terça-feira, 30 de maio de 2017

FORMADA A FRENTE PARLAMENTAR PELAS “DIRETAS JÁ!”: UMA COLIGAÇÃO UNINDO DESDE A FRAUDE “SOCIALISTA” DO PSOL, PASSANDO PELA ESQUERDA BURGUESA PSB, PDT E PT ATÉ CHEGAR A DIREITA “MODERNA” DA REDE MARINA SILVA


Reunidos nesta segunda-feira (29/05) na Liderança do PSB no Senado Federal, parlamentares e representantes do PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e REDE criaram a Frente Parlamentar Mista pelas "Diretas Já!". Na verdade uma rearticulação política de parte da antiga "base aliada" do governo Dilma, agora reforçada pelo PSOL e REDE. Esta Frente policlassista de partidos burgueses nada tem a ver com uma frente democrática que por ventura poderia ser conformada para lutar por liberdades de organização política e contra o estado policial de exceção em marcha no país. Mas pelo contrário esta coligação parlamentar pelas "diretas já!" inclui os mais fervorosos apoiadores da Lava Jato, como Marina Silva e o PSOL, que se converteram em apologistas do "justiceiro" Sergio Moro em sua famigerada caçada contra as lideranças da esquerda e ataque as empresas nacionais para favorecer os monopólios imperialistas. A configuração política da Frente Parlamentar está inteiramente voltada para o plano eleitoral e pouco importa se seus aliados de ocasião são a escória nacional como a famiglia Marinho e assemelhados como os Setúbal. A proposta de emendar a atual constituição desta tal Frente nem sequer pode ser considerada democrática, pois pressupõe que em caso de vacância da presidência da república e vice seriam convocadas eleições diretas somente se ainda restassem seis meses de mandato dos ex-membros da chapa presidencial, contra o texto atual da constituição (artigo 81) que estipula o prazo de dois anos, ou seja, a grande diferença "programática" entre os golpistas das indiretas e os paladinos das diretas é apenas de um ano e meio... Porém a questão é bem mais profunda do que somente prazos eleitorais, a bandeira das "diretas já!" cumpre a função política de rebatizar o próprio regime democrático completamente afundado na lama e desmoralização popular. Cria a ilusão nas massas de que agora "votando certo" o país voltaria a crescer e se livrar da corrupção estatal, a grande vilã da crise nacional segundo a "doutrinação" da mídia "murdochiana". Se hoje o proletariado mostra os primeiros sinais de movimento e ação direta após mais de uma década entorpecido pela política de colaboração de classes da Frente Popular, não seria minimamente justo novamente lhe empurrar o esbulho da democracia burguesa como via de sua emancipação social. Também não é o caso de radicalizar a proposta eleitoral desta Frente burguesa (PSOL,PT, PDT, REDE Etc..) chamando eleições gerais já em todos os níveis (de presidente até vereador) para encharcar ainda mais a classe operária com o mito do poder do "voto transformador". A farsa da democracia dos ricos está se revelando para as massas na intensa dinâmica da crise interburguesa, o momento é fértil para os Marxistas Revolucionários apresentarem sua plataforma socialista como uma alternativa concreta para derrubar o gerente golpista e suas reformas neoliberais exigidas pelo "mercado". A greve geral insurrecional por tempo indeterminado é o primeiro degrau na construção de uma alternativa de poder dos trabalhadores. A campanha pelas "diretas já", sem qualquer conteúdo democrático real serve apenas como um escape eleitoral para a profunda crise do regime vigente, os Comunistas Leninistas não embarcarão nesta canoa furada!