiga parar a nossa luta se estivermos unidos e determinados. Os trabalhadores e trabalhadoras do nosso país, unidos e em luta, somos muito mais fortes do que todas as armas deles.” Para o PSTU a saída para enfrentar a repressão seria a “resistência e a unidade” e a futura convocação de uma greve de 48hs, mas não publicitam por momento algum a necessidade autodefesa armada dos trabalhadores!!! Alertamos a vanguarda classista, mesmo que se convoque outra greve geral (de 24 ou 48hs) sem a alteração desta política geral o objetivo será o mesmo: alavancar uma saída democrática burguesa no marco da crise do regime vigente, isto sem falar no prenúncio de que as reformas neoliberais podem ser aprovadas mesmo diante do colapso terminal do governo Temer. Somente com a mudança radical de perspectiva política do movimento de massas poderemos derrotar o ajuste rentista iniciado por Dilma e que seu ex vice-presidente tenta concluir. Por esta razão diante do agravamento da crise do regime burguês os Marxistas publicitamos a necessidade da organização de um greve geral por tempo indeterminado, rejeitando os “escapes” democráticos (diretas ou constituinte), ao mesmo tempo que forjamos embrionariamente a consciência dos explorador na senda da construção de seu próprio poder estatal, o governo operário e camponês ,como um sinônimo político da Ditadura do Proletariado. A LBI defende que faz-se necessário debater com o movimento de massas a tarefa de organizar de conjunto nossas milícias de autodefesa, independente dos matizes políticos que nos separam. No campo, nas periferias e nos centros urbanos a organização dos círculos de autodefesa deve estar colada à ação direta nos sindicatos e associações, sempre na perspectiva da luta concreta por melhores condições de vida e salário. Não devemos encarar a formação das milícias de autodefesa como uma tarefa “militarista”, separada de nossas reivindicações pontuais e históricas. Nossas lutas estão enfrentando uma etapa bastante delicada nesta correlação de forças, onde teremos que enfrentar o duro ajuste neoliberal em curso que tem a cumplicidade do próprio PT porque foi desatado inicialmente pelo governo Dilma, sendo agora aprofundada por Temer e na mesma proporção a “onda” fascistizante que deve se avolumar na medida do agravamento da própria crise econômica. Estabelecer uma enérgica resposta política dos oprimidos a cada ataque direitista contra nossos companheiros e lutas, perpassa pela organização de nossas milícias de autodefesa, sabemos muito bem que com o fascismo que ameaça nossas liberdades democráticas “Não se dialoga, se combate de armas na mão, se preciso for!”. Por esta razão reforçamos nosso chamado ao MST, MTST, CUT, UNE, Conlutas, Intersindical e demais entidades de massas para que debatam em suas bases e organizem o mais rápido possível as milícias de autodefesa de cada organização de esquerda, porque a sanha facínora da direita já mostrou que está em curso como vimos no “Ocupa Brasília” e no decreto reacionário de Temer. Trotsky já nos dizia no Programa de Transição que “Por ocasião de cada greve e de cada manifestação de rua, é necessário propagar a ideia da necessidade da criação de DESTACAMENTOS OPERÁRIOS DE AUTO DEFESA. É necessário inscrever esta palavra-de-ordem no programa da ala revolucionária dos sindicatos. É necessário formar praticamente os destacamentos de auto-defesa em todo o lugar onde for possível a começar pela organizações de jovens e conduzi-los ao manejo das armas. A nova onda do movimento de massas deve servir não somente para aumentar o número de destacamentos, mas ainda para unificá-los por bairros, cidades, regiões. É necessário dar uma expressão organizada ao ódio legítimo dos operários pelos pelegos e bandos de gangsters e de fascistas. É necessário lançar a palavra-de-ordem de MILÍCIA OPERÁRIA como única garantia séria para a inviolabilidade das organizações, reuniões e imprensa operárias”. Como se observa, enquanto o fundador da IV Internacional orienta publicitar amplamente essas medidas de luta, os hilários revisionistas do trotskismo de hoje tratam de esconder essas palavras de ordem em nome de saídas políticas e ordeiras dentro dos marcos do regime político vigente! Suas armas chegam, no máximo, a “mais escudos, mais vinagres e mais capacetes”... Qualquer semelhança com o “Incrível Exército de Brancaleone” não é mera coincidência!!!

domingo, 28 de maio de 2017

GOVERNOS DO PT E O GOLPISTA TEMER OCUPAM HÁ 13 ANOS O HAITI: FORA O IMPERIALISMO E SEUS GOVERNOS LACAIOS DA ILHA NEGRA!


No início do próximo mês de junho completa-se 13 anos da ocupação do Haiti (12 anos sob gestões do PT e 1 sob o golpista Temer), data da chegada das tropas da missão de “paz” da ONU (Minustah) comandadas pelo governo brasileiro. O Haiti foi o primeiro país das Américas a abolir a escravidão e hoje é escravizado por seus pares colonialistas do continente. No período de 2004 até hoje ficou constatado que grandes empresas norte-americanas, canadenses e franceses exploram a mão de obra haitiana para produção têxtil, pagando em média R$ 10 por dia nas zonas francas implementadas no país após o golpe de estado patrocinado pelo imperialismo ianque. As consequências desta investida neocolonialista são evidentes: a migração em massa dos haitianos que não suportam essa situação ou a revolta dos que ficam. Para conter essa insatisfação popular, as tropas de “estabilização” da ONU comandadas pelo exército do Brasil fazem o trabalho de brutal repressão, inclusive contra greves e manifestações populares. O Conselho de Segurança da ONU aprovou em outubro de 2014 a extensão da missão de ocupação do Haiti até o final de 2017. A “recomendação” foi dada diretamente pelo então Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, ventríloquo do Pentágono. O exército brasileiro continua a frente do comando da Minustah até esta data. A decisão foi tomada por unanimidade e contou com o apoio de todos os governos da centro-esquerda burguesa latino-americana. Além de Lula e Dilma, já enviaram forças militares ao país os governos Maduro, Evo Morales e Rafael Correa, em mais uma prova de que arroubo “anti-imperialista” dos paladinos do “Socialismo do Século XXI” não passa de um tênue nacionalismo para acomodar os interesses de suas burguesias nativas junto ao imperialismo ianque. O Uruguai da Frente Ampla e a Argentina de Macri também se somam a essa lista vergonhosa. A Casa Branca recorreu aos seus aliados no continente justamente para que as tropas ianques estejam de mãos livres para a ofensiva militar no Oriente Médio e na Ásia, mais particularmente a agressão em curso no Afeganistão e Síria.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

GOVERNADOR PETISTA CAMILO SANTANA DEFENDE O NOME DO TUCANALHA TASSO PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM ELEIÇÃO INDIRETA


Camilo Santana, governador do Ceará, afirmou que o senador tucano é “um dos nomes mais respeitados e para o Ceará seria muito bom” (Estadão 26/05), o detalhe é que Camilo atua no PT como um elemento de conexão política entre a ala lulista do partido e a oligarquia reacionária dos Ferreira Gomes. A esquerda reformista tem ao longo do último período embelezado o clã dos Ferreira como “progressista” e como um “aliado contra o golpe”, apesar de ter colocado sua candidatura à presidência da república pelo PDT os petistas ainda sonham com uma aliança eleitoral entre Ciro e Lula. Porém tanto a direção do PT como os Ferreira Gomes defendem (nos bastidores) que as reformas neoliberais devem ser concluídas por um governo tampão, como forma de “limpar” a pauta para as eleições gerais de 2018. Neste ponto, apesar da demagogia do PT e PDT em favor das “Diretas Já”, trabalham de fato para encontrar um nome de consenso na burguesia para substituir pela via do Congresso Nacional o falido Temer, trata-se apenas de uma questão de tempo político. Mas agora a Frente Popular e tucanato parecem ter encontrado um denominador comum: a figura do senador e mega empresário Tasso Jereissati, um dos maiores beneficiados com a privataria tucana na chamada “era FHC”, que reprimiu duramente os movimentos grevistas quando governador do Ceará. O anúncio do apoio a Tasso no “Colégio Eleitoral” por parte do governador petista não pode ser considerada propriamente uma novidade, o PSDB já participa ativamente da gestão de Camilo ocupando uma “super-secretaria” em seu governo, o tucano Maia Júnior (pasta do planejamento), com carta branca para impulsionar um amplo programa de privatizações. Camilo e Tasso já fazem várias parcerias no estado, inclusive inaugurando obras conjuntamente, com elogios mútuos. O fato do governador Camilo contar até com o apoio “crítico” do PSOL no Ceará, estamos falando do deputado estadual Renato Roseno, revela o grau de decomposição política da esquerda revisionista, como o grupo MAIS que integra o comitê do parlamentar psolista. Este mesmo arco revisionista do Marxismo (MAIS, NOS, LSR, INSURGÊNCIA, Etc..) se lança freneticamente na campanha por “Diretas Já”, uma bandeira democrático burguesa em plena etapa histórica de esgotamento total deste regime político instaurado no país com o fim da ditadura militar em 1985. Para os Marxistas Revolucionários “diretas ou indiretas” são duas faces da mesma moeda do capital e suas variantes políticas, exatamente porque a democracia dos ricos já se apresenta para as massas proletárias como uma grande farsa circense. Seja Tasso, Ciro, Lula ou o patético Chico Alencar que se candidatem a gerenciar o Estado Burguês, não haverá mudanças substanciais na vida do povo trabalhador, somente a Revolução Socialista poderá alterar o atual quadro de retrocesso econômico das forças produtivas. O ciclo de governança da Frente Popular e seus “derivativos” (como o PSOL), foi substituído por uma necessidade do capitalismo, em particular a escassez de crédito financeiro internacional, os governos subsequentes ao golpe parlamentar contra Dilma terão que aplicar a receita neoliberal dos rentistas, não há mais espaço para o “Welfare State” tupiniquim dos reformistas. Os estúpidos de “esquerda” que tem “orgasmo político” com uma campanha pelas “Diretas Já” não passam de massa de manobra da burguesia e de seu regime democrático, que no limite máximo defendem um “capitalismo sustentável e socialmente responsável”, são inimigos viscerais da revolução socialista e da Ditadura do Proletariado.
ATAQUE AÉREO LIDERADO PELOS EUA MATA 80 CIVIS, SENDO DEZENAS DE CRIANÇAS NA SÍRIA: FRENTE ÚNICA COM ASSAD-PUTIN CONTRA OS "REBELDES" TERRORISTAS, O IMPERIALISMO IANQUE E SEUS ALIADOS DA OTAN!

As explosões atingiram a cidade de al-Mayadeen, no sudeste da província de Deir ez-Zor, depois de aviões de combate da coalizão liderada pelos EUA bombardearem a zona. O ataque aéreo matou 80 civis, sendo 35 mulheres e crianças, e deixou dezenas de feridos no leste da Síria na noite desta quinta-feira, informou agência de notícias síria SANA. Fontes locais indicam que os ataques foram dirigidos contra o mercado da cidade e que um edifício de 4 andares foi completamente destruído. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, classificou o ataque como “ilegítimo” e “grave violação” da soberania da Síria. Já os EUA dizem que os mortos eram familiares dos combatentes do grupo Estado Islâmico (EI), sendo Mayadine uma cidade controlada desde 2014 pelo EI, próxima da fronteira com o Iraque. O pretexto usado pelos EUA foi o suposto combate as posições do EI. Os ataques foram apresentadas como parte do plano da Casa Branca para barrar o avanço do EI na Síria e no Iraque, mas também estão voltadas para combater o governo Assad. O EI foi anteriormente armado pela CIA para desestabilizar o governo sírio seguindo o mesmo script macabro imposto na Líbia de Kadaffi. Entretanto, os “fanáticos” jihadistas islâmicos foram derrotados em sua “missão” pelo exército nacional da Síria, que conta com amplo apoio popular. Frente ao revés imposto na Síria, o EI acabou recuando para o Iraque e voltando suas forças contra o debilitado e impopular governo títere do imperialismo no Iraque. Trata-se de em um típico exemplo de quando o “feitiço se volta contra o mestre” devido às contradições vivas da luta de classes, que acabaram por colocar o EI em choque aberto com a marionete imposta em Bagdá pelos EUA. Diante da realidade de um conflito multifacetário, a posição dos Marxistas-Revolucionários é rechaçar o bombardeio imperialista ao território da Síria. Ao denunciar a agressão imperialista, no campo militar os trotskistas reafirmam a frente única com o exército nacional comandado por Bashar Al-Assad contra os “rebeldes” armados e financiados pela Casa Branca. Os Comunistas Proletários militam nestas trincheiras de combate com total independência política e militar das direções burguesas e nacionalistas para forjar uma alternativa revolucionária de poder dos trabalhadores, guiados por um programa internacionalista! Frente a esta rica realidade da luta de classes, reafirmamos que na Síria nos mantemos ao lado de Assad e contra o EI, repudiando qualquer bombardeio imperialista ao país. Diante dos bombardeios ianque a Síria, reafirmamos que a tarefa de derrotar o EI é do povo sírio que até agora resistiu às investidas dos “rebeldes” financiados pelas potências capitalistas e as próprias ameaças de bombardeios aéreos no ano passado. Para derrotar a ofensiva política e militar das potências abutres e de seus aliados internos é preciso que o proletariado sírio em aliança com seus irmãos de classe do Oriente Médio se levante em luta contra a investida imperialista na região, travestida pela retórica de defesa dos “direitos humanos e democracia”. Neste momento é fundamental estabelecer uma clara frente única anti-imperialista com as forças populares que apoiam o regime nacionalista burguês sírio, assim como com o Hezbollah para derrotar a ofensiva sobre o país. Combatendo nesta trincheira de luta comum, os revolucionários têm autoridade política para rechaçar inclusive as concessões feitas pelo governo de Bashar Al-Assad a esses organismos imperialistas que pretendem subjugar o país, forjando no calor do combate as condições para a construção de uma genuína alternativa revolucionária as atuais direções burguesas que via de regra tendem a buscar acordos vergonhosos com a Casa Branca.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

TEMER CONVOCA O EXÉRCITO PARA SITIAR BRASÍLIA E APROVAR REFORMAS CONTRA O POVO, PARA O PT UM “EXAGERO DESPROPORCIONAL”, LULA ESQUECE QUE SEU GOVERNO CRIOU A FAMIGERADA FORÇA DE SEGURANÇA NACIONAL E QUE DILMA DECRETOU A MESMA LEI DE GARANTIA E ORDEM (GLO) CONTRA A POPULAÇÃO POBRE DO RIO DURANTE A “COPA DAS EMPREITEIRAS” EM 2014...


A utilização das Forças Armadas por “governos democráticos”, após o fim do regime militar no Brasil, não é propriamente uma novidade. Desde a primeira greve nacional enfrentada por Sarney em 1985 (Universidades Federais) até o neogolpista Temer, passando é claro pelo tucano FHC e a petista Dilma, os “democratas” que gerenciam o Estado burguês encontram no chamado a “lei e a ordem” um recurso institucional para conter militarmente o movimento de massas. O governo Lula teve a “originalidade” de criar a famigerada Força de Segurança Nacional em 2004 como uma tentativa de “mediar conflitos sociais” sem a necessidade de convocação direta das Forças Armadas, a FSN seria uma tropa mista de elite (policiais e militares comandados por um General) mas sem exalar no ar o “cheiro de golpe militar” quando acionada. Porém o governo da neopetista Dilma não se esquivou de decretar a mesma GLO contra a população pobre e negra do Rio de Janeiro para garantir a realização da “Copa das empreiteiras” em 2014. A memória curta da Frente Popular não é um “problema médico”, corresponde ao papel que ocupa historicamente na luta de classes, ora liderando politicamente a oposição burguesa ora gerenciando o Estado capitalista, mas em ambas as circunstâncias assumindo a mesma estratégia de colaboração de classes e de contenção do proletariado. Para a burguesia a crise terminal do governo tampão do mafioso Temer só terá algum desfecho quando os rentistas aferirem se o golpista terá ou não condições de finalizar as reformas neoliberais exigidas pelo mercado (pelo menos em primeira instância), enquanto isso não se define a tarefa comum que se coloca ,tanto para o PT como para a Globo, é o seu sangramento político. Por isso a “ocupação de Brasília” convocada pelas centrais sindicais se deu fora do marco de uma greve geral e no sentido de “pressão parlamentar” sobre este Congresso de bandidos. Por mais combativa que tenha sido a marcha sobre o Distrito Federal, com os enfrentamentos e radicalizações que reivindicamos como legítimos, o eixo central da esquerda reformista continua a ser a realização de novas eleições gerais e nunca a tomada do poder pela via revolucionária de uma ruptura institucional. Por mais disposição de luta que tenha mostrado, tanto na greve geral de 28/04 como no “ocupa BSB” de 24/05, o movimento de massas está amarrado a plataforma de resgatar o regime da democracia dos ricos e todas as suas ações estão subordinadas a este norte programático. O que realmente saliva a esquerda reformista é poder voltar a gerenciar os negócios da burguesia, para impulsionar o “capitalismo sustentável”. A perspectiva de construir uma alternativa revolucionária de poder dos trabalhadores passa bem longe dos planos da Frente Popular. Alertamos a vanguarda classista, mesmo que se convoque outra greve geral (de 24 ou 48hs) sem a alteração desta política geral o objetivo será o mesmo: alavancar uma saída democrática burguesa no marco da crise do regime vigente, isto sem falar no prenúncio de que as reformas neoliberais podem ser aprovadas mesmo diante do colapso terminal do governo Temer. Somente com a mudança radical de perspectiva política do movimento de massas poderemos derrotar o ajuste rentista iniciado por Dilma e que seu ex vice-presidente tenta concluir. Por esta razão diante do agravamento da crise do regime burguês os Marxistas publicitamos a necessidade da organização de um greve geral por tempo indeterminado, rejeitando os “escapes” democráticos (diretas ou constituinte), ao mesmo tempo que forjamos embrionariamente a consciência dos explorador na senda da construção de seu próprio poder estatal, o governo operário e camponês ,como um sinônimo político da Ditadura do Proletariado.

EM TEMPO: O governo Temer revogou hoje o decreto que autorizava as FFAA sitiarem Brasília por uma semana. Reunido com seus ministros, o canalha golpista declarou que se necessário fosse recorreria novamente a medida e inclusive aplicaria a "Lei Antiterrorismo" aprovada pelo governo Dilma (PT), que criminaliza os movimentos sociais.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

ESTADO DE SÍTIO EM BRASÍLIA: TEMER CONVOCA O EXÉRCITO PARA ASSEGURAR AS REFORMAS, POR UM CONGRESSO NACIONAL DOS TRABALHADORES COMO UMA ALTERNATIVA DE PODER OPERÁRIO E POPULAR! NEM DIRETAS JÁ, NEM INDIRETAS, GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO NO RUMO DE UM GOVERNO OPERÁRIO COM ROMPIMENTO DA INSTITUCIONALIDADE BURGUESA! 


O canalha golpista Temer lançou mão de um decreto que autoriza o uso das FFAA para “garantir a lei e a ordem” burguesa. Soldados do Exército já reprimiram hoje à tarde os ativistas que participaram do “Ocupa Brasília”. Como alertamos, não há saída democrática nos marcos desse regime corrupto apodrecido, na medida em que a burguesia está unida na aprovação das reformas neoliberais nem que precise em um primeiro momento recorrer à repressão aberta e num plano mais estratégico impor um regime de exceção através de um governo Bonapartista Jurídico- Policial. Não por acaso ganha cada vez mais força que após a saída de Temer assuma pela via de eleições indiretas para um mandato tampão até 2018 um membro do STF (Carmem Lúcia ou o “decano” Celso de Mello). Frente ao aguçamento da crise política e o recrudescimento do regime com o uso das forças repressivas contra o movimento de massas (o decreto autoriza o uso das FFAA inicialmente por 1 semana) é necessário uma resposta revolucionária dos trabalhadores, o que não passa por eleições gerais, diretas ou por uma Constituinte. Esse é o caminho de buscar uma saída nos marcos da institucionalidade burguesa para recompor o regime político e acaba dando fôlego à burguesia, no máximo possibilitando o retorno de Lula pelas urnas ou o “Salvador da Pátria” tipo Moro. Nossa tarefa nesse momento é exigir a convocação imediata de uma Greve Geral política, com ocupações de terra e de fábricas, para paralisar a produção e responder a provocação do canalha Temer com a construção de comitês de auto-defesa e milícias operárias contra a repressão burguesa estatal. Do ponto de vista mais estratégico é necessária a convocação de um Congresso Nacional dos Trabalhadores que se constituía como um embrião de um poder operário e popular, um poder de novo tipo baseado nos organismos de luta dos trabalhadores. Somente com uma resposta revolucionária à altura combateremos o regime de exceção em curso que deseja liquidar nossas conquistas e acabar com as mais elementares liberdades democráticas!

terça-feira, 23 de maio de 2017

VISITA DE TRUMP A ISRAEL: TODO APOIO À GREVE GERAL NA PALESTINA PELA LIBERDADE IMEDIATA DOS PRESOS POLÍTICOS DAS GARRAS DO ENCLAVE SIONISTA! POR UMA NOVA INTIFADA!


Hoje entramos no 37º dia da greve de fome dos cerca de 1500 presos políticos palestinos nas cadeias israelenses. Em solidariedade a seus lutadores milhares de palestinos na Faixa de Gaza, Cisjordânia e mesmo em Israel (o enclave ocupante) aderiram em massa à Greve Geral convocada para os apoiar, fechando lojas e comércio. É “a primeira vez desde a Primeira Intifada palestina (1987-1993) que uma Greve Geral é observada na Margem Ocidental ocupada, no território palestino ocupado em 1948 (atual Israel) e na diáspora”, destacou, em nota a Comissão da Imprensa para a Greve da Fome Liberdade e Dignidade. A paralisação que se iniciou nesta segunda-feira teve uma adesão massiva fechando escolas, instituições públicas, bancos e transportes nos territórios ocupados e no interior do enclave sionista. Esta Greve Geral é a segunda empreendida pelos palestinos desde que os 1500 prisioneiros entraram em greve de fome nas cadeias israelenses, em 17 de Abril. A primeira, também com ampla adesão, realizou-se no 11.º dia da luta. Os presos políticos em greve de fome exigem, entre outros direitos básicos, os direitos às visitas familiares e a prosseguir os estudos, cuidados médicos apropriados, o fim do isolamento e da detenção administrativa. Desde o início da manhã, grupos de grevistas cortaram as vias de acesso a Ramallah, principal centro comercial da Margem Ocidental, usando pedras e pneus. À tarde, vários pontos dos territórios ocupados foram palco de manifestações em solidariedade com os presos em greve de fome. Nas regiões de Hebron e Ramallah, as forças israelenses reprimiram de forma violenta os protestos e registaram-se confrontos, nomeadamente nas imediações do ponto de controle militar de Qalandiya. Pelo menos 20 palestinos foram feridos a tiro, um deles com gravidade. A Greve Geral teve lugar no dia em que o presidente norte-americano, Donald Trump, chegou a Israel. Na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza cercada, um grupo de manifestantes ateou fogo a bandeiras de Israel e dos Estados Unidos da América e incendiou um boneco com uma foto de Donald Trump à cabeça. Em Israel, houve protestos contra a visita de Trump e as suas políticas em Telaviv e Jerusalém. Para hoje, foi agendado um “Dia de Raiva” nos territórios ocupados da Palestina, tendo em conta um breve deslocamento de Trump a Belém, na Margem Ocidental ocupada, para um encontro com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade palestina. Em seu segundo dia de viagem a Israel e à Palestina, o presidente Donald Trump visitou à Cisjordânia ocupada. Em Belém, ele se reuniu com o presidente palestino, Mahomoud Abbas. Trump reafirmou sua intenção de mediar um acordo de paz definitivo entre palestinos e israelenses. Eles caminharam juntos por tapete vermelho nas proximidades do palácio sede do governo palestino, participaram de uma cerimônia de execução dos hinos nacionais dos Estados Unidos e depois tiveram uma conversa reservada por cerca de 20 minutos. Em declarações à imprensa após o encontro, em Belém, ambos condenaram o ataque de ontem à noite em Manchester. E Trump se ofereceu novamente para mediar um farsa em torno de um suposto “acordo definitivo de paz” entre Israel e Palestina. “Já falei com o presidente israelense, Reuven Rivlin e com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. E eles estão prontos para trabalhar nisso. E estou aqui para ajudar. Paz é uma escolha, e o Estados Unidos estão aqui para apoiar e fazer este sonho possível”, afirmou. Abbas ponderou e disse que está pessimista por alguns aspectos, e otimista por outros. Ele afirmou que para alcançar a paz há alguns pontos difíceis na negociação até agora, como a divisão dos territórios israelenses e palestinos, bem como o reconhecimento do Estado Palestino. Mas frisou estar otimista com o fato de que ambos os países: Estados Unidos, Israel e Palestina têm um alvo em comum, que é combater o terrorismo. Enquanto o encontro entre os dois líderes acontecia, em Belém, centenas de manifestantes marcharam, em um protesto pacífico, carregando fotos dos prisioneiros palestinos em greve de fome há 37 dias. Para nós, a justa aspiração do povo palestino pela sua pátria, a retomada de seu território histórico e a edificação de seu Estado nacional apenas podem ser alcançados ligando as tarefas democráticas pendentes com a luta pela revolução social. Essa imposição decorre do controle que o imperialismo exerce sobre a região e devido ao caráter de enclave militar de Israel, um Estado artificial montado pelos EUA para controlar o Oriente Médio. A utopia reacionária da existência de “dois estados” convivendo lado a lado, um sendo uma máquina de guerra instalada no território palestino e outro um “Estado-bantustão”, revela-se uma farsa. Essa fraude é o único “Estado palestino” que o imperialismo e Israel estão dispostos a aceitar. A única via para a vitória palestina é a unidade revolucionária dos explorados árabes alicerçada em um programa marxista que defenda a destruição da máquina de guerra nazi-sionista. Para avançar nesta tarefa é imprescindível superar a orientação contrarrevolucionária da ANP de Abbas e edificar, sob os escombros da ordem capitalista na região, a Federação das Repúblicas Socialistas Árabes! A conquista da verdadeira pátria palestina no conjunto dos territórios históricos rapinados pela máquina de guerra sionista, rumo à edificação de uma Palestina soviética, em todo o território histórico, baseada em conselhos de operários e camponeses palestinos e hebreus!

segunda-feira, 22 de maio de 2017

PCO SE COLOCA CONTRA AS “DIRETAS JÁ” NÃO POR DEFENDER UMA SAÍDA REVOLUCIONÁRIA DIANTE DO COLAPSO DE TEMER, APOSTA SUAS FICHAS NO “VOLTA DILMA” COM SAUDADE DOS ATAQUES NEOLIBERAIS DE LEVY E DO “TROCO” QUE RECEBIA DO PLANALTO PARA ALUGAR A LEGENDA AO PT

O PCO tem se caracterizado no último período por ser uma sublegenda do PT e, mais particularmente, um defensor incondicional do governo Dilma que comprou (pagando uma “merreca”) seus serviços políticos. Causa Operária negou-se a denunciar os ataques neoliberais contra os trabalhadores impostos pelo governo Dilma e seu ministro rentista Joaquim Levy em nome de “combater a direita”. Com o Golpe Parlamentar, defendeu a “anulação do impeachment pelo STF”, ou seja, que as próprias instituições burguesas golpistas recolocassem Dilma no Planalto. Agora, diante da queda iminente de Temer, o PCO agita a bandeira do “Volta Dilma”. Isso mesmo, como vemos na foto!!! Rui Pimenta reivindica que a austera gerente petista, que aplicou um duro e covarde programa neoliberal em seu governo (restrição ao seguro desemprego, privatizações, cortes das pensões, entregou o ministério da Fazenda ao Bradesco de Joaquim Levy) volte para impor a agenda que Temer não conseguiu emplacar. Propõe que o chamado “Ocupe Brasília” deste dia 24 tenha como eixo o “Volta Dilma”, via a pressão no STF!!! Veja o que apregoa o PCO: “Por não serem eleitos pelo povo, os ministros do STF não sentem que devem prestar nenhuma contrapartida para a população. Irão sentir a pressão dos trabalhadores no próximo dia 24 de maio, data que todos devem comparecer no ato marcado para a frente do STF em Brasília, para exigir dos golpistas a imediata anulação do impeachment” (CO On line, 22/05). O PCO critica a proposta de “Diretas Já” ou “Eleições Gerais” não para defender uma alternativa revolucionária de poder dos trabalhadores, mas sim para que Dilma volte à Presidência da República! Por isso declara “Adotar a palavra de ordem de ‘diretas já’ significa acabar com a luta contra o golpe, é uma capitulação diante da direita e enfraquece o movimento de luta contra o golpe. É aceitar de cabeça baixa o golpe que deram em Dilma Rousseff e em todo o povo” (CO On line, 21/05). O PCO rechaça o chamado pelas “Diretas Já” porque seria uma “traição à Dilma” e não porque é uma saída nos marcos da institucionalidade burguesa que fortalece o circo eleitoral fraudado da democracia dos ricos, totalmente dominado pelo poder econômico capitalista e manipulado pelas urnas "roubotrônicas". Como se observa, o chamado a “Greve Geral” feito por Causa Operária teria como objetivo pressionar o mafioso Supremo a empossar Dilma novamente e não para colocar abaixo as apodrecidas instituições do regime burguês a fim de abrir caminho para a construção de organismos de poder operário e popular, bases de um poder de novo tipo, proletário e socialista! Como se vê, o PCO que foi beneficiado com o “troco” do bilionário Fundo Partidário durante o governo Dilma (que agora encontra-se ameaçado) tornou-se uma legenda a serviço da Frente Popular, sendo integralmente fiel a gerentona petista, defendendo o “Volta Dilma”, reivindicação que nem mesmo o PT levanta, mas somente a anturragem mais próxima da ex-presidente! Essa posição vergonhosa demonstra o nível de corrupção política e material em que está mergulhado o PCO de Rui Pimenta. Outro exemplo de sua função de sublegenda do PT é o papel que desempenha nas eleições para a APEOESP (Sindicato dos Professores de SP) que ocorrem agora no dia 25, sendo uma chapa laranja da Articulação Sindical, montada inclusive com nomes indicados pelo PT e a CUT! Quando afirmamos que o “giro a direita” do PCO no início da crise do governo Dilma não era apenas uma “deformação política” mas sim um avançado processo de corrupção política e material, muitos ativistas acharam que nossa avaliação era um “exagero”. Agora, com essa conduta escandalosa de Causa Operária em reivindicar o “Volta Dilma”, negando-se a aproveitar a crise terminal do governo Temer para defender a luta por um Governo Operário e Camponês, palavra de ordem central do trotskismo em momento de debacle do regime burguês e suas instituições carcomidas, até os mais “crédulos” perceberam que a seita comandada por Rui Pimenta se vendeu totalmente para Dilma e sua anturragem burguesa. Fica evidente que imploram pelo “Volta Dilma” para continuar ganhando seu “troco” da gerentona petista!!!
FRANÇA MAIO DE 1968 – FRANÇA MAIO DE 2017: 49 ANOS DE UM ABISMO IDEOLÓGICO


A revolta dos jovens descendentes de imigrantes que explodiu recorrentemente nos subúrbios de Paris e as atuais manifestações contra a reforma trabalhista de Emmanuel Macron logo após as eleições presidenciais no começo desse mês nos faz lembrar a radicalização das manifestações da juventude durante o Maio Francês de 1968. Mas há um profundo abismo ideológico entre as revoltas atuais e o ímpeto revolucionário da juventude em 68, que esteve intimamente conectado com a ascensão do movimento operário que, desde o ano anterior, vinha produzindo uma intensa onda de greves por toda a França, refletindo a resistência da classe operária às medidas que atacavam os salários, geravam desemprego e atentavam contra as conquistas sociais do proletariado, tais como a previdência social e o direito de greve, política adotada pelo governo do general Charles De Gaulle diante da crise decorrente do esgotamento da relativa prosperidade econômica do breve período do pós-guerra, caracterizado pela reorganização da indústria francesa destruída durante a guerra. A fusão das lutas estudantis com as greves espontâneas, com piquetes e ocupações de fábricas, transformou a revolta estudantil numa insurreição de massas, levando 10 milhões de trabalhadores a se colocarem em greve em todo o país, rompendo com a política de colaboração de classes das direções sindicais controladas pelo stalinismo. As principais fábricas e os setores estratégicos da economia foram colocados sob o controle operário através dos Comitês de Greve, que organizavam a autodefesa dos manifestantes, controlavam a produção, preparavam as barricadas e abasteciam de alimentos os operários das fábricas em greve. Estabeleceu-se uma dualidade de poderes que colocou em xeque o domínio da burguesia.

domingo, 21 de maio de 2017

EM FORTALEZA, MAIOR ATO DO PAÍS PELO “FORA TEMER” VIRA COMÍCIO PELO “LULA LÁ”


Em todo o país ocorreram neste domingo atos pelo “Fora Temer, Diretas Já”. Convocados pela CUT, a Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem medo, as marchas tiveram de fato como eixo político central a defesa da candidatura Lula (PT). Em Fortaleza ocorreu a maior concentração e passeata do dia. Entre 15 a 20 mil pessoas compareceram a manifestação, que foi dirigida pelo presidente estadual do PT, Diassis Diniz. No pico da atividade, a principal palavra de ordem foi “Diretas Já, Lula lá!”. Não por acaso, todos os parlamentares petistas, incluindo o ex-líder do governo Dilma na Câmara dos Deputados, José Guimarães e a ex-prefeita Luzianne Lins estavam no carro de som, unidos na defesa de “Lula Presidente”. Tanto a ala ligada a oligarquia Gomes como a DS e seus satélites se uniram pela defesa das eleições diretas. As outras forças políticas presentes (PSOL, PCB, MAIS) unidas em defesa das “Diretas Já” serviram como plateia para a campanha eleitoral da candidatura do PT na capital cearense. O mesmo se repetiu por todo o país, como São Paulo e BH. A defesa das eleições diretas se encaixa como uma luva nos planos da direção petista, já que se convocada para outubro (após a aprovação de uma PEC), as eleições presidenciais ocorreriam dentro dos marcos da institucionalidade burguesa, com o PT voltando a ser gerente dos negócios da burguesia. Nesse interregno, Temer ou Rodrigo Maia aprovariam as reformas neoliberais (previdência e trabalhista) sem deixar esse ônus para Lula. A LBI não participou destas manifestações pelas “Diretas Já” deste domingo (21.05) porque esse eixo político fortalece uma saída burguesa para a crise do regime político. Levantamos a necessidade de construir uma alternativa de poder dos trabalhadores, que não passa pelas “Diretas Já”, “Eleições Gerais” ou pela convocação de uma “Assembleia Constituinte”, todas saídas para conter a crise nos marcos da democracia burguesa. Nosso chamado é pela convocação de um Congresso Nacional dos Trabalhadores como embrião de uma alternativa de poder dos trabalhadores!

quinta-feira, 18 de maio de 2017

ORGANIZAR UM CONGRESSO NACIONAL DOS TRABALHADORES COMO ALTERNATIVA DE PODER REVOLUCIONÁRIO À CRISE DO REGIME BURGUÊS! EXIGIMOS A CONVOCAÇÃO DE UMA GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO ATÉ A DERRUBADA DO GOVERNO TEMER E SUAS REFORMAS!


Diante da crise política que está mergulhado o governo Temer e o conjunto do regime político burguês é necessário convocar imediatamente uma Greve Geral por tempo indeterminado para derrubar o canalha golpista e suas reformas neoliberais. No curso desse combate de classe, faz-se necessário organizar um Congresso Nacional dos Trabalhadores, agrupando o movimento operário, popular e estudantil, ampla e democraticamente convocado, que deve ser forjado como uma alternativa de poder dos trabalhadores. A LBI lança um chamado franco à toda vanguarda classista, a grupos políticos, sindicais e organizações marxistas para juntos convocarmos um Congresso que aprove uma plataforma de centralização das lutas como alternativa a farsa de uma saída eleitoral nos marcos da institucionalidade burguesa. O seu caráter não é meramente sindical e sim o embrião de um organismo político de frente única capaz de agrupar todos os setores explorados do país para assentar as bases de um poder de novo tipo, proletário e socialista!
RENTISTAS AMIGOS DA FAMÍLIA MARINHO GANHAM BILHÕES EM UM ÚNICO DIA, SEM QUE O STF, MORO OU PF POSSAM ACUSÁ-LOS DE "CORRUPÇÃO"


Muitos tem se perguntando porque as mafiosas organizações Globo decidiram "detonar" o golpista Temer antes mesmo do fim do seu mandato tampão que tanto patrocinaram. A primeira hipótese que logo vem a tona seria a incapacidade do "gerente" golpista em aprovar a malfadada reforma da Previdência no Congresso Nacional. Porém a precipitação da crise política com o vazamento privilegiado para o jornal "O Globo" das gravações feitas pelo dono da JBS, Joesley Batista, pode corresponder a interesse financeiros imediatos de grupos econômicos muitos próximos a Famiglia Marinho. No próprio dia do "furo" do Globo (17/05), o índice Bovespa alcançava sua melhor marca no ano e a cotação do dólar uma forte baixa. Como o vazamento ocorreu somente a noite da quarta-feira, portanto após o fechamento dos pregões da bolsa e do dólar, somente na manhã do dia 18/05 as bolsas despencaram e o dólar subiu mais de 10%, ou seja os rentistas que detinham as informações que o vazamento ocorreria somente a noite puderam comprar bilhões de dólares na "baixa" e vender bilhões de ações na "alta". Lucro "limpinho e honesto" no caixa de grandes rentistas que obtiveram as informações diretas da Famiglia Marinho. Tudo muito bem planejado pela máfia financeira que utilizou um "singelo" jornalista (Lauro Jardim) para obter alguns bilhões de Reais com a especulação do mercado, sem que Moro, o STF ou a PF posam o acusá-los de "corrupção". É a lógica de acumulação do capital bem superior a dinâmica do mero jogo da política burguesa e da troca dos "gerentes" do Estado capitalista.
RENUNCIA DE TEMER: FAMIGLIA MARINHO E BONAPARTISMO JUDICIÁRIO DESEJAM LIVRAR-SE DE UM GOVERNO FRÁGIL PARA IMPOR SEU “SALVADOR DA PÁTRIA”... NOSSA RESPOSTA: CONSTRUIR A GREVE GERAL POLÍTICA COMO EMBRIÃO DE PODER DOS 
TRABALHADORES!


Depois de “denunciar” as negociatas de Temer com os donos da JBS, a Famiglia Marinho, junto com Janot, Fachin, Deltan e Moro já se organizam para impor uma saída pela direita para a crise do regime político. Os colunistas da Globo anunciam previamente a renúncia de Temer ainda hoje e apostam nas eleições indiretas no Congresso Nacional para encontrar um nome de consenso, possivelmente oriundo do judiciário (como Nelson Jobim ou Carmem Lúcia) que comandaria o governo- tampão até 2018, quando imporia pela via eleitoral uma gerência bonapartista legitimada pelas urnas, tendo como possibilidade o próprio Juiz Moro ou mesmo o ex-herói do “Mensalão” Joaquim Barbosa. Lula serviria para dar ares democráticos ao circo eleitoral fraudado. Desta crise nas alturas, a ala burguesa ligada diretamente aos interesses do imperialismo conseguiria parir um governo de “mão forte” para completar as reformas que Dilma e Temer não foram capazes de levar adiante. Nesse cenário, para barrar os planos da classe dominante, os trabalhadores não pode apostar em nenhuma saída eleitoral, devem lutar por uma alternativa própria e de classe, derrotar o governo de plantão com a construção da Greve Geral que se constitua como embrião de poder dos trabalhadores! 
EM TEMPO: EM PRONUNCIAMENTO NESSE MOMENTO TEMER ANUNCIOU QUE NÃO RENUNCIARÁ, O QUE APENAS VAI ALONGAR POR MAIS ALGUNS DIAS SUA AGONIA POLÍTICA, APROFUNDANDO A CRISE DO REGIME BURGUÊS, O QUE REFORÇA AINDA MAIS NOSSO CHAMADO A CONSTRUÇÃO IMEDIATA DA GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO!
COMUNICADO POLÍTICO DIANTE DA GRAVE CRISE POLÍTICA:


A LBI não participará dos atos "Fora Temer, Diretas Já!" convocados por todo arco da esquerda reformista e revisionista deste país (PT, PCdoB, PCB, PSOL, Frente Povo Sem Medo etc...) por entender que se trata de um movimento que tende a avalizar o teatro montado pela burguesia para decapitar Temer e convocar uma nova farsa eleitoral onde a candidatura de Lula terá o papel de legitimar a vitória de um Bonaparte "salvador da pátria" possivelmente vitorioso em uma fraude (financiamento legal e ilegal de grupos capitalistas,urnas roubotrônicas,etc..) armada pelo judiciário golpista. Ao contrário do campo reformista, a LBI combaterá com suas modestas forças pela convocação imediata de uma Greve Geral até a derrubada do regime golpista vigente (seja quem for seu gerente) e suas reformas neoliberais. Devemos unificar o justo ódio da população trabalhadora contra a lama podre da democracia dos ricos no sentido da construção de uma alternativa de poder revolucionário do proletariado e do povo oprimido. Em meio a grave crise política do regime seria um enorme equívoco político se os Marxistas insistissem em saídas que reforçam a institucionalidade burguesa em detrimento de apontar um norte de ação direta para as massas rumo a Revolução e o Socialismo. Neste sentido a LBI manterá sua consigna de "Abaixo Temer! Greve Geral!" como um primeiro degrau transitório para derrotar a ofensiva rentista em direção a conquista de um Governo Operário e Camponês, que não poderá ser fruto de nenhum mecanismo eleitoral do regime capitalista "democrático". Ousar Lutar, Ousar Vencer! Pela Revolução Socialista!


VENEZUELA URGENTE: A ÚNICA SAÍDA É A REVOLUÇÃO SOCIALISTA! NENHUM ACORDO COM A OPOSIÇÃO BURGUESA VIA UMA PARÓDIA DE “ASSEMBLEIA CONSTITUINTE”! PELO ARMAMENTO DOS TRABALHADORES, A EXPROPRIAÇÃO DAS GRANDES EMPRESAS E A FORMAÇÃO DE CONSELHOS OPERÁRIOS PARA IMPEDIR A VITÓRIA DA CONTRARREVOLUÇÃO FASCISTA!


A polarização política na Venezuela chegou ao seu ápice. Em poucas semanas mais de 40 mortos em confrontos entre chavistas e as forças da direita. O desabastecimento de gêneros básicos (alimentos, papel higiênico) é completo, saques ocorrem por todo o país e na fronteira com a Colômbia, há infiltração de agentes estrangeiros patrocinando o caos. Em geral, o governo Maduro vem se apoiando na ação da polícia nacional para conter a investida fascista, mas é evidente uma fissura latente nas FFAA, com uma fração golpista que avança apenas esperando o melhor momento para atuar em conjunto com o MUD sob as ordens do imperialismo e da CIA. No campo político, em mais uma tentativa de conciliação, Maduro propôs uma paródia de “Assembleia Constituinte”, cuja metade dos representantes seriam eleitos em comunas/sindicatos e a outra pela fórmula tradicional da democracia burguesa representativa. Essa panaceia, lançada em nome de preservar a “legalidade bolivariana”, foi rejeitada pelo MUD que tem um objetivo estratégico imediato e de classe bastante definido: derrubar o governo do PSUV por todos os meios possíveis! Para tanto, vem recorrendo a desestabilização do país, com métodos de terror análogos (ou ainda mais duros) aos aplicados no Chile de Allende, tendo em vista que está colocada uma intervenção militar direta dos EUA via suas bases na Colômbia. Esse seria o caminho mais traumático, porém nenhuma “alternativa” está descartada. O desgaste do Chavismo chegou a seu ponto máximo e somente uma revolução proletária, com o armamento dos trabalhadores, a expropriação das grandes empresas e o controle do Estado por conselhos operários sob uma direção comunista poderia apontar uma saída progressista para o impasse. Desgraçadamente, Maduro e o PSUV apostam na conciliação de classes, no “diálogo” com a direita e pavimentam o caminho para a derrota. Apostar na “legalidade bolivariana”, em uma “Assembleia Constituinte,” na tentativa de fazer algum pacto com o MUD nesse momento além de ser uma ilusão é um completo suicídio político. Não há saída possível no marco da democracia burguesa quando as classes sociais se chocam de forma violenta e irreconciliável, ainda mais em um país rico em petróleo e cujo maior comprador são os EUA. O que está colocado na ordem do dia na Venezuela é a derrota dos fascistas pela via da Revolução Socialista sob o comando da classe operária superando a política de Maduro ou o fim do chavismo sob as baionetas da reação burguesa, com a direita esmagando em sangue o melhor da vanguarda classista. Cenas como as que ocorreram na Líbia, com Kadaffi sendo assassinado pelos mercenários podem se repetir na Venezuela em breve se o proletariado não sair em luta em defesa de suas conquistas, superando a política de conciliação de classes de Maduro. Não há meio termo, o tempo do pacto e da conciliação já passou, como demonstram o fim dos governos da centro-esquerda na América Latina! O imperialismo, a mídia e a burguesia nativa usam o caos social e a guerra econômica para ganhar apoio popular para a sua investida contrarrevolucionária, já não esperando que a crise política se resolva no terreno eleitoral, campo onde inclusive deveria ter maioria no caso de convocação de eleições presidenciais. Quando a situação chega a esse ponto de conflito entre a revolução e a contrarrevolução é necessária uma direção revolucionária à altura, como foram os Bolcheviques em 1917 na Rússia. Desgraçadamente, o PSUV e Maduro não tem o programa de Lenin e Trotsky, mas é preciso forjar no calor da luta essa direção proletária para em frente única com o Chavismo derrotar a direita e avançar para uma verdadeira República Socialista na Venezuela! Os Marxistas Revolucionários da LBI sabem perfeitamente a dificuldade da vanguarda venezuelana neste momento depois de anos de controle político do Chavismo, mas não há outro caminho senão enfrentar a burguesia, prender e levar ao fuzilamento os terroristas e agentes infiltrados, tomar as fábricas e chamar a solidariedade internacional do proletariado e dos governos aliados como Cuba, Equador e Bolívia, Nicarágua! Somente os trabalhadores organizados em um partido revolucionário podem levar a cabo essa tarefa e não a polícia e as FFAA, instituições burguesas que não se podem confiar. Os trabalhadores devem chamar as bases das FFAA a formar milícias armadas para defender o país dos agentes da reação burguesa e na sequência, organizados em Soviets de operários e soldados, iniciar a reconstrução econômica socialista que tenha como parceiros transitórios países aliados como a Rússia e o Irã! Esse é o caminho para se forjar uma verdadeira República Socialista na Venezuela, antes que a reação burguesa mergulhe o país na barbárie para emergir daí um governo fantoche do imperialismo, que recorra a métodos de guerra civil e ao fascismo para sufocar o proletariado, como ocorreu no Chile de Allende ou mais recentemente na Líbia de Kadaffi!